PMPGCF - Doutorado em Ciências Fisiológicas (Teses)

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    Efeitos da ingestão do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) na resposta imune da mucosa intestinal de camundongos
    (UFVJM, 2019) Moreno, Lauane Gomes; Esteves, Elizabethe Adriana; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Sampaio, Kinulpe Honorato; Silva, André Talvani Pedrosa da; Maioli, Tatiane Uceli; Pereira, Wagner de Fátima
    Atualmente, diversas áreas científicas têm focado suas pesquisas em propriedades funcionais de alimentos e produtos alimentícios, das quais destacam-se efeitos imunomoduladores. Dentre esses alimentos está o óleo de pequi (Caryocar brasiliense), que apresenta diversos efeitos biológicos tais como melhoria do metabolismo lipídico, melhoria da função cardiovascular e atividade antioxidante. Esse óleo contém em sua composição química um alto conteúdo de carotenoides e ácidos graxos monoinsaturados, que de acordo com estudos prévios, isoladamente, podem alterar a resposta imune, em especial a resposta imune da mucosa intestinal. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos da ingestão do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) na resposta imune de mucosa intestinal de camundongos. Para isso foram investigados os efeitos da ingestão diária de 280mg de óleo de pequi em elementos da resposta imune da mucosa intestinal em duas condições: 1) na mucosa íntegra e 2) na ruptura da integridade da mucosa, representada por uma doença inflamatória intestinal. Foram utilizados 60 camundongos C57BL/6 machos, que após o período de adaptação (7 dias), iniciaram a Fase 1 do estudo (suplementação com óleo de pequi, 28 dias). Tais animais foram divididos em: Grupo Controle (C) que recebeu apenas ração comercial e água filtrada ad libitum e grupo Óleo de Pequi (OP) que recebeu diariamente, além da ração e água, 280 mg de óleo de pequi homogeneizados em 1,11g de ração triturada, na forma de um pellet. Após esse período, cada um dos dois grupos experimentais foi sub-dividido em grupos C, Controle com Colite (CC), OP e Óleo de Pequi com Colite (OPC). Deu-se início então à Fase 2 do estudo referente à continuidade da suplementação e indução da doença inflamatória intestinal por 8 dias. Na Fase 2, os grupos CC e OPC passaram a receber, além dos tratamentos iniciais, solução aquosa de dextran sulfato de sódio (DSS), a 1,5%, ad libitum. A ingestão alimentar e o peso corporal foram monitorados durante todo o experimento. No nono dia, após a fase 2, os animais foram eutanasiados para coleta de amostras. Foi avaliado o fenótipo de leucócitos isolados das superfícies das mucosas do intestino delgado (ID) e cólon, dos linfonodos mesentéricos e do baço. Determinou-se também as concentrações de Imunoglobulina A (IgA) no plasma e de IgA secretória (IgAs) nos lavados de ID, cólon, e fezes, das citocinas IL-2, IL-4, IL-6, TNFα, IFNγ, IL-17, IL-10 no plasma e em homogenatos de ID e cólon e de proteína C reativa (C reactive protein - CRP) no plasma. Durante a indução da colite foi calculado o Índice de Atividade de Doença (scores médios de diarreia, sangramento retal e perda de peso) e ao final foi avaliado o score histopatológico total na mucosa colônica. Na integridade da mucosa, a ingestão do óleo de pequi (OP vs C, p<0,05) induziu no ID redução de linfócitos de superfície T totais, T auxiliares e de IFNγ; no cólon, redução de linfócitos de superfície T citotóxicos e IgAs; nos linfonodos, redução de linfócitos T citotóxicos; no baço, redução de linfócitos T auxiliares e citotóxicos; e no plasma redução de IL-2, CRP e do % de neutrófilos e aumento de IL-10 e do % de linfócitos. Em condições de ruptura da integridade da mucosa intestinal, a ingestão do óleo de pequi (OPC vs CC, P<0,05), reduziu a perda de peso e diarreia. No ID elevou linfócitos de superfície T γδ e reduziu IL-6, no cólon também elevou os linfócitos de superfície T γδ e reduziu os T citotóxicos e a perda de criptas e células caliciformes; nos órgãos linfoides essa ingestão reduziu linfócitos T citóxicos e no plasma reduziu a IL-17 e a CRP. Assim, a ingestão do óleo de pequi parece ter reforçado a resposta reguladora do sistema imune de mucosa, o que possivelmente contribuiu para que, em condições de ruptura da integridade intestinal, houvesse melhoria do quadro clínico e histopatológico, elevação de células com potencial de ação regulatória e redução de mediadores pró-inflamatórios e de células com atividade citotóxica.
