PPGPV - Mestrado em Produção Vegetal (Dissertações)

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    Diversidade de acessos de jabuticabeira Sabará em Diamantina/MG por meio da caracterização biométrica e físico-química dos frutos e fisiológica das sementes.
    (2009) Guedes, Mayara Neves Santos; Rufini, José Carlos Moraes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Brandão Júnior, Delacyr da Silva; Belicuas, Silvia Neto Jardim; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni
    A jabuticabeira é uma espécie frutífera, bastante cultivada em pomares domésticos em Minas Gerais. No município de Diamantina/MG, apresenta relevante importância socioeconômica pelo grau de aceitabilidade de seus frutos e multiplicidade de uso. Todavia, ainda não existem variedades recomendadas para o plantio comercial, sendo que para a formação de novos pomares é necessário dispor de material que reúna características favoráveis. O presente trabalho teve como objetivo realizar a caracterização biométrica e físico química de frutos e fisiológica de sementes de acessos de jabuticabeiras ‘Sabará’ em Diamantina/MG, visando identificar materiais promissores para uso comercial e para futuros trabalhos de melhoramento genético. De acordo com os resultados obtidos, os acessos de jabuticabeira (Myrciaria jabuticaba Berg), apresentam variabilidade para todas as características estudadas. Foi evidenciada a adequação de suas características biométricas e físico-químicas para consumo in natura e agroindustrial, sendo as melhores os frutos provenientes dos acessos A1, A2, A4, A22 e A23, enquanto os frutos dos acessos A8, A9, A13, A16 e A17, detêm de características antioxidantes naturais, podendo ser utilizada pela indústria alimentícia. Através das características fisiológicas das sementes, os acessos A13, A20 e A17 se destacaram como fonte de material propagativo, por deter de maior vigor perante as características avaliadas. Os descritores relação DL/DT, número de sementes, relação SST/ATT da polpa, umidade da polpa,diâmetro longitudinal, flavonóides da casca, relação SST/ATT da casca, tanino da casca, umidade da casca, ATT da polpa e poliembrionia, foram os que mais contribuíram para a formação de grupos de acessos com características fenotípicas similares identificadas pela análise de agrupamento. Poucos são os estudos dessa espécie, deve-se ainda realizar um conjunto maior de pesquisas que parte da botânica e da genética, incluindo acessos superiores, formas de propagação e melhor desenvolvimento, incorporação de produtos agroindústrias e seus valores comerciais.
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    Respostas fisiológicas, fenológicas e anatômicas de Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland e Syngonanthus elegantulus Ruhland cultivadas sob dois níveis de radiação em Diamantina, MG.
    (2008) Nunes, Silvia Cristina Paslauski; Oliveira, Maria Neudes Sousa de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cano, Marco Antonio Oliva; Nunes, Ubirajara Russi
    Syngonanthus elegantulus Ruhland (vargeira) e Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland (pé-de-ouro) são as sempre-vivas mais exploradas comercialmente na região de Diamantina. O extrativismo dessas constitui importante fonte de renda para muitas famílias do Vale do Jequitinhonha. As áreas de ocorrência dessas espécies vêm diminuindo drasticamente devido à excessiva pressão de coleta e o manejo com o fogo, que é ateado após as primeiras chuvas (set/out), sendo utilizado com freqüência visando o incremento na produção de inflorescências. Segundo os coletores no ano em que não se coloca o fogo, a produção de capítulos na safra subseqüente é reduzida. A interferência da cobertura vegetal na penetração da luz é um aspecto importante no manejo das espécies. No manejo das sempre-vivas, o fogo pode atuar eliminando o sombreamento causado por outras espécies que ocorrem associadas a elas e, portanto, alterar a penetração de luz, interferindo na germinação das sementes, desenvolvimento vegetativo e na produção de inflorescências. Informações sobre as respostas das plantas a condições distintas de luz são de grande importância para determinar seu potencial de produção e entender a sua capacidade competitiva sob diferentes condições de manejo. Objetivou-se estudar o comportamento fisiológico e anatômico de S. elegans e S. elegantulus cultivadas em vasos, sob dois níveis de radiação (pleno sol e sombrite 50%).
