PPGODONTO - Doutorado em Odontologia (Teses)
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Item Efeito do gel Oxyflower® como coadjuvante no tratamento da pericoronarite: ensaio clínico randomizado controlado(UFVJM, 2019) Silveira, Esmeralda Maria da; Gonçalves, Patricia Furtado; Flecha, Olga Dumont; Verli, Flaviana Dornela; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonçalves, Patrícia Furtado; Santos, Cássio Roberto Rocha dos; Mesquita, Ana Terezinha Marques; Alcântara, Carlos Eduardo Pinto de; Andrade, Valdir CabralAs terapias floral e vibracional representam um campo emergente na terapêutica odontológica, carecendo de investigação clínica de boa qualidade. Objetivo: investigar o efeito do gel Oxyflower® como coadjuvante no tratamento da pericoronarite, avaliando parâmetros clínicos e o impacto na qualidade de vida dos pacientes. Metodologia: Foi realizado um ensaio clínico randomizado controlado, triplo-cego, longitudinal. A amostra foi constituída de 55 participantes diagnosticados com pericoronarite na Clínica de Periodontia e Cirurgia da UFVJM. Os pacientes foram submetidos ao tratamento de urgência, com debridamento local e irrigação com soro fisiológico, seguida de aplicação tópica do gel sorteado: Oxyflower® (OXY, n=19); gel de Clorexidina (CLX, 2%, n=17), ou gel Placebo (PLC, n=19. Os participantes receberam orientações de higienização bucal, adequação do meio e foram instruídos para a aplicação caseira do mesmo gel, duas vezes ao dia por sete dias, além de serem orientados para o uso de analgésico quando houvesse dor. O acompanhamento foi feito após 1, 3, 7, 15, 30, 90 e 120 dias. Após 30 dias o tratamento definitivo foi realizado de acordo com a indicação: exodontia, cirurgia de cunha distal ou acompanhamento. Os participantes foram acompanhados longitudinalmente por mais 90 dias, totalizando 120 dias de acompanhamento. Foram avaliados como desfechos primários Dor e Qualidade de vida (QV). Como desfechos secundários, avaliou-se: Profundidade de Sondagem (PS) e Altura da Crista Óssea na distal do segundo molar (ACO), Abertura Bucal (AB) e Extensão do Edema/ Eritema (EEE), Índice de Placa (IPL), Índice de Sangramento à Sondagem (ISS) e Posicionamento do Terceiro Molar inferior por meio de radiografia panorâmica (PTM). Foi realizada uma análise comparativa entre os grupos usando o teste do Qui-quadrado ou teste exato de Fisher para as variáveis categóricas e Anova ou Kruskal-Wallis para as variáveis contínuas. O modelo de Equação de Estimação Generalizada (EEG) foi utilizado para estimar as diferenças entre os grupos nos valores de Dor, QV, EEE, AB, IPL, ISS, PS e ACO e em cada tempo de acompanhamento. Testes Post-hoc dos principais efeitos e interações foram realizados utilizando ajuste de Bonferroni para comparações múltiplas. Resultados: O modelo EEG revelou que não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos para Dor, QV, EEE, AB, ISS e PS (P>0,05). Entretanto, houve melhora dos parâmetros clínicos e da QV ao longo do tempo, independente do tratamento (P<0,01). Para as variáveis IPL e ACO houve efeito da interação entre o tempo e a intervenção. Conclusão: O gel Oxyflower® não ofereceu benefício adicional no tratamento da pericoronarite, quando comparado ao gel de Clorexidina ou gel Placebo. O debridamento local e irrigação com soro fisiológico parecem ser suficientes para a melhora dos parâmetros clínicos e da QV dos pacientes acometidos.Item Influência de fatores clínicos e socioambientais na saúde bucal de crianças pré-escolares: um coorte de 3 anos(UFVJM, 2017) Fernandes, Izabella Barbosa; Ramos-Jorge, Maria Letícia; Ramos-Jorge, Joana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ramos-Jorge, Maria Letícia; Martins Júnior, Paulo Antônio; Abreu, Lucas Guimarães; Ribeiro, Liliane da Consolação CamposO objetivo desse estudo de coorte foi avaliar o risco de fatores clínicos e socioambientais dos primeiros anos de vida da criança sobre: (1) a progressão da cárie dentária; (2) a presença de dor de dente; (3) a ocorrência de má oclusão; (4) o impacto na qualidade de vida relacionada à saúde bucal de crianças pré-escolares e suas famílias. Este estudo foi realizado com 151 pares de mães e crianças que participaram de um estudo transversal realizado no ano de 2014 na cidade de Diamantina, Minas Gerais. Durante o baseline (2014) essas crianças apresentavam de 1 a 3 anos de idade e foram avaliadas clinicamente para verificar a presença de cárie dentária por meio dos critérios do Sistema Internacional de Avaliação e Detecção de Cárie Dentária (ICDAS) de placa dentária visível, de má oclusão e de traumatismos dentários. As mães também foram avaliadas clinicamente para verificar a presença de cárie dentária por meio dos critérios da Organização Mundial de Saúde. Foram aplicados três questionários às mães sob a forma de entrevista: um questionário para avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde bucal, a versão brasileira do Early Childhood Oral Health Impact Scale (B-ECOHIS), o Dental Anxiety Scale (DAS) e um questionário que abordava aspectos socioambientais da família além de informações relativas às crianças e seus hábitos. Todas as mães foram orientadas acerca das condições bucais de seus filhos e as crianças foram encaminhadas para atendimento odontológico. Após três anos (T1) as crianças foram reavaliadas clinicamente e as mães responderam novamente ao B-ECOHIS, ao DAS, além de responderem a um questionário para avaliação de dor de dente, a versão brasileira do Dental Discomfort Questionnaire (DDQ-B). A análise de dados foi realizada através do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0, e incluiu a descrição de frequência das variáveis, teste qui-quadrado, teste Wilcoxon e regressão hierárquica de Poisson. Crianças que possuíam pelo menos um dente com cárie cavitada no baseline, apresentaram maior risco de progressão de outras lesões cariosas. Foram fatores de risco para a ocorrência de dor de dente em T1, a presença de cárie dentária cavitada e a maior aglomeração familiar no baseline. A presença, no baseline, de cárie dentária cavitada e do hábito de sucção de dedo foram fatores determinantes da presença de má oclusão em T1. Incremento de cárie severa, tratamento odontológico e escore do B-ECOHIS no baseline foram associados à piora na qualidade de vida. Conclui-se que cárie dentária, sucção de dedo e maior aglomeração familiar são fatores de risco para piores resultados em saúde bucal na idade pré-escolar. Incremento de cárie severa, ausência de tratamento dentário e menor escore do B-ECOHIS no baseline foram fatores de risco para a piora na qualidade de vida.