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    Efeito dos extratos etanólicos de partes aéreas e de raízes de Eriosema campestre var. macrophyllum (Grear) Fortunato sobre ativação e proliferação de linfócitos, in vitro
    (UFVJM, 2018) Santos, Michaelle Geralda dos; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Oliveira, Danilo Bretas de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Oliveira, Danilo Bretas de; Esteves, Elizabethe Adriana; Thomasini, Ronaldo Luis; Klein, André; Campana, Priscilla Rodrigues Valadares
    A Eriosema campestre var. macrophyllum (Grear) Fortunato é uma planta nativa do Cerrado brasileiro e tem sido utilizada no Vale do Jequitinhonha pelas vias oral e tópica como antiinflamatória. Tendo em vista a escassez de estudos acerca da atividade biológica, o objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito dos extratos etanólicos de partes aéreas e de raízes de Eriosema campestre (ETEC-AE e ETEC-RA, respectivamente) sobre a ativação e proliferação de linfócitos, in vitro. Primeiramente, foi avaliada a citotoxicidade dos extratos sobre células mononucleares do sangue periférico (PBMC) humano, após 24 horas ou 5 dias de cultura, pelo método de exclusão com azul de Tripan. Concentrações não tóxicas de ETEC-AE e ETEC-RA foram utilizadas para avaliar o efeito dos extratos sobre a proliferação de linfócitos e suas subpopulações TCD4 e TCD8, pelo decaimento da fluorescência de células marcadas com VPD450, em culturas de 5 dias estimuladas pela fitohemaglutinina (PHA). Foi avaliado também o efeito dos extratos sobre a expressão de CD25, a cadeia α do receptor de IL-2 (IL-2R), bem como a produção e expressão gênica de IL-2. Os extratos inibiram a proliferação de linfócitos totais e de suas subpopulações, reduziram a produção e expressão gênica de IL-2, mas não tiveram efeito sobre a expressão de CD25. Em seguida, foi avaliada a resposta proliferativa de linfócitos adicionando-se os extratos em diferentes tempos após a ativação das culturas celulares. O efeito antiproliferativo foi mais pronunciado com a adição dos extratos até 24 horas após o estímulo, sugerindo que a inibição da resposta proliferativa por ETEC-AE e ETEC-RA ocorre devido à ação dos mesmos sobre elementos bioquímicos atuantes em etapas iniciais e tardias da fase G1 do processo de divisão dos linfócitos T. Na sequência, a análise do ciclo celular de linfócitos estimulados com PHA e tratados com os extratos vegetais revelou uma retenção dessas células na fase G1 do ciclo, o que contribui para a redução da proliferação observada anteriormente. Tendo em vista a participação de ciclinas na regulação do processo de divisão celular, foi investigado o efeito de ETEC-AE e ETEC-RA sobre a expressão gênica das ciclinas D2, D3, E, A1 e B1. Os extratos inibiram a expressão gênica da ciclina D2. Além da atividade dos extratos sobre parâmetros relacionados à proliferação celular, foi avaliado se os mesmos teriam efeito sobre a resposta efetora dos linfócitos e suas subpopulações TCD4 e TCD8, por meio da investigação da produção das citocinas IFN-γ e TNF-α em culturas estimuladas com PMA e ionomicina e tratadas com ETEC-AE ou ETEC-RA. Os extratos não tiveram efeito sobre a produção dessas citocinas. Para determinar as principais classes de metabólitos secundários presentes na planta que poderiam ser responsáveis pelos efeitos encontrados e direcionar análises químicas posteriores, foi realizada a triagem fitoquímica por meio de reações cromogênicas e de precipitação, sendo possível sugerir a presença de flavonoides, saponinas e triterpenos em partes aéreas e raízes, além de taninos em partes aéreas. Os dados obtidos indicam que ETEC-AE e ETEC-RA apresentam efeito inibitório sobre a resposta proliferativa de linfócitos e de suas subpopulações T CD4 e T CD8, sendo que este efeito parece estar associado à inibição da entrada de linfócitos T na fase S do ciclo celular devido à redução na expressão gênica da ciclina D2 e, provavelmente em vias de sinalização na fase G1 tardia. Além disso, os resultados sugerem que os extratos atuam reduzindo a produção e expressão gênica da citocina IL-2. Pode-se sugerir que substâncias da classe dos flavonoides podem ser responsáveis pelos efeitos biológicos observados conforme apontado para outras espécies do gênero Eriosema. Dessa forma, o trabalho pode explicar, pelo menos em parte, os atributos terapêuticos da planta na medicina popular.
