PPGODONTO - Doutorado em Odontologia (Teses)

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    Perda de dentes por cárie na dentadura mista: fatores socioeconômicos e capital social
    (UFVJM, 2023) Souza, Taiane Oliveira; Ramos Jorge, Maria Letícia; Souza, Débora Souto de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Souza, Débora Souto de; Fernandes, Izabella Barbosa; Roberto, Luana Leal; Santos Neto, Pedro Eleutério dos
    Embora haja esforços contínuos na promoção da saúde, as doenças bucais com consequente perda de dentária continuam a ser um grande desafio para a saúde pública. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre a perda de dentes por cárie na dentadura mista, os fatores socioeconômicos e o capital social em crianças de 8 a 11 anos de idade. Foi realizado um estudo transversal incluindo 627 estudantes matriculados em escolas públicas e privadas de Diamantina, Minas Gerais. A perda de dentes permanentes e a perda precoce de dentes decíduos por cárie foi avaliada por meio dos índices CPO-D e ceo-d, respectivamente. Foram aplicados questionários para coleta de informações sociodemográficas. O capital social foi investigado pelo instrumento “Questionário de capital social para adolescentes escolares – QCS-AE”. Os dados foram analisados por meio do programa Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS) versão 20.0. Foram conduzidas análises bivariadas, por meio do teste do qui-quadrado de Pearson. Os modelos múltiplos foram ajustados através da Regressão Logística Binária. A prevalência da perda dentária por cárie na dentadura mista foi de 11,6%. A perda de dentes permanentes representou 1,8% e a perda precoce de dentes decíduos representou 12,9%. Em relação à associação entre a perda dentária e as variáveis independentes na análise bivariada, observou-se que as variáveis renda, escolaridade materna e o domínio confiança do capital social apresentaram p ≤ 0,20, sendo selecionados para o modelo múltiplo. Já na análise múltipla ajustada, a chance de perda dentária foi maior entre as crianças que apresentavam renda mensal inferior a 2 salários mínimos (OR=3.359; IC95%=1.465-6.458) e que o capital social era baixo no domínio confiança (OR=2.03; IC95%=1.511 a 4.852). A perda de dentes decíduos e permanentes foi maior em crianças de baixa renda e baixo capital social no domínio confiança.
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    Uso de localizador apical e instrumentação com limas pediátricas na endodontia de dentes decíduos
    (UFVJM, 2023) Mourão, Priscila Seixas; Ramos Jorge, Maria Letícia; Fernandes, Izabella Barbosa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fernandes, Izabella Barbosa; Viana, Ana Cecília Diniz; Bendo, Cristiane Baccin; Fernandes, Ighor Andrade
    Introdução: A realização do tratamento endodôntico de dentes decíduos é considerada desafiadora, principalmente devido a variações no sistema de canais radiculares desses dentes. Objetivo: Apresentar as atualidades na odontometria e instrumentação com limas pediátricas na Endodontia de dentes decíduos por meio de duas revisões sistemáticas e um estudo laboratorial. A primeira objetiva avaliar se há diferença na mensuração do comprimento de trabalho entre localizadores apicais e métodos radiográficos em dentes decíduos. A segunda, comparar o uso de limas pediátricas versus limas convencionais, por meio da instrumentação