PMPGCF - Mestrado em Ciências Fisiológicas (Dissertações)

Permanent URI for this collectionhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/collections/df49a676-7547-4054-9d5c-c3adaad0871f

Browse

Search Results

Now showing 1 - 2 of 2
  • Thumbnail Image
    Item
    Efeitos da ingestão do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) associada ao exercício físico aeróbio regular no crescimento e em variáveis metabólicas e cardiovasculares de ratos
    (UFVJM, 2014) Oliveira, Lidiane Guedes; Esteves, Elizabethe Adriana; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Peixoto, Marco Fabrício Dias; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Lucia, Ceres Mattos Della
    Evidências científicas cumulativas sugerem que os ácidos graxos monoinsaturados (MUFAs) dietéticos reduzem fatores de risco para o desenvolvimento de desordens metabólicas, as quais causam muitas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), tais como o diabetes não insulinodependente e as cardiovasculares. O óleo de pequi (Caryocar brasiliense) apresenta em sua composição predomínio de ácidos graxos monoinsaturados e carotenoides antioxidantes, os quais têm sido também relacionados à redução do risco para DCNT. Entretanto, ainda são escassos na literatura estudos que avaliem efeitos fisiológicos do óleo de pequi dentro da perspectiva de alimento funcional, ou seja, associado à dieta usual e hábitos saudáveis de vida, dentre os quais se destaca o exercício físico regular. Diante desse contexto, o objetivo deste estudo foi pesquisar a influência da ingestão do óleo de pequi associada ao exercício físico aeróbio regular (EFAR), sobre variáveis relacionadas ao crescimento, ao metabolismo e parâmetros cardiovasculares de ratos, desde estágios iniciais de vida (pós-desmame) até o início da vida adulta (20 semanas de vida). O protocolo experimental consistiu de quatro grupos (n=8) de ratos Wistar machos: CS - animais que receberam ração; CT - receberam ração e EFAR; OS - receberam ração suplementada com óleo de pequi (2,25/100g = +50% do conteúdo lipídico da ração) e OT - receberam ração suplementada com óleo de pequi e EFAR. O EFAR foi realizado em piscina, em intensidades e cargas progressivas, e a dieta fornecida ad libitum durante 15 semanas. A ingestão alimentar e o peso corporal foram monitorados durante o período experimental para os cálculos da ingestão alimentar e calórica, do ganho de peso, do coeficiente de eficiência alimentar (CEA%) e do índice de massa corporal (IMC). A pressão arterial sistólica (PAS) e a frequência cardíaca (FC) foram aferidas no início e na última semana do experimento. No último dia, os animais foram eutanasiados, as cavidades abdominais e torácicas foram abertas para coleta de amostras. Os corações foram retirados e o índice de contratilidade (+dP/dt) e relaxamento (-dP/dt) cardíaco foram analisados pela técnica de coração isolado. Foram determinados: (a) o comprimento da tíbia esquerda; (b) os pesos absolutos e relativos do fígado, pâncreas e coração e de toda a gordura das regiões epididimal e retroperitoneal; (c) as concentrações plasmáticas de colesterol (COL), lipoproteína de alta densidade (HDL), triglicerídeos (TG), glicose, insulina, o índice HOMA e a razão COL/HDL; (d) as concentrações hepáticas de COL e TG. Observou-se que a associação do óleo de pequi ao EFAR não influenciou de maneira significativa parâmetros relacionados ao crescimento (ingestão alimentar e calórica, peso corporal, CEA, peso de órgãos, comprimento da tíbia), a PAS e FC, a glicemia e a razão COL/HDL. No entanto, foi essencial para evitar o acúmulo de gordura na região visceral, a elevação nos níveis de insulina plasmática e no índice HOMA-IR provocados pela ingestão isolada do óleo de pequi. Por outro lado, a associação da ingestão do óleo de pequi ao EFAR melhorou a capacidade de contração e relaxamento cardíacos. Assim, podemos inferir que a ingestão do óleo de pequi, quando associada à prática regular de exercícios aeróbios, pode favorecer, sobretudo, a função cardíaca sem exercer efeitos deletérios no crescimento e em variáveis relacionadas ao metabolismo lipídico e glicídico.
  • Thumbnail Image
    Item
    Efeitos biológicos da associação da ingestão da polpa de pequi (Caryocar brasiliense) ao exercício físico aeróbio regular em ratos
    (UFVJM, 2014) Moreno, Lauane Gomes; Esteves, Elizabethe Adriana; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Peixoto, Fabrício Dias; Silva, Marcelo Eustáquio; Magalhães, Flávio de Castro