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    Efeito do treinamento de vibração de corpo inteiro na funcionalidade, na qualidade de vida e nas concentrações plasmáticas de marcadores inflamatório-oxidativos de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica
    (UFVJM, 2018) Neves, Camila Danielle Cunha; Mendonça, Vanessa Amaral; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mendonça, Vanessa Amaral; Peixoto, Marco Fabricio Dias; Chagas, Mauro Heleno; Pereira, Danielle Aparecida Gomes; Lima, Vanessa Pereira de
    O treinamento de vibração de corpo inteiro (VCI) tem sido identificado com uma intervenção alternativa para a melhora da capacidade de exercício e qualidade de vida de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Entretanto, o efeito do treinamento de VCI nas concentrações de biomarcadores inflamatórios-oxidativos permanece desconhecido. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do treinamento de VCI em parâmetros inflamatórios-oxidativos, na funcionalidade e na qualidade de vida de pacientes com DPOC. Vinte pacientes com DPOC foram igualmente divididos em: 1) grupo intervenção (GI), que realizou o treinamento de VCI; e, 2) grupo controle (GC) que não recebeu a intervenção. A intervenção consistiu da realização de agachamento estático sobre uma plataforma vibratória, em seis séries de 30 segundos, três vezes semanais, durante 12 semanas. Os pacientes foram avaliados quanto à (as): concentrações plasmáticas de IL-6, IL-8, IFN-ɣ e receptores solúveis de TNF-α; contagem de leucócitos; concentrações plasmáticas de marcadores oxidantes e antioxidantes; distância caminhada no teste de caminhada de seis minutos (TC6‟); consumo pico de oxigênio (VO2 pico) durante o TC6‟; força de preensão manual; qualidade de vida (questionário Saint George‟s); teste de sentar e levantar da cadeira 5 vezes e teste timed get-up and go (TUG). Os dados foram analisados pelo teste-t independente (linha de base) e Anova two-way para medidas repetidas (efeitos do treinamento). Considerou-se significativo p< 0,05. Após o treinamento de VCI, pacientes do GI aumentaram significativamente a distância caminhada (65 m) no TC6‟, o VO2 pico e a força de preensão manual (p< 0,05). Além disso, pacientes do GI alcançaram a diferença mínima clinicamente importante em relação à qualidade de vida. Não foram observadas diferenças significativas no teste de sentar e levantar da cadeira, TUG, nas concentrações dos biomarcadores inflamatórios-oxidativos e na contagem de leucócitos no GI (p> 0,05). Pacientes do GC não apresentaram melhora estatisticamente significante para todas as avaliações (p> 0,05). Em conjunto, os resultados deste estudo demonstraram que o treinamento de VCI induziu benefícios clinicamente significantes com relação à capacidade de exercício, a força muscular e a qualidade de vida de pacientes com DPOC, que não foram relacionados com mudanças nas concentrações sistêmicas dos biomarcadores inflamatórios-oxidativos analisados.
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    Participação do sistema colinérgico central na modulação das respostas cardiovasculares e termorregulatórias em ratos espontaneamente hipertensos
    (UFVJM, 2017) Fonseca, Sueli Ferreira da; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Peixoto, Marco Fabricio Dias; Soares, Danusa Dias; Wanner, Samuel Penna; Villela, Daniel Campos
    Existem evidências que a estimulação colinérgica central aumenta a dissipação de calor em ratos normotensos como consequência de alterações cardiovasculares via modulação da atividade barorreflexa. No entanto, não há dados publicados sobre o envolvimento do sistema colinérgico central nestas respostas em modelo experimental que apresenta alteração da sensibilidade dos barorreceptores e déficit termorregulatório. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar o envolvimento do sistema colinérgico central na modulação das repostas cardiovasculares e termorregulatórias durante o repouso e exercício físico em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Ratos Wistar machos (n = 33) e SHR (n = 33) foram implantados com uma cânula intracerebroventricular (icv) para injeções de 2 μL de fisostigmina (fis) ou solução salina (sal). Temperaturas da cauda (Tcauda) e corporal interna (Tint), pressão arterial sistólica (PAS), frequência cardíaca (FC) e taxa metabólica foram registradas durante os 60 minutos em que os ratos permaneceram em repouso, bem como durante o exercício físico até a fadiga após injeções icv randomizadas. Na situação repouso, o tratamento com fis iniciou uma sucessão de respostas cardiovasculares e termorregulatórias que resultaram em aumento da PAS, redução da FC e aumento de Tcauda nos grupos Wistar e SHR. A magnitude da ativação desses mecanismos foi mais intensa no SHR, afetando a Tint e melhorando a dissipação de calor. Durante o exercício físico, o tratamento com fis foi capaz de modular as repostas cardiovasculares promovendo aumento significativo da PAS, seguido de bradicardia reflexa em ratos SHR e Wistar. Estas respostas foram mais intensas nos ratos Wistar. Não houve diferença significativa para a Tcauda e Tint no grupo SHR fis em relação ao grupo sal. Entretanto, fis impactou positivamente no desempenho físico. Em conjunto, esses resultados fornecem evidências que, durante a situação de repouso, a estimulação colinérgica central modula as repostas termorregulatórias por meio de mudanças no sistema cardiovascular de ratos Wistar e SHR, sendo que essas respostas são mais acentuadas em ratos SHR impactando na dissipação de calor. Durante o exercício físico, a administração central de fis promove alterações no sistema cardiovascular de ratos normotensos e hipertensos. Apesar dessas alterações não terem sido suficientes para ajustar as respostas termorregulatórias em ratos SHR, impactaram positivamente no desempenho físico.
