PMPGCF - Mestrado em Ciências Fisiológicas (Dissertações)

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    Avaliação da função endotelial e dos parâmetros do estado redox como marcadores da programação fetal mediada por dieta hipersódica em prole de ratos Wistar
    (UFVJM, 2018) Rodrigues, Luciano Firmino; Villela, Daniel Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Villela, Daniel Campos; Esteves, Elizabethe Adriana; Moura, Cristiane Rocha Fagundes
    A hipertensão é um distúrbio multifatorial caracterizado pela interação de fatores genéticos e ambientais. Estudos epidemiológicos recentes sugerem que insultos ao feto, muitas das vezes ocasionados pela nutrição materna inadequada, favorecem alterações em sua programação fetal. Sendo assim, esse estudo avaliou, a função endotelial, biomarcadores teciduais do estado redox, assim como possíveis lesões em órgãos alvo, através da sobrecarga de sal em prole de ratos Wistar. Inicialmente, quatro machos e dez fêmeas (geração P) foram divididos igualmente em grupos controle (N) e tratado (H), este com ração suplementada com NaCl 4%, durante 16 semanas. Após esse período houve o acasalamento dos animais em cada um dos grupos, dando origem as crias (F-1). Após o desmame, as proles do grupo controle (N) foram divididas nos grupos (NN) recebendo dieta padrão e (NH) recebendo dieta com NaCl 4%. As do grupo tratado (H) foram divididas em (HN) recebendo dieta padrão e (HH) recebendo dieta com NaCl 4%, durante o mesmo período. Em seguida avaliamos a função endotelial em ratos acordados, biomarcadores (TBARS, FRAP, SOD, CAT E PC) e a urina de 24 horas. Percebemos uma redução da reatividade vascular dependente do endotélio na relação 200ng ACH/20μg NPS quando comparamos os grupos NH (1.00±0.09) e HH (0.70±0.21), mmhg, p<0,05. Na avaliação do estado redox do arco aórtico, verificamos que os grupos HN (0.14±0.03) e HH (0.18±0.06) reduziram o TBARS em relação ao grupo NH (0.37±0.08), nmol MDA/proteína mg, p<0.005. Percebemos também nesta amostra que os grupos NN (0.97±0.34) e NH (1.16±0.5) reduziram a SOD em relação ao grupo HH (1.93±0,5), U/proteína mg, p<0.05. Na adrenal os grupos NN (0,803 ± 0,313), NH (0,722 ± 0,297) e HH (0,695 ± 0,186) reduziram o TBARS em relação ao HN (1,886 ± 1,044), nmol MDA/proteína mg, p<0.05. Nos ventrículos cardíacos observamos que o grupo HN (0.77±0.16) reduziu o TBARS em relação ao HH (1.13±0.18), nmol MDA/proteína mg, p<0,05. Neste tecido o grupo HN (0.51±0.47) aumentou a SOD em relação ao grupo NH (0.47±0.45 U/proteína mg), p<0,05. Nos rins a microalbuminúria no grupo HH (0,011 ± 0,006) foi maior que o grupo HN (0,005 ± 0,002) mg/24hs, p<0,05. Em síntese, os principais achados do presente estudo foram a piora de função endotelial e o indício de lesão renal no grupo HH, assim como aparente proteção evidenciada no grupo HN ao dano oxidativo.
