PPGER - Mestrado em Estudo Rurais (Dissertações)

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    O Festival Garimpando Sabores e a ressignificação dos saberes e fazeres culinários de Mendanha
    (UFVJM, 2019) Silva, Luciana Teixeira; Murta, Nadja Maria Gomes; Paes, Sílvia Regina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Murta, Nadja Maria Gomes; Cambraia, Rosana Passos; Paes, Sílvia Regina; Figueiredo, Ana Flávia Andrade de
    A presente pesquisa desenvolve uma análise sistemática acerca da realização do Festival Garimpando Sabores, enquanto evento turístico focado na culinária, na comunidade rural de Mendanha, em Diamantina, Minas Gerais, inferindo em que medida é relevante na ressignificação dos saberes e fazeres culinários desta. Através de uma abordagem que mescla o pensamento complexo e a abordagem qualitativa da pesquisa-ação, arquitetada em entrevistas em três estratos – cozinheiros que participaram do evento, moradores da comunidade rural e membros da comissão organizadora do festival -, esta abordagem apreende as percepções dos atores sobre o evento e sua contribuição para a ressignificação destes conhecimentos tradicionais, que vinham se extinguindo em função de seu caráter de transmissão, ancorado significativamente na oralidade, do êxodo rural e da situação de marginalidade econômico-social que alguns territórios, como as comunidades rurais no Vale do Jequitinhonha, tinham sido compelidos, como o distrito de Mendanha, que se percebia alijado do avanço turístico da sede do município. As discussões em torno dos resultados da pesquisa asseveram que a valorização da comida como atrativo turístico é mais complexa do que se imagina, indo além da possibilidade de geração de renda, da preservação da identidade local e da memória gustativa, perpassando pelo debate da introdução de inovações, autoestima das comunidades e perspectivas de médio e longo prazo. Trata-se de um prelúdio, e não do desfecho do debate, que permitem ainda contribuições para a retomada perene das raízes e memórias alimentares tradicionais de qualquer grupo social, sobretudo em comunidades rurais, como é o caso de Mendanha.
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    Mitos e logos: repensando as dicotomias da modernidade ocidental sob a perspectiva da educação escolar indígena
    (UFVJM, 2019) Cavalcante, Amanda Ottoni; Cambraia, Rosana Passos; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cambraia, Rosana Passos; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Queiroz, Henrique Almeida de; Paes, Sílvia Regina; Alves, Thamar Kalil de Campos; Silva, Nádia Maria Jorge Medeiros
    O processo educacional escolar como direito das comunidades indígenas vem sendo constituído, no século XXI, em contraposição à tradição assimilacionista e integracionista de experiências escolares que tinham como finalidades o apagamento das diferenças culturais. Essa pesquisa teve como foco a reinterpretação dos mitos como método pedagógico para reinvenção das tradições culturais com base no próprio meio de transmissão do conhecimento tradicional. Analisou-se as representações que os povos indígenas predominaram no imaginário dos estudantes do Ensino Médio, no sentido de problematizar a concepção genérica do “ser índio” para recriar outras concepções baseadas no método partilhado através da investigação sobre o conhecimento histórico dos próprios indígenas. A metodologia utilizada foi à revisão bibliográfica sobre as teorias decoloniais, o espaço rural brasileiro e a educação escolar indígena, e a análise do material didático “Rithioc Krenak” diferenciado e específico da educação escolar indígena - com foco na reinterpretação dos mitos para re-criar e re-significar a história do seu povo. Contribuindo para a “ressurgência” cultural no intuito de reverter o quadro de silenciamento da língua materna e análise das representações dos estudantes do ensino médio sobre os povos indígenas. Conclui-se que os mitos indígenas inseridos no processo educativo possuem uma linguagem específica da cultura e da vida social da comunidade. Contribuem para problematizar a temática indígena em sala de aula, uma vez que, toda representação social parte de uma naturalização de discursos construído ao longo do processo histórico.
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    Narrativas orais: saberes e fazeres da arquitetura vernácula na comunidade de São Gonçalo do Rio das Pedras (MG) e entorno
    (UFVJM, 2018) Amâncio, Mayan Maharishi de Faria Ladeira; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Prat, Bernat Vinolas; Mykonios, Atanásio; Cambraia, Rosana Passos
    A presente pesquisa, Narrativas Orais: saberes e fazeres da arquitetura vernácula na comunidade de São Gonçalo do Rio das Pedras – (MG) e entorno, desenvolveu-se no âmbito do programa de pós-graduação interdisciplinar em Estudos Rurais PPGER/UFVJM. O estudo identifica as memórias que regem o saber e o fazer em relação ao labor, a ocupação dos espaços e principalmente verifica os conhecimentos empíricos, acerca do saber local sobre as construções de casas, espaços de trabalho e ranchos. Realizou-se pesquisas bibliográficas, entrevistas por meio de trabalho de campo e observações etnográficas com base na metodologia de pesquisa participante, houve levantamento dos conhecimentos presentes na oralidade em relação à arquitetura vernácula e a maneira como as pessoas se relacionam com suas construções, seus hábitos de construções, seus procedimentos e suas reflexões sobre suas ocupações espaciais e vida. Evidenciou-se que há uma crise do habitar, em que o afastamento da autonomia construtiva tem sido um dos maiores impactos encontrados. Esse afastamento não se dá apenas pela escolha dos materiais, mas pela impossibilidade de escolher como habitar. Verifica-se as funções ambientais dos espaços rurais na perspectiva da questão da construção como um modo de adaptar os materiais locais e sua relação com o ambiente. Evidenciaram-se os processos de transformação social diante das relações estabelecidas frente ao capitalismo, e a urgência por uma ecologia de saberes.