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    O efeito do treinamento intervalado de alta intensidade em componentes celulares e moleculares relacionados à resistência à insulina em indivíduos obesos
    (UFVJM, 2016) Matos, Mariana Aguiar de; Amorim, Fabiano Trigueiro; Vieira, Etel Rocha; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vieira, Etel Rocha; Peixoto, Marco Fabricio Dias; Soares, Danusa Dias; Wanner, Samuel Penna; Cordeiro, Letícia Maria de Souza
    O excesso de gordura corporal característico da obesidade está relacionado a diversas alterações metabólicas, que incluem a resistência à insulina. Dentre as medidas não farmacológicas empregadas para a melhora da sensibilidade à insulina está o treinamento físico aeróbio, como o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT, do inglês high intensity interval training). Sendo assim, esse estudo avaliou os efeitos do HIIT em componentes bioquímicos, celulares e moleculares relacionados à resistência à insulina em obesos. Indivíduos obesos sensíveis (n=9) e resistentes à insulina (n=8) foram submetidos a 8 semanas de HIIT, em cicloergômetro, realizado 3 vezes por semana, com intensidade e volume progressivos (8 a 12 estímulos; 80 a 110% da potência máxima). Amostras de sangue venoso e do músculo vasto lateral foram obtidas antes e após o programa de HIIT. Após o programa de treinamento houve aumento da sensibilidade à insulina nos obesos resistentes à insulina, mas não houve redução da massa de gordura. A concentração de citocinas no soro, o estresse oxidativo sistêmico e frequência das células imunes não foram modificadas após o treinamento. No músculo esquelético, o HIIT promoveu aumento da fosforilação do substrato do receptor de insulina (IRS) (Tyr612), da Akt (Ser473) e da proteína quinase dependente de cálcio/calmodulina (CAMKII) (Thr286), e aumento do conteúdo da β-hidroxiacil-CoA desidrogenase (β-HAD) e citocromo C oxidase (COX-IV). Houve ainda, redução da fosforilação da quinase regulada por sinal extracelular (ERK1/2) nos obesos resistentes à insulina. Concluímos que 8 semanas de HIIT promoveram melhora da sensibilidade à insulina, modificou componentes da via de sinalização da insulina e do metabolismo oxidativo no músculo esquelético. Essas alterações ocorreram independentes de mudanças na gordura corporal total e de parâmetros inflamatórios sistêmicos.
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    Biomarcadores neuroendócrino-inflamatórios, estado redox e desenvolvimento infantil de crianças com sobrepeso e obesidade entre seis e 24 meses de idade
    (UFVJM, 2016) Camargos, Ana Cristina Resende; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Scalzo, Paula Luciana; Peluzio, Maria do Carmo Gouveia; Sampaio, Kinulpe Honorato; Esteves, Elizabeth Adriana
    A obesidade infantil é considerada um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. Estudos demonstram alteração do padrão de secreção de adipocinas, cortisol e do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), bem como inflamação clínica crônica sublimiar e desequilíbrio redox em crianças com sobrepeso e obesidade na idade escolar. Além disso, o excesso de peso também está associado a reduzido desenvolvimento cognitivo e motor. Apesar da literatura indicar que os primeiros 24 meses de vida representam um período importante para o desenvolvimento da obesidade infantil, não existem evidências se crianças com sobrepeso e obesidade nesta faixa etária já apresentam alterações em parâmetros neuroendócrino-inflamatórios, com possível impacto no desenvolvimento infantil. Dessa forma, os objetivos deste estudo foram: 1) analisar as concentrações plasmáticas de adipocinas e BDNF, as concentrações séricas de cortisol e o estado redox de crianças com sobrepeso/obesidade entre seis e 24 meses de idade; 2) avaliar o desenvolvimento cognitivo e motor de crianças com sobrepeso/obesidade entre seis e 24 meses de idade e; 3) verificar associações entre os biomarcadores avaliados com o desenvolvimento cognitivo e motor nessa faixa etária. Foi realizado um estudo transversal com crianças com sobrepeso/obesidade e eutróficas entre seis e 24 meses de idade, cadastradas nas Estratégias de Saúde da Família. As concentrações plasmáticas de leptina, adiponectina, resistina, receptores solúveis do fator de necrose tumoral 1 e 2 (sTNFR1 e sTNFR1), BDNF e as concentrações séricas de cortisol foram mensuradas pelo método ELISA. As quimiocinas foram mensuradas pela técnica cytometric bead arrays e o estado redox foi determinado por meio da detecção das concentrações de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), da atividade das enzimas catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) e da habilidade de redução do ferro (FRAP). O desenvolvimento infantil foi