PPGCF - Doutorado em Ciência Florestal (Teses)

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    Dinâmica nutricional e fertilização de povoamentos de eucalipto
    (UFVJM, 2020) Massad, Marília Dutra; Santana, Reynaldo Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santana, Reynaldo Campos; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Pereira, Israel Marinho; Titon, Miranda; Lopes, Emerson Delano; Lafetá, Bruno Oliveira
    O manejo nutricional em florestas de eucalipto requer a quantificação dos nutrientes existentes no solo e a exportada no final do ciclo, com a colheita, estimando a demanda nutricional e identificando a eventual necessidade ou não da aplicação de fertilizantes. Entretanto, informações sobre a época e a quantidade de fertilizantes para atender a demanda do eucalipto ainda são incipientes. Desta forma, o trabalho teve como objetivo estimar a demanda nutricional de uma rotação de eucalipto, visando estudar a dinâmica dos nutrientes no sistema solo-planta e avaliar o balanço nutricional ao final do ciclo de sete anos. Foram levantados dados da literatura referentes à produção de biomassa e quantidade de N, P, K, Ca, Mg e S dos componentes do eucalipto (folha, galho, casca, lenho, raiz) e serapilheira (acumulada no piso florestal e produzida anualmente), semestralmente, de 6 a 84 meses de idade. A partir das estimativas foi realizado um estudo do comportamento de biomassa, teor e quantidade de nutrientes dos componentes e da serapilheira, além do coeficiente de utilização biológica dos nutrientes. Foi quantificado o aporte de nutrientes via solo e a decomposição da serapilheira. Em seguida, foi realizado o balanço nutricional, considerando as entradas e saídas de nutrientes, além de diversas taxas de recuperação mencionadas na literatura. Observou-se que o eucalipto apresentou uma dinâmica no acúmulo de biomassa e quantidade de nutrientes nos seus componentes em razão das diferentes fases nutricionais da cultura. Primeiramente, ocorreu uma grande produção de biomassa de raiz e folhas. Com o avanço da idade e o tocar de copas houve uma redistribuição dos nutrientes para os outros componentes da árvore, com um maior enfoque à produção do tronco. A serapilheira, pelo processo de decomposição, disponibilizou de maneira crescente os nutrientes ao eucalipto ao longo do ciclo de cultivo, sendo fundamental para a manutenção nutricional das florestas. De modo semelhante, a permanência dos resíduos da cultura na área contribuíram para uma menor exportação de nutrientes e redução no custo de manutenção da fertilidade. Cada nutriente avaliado apresentou suas particularidades no solo, refletindo em diferentes disponibilidades e taxas de recuperação pela planta. As diferentes fases nutricionais e os fatores edafoclimáticos interferiram na absorção do nutriente. Desta forma, padronizar um valor de recuperação do nutriente pode acarretar erros na estimativa da quantidade requerida no solo e na recomendação de adubação levando a doses excessivas ou subestimadas, podendo onerar os custos nos programas de fertilização com a aquisição dos insumos ou não atendendo à demanda do eucalipto, respectivamente.