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    Qualidade fisiológica de sementes de assa-peixe (Vernomia polyanthes Less.).
    (2008) Fonseca, Patrícia Gomes; Nunes, Ubirajara Russi; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Brandão Júnior, Delacyr da Silva; Silva, Enilson de Barros
    O assa-peixe (Vernonia polyanthes Less.) espécie pertencente à família Asteraceae, possui propriedades medicinais e tem potencial apícola. Apesar de seu intenso uso popular, são escassas as informações sobre os fatores que condicionam a germinação e o armazenamento de suas sementes. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a qualidade fisiológica de sementes de assa-peixe em relação ao efeito dos fatores temperatura/luz, em diferentes tipos de câmaras, e a influência dos diferentes tipos de ambientes/embalagens, durante o período de armazenamento. A pesquisa foi dividida em duas partes. A primeira parte consistiu em avaliar o efeito dos fatores temperatura e luz sobre o comportamento fisiológico das sementes de assa-peixe, através dos testes de vigor (teste de primeira contagem da germinação e índice de velocidade de germinação) e germinação, em diferentes tipos de câmaras, sob temperaturas constantes (Mangelsdorff e B.O.D.) e alternadas (B.O.D.), na presença e ausência de luz. Os tratamentos foram dispostos em arranjo fatorial, com delineamento inteiramente casualizado e os dados foram submetidos à análise de variância, com as médias comparadas entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Pelos resultados constatou-se que esta espécie comportou-se como “fotoblástica preferencial”, pelo fato da germinação, ter ocorrido na presença e na ausência de luz, porém, esta foi favorecida em presença de luz. As maiores porcentagens de germinação de sementes de assa-peixe foram obtidas a 25ºC, independente do tipo de câmara utilizada (Mangelsdorff ou B.O.D.), e na faixa de temperatura alternada 15-25ºC (em B.O.D.), na presença de luz. As sementes de assa-peixe não germinaram sob temperatura de 40ºC. A segunda parte da pesquisa consistiu em avaliar a influência dos diferentes tipos de ambientes e embalagens e do tempo de armazenamento sobre a qualidade fisiológica das sementes. Foram testados três períodos de armazenamento (0, 136 e 230 dias), sobre duas condições, em geladeira (5  2C) e ambiente de laboratório (22 ± 2ºC), e três tipos de embalagens (vidro, plástica e multifoliada). Determinou-se a porcentagem da umidade, vigor (teste de primeira contagem da germinação e índice de velocidade de germinação) e germinação. Os tratamentos foram dispostos em arranjo fatorial, com delineamento inteiramente casualizado e os dados foram submetidos à análise de variância, com as médias comparadas entre si pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Foi verificado que o armazenamento das sementes de assa-peixe, em geladeira, proporcionou maiores valores para vigor e germinação, com a embalagem de vidro apresentando melhor desempenho, comparados aos obtidos em ambiente de laboratório, independente da embalagem utilizada. O vigor e a germinação das sementes de assa-peixe decrescem em função do tempo, durante os 230 dias de armazenamento.
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    Caracterização, mapeamento, volume de água e estoque de carbono da turfeira da área de proteção ambiental Pau-de-Fruta em Diamantina – MG.