avaliado por meio do instrumento Bayley Scales of Infant and Toddler Development, 3ª edição (Bayley-III). Foi utilizado teste t para amostras independentes para comparar os grupos e correlação de Pearson ou Spearman para verificar a associação entre as variáveis. Além disso, foi utilizado um modelo de regressão linear múltipla stepwise para verificar a associação entre os biomarcardores selecionados com o desenvolvimento cognitivo e motor. As concentrações plasmáticas de leptina (p=0,0001), adiponectina (p=0,0007), BDNF (p=0,003) e as concentrações séricas de cortisol (p=0,048) foram significativamente superiores no grupo de crianças com sobrepeso/obesidade. Em contrapartida, as crianças deste grupo apresentaram menores concentrações de TBARS (p=0,004) e menor atividade das enzimas antioxidantes CAT (p=0,045) e SOD (p=0,02). Não foram encontradas diferenças significativas nas concentrações de quimiocinas, sTNFR1, sTNFR2, resistina e FRAP entre os grupos (p>0,05). Além disso, as crianças do grupo sobrepeso/obesidade apresentaram menores escores de desenvolvimento cognitivo (p=0,03) e motor (p=0,04). Foi ainda encontrada associação significativa entre as concentrações plasmáticas de leptina e sTNFR1 com o escore composto cognitivo (p=0,001) e das concentrações plasmáticas de sTNFR1 com o escore composto motor (p=0,003). Todos esses resultados apontaram a presença de alterações neuroendócrino-inflamatórias em crianças com sobrepeso/obesidade entre seis e 24 meses de idade. Além disso, embora a maior parte das crianças com sobrepeso/obesidade apresentem desenvolvimento infantil dentro dos limites de normalidade, evidencia-se pior desempenho cognitivo e motor. Por fim, foi demonstrado que maiores concentrações de sTNFR1 e menores concentrações de leptina foram associadas com melhores desfechos de desenvolvimento infantil nessa faixa etária.
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    Efeito modulador do exercício aeróbico sobre TNT-α e seus receptores solúveis, IL-6,BDNF, células T e na funcionalidade de idosas da comunidade com osteartrite de joelho
    (UFVJM, 2014) Gomes, Wellington Fabiano; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues
    A osteartrite de joelho (OAj) é uma doença que afeta principalmente os idosos e pode levar a grandes limitações físicas e funcionais. No entanto, os efeitos específicos da terapia por exercícios, especialmente a caminhada sobre o sistema imunológico, são desconhecidas. Portanto, este estudo teve como objetivo analisar o efeito de 12 semanas de caminhada (3x / semana) no perfil de leucócitos, nos níveis plasmáticos de interleucina (IL-6), do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), dos receptores solúveis de TNF-α (sTNFR1 e sTNFR2), e do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) a partir de plasma retirado do sangue periférico de mulheres idosas com OAj. Além disso, as avaliações clínicas e funcionais (teste de WOMAC, teste de caminhada de 6 minutos, SF-36, a percepção da dor) foram realizadas. Dezesseis mulheres (idade: 67 ± 4 anos, índice de massa corporal: 28,07 ± 4,16 kg/m2) participaram de um programa de caminhada (36 sessões de fisioterapia) e de um esforço físico (01 sessão de fisioterapia). As variáveis foram avaliadas antes e após 12 semanas de treinamento com duração (30-55 min) e intensidade (70-80% da FCmáx) progressivamente maiores. As amostras de sangue coletadas foram analisadas com um contador de células, citômetro de fluxo e pelo método ELISA. As sessões de fisioterapia resultaram em um aumento de 47% da qualidade de vida (p <0,05) e um aumento de 21% no VO2max (p <0,0001) em mulheres idosas com OAj. Além disso, houve uma redução nas células T CD4 + (antes 46,59 ± 7%, depois 44,58 ± 9%, p = 0,0189) e uma intensidade de fluorescência mais elevada para CD18 + CD4 + (antes 45,30 ± 10, depois de 64,27 ± 33, p = 0,0256) e CD18 + CD8 + (antes: 64,2 ± 27, depois de 85,02 ± 35, p = 0,0130). A ET aumentou a concentração plasmática de sTNR1; no entanto, diminuiu a concentração de plasma de sTNFR2, quando comparado com os níveis em repouso de pacientes. O exercício agudo afetou diferencialmente os níveis de sTNFR1 dependente de quando as amostras foram tomadas, antes e após o treinamento aeróbico. No entanto, os níveis de sTNFR2 não foram afetados pelo treinamento. O exercício agudo aumentou os níveis de BDNF apenas antes do período de treinamento de 12 semanas (p <0,001). Além disso, houve aumento das concentrações plasmáticas de BDNF (p <0,0001) e melhora em parâmetros clínicos (funcional p <0,001; percepção da dor p <0,01). A variação dos níveis de receptores solúveis correlacionou-se com a melhora funcional; no entanto, os marcadores inflamatórios de osteoartrite (IL-6 e TNF-α) não foram afetados pelas 36 sessões de fisioterapia.
