PPGPV - Mestrado em Produção Vegetal (Dissertações)

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    Atributos químicos de um neossolo quartzarênico, estado nutricional e produtividade do feijoeiro em função de sistemas de cultivo.
    (2010) Freitas, Juan Paulo Xavier de; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christofaro; Alleoni, Luis Reynaldo Ferracciau; Silva, Enilson de Barros
    Este trabalho teve como objetivo comparar em três cultivos a produtividade, componentes de rendimento, atributos químicos do solo e a nutrição do feijoeiro em quatro sistemas de preparo do solo de um Neossolo Quartzarênico. O primeiro cultivo do feijoeiro foi realizado de abril a junho de 2006, o segundo, de novembro de 2006 a janeiro de 2007, e o terceiro de dezembro de 2008 a fevereiro de 2009. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados no esquema de experimento em faixas, com cinco repetições. Os tratamentos foram os seguintes preparos do solo: arado de disco, arado de aiveca, grade pesada e plantio direto com o uso de dessecante na vegetação. Os sistemas de preparo influenciaram nos atributos químicos do solo, na produtividade e nutrição do feijoeiro nas condições de Campo Limpo na Serra do Espinhaço Meridional. O plantio direto e grade pesada são os sistemas de preparo do solo mais adequados para a produção do feijoeiro, quando cultivado sob um Neossolo Quartzarênico.
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    Formas e biodisponibilidade de fósforo no solo em resposta à adição de ácido cítrico.
    (2012) Santos, Sheila Renata; Alleoni, Luis Reynaldo Ferracciú; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Enilson de Barros; Alleoni, Luis Reynaldo Ferracciú
    Melhorar a eficiência da absorção de P no solo pelas culturas, por meio de manejos diferenciados da adubação fosfatada, diz respeito a um melhor aproveitamento do nutriente adicionado via fertilização, que significa ganhos em produtividade. Em solos onde predominam argilas de baixa atividade e óxidos em sua fração mineral, a fixação de P por meio dos processos de adsorção e precipitação torna a nutrição fosfatada um fator limitante para produção da maioria das espécies cultiváveis. O ânion citrato, derivado da dissociação do ácido cítrico no solo, possui elevado poder complexante de metais. Além disso, sua carga negativa garante afinidade com as cargas positivas dos óxidos no solo, competindo com o fosfato pelos mesmos sítios de ligação. Com objetivo de verificar o potencial do ácido cítrico em aumentar a biodisponibilidade ao milho e modificar as formas de P inorgânico no solo, testou-se a combinação das doses 0; 45; 90 e 180 mg dm-3 de P num Neossolo Quartzarênico e 0; 100; 200 e 400 mg dm-3 de P num Latossolo Vermelho Amarelo, com doses equivalentes a 0; 1; 2 e 4 kg ha-1 de ácido cítrico, em experimentos em vasos, em condições de casa de vegetação. No Neossolo Quartzarênico, 119 mg dm-3 de P e equivalente a 0,8 kg ha-1 de ácido cítrico proporcionaram máximo crescimento das plantas de milho. Já no Latossolo Vermelho Amarelo, a estimativa das doses foi de 96 mg dm-3 de P e equivalente a 2,0 kg ha-1 de ácido cítrico. A resposta das plantas à aplicação do ácido cítrico deveu-se à solubilização de formas menos lábeis aumentando as formas mais lábeis de P inorgânico no solo. Os teores de P na planta e aqueles extraídos por Mehlich-1e Resina de Troca Aniônica não se correlacionaram quanto à adição de ácido cítrico no Latossolo Vermelho Amarelo.
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    Fenologia e germinação de sementes de Chamaecrista debilis (Vogel) Irwin e Barneby (Leguminosae-Caesalpinioideae).