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    Relação entre hipertensão arterial sistêmica e eficiência da troca de calor durante a recuperação ao exercício físico realizado em ambiente quente
    (UFVJM, 2014) Fonseca, Sueli Ferreira da; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Soares, Danusa Dias; Balthazar, Cláudio Heitor
    A hipertensão arterial sistêmica essencial parece estar associada com hipertonia simpática dependente da atividade colinérgica central. Dessa forma, hipertensos poderiam apresentar respostas de dissipação de calor aprimoradas, especialmente durante a recuperação do exercício físico moderado realizado sob condição de estresse térmico. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar as respostas termorregulatórias de sujeitos hipertensos durante e na recuperação de exercício físico de intensidade moderada realizado em ambiente quente. Para tanto, oito hipertensos essenciais (H) e oito normotensos (N) (idade: 46,5±1,3 e 45,6±1,4 anos; índice de massa corporal: 25,8±0,8 e 25,6±0,6 kg/m2; pressão arterial média: 98,0±2,8 e 86,0±2,3 mmHg, respectivamente) permaneceram na câmara ambiental (38°C e 60% umidade relativa do ar) durante 2h e 30 minutos (30 minutos em repouso, 1h de exercício na esteira (50% VO2pico) e 1h em recuperação do exercício). Temperaturas da pele e corporal interna, frequência cardíaca e pressão arterial foram mensuradas. Cálculos de produção de calor, taxa de acúmulo de calor, temperatura corporal, troca de calor por radiação, convecção, e através do trato respiratório e suor evaporado foram realizados a partir das variáveis coletadas. Como resultados, a pressão arterial média dos hipertensos foi maior do que dos normotensos durante todo o protocolo experimental (p < 0,05). Apesar dos parâmetros termorregulatórios avaliados não terem sido diferentes entre grupos hipertensos e normotensos em repouso e durante o exercício físico no calor, os hipertensos apresentaram menor quantidade de calor acumulado (H: -24,23 ± 3,39 W/m², N: -13,63 ± 2,24 W/m², p = 0,03), maior variação na temperatura corporal (H: -0,62 ± 0,05 °C, N: -0,35± 0,12 °C, p = 0,03) e maior quantidade de suor evaporado (H: -106,1 ± 4,59 W/m², N: -91,15 ± 3,24 W/m², p = 0,01) no período de recuperação pós-exercício. Além disso, a quantidade de suor evaporado relacionou-se com calor acumulado (r = 0,82, p < 0,001) e com a variação da temperatura corporal durante a recuperação pós-exercício físico (r = 0,82, p < 0,001). Concluindo, indivíduos hipertensos essenciais, em uso dos medicamentos iECA e diuréticos, apresentam dissipação de calor acumulado aprimorada, por meio da evaporação do suor e, consequentemente, maior resfriamento corporal durante a recuperação de exercício físico de intensidade moderado em ambiente quente. Methods: A total of 8 essential hypertensive (H) and 8 normotensive participants (N) (age: 46.5 ± 1.3 and 45.6 ± 1.4 years, BMI: 25.8 ± 0.8 and 25.6 ± 0.6 kg/m2, mean arterial pressure: 98.0 ± 2.8 and 86.0 ± 2.3 mmHg, respectively) remained in the environmental chamber (38 °C and 60 % relative humidity) for 2 hours and 30 minutes (30 min at rest, 1 h of treadmill exercise at 50 % of VO2max and 1 h at rest during recovery exercise). Skin and core temperatures, heart rate and blood pressure were measured. Calculations of heat production, heat storage, mean body temperature, heat exchange by radiation, convection and evaporated sweat were performed from the collected variables. Results: The mean blood pressure of the hypertensive subjects was higher than of the normotensive participants throughout the experimental protocol (p < 0.05). Although the thermoregulatory parameters evaluated did not differ between groups at rest and during exercise, the hypertensive subjects had lower amounts of heat storage (H: -24.23 ± 3.39 W/m², N: -13.63 ± 2,2.4 W/m², p = 0.03), greater variations in body temperature (H: -0.62 ± 0.05 °C, N: -0.35± 0.12 °C, p = 0.03), and a greater amount of evaporated sweat (H: -106.1 ± 4.59 W/m², N: -91.15 ± 3.24 W/m², p = 0.01) during the recovery period. Furthermore, the amount of evaporated sweat correlated with heat storage (r = -0.82; p < 0.001) and with the variation in mean body temperature during the recovery period (r = -0.82; p < 0.001). Conclusion: Essential hypertensive participants present with improved sweat evaporation and greater heat dissipation and body cooling during recovery from moderate-intensity exercise performed in the heat.