manual e mecanizada em dentes decíduos. Já o estudo laboratorial, visa avaliar a anatomia do sistema de canais radiculares de dentes decíduos antes e após o uso do sistema endodôntico Sequence Baby File (MKlife). Metodologia: As duas revisões seguiram o guia PRISMA e foram registradas no PROSPERO. Uma busca sistemática foi realizada por dois pesquisadores de forma independente nas seguintes bases de dados eletrônicos: PubMed, Web of Science, Virtual Health Library (VHL) e Embase. A literatura cinza e a lista de referências dos estudos incluídos foram consultados. A estratégia de busca foi elaborada através de combinações dos termos selecionados. Todas as referências recuperadas foram exportadas para o programa online EndNote e as duplicatas removidas. Os estudos incluídos foram submetidos à extração de dados e avaliados quanto a qualidade metodológica, sendo a primeira revisão através do QUADAS-2 e a segunda ROB-2. Meta-análises e avaliação da certeza da evidência (GRADE) foram realizadas. Já no estudo laboratorial a micro-CT foi realizada em equipamento SkyScan. A reconstrução 3D das seções transversais das amostras foi realizada utilizando o software NRecon. Para análise quantitativa foi utilizado o software CTAnalyzer e o SPSS. A visualização volumétrica dos materiais analisados foi realizada no software CTVol. Resultados: Na primeira revisão foram incluídos 26 estudos e 19 estudos foram elegíveis para meta-análise. A maioria apresentava qualidade razoável. Na comparação entre LA (localizador apical) e RC (radiografia convencional) (MD= 0,52mm, IC 95%: 0,15 a 0,89, I2 = 75%), foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre as medidas. Na comparação entre LA e RD (radiografia digital) (MD= 0,06mm, IC 95%: -0,12 a 0,24; I2 = 0%), nenhuma diferença estatisticamente significativa foi observada. Na segunda revisão, observou-se melhor qualidade da obturação(OR=4,57[1,78 – 11,74] e menor chance de subobturação[OR=6,4[1,53–26,67] em canais radiculares tratados com limas pediátricas manuais comparadas às convencionais. Não houve diferença entre limas mecanizadas pediátricas versus convencionais quanto à qualidade da obturação. O tempo de instrumentação foi menor com limas manuais(MD=-38,21[-73,17- -9 3,24],I2=94%) e mecanizadas pediátricas(MD=-114,90,[-156,34- -73,46],I2=99%) comparadas às convencionais. Não houve diferença entre o uso de limas mecanizadas pediátricas e convencionais e dor pós-operatória. A certeza da evidência foi considerada baixa para todos os desfechos em ambos trabalhos. Já no estudo laboratorial 29 condutos radiculares foram instrumentados utilizando o sistema SBF. A média geral de aumento no volume pós instrumentação foi de 0,44μ. O tempo médio de instrumentação foi de 2,54 minutos por dente. A média geral de centralização foi 1,90μ e transporte do canal foi de 0,04μ. Conclusão: Foi identificada diferença na medição do comprimento de trabalho usando radiográfica convencional comparado ao uso do localizador apical e não houve diferença para o método digital. A instrumentação com limas pediátricas manuais pode proporcionar melhor qualidade de obturação e limas pediátricas manuais ou mecanizadas exigem menor tempo de instrumentação. O sistema SBF apresentou resultados satisfatórios quanto a sua capacidade de remoção de dentina, centralização, transporte do canal e tempo de instrumentação em canais radiculares de dentes decíduos.