    (2012) Araújo, José Eduardo Vargas Lopes de; Mendonça Filho, Carlos Victor; Nery, Marcela Carlota; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nery, Marcela Carlota; Mendonça Filho, Carlos Victor; Antonnini, Yasmine
    A família Leguminosae é composta por cerca de 727 gêneros e 19.325 espécies e, é bem representada na Serra do Espinhaço, considerada Reserva da Biosfera pela UNESCO, portadora de alto grau de endemismos e espécies raras, que vem sofrendo com a perda de habitats pela ação antrópica. Muitas espécies de leguminosas apresentam potencial para recuperação de áreas degradadas, uma vez que possuem associação com bactérias fixadoras de nitrogênio, principalmente as do gênero Chamaecrista. Contudo, existem poucas informações a respeito das espécies desse gênero. E, considerando a importância biológica dos campos rupestres, a ecológica das leguminosas e a lacuna de conhecimento que se tem sobre as espécies da flora na Cadeia do Espinhaço no Planalto de Diamantina, MG, esse estudo teve como objetivo conhecer os aspectos relacionados à fenologia e germinação de sementes de Chamaecrista debilis (Vogel) Irwin e Barneby. As observações fenológicas foram realizadas em áreas de campos rupestres no campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Diamantina-MG. Os testes de germinação foram conduzidos no Laboratório de Sementes da UFVJM. Foram marcados e monitorados 30 indivíduos da espécie, onde avaliou-se quinzenalmente, de abril de 2010 a março de 2011, as seguintes fenofases: caducifolia, brotação, floração e dispersão. Verificou-se que a brotação e floração, estiveram associadas com a estação úmida enquanto a dispersão e a queda de folhas com a estação seca. Para avaliar a germinação foi efetuado um teste de germinação com 12 tratamentos: testemunha, escarificação com lixa d’água n.80, imersão em água a 100oC por 5, 10, 15 , 30 e 60 segundos e imersão em ácido sulfúrico concentrado por 5, 10, 15, 30 e 60 segundos. Foram avaliadas as porcentagens de germinação das sementes, o índice de velocidade de germinação e do teor de água das sementes de Chamaecrista debilis. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições, e as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. Os dados indicaram que a sazonalidade climática da região é determinadora dos padrões fenológicos em Chamaecrista debilis. Para a germinação verificou-se que as sementes apresentaram teor de água de 11,71%. Os tratamentos com água a 1000C a 5, 10 e 15 segundos e ácido sulfúrico a 15 segundos foram os mais eficientes em promover a germinação.
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    Adubação verde com leguminosas herbáceas perenes no Médio Vale do Jequitinhonha.
    (2012) Silva, Diego Mathias Natal da; Fávero, Claudenir; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Fávero, Claudenir; Oliveira, Fábio Luiz de
    O médio vale do Jequitinhonha apresenta condições climáticas adversas, tendendo para a semiaridez, com precipitações anuais abaixo de 1.000 mm, demandando estratégias de convivência com essas condições. Os solos agrícolas nessas regiões tropicais, por estarem expostos aos fenômenos climáticos, térmicos e hídricos, necessitam de proteção contínua, alcançada através da cobertura, viva ou morta, proporcionada principalmente por leguminosas herbáceas perenes utilizadas na adubação verde. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o comportamento e as potencialidades de leguminosas herbáceas perenes para uso como adubação verde, em recuperação ao período de seca, e avaliar a produção do quiabeiro em cultivo sobre a cobertura viva dessas leguminosas, sob manejo orgânico, na região do médio vale do Jequitinhonha/MG. Dois experimentos foram conduzidos: o primeiro com as leguminosas cudzu tropical (Pueraria phaseoloides), calopogônio (Calopogonium mucunoides), amendoim forrageiro (Arachis pintoi), soja perene (Glycine wightii), estilosantes campo grande (Stylosanthes capitata, Stylosanthes macrocephala) e com plantas espontâneas (controle); e o segundo com o quiabeiro cultivado em consórcio com essas leguminosas. O delineamento experimental utilizado nos dois experimentos foi o de blocos, nesse caso com quatro repetições. Observou-se que no primeiro experimento o cudzu e a soja perene restabeleceram-se na área, mais influenciados pela rebrota do que pelo ressemeio; o amendoim forrageiro e o estilosantes restabeleceram-se pelos dois métodos propagativos citados; e o calopogônio se restabeleceu praticamente por ressemeio. As espécies cudzu tropical, calopogônio, amendoim