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    Composição química e efeito sobre mediadores inflamatórios de preparações de partes aéreas de Pseudobrickellia brasiliensis (Spreng) R. M. King & H. Rob (arnica-do-campo) in vitro
    (UFVJM, 2015) Almeida, Valéria Gomes de; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Rocha-Vieira, Etel; Lopes, Miriam Teresa Paz; Santos, Raquel Gouveia dos; Pereira, Wagner de Fátima
    A Pseudobrickellia brasiliensis (Spreng) R. M. King & H. Rob., (Asteraceae) é nativa da flora brasileira, e sua preparação alcoólica tem sido utilizada de forma tópica como anti-inflamatório na medicina popular. Tendo em vista a ausência de estudos acerca da bioatividade e composição química dessa espécie, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de preparações de partes aéreas de P.brasiliensis sobre parâmetros inflamatórios, in vitro, e realizar a análise dos seus constituintes químicos. A triagem fitoquímica dos caules, flores e folhas da planta foi realizada por meio de reações cromogênicas, fluorogênicas e de precipitação e sugeriu a presença de saponinas, terpenos, taninos e flavonoides nas partes aéreas da planta. Os extratos etanólicos de caules (PBETca), flores (PBETfl) e folhas (PBETfo) foram avaliados por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD). Essa análise sugeriu a presença de flavonoides nos extratos, especialmente das classes das flavonas e flavonóis. Os óleos essenciais de flores (PBOEfl) e de folhas (PBOEfo) foram analisados por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrômetro de Massas (CG-EM), sendo possível a identificação de 22 compostos no PBOEfl e 27 no PBOEfo, dentre os quais, o β-pineno, limoneno, α-pineno, sabineno, óxido de cariofileno e E-cariofileno estão presentes em maior valor percentual. Foram confeccionadas culturas de 4h de sangue total para avaliar o efeito hemolítico dos extratos, determinado pela densidade óptica do sobrenadante em 540 nm. Houve indução de hemólise em culturas tratadas com PBETca ou PBETfo em concentrações superiores a 100 μg/mL. O extrato PBETfl induziu hemólise em culturas na concentração final de 200 μg/mL. A toxicidade dos produtos naturais às Células Mononucleares do Sangue Periférico (PBMC) humano após 24 h e 5 dias, foi avaliada por citometria de fluxo, utilizando Azul de Tripan ou Iodeto de Propídeo. O efeito dos produtos naturais sobre a produção de TNF-α, IFN-γ e IL-2 foi determinado por ELISA do sobrenadante de culturas de 24 h, após estímulo com Miristato Acetato de Forbol (PMA) + Ionomicina. Todos os extratos e óleos essenciais reduziram a produção de TNF-α. A síntese de IFN-γ foi inibida pelo extrato PBETfo e pelo óleo essencial PBOEfl. Todos os extratos etanólicos e o PBOEfl, inibiram a produção de IL-2. O PBETfo foi fracionado por meio de partição em solventes com polaridade crescente e todas as frações foram eficientes em inibir a síntese de TNF-α, por PBMC, após 24 h de cultura. Somente a fração hexânica reduziu a síntese de IFN-γ e IL-2. Foram confeccionadas culturas de sangue total estimuladas com lipopolissacarídeo (LPS) para investigação do efeito dos óleos essenciais sobre a expressão de COX-2, por citometria de fluxo. Os óleos essenciais não interferiram na expressão de COX-2. Nossos achados sugerem que o efeito anti-inflamatório atribuído à P.brasiliensis na medicina popular pode, pelo menos em parte, ser devido à inibição da produção de citocinas pró-inflamatórias por linfócitos e monócitos humanos. É possível que flavonoides das subclasses das flavonas e flavonóis possam contribuir para a atividade biológica dos extratos etanólicos de P. brasiliensis. Muitos monoterpenos e sesquiterpenos presentes nos óleos essenciais de flores e folhas de P. brasiliensis já tiveram a atividade anti-inflamatória descrita em outros trabalhos.