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    Associação das alterações do comportamento infantil com bruxismo do sono e nível de higiene bucal
    (UFVJM, 2023) Rezende, Vanessa Silva de; Ramos Jorge, Maria Letícia; Souza, Débora Souto; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Os pais são os principais responsáveis pelos cuidados com a saúde bucal de seus filhos. São eles quem iniciam os cuidados de higiene e também podem perceber alterações como o bruxismo. Por passarem a maior parte do tempo com seus filhos, eles são a melhor fonte de informações sobre o comportamento da criança. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações do comportamento infantil observadas pelos pais e sua relação com o bruxismo do sono e nível de higiene bucal. Trata-se de um estudo transversal, realizado em 2019 na cidade de Diamantina, Minas Gerais, Brasil. A amostra foi composta por 174 crianças de 4 a 12 anos, de ambos os sexos, atendidas na Clínica de Tratamento Restaurador Atraumático (ART) do Programa de Pós-Graduação em Odontologia (PPGOdonto) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Dois examinadores treinados e calibrados fizeram a coleta de dados. Para coleta de dados não clínicos foi aplicado um questionário socioeconômico, um questionário de avaliação dos hábitos da criança, que incluía o relato dos pais sobre bruxismo, além da Escala A2 de Rutter para avaliar o comportamento infantil. Na clínica foram avaliados a respiração predominante (nasal/bucal), o biofilme visível (Quigley-Hein Indice de placa modificado por Turesky) e cárie dentária (ceo-d/CPOD). A análise estatística foi realizada utilizando o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 2023). Foi realizada a análise de frequência e o teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov para as variáveis numéricas que apresentaram distribuição não-normal. Na análise bivariada foram utilizados os testes Qui-quadrado e Kruskal-Wallis. Os resultados foram organizados em dois artigos científicos. No primeiro artigo a variável dependente foi o bruxismo do sono (presente/ausente) e as variáveis independentes foram as características das crianças, condições socioeconômicas, o padrão de respiração predominante e o comportamento da criança observado pelos pais fora do ambiente odontológico (Escala A2 de Rutter). Para controlar os fatores de confusão, foi realizado a análise de regressão de Poisson, com análises não ajustadas e ajustadas. No modelo final respiradores bucais apresentaram 62% maior prevalência de bruxismo (RP=1,624, IC 95%, 1,071-2,465, p=0,023) e crianças com comportamento alterado apresentaram 63% maior prevalência de bruxismo. No segundo artigo a variável dependente foi a placa dentária (presente/ausente) e as variáveis independentes foram as características das crianças, condições socioeconômicas, os hábitos de higiene, cárie dentária e o comportamento. No modelo final, crianças com comportamento alterado apresentam 9% maior prevalência de placa dentária (RP=1,092, IC 95%, 1,029-1,159, p=0,004). Deste modo, conclui-se que alterações no comportamento aumentam a prevalência de possível bruxismo do sono e biofilme dental.
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    Qualidade de vida relacionada à saúde bucal de adolescentes escolares: análise baseada em dois instrumentos
    (UFVJM, 2023) Duarte Rodrigues, Lucas; Ramos Jorge, Maria Letícia; Ferreira, Fernanda de Oliveira; Marques, Leandro Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Com base na mudança de paradigma para uma abordagem biopsicossocial centrada no indivíduo, a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) tornou-se um fator-chave em estudos clínicos. Determinar o propósito específico da avaliação QVRSB, uma vez que as aplicações de pesquisa podem variar, torna-se decisivo para a seleção adequada das medidas de avaliação. O objetivo deste estudo foi comparar a avaliação do impacto negativo da saúde bucal na qualidade de vida de adolescentes escolares por meio de dois instrumentos, o PIDAQ e o CPQ11-14. Trata-se de um estudo transversal incluindo 411 estudantes entre 12 e 19 anos de idade da cidade de Diamantina, MG. Exame clínico foi realizado por 2 examinadores em ambiente escolar, com o auxílio de espelho clínico, uso de espátula de madeira e sonda milimetrada, para avaliar discrepâncias oclusais. Foram avaliadas condições clínicas como cárie dentária, maloclusão, defeitos de esmalte, fluorose, provável bruxismo do sono, trauma dental, respiração predominante e o uso de aparelho ortodôntico. A QVRSB foi avaliada por meio da aplicação autoadministrada de dois instrumentos, PIDAQ e CPQ11-14. Questionário sociodemográfico e econômico foi direcionado aos pais/responsáveis dos escolares. Análises descritiva e estatística dos dados foram realizadas. Testes Qui-quadrado, associação de tendência linear e Regressão logística binária com variância robusta foram realizados. A Regressão logística binária identificou as variáveis presença de aparelho ortodôntico, consequências clínicas da cárie não-tratada, apinhamento dentário, desalinhamento superior, sobremordida profunda e respiração bucal e baixa renda como fatores preditores para o impacto negativo da QVRSB em adolescentes por meio do PIDAQ. Já o CPQ11-14 discriminou como fatores determinantes para um impacto negativo na QVRSB o as consequências clínicas da cárie não tratada, overjet inferior, respiração bucal e sexo feminino. Conclui-se que os instrumentos de avaliação do impacto da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal, PIDAQ e CPQ11-14, identificaram de formas distintas o impacto negativo dos problemas bucais na qualidade de vida dos adolescentes escolares. Apesar de discriminarem alguns fatores determinantes de modo semelhante, cada instrumento foi capaz de detectar outros fatores preditores individualmente.