forrageiro e soja perene se destacaram para a cobertura do solo. O uso das leguminosas como cobertura permanente promoveu inibição e mudanças na composição das espécies de plantas espontâneas ao longo do tempo, com destaque para o cudzu. Todas as leguminosas proporcionaram menor temperatura do solo em relação ao controle, com destaque para o cudzu e amendoim forrageiro. O calopogônio se destacou entre as leguminosas com maior capacidade de retenção da umidade do solo. O uso de leguminosas perenes como calopogônio, cuduz tropical e soja perene, pode contribuir para o incremento de N, e a ciclagem dos macronutrientes, além do aumento da matéria orgânica sobre o solo, por meio do material senescente. Independentemente do tratamento, foram encontrados maiores valores de P, K, Mg, SB, pH e matéria orgânica nos primeiros 5 cm de profundidade. Os tratamentos calopogônio, cudzu e soja perene se destacaram, para o teor de K, Mg, SB, H+Al e T em todas as profundidades do solo, com o controle também se destacando para o teor de K. Em todas as profundidades, o solo sob cudzu revelou o menor valor de pH. Amendoim forrageiro, calopogônio e soja perene se destacaram para o teor de P na camada de 10 a 20 cm de profundidade do solo. O calopogônio apresentou os maiores teores de matéria orgânica em todas as profundidades, e independentemente do tratamento, na medida em que se aumenta a profundidade do solo, observam-se valores decrescentes para o teor de matéria orgânica. O controle, calopogônio, cudzu e estilosantes apresentaram o maior valor de carbono da matéria orgânica leve. No segundo experimento observou-se que após estiagem, com início do restabelecimento, cudzu tropical, soja perene e amendoim forrageiro, demonstraram considerável potencial de acúmulo de matéria seca na parte aérea. Após o corte, o calopogônio e o amendoim forrageiro restabeleceram-se bem, principalmente através de germinação, proporcionada pelo banco de sementes depositado no solo e também por rebrota, no caso do amendoim forrageiro. O cudzu e a soja perene promoveram menor presença de plantas espontâneas. Amendoim forrageiro e calopogônio se destacaram em proporcionar menor temperatura do solo e todas as leguminosas promoveram maior retenção de umidade do solo, com exceção do estilosantes, quando comparados com o controle. O quiabeiro cultivado sobre soja perene e cudzu tropical apresentou maiores alturas. A adubação verde com soja perene, estilosantes e cudzu tropical, proporcionou aumento no número e produtividade de frutos de quiabeiro por colheita, por somatório de colheitas, e por classe.
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    Seleção de genótipos de batata-doce para a produção de silagem de ramas.
    (2012) Dornas, Marcus Flávius Silva; Andrade Júnior, Valter Carvalho de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Andrade Júnior, Valter Carvalho de; Silva, Ernani Clarete da; Ribeiro, Karina Guimarães; Pereira, Rosana Cristina
    Objetivou-se, com este trabalho, selecionar genótipos de batata-doce com potencial de utilização na alimentação animal. Foram avaliados a produtividade de ramas e efeito do emuchecimento sobre a composição bromatológica e a capacidade fermentativa das ramas de batata-doce, utilizando-se arranjo fatorial 7x2 (genótipos X ramas emurchecidas ou não), delineamento em blocos ao acaso, com 4 repetições. Os genótipos diferiram quanto à PMS e teores de MS, FDN, FDA, CEL, LIG, CS, NIDA e CIN. O emurchecimento promoveu aumento nos teores de MS, PB, NIDA e componentes fibrosos e redução nos teores de carboidrato solúvel, tornando as ramas emurchecidas de pior qualidade. Não foi observado efeito do emurchecimento sobre a capacidade fermentativa das ramas in natura e emurchecidas. Os genótipos BD-25, BD-08 e BD-23, apresentaram produtividades superiores a 7,0 t ha-1, enquanto, o genótipo BD-43, apresentou baixos teores de FDA. Além dessas características, foram avaliadas a composição bromatológicas e a população de microrganismos das silagens de batata-doce inoculadas ou não, por meio de arranjo fatorial 5x2 (genótipos x inoculante ou não). As silagens obtidas com os diferentes genótipos diferiram quanto aos teores de FDA, HEM e valores de pH. A utilização de inoculante não promoveu alterações na população de microrganismos e nem nas características bromatológicas das silagens, exceto para o valor de pH. De maneira geral, a silagem produzida por todos os genótipos avaliados apresenta boa característica nutricional, entretanto, a silagem do genótipo BD-43 se destacou, apresentando baixos teores de FDA.
