PPGODONTO - Doutorado em Odontologia (Teses)

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    Influência do uso da água ozonizada durante a cirurgia de terceiro molar inferior impactado, sobre dor, edema e trismo: ensaio clínico randomizado triplo cego em boca dividida
    (UFVJM, 2018) Glória, José Cristiano Ramos; Santos, Cássio Roberto Rocha dos; Falci, Saulo Gabriel Moreira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Cássio Roberto Rocha dos; Flecha, Olga Dumont; Gonçalves, Patrícia Furtado; Macedo, Sérgio Bruzadelli; Cota, Luís Otávio de Miranda
    A cirurgia para extração do terceiro molar é um dos procedimentos mais comumente realizados em Odontologia, sendo geralmente associada com dor, edema e trismo pós-operatório. A terapia com ozônio é um dos métodos modernos de tratamento não medicamentoso, sendo fonte de constantes pesquisas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do uso da água bidestilada ozonizada na irrigação realizada em cirurgias de terceiros molares inferiores impactados bilateralmente e assintomáticos. Vinte pacientes saudáveis (8 homens e 12 mulheres) com média de 20,9 (DP=2,5) anos de idade foram submetidos à extração bilateral dos terceiros molares com intervalo de quatro semanas entre as duas cirurgias. Foram incluídos terceiros molares inferiores classe II-B de Pell & Gregory. O procedimento operatório foi irrigado com água bidestilada ozonizada ou água bidestilada. A solução irrigante a ser usada foi sorteada por um dado, e mantida em segredo até 5 minutos antes da extração dentária. O operador, o avaliador e o paciente não tinham conhecimento a respeito da solução irrigadora usada. Os parâmetros edema e trismo foram avaliados no baseline e durante os intervalos pós-operatórios de 24, 48 e 72 horas e 7 dias, o edema linear foi determinado utilizando medidas na face e o trismo através da abertura bucal máxima. A dor pós-operatória foi auto-registrada pelo paciente utilizando escala analógica visual durante as 72 horas iniciais, em intervalos de 24 horas. Foi realizada análise estatística descritiva. Para verificar se houve diferença significante entre os parâmetros, os dados foram submetidos aos testes Mann-Whitney e Wilcoxon. A magnitude de efeito foi verificada pelo teste d de Cohen. Foi adotado nível de significância p<0,05. Foram incluídos 20 dentes em cada grupo. A água bidestilada ozonizada, comparada à água bidestilada, não apresentou melhor controle da dor, edema e trismo em todos os períodos pós-operatórios (p>0,05). Com relação à dor, não foi observada diferença estatisticamente significativa na análise intragrupo (p>0,05). Na avaliação intragrupo do edema e trismo, houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) entre baseline e avaliações de 24, 48 e 72 horas. O grupo de água bidestilada ozonizada apresentou magnitude de efeito variando de médio à grande, enquanto no grupo de água bidestilada a magnitude foi de pequena à grande. Conclui-se que a água bidestilada ozonizada mostrou-se viável como meio de irrigação, tendo efeito clínico significativo que variou de médio a grande na redução da dor, edema e principalmente para o trismo após remoção dos terceiros molares inferiores impactados.