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    Efeitos da injeção do fator de crescimento fibroblástico-2 na taxa de retração de caninos maxilares
    (UFVJM, 2023) Santana, Lucas Garcia; Marques, Leandro Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Marques, Leandro Silva; Oliveira, Dhelfeson Willya Douglas de; Pereira, Luciano José; Macari, Soraia
    O fator de crescimento fibroblástico-2 (FGF-2) atua na mitogênese de células endoteliais, bem como aumentando a angiogênese, e controlando a formação de massa óssea e a proliferação de osteoclastos. Isso indica que o FGF-2 desempenha um papel importante na regulação da modelagem óssea e, consequentemente, na taxa de movimentação dentária ortodôntica. O objetivo deste estudo foi realizar um ensaio clínico controlado randomizado de boca dividida piloto, e avaliar os efeitos da injeção do FGF-2 na taxa de movimentação dentária durante a retração de caninos maxilares com aparelhos fixos. A amostra consistiu de indivíduos adolescentes, com os segundos molares permanentes irrompidos, e que apresentavam má oclusão cujo tratamento requeria a extração dos primeiro pré-molares superiores (direito e esquerdo). Os dentes caninos maxilares esquerdo e direito dos participantes foram aleatoriamente divididos e randomizados em grupo controle grupo intervenção (n=8). Após a fase de alinhamento e nivelamento dentário, e imediatamente antes do início da retração do canino (T0), o grupo intervenção recebeu a injeção de 0,1 miligramas (mg) de FGF-2 na mucosa gengival da superfície distal do canino. O grupo controle recebeu apenas força ortodôntica para retração do canino. O desfecho primário avaliado, após 2 semanas (T1), 4 semanas (T2) e 8 semanas (T3), foi a taxa média total e mensal de retração dos caninos, através da medição em modelos de gesso. Os desfechos secundários foram: comparar diferenças entre o lado intervenção e controle na inclinação do canino maxilar e movimentação mesial dos segundos pré-molares maxilares (caracterizando perda de ancoragem); avaliar a dor e desconforto do paciente em relação ao procedimento; e o comprimento da raiz dos caninos (indicadores de reabsorção radicular). Os desfechos foram mensurados mediante cegamento. Para comparar a quantidade de retração dos caninos, o Test-t pareado foi utilizado, através do software SPSS 20.0. Houve diferença estatisticamente significativa nas taxas de movimento dentário entre o lado FGF-2 e controle entre os tempos T2 e T3, e na avaliar do movimento total do canino maxilar (T2-T3: diferença média, 0,77 mm; 95% CI, 0,18, 0,1,13; P = 0.01 mm; T0-T3: diferença média, 1,07 mm; 95% CI, 0,59, 1,53 mm; P = 0,01). Não houve diferenças na perda de ancoragem, inclinação, reabsorção radicular, e percepção de dor entre o lado intervenção e de controle em qualquer ponto do tempo (P > 0,05). A injeção do FGF-2 não teve nenhum efeito na vida diária dos pacientes, exceto por uma leve sensação de dor similar nos dois lados (P > 0,05). Uma porcentagem significativa de pacientes estava disposta a repetir o procedimento e recomendá-lo a outras pessoas. Nenhum dano foi reportado. O FGF-2 foi eficaz em acelerar o movimento dentário total do canino maxilar após 2 meses. Outros parâmetros secundários avaliados não foram diferentes entre os lados intervenção e controle. Todos os pacientes consideraram repetir e recomendá-lo a amigos injeção com FGF-2.