    (2009) Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Alexandre Christófaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christófaro; Grazziotti, Paulo Henrique; Souza, Cláudio Márcio Pereira de; Guilherme, Luiz Roberto Guimarães
    A turfeira é formada pelo acúmulo em sucessão de restos vegetais, em locais que apresentam condições que inibem a atividade de microrganismos decompositores, como excesso de umidade, baixo pH, escassez de oxigênio e temperaturas amenas. Em Diamantina, esse pedoambiente é encontrado na Área de Proteção Ambiental - APA Pau-de-Fruta, situada a 6 km da sede do município, a uma altitude média de 1366 m. A APA está inserida na Serra do Espinhaço Meridional, sua litologia é predominantemente quartzítica e a vegetação é típica de campo rupestre, com pequenas ilhas de cerrado denominadas capões, que se adaptaram ao ambiente hidromórfico. O ambiente é oligotrófico e apresenta elevados teores de Al3+ e valores de saturação por alumínio. As turfeiras formadas nessa área apresentam verticalmente uma estrutura bem definida, sendo que as camadas mais superficiais foram classificadas, de acordo com seu estágio de decomposição, como fíbricas, as intermediárias como hêmicas e as camadas mais profundas, como sápricas. A turfeira, por ser um ambiente de acúmulo de matéria orgânica em condições de baixa atividade de O2, favorece a formação e a manutenção de substâncias húmicas, sobretudo as frações menos solúveis, de forma que o teor de humina é maior que os teores de ácidos húmicos que, por sua vez, são maiores que o teor de ácidos fúlvicos. A turfeira, devido ao seu comportamento tipo esponja, apresenta grande importância na dinâmica da água nessa região, de forma que, nos períodos chuvosos, ela armazena água em seus poros e a libera de forma gradativa com o passar do tempo. A turfeira da APA Pau-de-Fruta ocupa 81,75 ha, armazena cerca de 629.782 m3 de água e estoca em torno de 33.129 toneladas de carbono. Dessa forma, a turfeira da APA Pau-de-Fruta representa um considerável reservatório natural de água, bem como o importante ambiente de sequestro de carbono e é fundamental para o abastecimento de água da cidade de Diamantina.
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    Gênese de “Latossolos Acinzentados” em topossequência deLatossolos das chapadas do Alto Vale do Jequitinhonha,MG.
    (2008) Ferreira, Celmo Aparecido; Silva, Alexandre Christófaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christófaro; Torrado, Pablo Vidal; Perez, Xose Lois Otero; Silva, Enilson de Barros
    O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) é um sistema taxonômico, aberto e que se encontra em construção permanente, conforme novos conhecimentos sobre solos brasileiros são obtidos. O objetivo deste trabalho foi efetuar a caracterização química, física, morfológica, micromorfológica e mineralógica de um “Latossolo Acinzentado” (“LAC”) em topossequência formada por Latossolos representativos dos solos das chapadas da região do Alto Vale do Jequitinhonha-MG, enfatizando aspectos de sua gênese e contribuir para a criação da subordem “LAC” no SiBCS. A topossequência localizada no município de Itamarandiba, MG, está inserida no Planalto do Jequitinhonha, em áreas denominadas chapadas, elaboradas sobre rochas do Grupo Macaúbas, com clima Aw segundo classificação de Koppen. A vegetação nativa é o Cerrado, no entanto, na área estudada predomina o reflorestamento com Eucaliptus spp. Os perfis ocupam as seguintes posições da vertente: topo (P18) – Latossolo Vermelho, terço médio de vertente (P25) – Latossolo Vermelho-Amarelo, terço inferior de vertente (P19) – Latossolo Amarelo e sopé (P20) – “LAC”. Estes perfis foram descritos e amostrados para caracterização proposta. Foram realizadas análises químicas e físicas de rotina. Os teores totais de Fe, Ti, Al, Mn e Si foram determinados pelo ataque sulfúrico e os óxidos de Fe, Al e Mn foram avaliados nos extratos de ditionito-citrato-bicarnonato e oxalato. A mineralogia foi identificada pela difratometria de raios-X e os óxidos de Fe foram identificados pela difratometria diferencial de raios-X. Por espectrometria de fluorescência de raios-X foram determinados Ti, Ga e Zr.Todos os solos apresentaram atributos morfológicos, físicos, químicos e mineralógicos típicos da classe dos Latossolos. P20 apresentou cores acinzentadas, significativos