PPGER - Mestrado em Estudo Rurais (Dissertações)

Permanent URI for this collectionhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/collections/69a0a0d2-d9f0-4e08-a825-1265f156f608

Browse

Search Results

Now showing 1 - 2 of 2
  • Thumbnail Image
    Item
    O tradicional em estratégias voltadas ao turismo nas comunidades rurais Algodoeiro, Bica D’Água e Covão, Diamantina, Minas Gerais
    (UFVJM, 2022) Aguiar, Nilza da Conceição; Cambraia, Rosana Passos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cambraia, Rosana Passos; Thoma, Andrea Cristina; Prat, Bernat Viñolas; Pinto, Cynthia Regina Fonte Boa; Carvalho, Marivaldo Aparecido de
    O turismo rural contribui para a revitalização econômica e social das regiões, proporciona o reconhecimento dos patrimônios e produtos locais e a conservação do meio ambiente. Esta pesquisa interdisciplinar faz parte da linha de pesquisa „Sociedade e Cultura no Mundo Rural‟ e tem como objetivo examinar mecanismos e estratégias que viabilizem a forma de viver das famílias rurais, com foco no incremento da renda e também na ocupação da sua força de trabalho, a partir das chamadas pluriatividades rurais não-agrícolas, visando o desenvolvimento socioeconômico de comunidades quilombolas. As comunidades pesquisadas são remanescentes de quilombos localizados no distrito de Extração (Curralinho) em Diamantina (Minas Gerais, Brasil): Algodoeiro, Bica D‟Água e Covão. Foram realizadas visitas às comunidades, caminhadas para tomadas de fotografias e entrevistas com moradores. Os dados foram analisados com o aplicativo de informática QualiVida. O roteiro de entrevista teve como foco a transformação de atividades contemporâneas do rural em potencialidades, como a do turismo nas áreas rurais do interior do país, especialmente de Minas Gerais. Os resultados trazem evidência para os fenômenos da ressignificação da natureza e das questões ambiental, cultural e social, especialmente daquelas que envolvem as características do turismo como na Estrada Real, com o acolhimento de visitantes. Entre alguns mecanismos para geração de renda familiar, de valorização da cultura e da gastronomia, com base no turismo local, destacamos a receptividade e a gastronomia típica regional. A alimentação local tem base no cultivo familiar, predominantemente de milho, feijão e mandioca, além das frutas típicas como a abacate, cagaita, goiaba, jatobá, manga, abacate, jatobá, cagaita e pequi. No exame de estratégias e mecanismos que viabilizam a maneira de viver dessas comunidades, destacamos aqui o fato das comunidades tradicionais quilombolas possuírem traços de memória, tradição e coletividade, faltando, no entanto, ações específicas para mitigação das precariedades locais, sejam aquelas básicas relacionadas à saúde, a educação, a moradia, o saneamento, além de acesso à energia elétrica e o transporte seguro e acessível. Mencionamos também alguns problemas cotidianos decorrentes do isolamento social e das ineficientes políticas públicas no nível local, retratando neste estudo de caso o contraste entre a situação atual em que se encontram as comunidades rurais tradicionais e as suas potencialidades para o desenvolvimento de atividades como do turismo comunitário rural, inclusive com a possibilidade de atração de investimentos públicos e privados em infraestrutura para os locais onde se executam as atividades turísticas.
  • Thumbnail Image
    Item
    Território da água, território da vida: comunidades tradicionais e a monocultura do eucalipto no Alto Jequitinhonha
    (UFVJM, 2018) Almeida, Clebson Souza de; Sulzbacher, Aline Weber; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Sulzbacher, Aline Weber; Fávero, Claudenir; Perpetua, Guilherme Marini; Costa Filho, Aderval
    O espaço rural do Alto Vale do Jequitinhonha, Nordeste de Minas Gerais, possui dentre suas características uma expressiva presença de comunidades tradicionais que sofreram a partir da década de 1970 a expropriação de grande parte de seu território tradicionalmente ocupado, que sob a condução do Estado brasileiro, foi destinado aos grandes projetos de desenvolvimento ligadas à produção energética, dentre eles a monocultura de eucalipto para a produção de carvão e atendimento ao setor siderúrgico. A partir deste contexto, este estudo se desenvolveu nos municípios de Carbonita, Capelinha, Itamarandiba, Minas Novas, Turmalina e Veredinha, com destaque para os dois últimos. O seu objetivo geral foi: Analisar os efeitos socioambientais gerados pela implantação da monocultura do eucalipto na microrregião do Alto Vale do Jequitinhonha incluindo a sua relação com os processos de alteração no modo de vida pela expropriação territorial das comunidades tradicionais. Como percurso metodológico utilizamos os procedimentos assentados sob a perspectiva da Pesquisa Participante, buscando a inserção e interação do pesquisador no grupo/comunidade dos sujeitos pesquisados, considerando a concretude, a totalidade e a dinâmica dos fenômenos sociais para a promoção coletiva de conhecimentos como patrimônio dos grupos historicamente invisibilizados. A pesquisa desenvolvida nos anos 2017 e 2018 utilizou técnicas como: a realização de 31 entrevistas em 11 comunidades camponesas, com o uso de questionário semiestruturado; a observação participante; a análise documental primária e a revisão bibliográfica. Como resultados, identificamos que os danos gerados pela atividade de monocultura do eucalipto são diversos, a citar: I) erosão genética das espécies nativas do Cerrado, com destaque para a extinção das flores Sempre-vivas das áreas de veredas; II) a destruição de espécies protegidas por lei, como os pequizeiros, que são sufocados no meio da monocultura e danificados no ato da colheita mecanizada da madeira de eucalipto; III) o uso abusivo de agrotóxicos, até mesmo aqueles proibidos por lei, gerando o risco de contaminação das fontes de água que abastecem a população; IV) desrespeito e degradação das áreas de preservação permanente (APPs) nas bordas de chapada; V) poluição do ar com gases tóxicos emitidos no processo de carbonização da madeira, colocando em risco a saúde da população do entorno e a estabilidade do clima global; VI) o ressecamento de inúmeras nascentes de água ampliando a escassez hídrica da região; VII) a expropriação territorial de comunidades Quilombolas e Tradicionais, desestabilizando sua autonomia sociocultural e seus modos de vida.