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    Tradução, adaptação transcultural e validação de um questionário específico para doenças periodontais: OHIP 14 DP - Br
    (UFVJM, 2023) Martins da Cruz, Timilly Mayra; Gonçalves, Patrícia Furtado; Douglas de Oliveira, Dhelfeson Willya; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonçalves, Patrícia Furtado; Drummond, Andreia Maria Araújo; Paiva, Saul Martins de; Silva, Cleverson de Oliveira e; Ramos Jorge, Maria Letícia
    A doença periodontal é considerada uma das doenças crônicas mais prevalentes na população adulta mundial. Sua capacidade de influenciar negativamente a qualidade de vida dos pacientes é relevante e tem sido avaliada com base em instrumentos genéricos para esta finalidade. Considerando a ausência de um instrumento de condição específica para se avaliar a amplitude do impacto que esta doença pode causar no bem estar físico e psicológico de pacientes diagnosticados com doença periodontal, nesta tese, buscou-se primeiramente realizar uma revisão narrativa sobre quais instrumentos genéricos tem sido mais utilizados para se avaliar o impacto da doença periodontal na qualidade de vida dos indivíduos, bem como revisar suas características principais. Esta revisão concluiu que atualmente, um dos instrumentos genéricos mais utilizados nos estudos que buscam avaliar o impacto da doença periodontal continua sendo o OHIP 14, seguido do OIDP. O segundo artigo apresentado nesta tese teve como objetivo traduzir, adaptar transculturalmente e validar um questionário específico para se avaliar a influência da doença periodontal no cotidiano desses indivíduos, o OHIP 14 DP - Br. O processo de tradução, adaptação transcultural e validação da versão brasileira do questionário seguiu um protocolo consolidado cobrindo as seguintes etapas: 1) tradução do questionário original (em espanhol) para o português e sua síntese; 2) retro tradução da versão sintetizada para o espanhol; 3) Pré teste em um grupo selecionado (n=30); 4) teste de propriedades psicométricas do instrumento traduzido (n=110), em dois grupos: com e sem doença periodontal. Um painel de especialistas foi montado para monitorar todo o processo e relatórios de cada etapa. O questionário foi aplicado duas vezes no grupo com presença de doença periodontal, dentro de um intervalo de 7 a 10 dias. Os dados foram submetidos a testes de consistência interna e de validade, sendo analisados estatisticamente no software SPSS. A amostra foi composta por 69 mulheres e 41 homens, com média de idade de 40,65 anos. O OHIP 14 DP - Br apresentou o alfa de Cronbach de 0,945 e ICC=0,997, ambos com p<0,001. Além disso, a versão brasileira apresentou associação significativa entre as dimensões do questionário traduzido e a doença periodontal. A correlação entre as dimensões do questionário e a autoavaliação da saúde gengival apresentou valores de rs= -0,310 e p=0,023. Nenhum item do questionário necessitou ser excluído. Conclui-se que o processo de tradução e adaptação transcultural do OHIP 14 DP - Br foi validado, apresentando boa consistência interna, confiabilidade e validade.