fragmentos de estrutura maciça, característica de Gleissolos, nos horizontes A e BA. Todos os perfis são muito argilosos, distróficos, com baixos teores de P disponível e pH em torno de 5. Os óxidos de Fe, de modo geral, refletiram a cor dos solos e diminuíram ao longo da vertente. A diminuição de Fe cristalino e de baixa cristalinidade ao longo da vertente confirmou a perda de Fe. O Si seguiu o caminho inverso e o Al total permaneceu constante. A diminuição da relação Fe2O3/TiO2 em P20 indicou problemas de drenagem neste solo. A mineralogia da fração argila em todos os perfis é dominada por caulinita e gibbsita. Em P18 foram identificados hematita e goethita, em P25 hematita com baixa intensidade e goethita, em P19 goethita e em P20 não foram identificados óxidos de Fe. A micromorfologia mostrou a predominância da microestrutura granular e porosidade do tipo empilhamento complexo, típicos de Latossolos, em P18, P25 e P19. Em P20 cerca de 25% da área da lâmina do horizonte A/BA é composto pela microestrutura maciça de coloração cinza e 45% é formada por microestrutura tipo microgranular, sendo esta, predominante Bw. A formação dos Latossolos da topossequência estudada pode estar relacionada com a evolução da rede de drenagem e pela ação da fauna a latossolização predominou na formação do “LAC”. Os atributos dos solos da topossequência convergem para uma única classe de solo, a dos Latossolos, que são originados do mesmo material de origem. O “LAC” apresentou todos os atributos necessários ao seu enquadramento na classe dos Latossolos, exceto as cores acinzentadas.
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    Produção e qualidade de raízes, ramas e silagem de ramas de clones de batata-doce em diferentes locais e épocas de colheita.
    (2009) Viana, Daniel José Silva; Andrade Júnior, Valter Carvalho de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Andrade Júnior, Valter Carvalho de; Gomes, Luiz antonio Augusto; Fernandes, José Sebastião Cunha; Ribeiro, Karina Guimarães
    A batata-doce (Ipomoea batatas (L.)), espécie pertencente à família Convolvulaceae, é uma planta rústica, cultivada principalmente por pequenos produtores. Apesar de ser uma das olerícolas mais cultivada no Brasil e apresentar grande potencial de uso na alimentação humana, animal e industrial, tem sido pouco estudada. O objetivo deste trabalho foi identificar clones superiores e avaliar a produção e a qualidade de raízes, ramas e silagem de ramas de clones de batata-doce em diferentes épocas de colheita e ambientes de cultivo. Foi realizado um experimento no Campus II e outro na Fazenda Forquilha, ambos localizados no município de Diamantina-MG, com três épocas de colheita. Foram avaliados nas raízes tuberosas: a produtividade total, produtividade comercial, peso médio total, peso médio comercial, resistência a insetos de solo, formato de raízes, proteína bruta, fibra bruta, cinzas, amido, compostos fenólicos e herdabilidade. Na parte aérea foi avaliado a produtividade de matéria verde, teor de matéria seca, produtividade de matéria seca, proteína bruta e fibra bruta. Foi feito silagem das ramas aos 150 dias após a colheita na Fazenda Forquilha, onde foi analisado proteína bruta, FDA, FDN, NDT, pH, matéria seca, hemicelulose e nitrogênio amoniacal em relação ao nitrogênio total. Através dos resultados apresentados, percebe-se que Os clones BD-25, BD-38 e BD-45, na Fazenda Forquilha, apresentaram as maiores produtividade totais e comercial de raízes e devem ser colhidas mais tardiamente. A Fazenda Forquilha foi o local onde os clones de batata-doce apresentaram, em média, as maiores produtividades totais e comercial de raízes e os maiores pesos médios de raízes total e comercial. As menores notas para formato de raízes foram obtidas nas colheitas mais precoces. Os teores de proteína bruta, fibra bruta, cinzas e amido, na matéria seca de raízes, não foram influenciados pelos ambientes de cultivo. Para obtenção de maiores produtividades de matéria verde e matéria seca, as ramas devem ser colhidas até 150 dias após o plantio. Na Fazenda Forquilha foram obtidas as maiores produtividades de matéria verde e matéria seca das ramas. Os teores de matéria seca nas ramas aumentam com o ciclo da cultura. As ramas de batata-doce apresentam potencial de utilização na alimentação animal, tanto na forma fresca como na forma de silagem.