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    Influência da vibração de todo o corpo sobre os parâmetros mecânicos, fisiológicos e desempenho físico em homens fisicamente ativos
    (UFVJM, 2013) Avelar, Núbia Carelli Pereira de; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Garcia, Emerson Silami; Francischi, Janetti Nogueira; Batista, Mauro Alexandre Benites; Amorim, Fabiano Trigueiro
    Introdução: Recentemente, a vibração de todo o corpo (VTC) tem sido um método de exercício físico utilizado para aumentar o desempenho físico-funcional. No entanto, os mecanismos relacionados aos efeitos produzidos por essa modalidade de exercício ainda não tem sido completamente investigados. Objetivos: Os objetivos desse estudo foram definir o protocolo de VTC capaz de aumentar o desempenho muscular em jovens fisicamente ativos (estudos 1 e 2) e investigar possíveis mecanismos fisiológicos da VTC sobre o desempenho físico (estudos 3, 4 e 5). Metodologia: No estudo 1 foi avaliada a influência de diferentes ângulos de flexão dos joelhos (60 e 90º) e da VTC na ativação muscular do vasto lateral (VL) e na transmissibilidade do estímulo vibratório para propor o melhor posicionamento corporal durante o exercício. Nesse estudo, 34 jovens fisicamente ativos tiveram a atividade eletromiográfica (EMG) do músculo VL do membro dominante e a aceleração nas articulações dos joelhos e quadril avaliadas durante exercício de agachamento (AG) a 60º e 90º de flexão de joelhos associada ou não a VTC (30 Hz, 4 mm). No estudo 2 foi proposta a avaliação da curva dose-resposta do estímulo vibratório (aceleração) sobre o desempenho muscular dos membros inferiores e superiores. Para isto, nove homens fisicamente ativos foram submetidos a cinco condições experimentais: 1) AG sem VTC; 2) AG/VTC [20 Hz, 2 mm: 31,55 m.s-2]; 3) AG/VTC [45 Hz, 2 mm: 159,73 m.s-2]; 4) AG/VTC [45 Hz, 4 mm: 319,45 m.s-2]; e 5) AG/VTC [60 Hz, 4 mm: 567,91 m.s-2]. Antes e após os procedimentos experimentais o desempenho muscular foi avaliado pelo teste do salto vertical (SV), força de preensão palmar e desempenho anaeróbio pelo teste Wingate (TW). O objetivo do estudo 3 foi comparar os efeitos do aquecimento passivo (AP), da VTC e controle (C) sobre o desempenho de alta intensidade e curta duração (DAICD). Seis homens fisicamente ativos realizaram um teste de 30 segundos de sprint após uma das três condições experimentais: 1) VTC: que consistiu em 5 minutos de AG associados à VTC (45 Hz, 2 mm), 2) AP: que consistiu de 30 minutos de AP usando uma manta térmica sobre as coxas e as pernas (35 W) e 3) C: que foi constituído por 30 minutos de repouso sem aquecimento. A excitabilidade muscular do VL, avaliada pela EMG, foi determinada em repouso e durante o DAICD. As concentrações sanguíneas de lactato (LACT), avaliadas por espectroscopia, e a temperatura muscular (TM) da coxa, estimada indiretamente medindo a temperatura da pele, foram determinadas nos seguintes momentos: antes, imediatamente após as condições experimentais e 3 minutos após o sprint de 30 segundos. O estudo 4 foi desenhado para avaliar o efeito agudo de diferentes intensidades de VTC no desempenho muscular e relacioná-los com fatores intramusculares. Oito homens fisicamente ativos foram aleatoriamente submetidos a uma das três condições experimentais: (1) VTC 2 mm [45 Hz e 2 mm], (2) VTC 4 mm [45 Hz e 4 mm] e (3) sem VTC. Para avaliar a PAP, o torque concêntrico dos flexores e extensores de joelho foi medido durante três flexo-extensões unilaterais de joelho a 60º.s-1 em um dinamômetro isocinético. A potência e a altura do SV também foram avaliadas. Estas medidas foram realizadas antes e após as condições experimentais. O objetivo do estudo 5 foi determinar os efeitos da adição da VTC aos exercícios de AG na ativação cerebral, avaliada pelo eletroencefalografia (EEG). Sete homens fisicamente ativos foram submetidos de forma aleatória a uma das três condições experimentais: a) exercícios de AG/VTC 45 Hz/2 mm; B) AG/VTC 45 Hz/4 mm e C) AG sem VTC. Para avaliar os efeitos da VTC na ativação EEG, os voluntários foram submetidos a um período de oito minutos em estado de repouso (olhos fechados) antes e 3 minutos após as condições experimentais. Resultados: Os principais achados do estudo 1 foram que (1) 90º de flexão dos joelhos produziu maior atividade EMG que 60º (p <0,001), sem diferença na transmissibilidade aceleração, (2) em ambos os ângulos de flexão do joelho, a adição de