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    Nanopartículas de seda como material modificador do cimento de ionômero de vidro
    (UFVJM, 2023) Duarte, Ana Caroline Alves; Galo, Rodrigo; Araújo, Cíntia Tereza Pimenta de; Galvão, Endi Lanza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Galo, Rodrigo; Corona, Silmara Aparecida Milori; Sá Pinto, Ana Clara de; Oliveira, Simone Gomes Dias de; Soares, Maria Eliza da Consolação
    O cimento de ionômero de vidro (CIV) é amplamente utilizado em diversas aplicações odontológicas e sua composição vem sendo modificada para que as características físico-químicas e mecânicas sejam melhoradas. Utilizada pela indústria têxtil há muitos anos, a fibroína da seda (FS) apresenta propriedades mecânicas com potencial aplicabilidade em alguns materiais utilizados na Odontologia. Visto isso, objetivou-se avaliar a influência da modificação do cimento de ionômero de vidro, por meio da incorporação de nanopartículas de seda, em suas propriedades mecânicas, físicas e biológicas. Três Cimentos de Ionômero de Vidros (CIV) comercialmente disponíveis (Maxxion, Vidrion R, Ketac Molar Easy Mix) foram reforçados com nanopartículas de FS com 0,2 e 0,5 em peso (%). A microestrutura dos nanopartículas e dos CIVs modificados pela seda foi avaliada por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Dez espécimes de cada um dos materiais não modificados (controle) e modificados nanopartículas de seda foram preparados para ensaios mecânicos, assim como para avaliação da liberação de flúor e atividade antimicrobiana. Os dados apresentaram distribuição normal encontrada sendo utilizado p teste paramétrico ANOVA e teste complementar de Duncan (α=0,05). O reforço com nanopartículas de seda a 0,2% melhorou as propriedades quando avaliado a rugosidade superficial no grupo Vidrion. Na concentração de 0,5% no ensaio de tensão diametral foi possível observar o valor aumentou em comparação a concentração de 0,2% o que não aconteceu se comparado ao grupo controle. Quanto a liberação de flúor houve um aumento significativo do Ketac e elevação discreta dos demais CIVs. Sua ação antibacteriana não foi evidenciada uma vez que não foi possível observar halos de inibição em nenhum dos 3 microrganismos (Streptococcus mutans, Lactobacillus casei, Candida albicans) avaliados. Com base no presente estudo, pode-se concluir que a incorporação das nanopartículas de seda em baixas concentrações, melhorou ligeiramente as propriedades mecânicas, liberação de flúor do CIV, sem promover halos de inibitórios.
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    Fatores associados aos defeitos de desenvolvimento do esmalte
    (UFVJM, 2022) Barroso, Heloisa Helena; Ramos Jorge, Maria Letícia; Fernandes, Izabella Barbosa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ramos Jorge, Maria Letícia; Faria, Patrícia Corrêa de; Perazzo, Matheus de França; Ribeiro, Liliane da Consolação
    Estudos longitudinais que investigam os defeitos de desenvolvimento do esmalte (DDE) e a associação com fatores neonatais ainda são limitados diante do rigor metodológico. Buscando preencher essa lacuna, dois artigos científicos foram conduzidos para esta tese. O Artigo 1 trata-se de uma revisão sistemática com o objetivo de verificar a associação entre Índice Apgar desfavorável (IA) e DDE em crianças. Artigos primários foram coletados em três bases de dados eletrônicas (Medline via PubMed, Web of Science e Virtual Health Library), literatura cinza e busca manual nas listas de referências. A extração de dados foi realizada por três revisores independentes. A ferramenta do Instituto Joanna Briggs (JBI) foi utilizada para avaliar o risco de viés. A certeza da evidência, Classificação de Recomendações, Avaliação, Desenvolvimento e Avaliação (GRADE) foram avaliadas. Para meta-análise utilizou-se o software R, versão 3.6.2. Dos 80 estudos, 18 artigos foram selecionados para leitura completa, 11 dos quais preencheram os critérios de elegibilidade e foram incluídos nesta revisão. Metanálises foram realizadas considerando a