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    Características fisiológicas do cafeeiro após aplicação do Glyphosate.
    (2011) Carvalho, Felipe Paolinelli de; França, André Cabral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); França, André Cabral; Santos, José Barbosa dos; Silva, Antônio Alberto da; Ferreira, Evander Alves
    O herbicida glyphosate não é seletivo e de largo espectro de controle de plantas daninhas, seu mecanismo de ação ocorre com a inibição da enzima 5-enolpiruvilchiquimato-3-fosfato sintase (EPSPs), acontecendo o bloqueio da rota do ácido chiquímico, precursor de aminoácidos aromáticos e de outros metabolitos secundários. O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações nas características fotossintéticas e do uso eficiente da água por plantas de cafeeiro submetidas à aplicação de glyphosate. O experimento foi conduzido em casa de vegetação utilizando-se três cultivares de café (Coffea arabica): Acaiá (MG-6851), Catucaí Amarelo (2 SL) e Topázio (MG-1190) e três subdoses do glyphosate (0,0; 115,2 e 460,8 g ha-1), em esquema fatorial 3x3, com 4 repetições. Os cultivares de café se diferiram quanto à atividade fotossintética. Com o aumento das subdoses do herbicida, observou-se maiores consequências negativas sobre as variáveis fotossintéticas. Tais efeitos podem ser atribuídos aos danos diretos na atividade fotossintética ou pelos indiretos, afetando o metabolismo da planta. Com a aplicação do herbicida, as plantas de cafeeiro apresentaram reduções de taxa transpiratória e condutividade estomática, porém menor eficiência do uso da água apenas aos 15 DAA na quarta folha. Os cultivares apresentaram efeitos negativos com a aplicação das subdoses de glyphosate, quanto a transpiração e condutância estomática. Pode-se concluir que o cultivar Acaiá apresentou-se mais tolerante, pois não mostrou efeitos prejudiciais na eficiência do uso da água.
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    Uso de composto de resíduos da indústria têxtil na cultura da alface.
    (2012) Carvalho, Alisson José Eufrásio de; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Abreu Júnior, Cássio Hamilton; Silva, Enilson de Barros; Andrade Júnior, Valter Carvalho de
    O crescimento populacional e o cenário industrial têm aumentado à produção de resíduos sólidos e líquidos. Este trabalho teve como objetivo avaliar o uso do composto de resíduos da indústria têxtil na cultura da alface, em campo. As doses de composto orgânico de resíduos da indústria têxtil foram 0; 7,5; 15; 30 e 60 m3 ha-1 e essas foram comparadas as mesmas doses de vermicomposto e a dose de 40 m3 ha-1 de esterco bovino (tratamento adicional). Os tratamentos foram dispostos em delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições em esquema de parcela subdividida, sendo as parcelas as fontes de fertilizantes e as subparcelas as doses. A dose econômica máxima de composto para a massa fresca da parte aérea foi de 27,9 m3 ha-1. Em relação ao vermicomposto, o composto promoveu maiores teores de P, Cu e Mn e resultado semelhante quanto à respiração basal, número de folhas, perda acumulada de massa fresca, senescência e teores de N, K, Ca, S, B, Zn e Fe. Em relação ao esterco, estimou-se que dose equivalente do composto promove maiores teores de carbono orgânico e de macronutrientes, e foi semelhante quanto à respiração basal, perda acumulada de massa fresca, senescência e teores B, Zn, Fe e Mn. Em relação a outros resíduos citados na literatura o composto promoveu maior ou igual diâmetro máximo da cabeça, número de folhas, massa fresca da parte aérea, perda acumulada de massa fresca, teores de N, P, K, S, B, Zn e Cu. Os teores de Cu e Mn nas plantas de alface fertilizadas com o composto foram abaixo dos valores considerados tóxicos para consumo humano. A compostagem foi eficiente para o tratamento dos resíduos tóxicos da indústria têxtil e o composto pode ser usado em substituição ao esterco bovino na cultura da alface.