VTC não produziu diferenças significativas na EMG, mas com maiores valores de aceleração em relação ao AG realizado sem a VTC (p <0,001). O estudo 2 demonstrou que há uma faixa de aceleração de VTC mais apropriada para promover melhor desempenho muscular dos membros inferiores [159,45 m.s-2 - 319,45 m.s-2]. No entanto, estes estímulos aplicados sob os pés não parecem melhorar a força de preensão palmar. No estudo 3 observou-se que o pico de potência, a potência relativa, o trabalho relativo, o tempo para a potência pico e a cadência no ciclismo foram significativamente mais elevados durante a VTC comparado com o C. A TM foi significativamente maior no AP comparado com a VTC e C antes do teste de desempenho. Não foram observadas diferenças significativas entre as condições experimentais para LACT imediatamente após o sprint e na EMG durante o sprint. O estudo 4 demonstrou que a VTC aumentou o pico de torque para os músculos flexores de joelhos. Além disso, a potência e a altura do SV também foram aumentadas pela VTC. O estudo 5 demonstrou que houve uma diminuição significativa da potência absoluta na banda Alfa durante a VTC com exercícios de AG (45 Hz/2 mm e 45 Hz/4 mm) em comparação com a situação C nos seguintes eletrodos: F7 (p: 0,03, tamanho do efeito: 0,750, poder: 0,708) e F8 (p: 0,01, tamanho do efeito: 0,838, poder: 0,909). Conclusões: Os resultados dos estudos supracitados indicam que o protocolo de VTC associado ao AG a 90º de flexão dos joelhos, nos parâmetros de VTC de 45 Hz/2-4 mm (159,45 - 319,45 m.s-2), aumentou a altura e a potência do SV, bem como o desempenho anaeróbio dos membros inferiores, sem alterações na força de preensão. Os possíveis mecanismos relacionados com aumento no desempenho muscular dos membros inferiores seriam fatores intramusculares e envolvimento de componentes centrais (ativação eletroencefalográfica), sem modificações no metabolismo anaeróbio lático, na temperatura muscular e na atividade eletromiográfica.
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    Análise da composição química, atividade citotóxica e inibição de citocinas in vitro de preparações de partes aéreas da planta ageratum fastigiatum
    (UFVJM, 2013) Freitas, Bethânia Alves de Avelar; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Rocha-Vieira, Etel; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Francischi, Janetti Nogueira; Lopes, Miriam Teresa paz; Miranda, João Luiz de; Mendonça, Vanessa Amaral
    Ageratum fastigiatum é uma planta utilizada na medicina popular como anti-inflamatório e analgésico, no entanto, poucos estudos foram realizados a fim de detalhar os mecanismos envolvidos nessa atividade. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade anti-inflamatória in vitro do óleo essencial e do extrato diclorometânico de A. fastigiatum. Pela técnica de exclusão do azul de tripam por citometria de fluxo foram determinadas concentrações não tóxicas das preparações de A. fastigiatum. As concentrações não tóxicas do óleo essencial foram 5x10-3 e 1x10-2 µL/mL. Essas concentrações foram utilizadas para a pesquisa do potencial anti-inflamatório do óleo essencial, medido por meio da análise do perfil de citocinas pro (TNF- α e IFN- γ) e anti-inflamatórias (IL-10), em culturas de leucócitos humanos estimulados e não estimulados com PMA (acetato de forbol miristato) . Os dados demonstraram que ambas as concentrações inibiram o percentual de linfócitos-TNF+ nas culturas estimuladas com PMA. A análise cromatográfica em fase gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG/EM) revelou como principais constituintes no óleo essencial as substâncias α-pineno (7,51%), limoneno (5,9%), óxido de cariofileno (13,59%), 1,2 epóxido humuleno (8,41%) e 1,6-humulanodien-3-ol (17,71%). O extrato diclorometânico de A. fastigiatum, na concentração 20 µg/mL, não apresentou toxicidade aos leucócitos do sangue periférico humano e reduziu o percentual de linfócitos-TNF-α+ e linfócitos-IFN-γ+ nas culturas estimuladas com o PMA. Este extrato foi fracionado em coluna de Sephadex LH-20 (150 g). Na análise de citocinas, a fração 10 (AFDM 10), na concentração 10 µg/mL, demonstrou efeito anti-inflamatório in vitro reduzindo a frequência de linfócitos-TNF-α+ e a proliferação de linfócitos estimulados com PHA (fitohemaglutinina). Sugere-se que parte da atividade anti-inflamatória de A. fastigiatum se dê pela inibição que os constituintes da planta promovem sobre a ativação de leucócitos.