ocorrência de qualquer tipo de DDE, hipoplasia, hipomineralização molar incisivo (HMI) e segundos molares decíduos hipomineralizados (HPSM). O critério que mais contribuiu para risco de viés foi a falta de estratégia para lidar com os fatores de confusão. A prevalência de DDE entre os 441 pacientes com IA desfavorável foi de 79% (IC 95%: 0.12 - 0.99, I² = 99%). Nenhuma associação significativa foi encontrada entre IA desfavorável e DDE (OR: 2.87, IC 95%: 0.81-10.16, I² = 91%). O primeiro minuto avaliado de IA desfavorável também não se associou ao DDE (OR: 1.27, IC 95%: 0.31 - 5.27, I²= 91%). Conclui-se que não há associação entre IA desfavorável e a presença de DDE em crianças. O GRADE mostrou certeza de evidência muito baixa para todos os desfechos. O segundo artigo objetivou avaliar os fatores de risco neonatais para DDE em dentes decíduos de crianças nascidas a termo (CT) e prematuras (CP). Esse estudo longitudinal retrospectivo foi conduzido com 200 crianças (100 CT e 100 CP) nascidas entre abril de 2013 a julho de 2017 em uma maternidade da cidade de Diamantina, MG, Brasil. Dados neonatais e socioeconômicos foram coletados por meio de registros hospitalares e questionários. A avaliação bucal ocorreu no ano de 2019 e as crianças deveriam apresentar dentição decídua completa. O diagnóstico de defeitos de esmalte foi realizado usando o Índice de DDE. A análise de dados foi realizada através do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0 incluindo a análise descritiva das variáveis, e regressão hierárquica de Poisson com variância robusta, construindo um modelo para DDE como desfecho. A incidência de DDE foi de 54%, com uma ocorrência de 18% e 36% em CT e CP, respectivamente. Nenhuma exposição esteve associada ao DDE nas CT. Para as CP, a internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) (RR=2,98; IC 95%=1,38-6,43) permaneceu associada ao DDE após ajustes por variáveis de confusão. Conclui-se que a internação em UTIN de CP foi um fator de risco para a incidência de DDE em dentes decíduos.
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    Comparação entre métodos para fixação intermaxilar em fraturas mandibulares minimamente deslocadas
    (UFVJM, 2022) Fernandes, Ighor Andrade; Falci, Saulo Gabriel Moreira; Galvão, Endi Lanza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Falci, Saulo Gabriel Moreira; Santos, Cássio Roberto Rocha dos; Bargodakis, Elizabete; Marchiori, Érica Cristina; Souza, Leandro Napier de
    O objetivo principal do tratamento das fraturas mandibulares é o restabelecimento da oclusão dentária. Para isso, utiliza-se métodos de fixação intermaxilar (FIM). Barras de Erich são consideradas o método de melhor performance para tal procedimento. Estudos mostram vantagens de parafusos de FIM sobre as barras. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar a qualidade da FIM obtida com o uso das barras de Erich com a obtida pelos parafusos de FIM. Primeiro, uma revisão sistemática foi realizada nas bases de dados eletrônicos Pubmed, Web of Science, Virtual Health Library e Cochrane Library. Estudos incluídos deveriam comparar os dois métodos de FIM e avaliar pelo menos um dos desfechos: estabilidade oclusal, higiene oral, qualidade de vida, tempo para aplicação e remoção do método, e complicações. Quinze artigos foram incluídos, 12 desses na metanálise. Parafusos de FIM mostraram resultados melhores para tempo de aplicação [diferença média (DM 46,83; 95% intervalo de confiança (IC): 30,63-63,02] e remoção (DM 22,89; 95%IC 14,61-31,17), acidentes perfurocortantes [risco relativo (RR) 0,21; 95%IC 2,41-6,04), e menor risco de lesões iatrogênicas aos dentes (RR 0,21; 95%IC -0,17-2,31), quando comparadas às barras de Erich. A qualidade metodológica dos estudos comprometeu os resultados. Em seguida, com base nos resultados dessa revisão sistemática, um ensaio clínico foi elaborado e conduzido. Foram incluídos 28 pacientes com diagnóstico de fratura mandibular minimamente deslocada, que necessitassem de FIM. Os pacientes não poderiam ter fraturas complexas de