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    Uso de glicerina, rejeito da indústria do biodiesel, produzida por transesterificação de triglicerídeos de óleo vegetal em reação catalizada por KOH como fonte de potássio para a cultura da soja.
    (2011) Hizuka, Elton Nobuyuki; Grazziotti, Paulo Henrique; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Enilson de Barros; Grazziotti, Paulo Henrique; Fabris, José Domingos
    O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da aplicação de glicerina proveniente da transesterificação de triglicerídeos de óleo vegetal por catalisador básico KOH como fonte de potássio (“glicerina potássica”), na produtividade e na nutrição da soja e atributos químicos e microbiológicos do solo. Foram realizados quatro experimentos, sendo dois em condições de campo, em Diamantina e Curvelo no estado de Minas Gerais em dois tipos de solo: Neossolo Quartzarênico Órtico típico (NQ) e Latossolo Vermelho distrófico (LVd), respectivamente; e os outros dois experimentos em casa de vegetação em Diamantina, com os mesmos dois solos. Os tratamentos foram três doses de “glicerina potássica” correspondentes 50, 100 e 200 % da dose recomendada de K para a soja e 100 % da dose recomendada de K na forma de cloreto de potássio (KCl) e sulfato de potássio (K2SO4) e um tratamento sem aplicação de K (Controle). Realizou-se a análise química do solo (pH, P, K, Ca, Mg, Al, H + Al, CO e SO4-2) na colheita da soja e microbiológica (respiração microbiana basal (RB), carbono da biomassa microbiana (CBM) e quociente metabólico (qCO2)) do solo no início da emergência das sementes e colheita da soja e os teores foliares dos nutrientes no florescimento da soja nos quatro experimentos, a produtividade da soja nos experimentos de campo e a produção por vaso e matéria seca nos experimentos na casa de vegetação. A produtividade no experimento de campo apresentou diferença apenas no NQ, devido ao teor baixo de K no início do período experimental, diferentemente do LVd que apresentava teor médio, enquanto no experimento na casa de vegetação a “glicerina potássica” promoveu produção de grãos igual ao do KCl, porém abaixo de K2SO4 e não proporcionou aumento na matéria seca da parte aérea da soja em comparação às outras fontes inorgânicas (KCl e K2SO4). Na parte química do solo no experimento de campo a “glicerina potássica” aumentou os teores de K em ambos os solos, porém não alterando os demais atributos e o estado nutricional da soja, o “glicerina potássica” supriu parte do K quando este era limitante no solo e no experimento na casa de vegetação a “glicerina potássica” proporcionou aumento nos teores de K no solo e nos teores foliares de K e S na soja cultivada no NQ. O efeito sobre a microbiota do solo do experimento de campo foi variável, sendo que na primeira avaliação foi alta e na última estes valores diminuíram, mostrando que o meio é capaz de consumir a “glicerina potássica” e os fertilizantes minerais (KCl e K2SO4). No experimento de casa de vegetação, a “glicerina potássica” ao final do período experimental apresentou tendência de se equilibrar no solo NQ e chegando ao equilíbrio no LVd na atividade microbiológica do solo. Porém são necessários estudos para avaliar a utilização da glicerina potássica em longo prazo para entender melhor a dinâmica deste no solo.
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    Influência de lâminas de irrigação no minijardim clonal na produção de mudas de eucalipto.