    Dado o crescente número de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que afetam a saúde e a economia dos países, alternativas que visem à diminuição dos fatores de risco para essas doenças são imprescindíveis. A adoção de uma dieta equilibrada, que inclua alimentos com potencialidades funcionais, associada à prática de atividade física regular são alternativas atualmente preconizadas. Dentre os alimentos com potencialidades funcionais está o pequi (Caryocar brasiliense), muito utilizado no Brasil para fins alimentícios, terapêuticos e cosméticos, e que apresenta como componentes majoritários lipídeos ricos em ácidos graxos monoinsaturados, fibras e carotenoides. Estes componentes isoladamente, apresentam alguns efeitos semelhantes ao exercício físico aeróbio sobre a redução de diversos fatores de risco para DCNT, de forma que associados podem fornecer efeitos potencializadores sobre a redução desses fatores de risco. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar, em ratos, efeitos biológicos advindos da ingestão da polpa de pequi associada à prática de exercício físico aeróbio regular (EFAR), especificamente sobre variáveis relacionadas ao crescimento, parâmetros cardiovasculares, do metabolismo glicídico e lipídico, sobre a histomorfometria duodenal e o estado redox celular. O protocolo experimental consistiu de quatro grupos (n=8) de ratos Wistar machos: CS - animais que receberam ração; CT - receberam ração e EFAR; PS - receberam ração suplementada com polpa de pequi (3,26/100g = +50% do conteúdo lipídico da ração) e PT - receberam ração suplementada com polpa de pequi e EFAR. O EFAR foi realizado em piscina, em intensidades e cargas progressivas, e a dieta fornecida ad libitum durante quinze semanas. A ingestão alimentar e o peso corporal foram monitorados durante o período experimental para os cálculos da ingestão alimentar e calórica, do ganho de peso e dos coeficientes de eficiência alimentar (CEA) e energética (CEE). As fezes foram coletadas nas últimas 72 horas do experimento. A pressão arterial sistólica (PAS) e a frequência cardíaca (FC) foram aferidas no início e na última semana do experimento. No último dia do protocolo, os animais foram eutanasiados e foram determinados: (a) o comprimento da tíbia esquerda; (b) o peso absoluto e relativo do fígado, pâncreas e coração e da gordura das regiões epididimal e retroperitoneal; (c) a concentração plasmática de colesterol total (COL), lipoproteína de alta densidade (HDL), triglicerídeos (TG), glicose, insulina, o índice HOMA-IR e o índice aterogênico; (d) a concentração hepática e fecal de COL e TG; (e) a umidade e o pH fecais; (f) a capacidade antioxidante total – Ferring Reducing Antioxidant Power plasmática, e dos tecidos muscular (sóleo), hepático e cardíaco; (g) os níveis de peroxidação lipídica - Thiobarbituric acid reactive substances nos tecidos hepático, muscular e cardíaco; (h) a atividade da enzima superóxido dismutase nos tecidos hepático e muscular; (i) a atividade da enzima catalase nos tecidos hepático, muscular e cardíaco. Foram coletadas amostras de tecido duodenal para análises histomorfométricas. Observou-se que a associação da ingestão da polpa de pequi ao EFAR não influenciou de maneira significativa no crescimento (ingestão alimentar e calórica, peso corporal, CEA, CEE, peso de órgãos, comprimento da tíbia), na PAS e FC, na glicemia, na insulinemia ou no Índice HOMA-IR. Contudo, reduziu a deposição de gordura visceral (epididimal e retroperitoneal). Também não houve diferenças entre os tratamentos para as concentrações plasmáticas de COL, HDL e TG. Contudo, a associação da ingestão da polpa de pequi ao EFAR promoveu menor deposição hepática e maior excreção fecal de lipídeos, além de preservar melhor a altura das vilosidades intestinais e promover aumento da profundidade das criptas. Não houve impactos significativos dos tratamentos sobre as variáveis relacionadas ao estado redox celular, somente a atividade da catalase foi aumentada pela associação entre EFAR e polpa de pequi no fígado. Os efeitos fisiológicos advindos da ingestão da polpa de pequi associada ao EFAR relacionados ao menor acúmulo de lipídeos na região visceral e fígado, com a maior excreção desses lipídeos, aumento da profundidade das criptas sem prejuízos à estrutura do intestino e aumento da atividade antioxidante endógena, bem como a ausência de efeitos prejudiciais sobre as demais variáveis analisadas, faz dessa associação uma possível estratégia para redução do risco para DCNT e manutenção da saúde.