face ou fratura dentoalveolar, ter história prévia de fratura mandibular, serem edêntulos ou terem ausência de mais de cinco dentes posteriores. Randomização foi feita através de sorteio, utilizando envelopes opacos, alocando os pacientes para cada um dos grupos: barras de Erich ou parafusos de FIM. Os pacientes foram examinados durante a cirurgia e nos dias pós-operatórios 1, 7, 15 e 30. As variáveis foram: estabilidade da FIM intraoperatória, estabilidade e qualidade da oclusão intra e pós-operatória, tempo de aplicação e remoção da FIM, quantidade de anestésico utilizado para a remoção da fixação, complicações inerentes ao método, higiene oral (índice de placa visível e índice de sangramento gengival) e qualidade de vida (OHIP-14). Análises estatísticas foram realizadas através do programa Statistical Package for the Social Sciences, versão 22.0. Tempos para aplicação e remoção do material de FIM, e quantidade de acidentes perfurocortantes, foram estatisticamente significativos maiores para barras de Erich. Índice de placa visível nos dias 15 e 30, foram maiores no grupo de barras de Erich. No dia 15, o subdomínio “deficiência” do OHIP- 14, demonstrou piores resultados para o grupo barras de Erich. Questões 10 (dia 7), 13 (dia 15) e 3 (dia 30) do OHIP-14, também favoreceram o grupo de pacientes tratados com parafusos de FIM. Assim, pacientes tratados com barras de Erich, quando comparados aos tratados com parafusos de FIM, apresentaram maiores tempos de aplicação e remoção do método, maior quantidade de acidentes perfurocortantes, piores padrões de higiene oral e qualidade de vida, em tempos de acompanhamento específicos. Estabilidade da FIM e qualidade da oclusão dentária intra e pós-operatória não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos.
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    Concepção, validação e desenvolvimento tecnológico de um checklist para avaliação inicial de pacientes com trauma bucomaxilofacial
    (UFVJM, 2022) Souza, Glaciele Maria de; Falci, Saulo Gabriel Moreira; Galvão, Endi Lanza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Falci, Saulo Gabriel Moreira; Silva, Carlos José de Paula; Andrade, Valdir Cabral; Souza, Débora Souto de; Santos, Cássio Roberto Rocha dos
    O trauma bucomaxilofacial requer avaliação minuciosa de estruturas vitais na região de cabeça e pescoço. A depender da severidade do trauma, muitas vezes, a avaliação dessas estruturas pode ser negligenciada. Dessa forma, a padronização na avaliação diagnóstica torna-se necessária. Não foram encontrados na literatura científica estudos abordando a validação de um instrumento para sistematização desta avaliação. Portanto, essa pesquisa teve por objetivo desenvolver e validar um checklist para o atendimento inicial em traumatologia bucomaxilofacial, realizar um levantamento epidemiológico dos pacientes atendidos, bem como criar um aplicativo a partir desse checklist, abordando toda a temática por meio de dois artigos científicos. No primeiro artigo foi descrito o processo de desenvolvimento e validação do instrumento. De acordo com metodologias para o desenvolvimento de instrumentos de avaliação em saúde, o planejamento do presente checklist foi conduzido a partir de extensa revisão da literatura auxiliando a condução das bases conceituais preliminares e compilação de itens a serem contemplados no instrumento. O processo de validação seguiu-se com a avaliação de experts, fase pré-teste e estudo piloto. A versão final do checklist e um questionário complementar foram aplicados a 84 pacientes da pesquisa propondo descrever a condição clínica inicial dos pacientes com trauma bucomaxilofacial. No segundo artigo, as características sociodemográficas desses pacientes são apresentadas e a prototipagem do checklist descrito através do desenvolvimento tecnológico de um aplicativo a partir da versão previamente validada (CAITOM®). Os resultados dessa pesquisa permitiram o desenvolvimento e validação de um instrumento e aplicativo pioneiro na avaliação inicial de pacientes com trauma bucomaxilofacial.