    (2011) Fernandes, Sula Janaína de Oliveira; Santana, Reynaldo Campos; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Enilson de Barros; Santana, Reynaldo Campos; Ribeiro, Aristides
    O presente trabalho teve como objetivo avaliar resposta de diferentes lâminas de irrigação definidas a medição diária pela ETo em minijardim clonal para produção de mudas de eucalipto híbrido de E. urophylla S.T. Blake e E. grandis W. Hill ex Maiden. O experimento foi conduzido no viveiro da Empresa Sada Bio Energia e Agricultura LTDA, Sete Lagoas (MG), no período de abril a novembro de 2010. No minijardim clonal, adotou-se o delineamento em blocos casualizados, contendo sete lâminas de irrigação e quatro blocos, totalizando em 28 unidades experimentais. Nos demais setores do viveiro (casa de vegetação, casa de sombra e aclimatação a céu aberto), o delineamento foi de blocos casualizados, contendo sete lâminas de irrigação, quatro blocos e dois níveis de redução foliar, totalizando em 56 unidades experimentais. Os tratamentos foram definidos de acordo com a leitura diariamente do Tanque Classe A (T1 = 50% da ETo - freqüência única ; T2= 75% da ETo – duas vezes ao dia; T3 = 100% da ETo – duas vezes ao dia; T4 = 125% da ETo – três vezes ao dia; T5 = 150% da ETo – três vezes ao dia; T6 = 100% da ETo - freqüência única e T7- operacional da empresa - lâmina 10,66 mm dia-1, fertirrigação oito vezes ao dia, durante cinco minutos com uma vazão de 0,8 L h-1. A lâmina 1,46 mm dia-1 (T1 - 50% da ETo) é recomendada para irrigação de minijardim clonal para produção de mudas de eucalipto. Sem redução foliar da miniestaca pode ser utilizado na produção de mudas de eucalipto.
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    Capacidade competitiva, seletividade de herbicidas e atividade microbiana rizosférica de mudas de Hymenaea courbaril L..
    (2011) Gandini, Elizzandra Marta Martins; Santana, Reynaldo Campos; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Santana, Reynaldo Campos; Passos, Juliana Lanna
    O presente estudo teve por objetivo avaliar mudas de Hymenea courbaril L. (jatobá) quanto: (a) à capacidade competitiva com plantas consortes e espécies daninhas referentes a alocação de matéria seca, área foliar e concentração de macronutrientes; (b) à seletividade aos herbicidas sulfentrazone e glyphosate e; (c) aos efeitos de diferentes doses de sulfentrazone sobre a atividade microbiana de substratos cultivados com as mudas. Os experimentos foram conduzidos em casa-de-vegetação, viveiro de produção de mudas e em laboratório na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Diamantina-MG. No ano de 2009, foram conduzidos dois experimentos sendo os tratamentos compostos pela combinação de mudas de jatobá, se desenvolvendo isoladamente ou em competição com cada uma das seguintes espécies Brachiaria humidicola, Brachiaria brizantha, Brachiaria decumbens, Panicum maximum, Cajanus cajan, Canavalia ensiformis e Mucuna aterrima (experimento 1) e Cenchrus echinatus L., Bidens pilosa L., Euphorbia heterophylla L., Solanum americanum Mill e Lolium multiflorum Lam. (experimento 2), mais o cultivo isolado de cada planta daninha e consorte, por 60 dias. Além do efeito das plantas nas características de altura e matéria seca das plantas de jatobá, avaliou-se o acúmulo de nitrogênio, fósforo e potássio em todas as plantas. Em 2010, também foram conduzidos dois experimentos sendo os tratamentos compostos por dois herbicidas (glyphosate e sulfentrazone) e cinco doses desses herbicidas (0,00; 0,09; 0,18; 0,35 e 0,70 L ha-1) (experimento 1); cinco doses de sulfentrazone (0,00; 0,04; 0,15; 0,30 e 0,60 L ha-1) e dois tipos de substratos (rizosférico e não rizosférico cultivados com mudas de jatobá) (experimento 2), sendo avaliado o potencial de intoxicação desses produtos sobre a espécie vegetal e a comunidade microbiana rizosférica. Observou-se que a competição entre as plantas não promoveu alterações na produção de matéria seca ou área foliar do jatobá. Sobre a convivência das plantas daninhas com o jatobá, constatou-se efeito positivo no acúmulo de nutrientes por estas. Os herbicidas estudados apresentaram-se com elevado potencial para uso no controle de plantas daninhas em áreas de plantios de jatobá em fase inicial de desenvolvimento. Quanto aos indicadores microbiológicos, verifica-se que a evolução do C-CO2 e o carbono da biomassa microbiana foram sensíveis à presença dos herbicidas podendo constituir ferramentas auxiliares no monitoramento do impacto desses produtos no ambiente.