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    Fungos micorrízicos arbusculares em sempre-viva pé-de-ouro (Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland.).
    (2008) Costa, Hesmael Antonio Orlandi; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Gomes, Eliane aparecida; Silva, Enilson de Barros; Nunes, Ubirajara Russi
    A sempre-viva Syngonanthus elegans, é uma espécies endêmica dos Campos Rupestres que está ameaçada de extinção devido ao extrativismo, que busca sua beleza natural como matéria prima para confecção de produtos ornamentais com alto valor comercial. Existem poucas informações sobre a ecologia desta espécie e nenhuma sobre a ocorrência de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs). O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência e a diversidade de FMAs em Syngonanthus elegans. Dez plantas com raízes e solo rizosférico foram coletadas, em julho de 2007, de locais de ocorrência natural em Diamantina – MG: Nascente do Córrego do Soberbo e Parque Nacional das Sempre-vivas. Em cada local foi selecionada uma área de 100 x 100m. Estas áreas apresentam semelhança quanto à fertilidade do solo e ao clima. Como controle, foram coletadas três exemplares das espécies Loudetiopsis chrysothrix e Xyris sp. Em S. elegans foram observados estruturas fúngicas como hifas, vesículas arbusculos e esporos; alta porcentagem de raízes colonizadas (75 %) e 24 espécies de FMAs morfologicamente distintos. Mais da metade dos FMAs observados neste estudo não puderam ser identificadas a nível de espécie, sendo que algumas destas são possivelmente novas para ciência, como Acaulospora sp.3, Scutellospora sp.1, Scutellospora sp.3 e Scutellospora sp. 4. As famílias de FMAs que ocorreram em S. elegans foram Gigasporaceae, Acaulosporaceae, Glomeraceae e Archaeosporaceae, sendo que as famílias Acaulosporaceae (47 %) e Gigasporaceae (35 %) foram predominantes nas duas áreas. Foram observados cinco gêneros de FMAs em S. elegans ocorrendo nas áreas estudadas, Scutellospora, Gigaspora, Acaulospora, Glomus e Archaeospora, sendo que o gênero predominante no Soberbo foi Acaulospora (47 %) e Glomus (26 %) e no Parque Acaulospora (35 %), Glomus (29 %) e Scutellospora (24 %). No Parque, apesar de menor índice de diversidade e equitabilidade, observou-se maior riqueza de espécies de FMAs. Essa maior riqueza de FMAs, aliada a melhor distribuição de espécies por gênero, indica que esta área apresenta uma comunidade de FMAs mais estável. S. elegans é uma planta micorrízica e apresenta alta porcentagem de raízes colonizadas e diversidade de FMAs. Algumas espécies observadas podem ser novas para a ciência. Novos estudos deverão avaliar a importância dos FMAs no estabelecimento e sobrevivência de S. elegans.
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    Caracterização do solo com diferentes usos e composição florística no Vale do Mucuri – MG.
    (2009) Almeida, Luciana Gomes Fonseca; Fávero, Claudenir; Oliveira, Fábio Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Fábio Luiz de; Jucksch, Ivo; Costa, Fabiane Nepomuceno; Fávero, Claudenir
    O presente estudo foi realizado com os seguintes objetivos: a) caracterizar o estágio de degradação do solo com diferentes usos em áreas de agricultores familiares no Vale do Mucuri; b) descrever a composição florística de remanescentes de matas ciliares para subsidiar a recomposição das áreas degradadas. Este trabalho faz parte do projeto nº 2008-3.08/07 Fapemig, em parceria com a ARMICOPA (Associação Regional Mucuri de Cooperação dos Pequenos Agricultores). As amostras de solo foram coletadas em quatro localidades nos municípios de Ladainha, Novo Oriente, Poté e Caraí, sendo que em cada localidade foram amostradas áreas de pastagem, área de cultura e remanescente florestal. Foram realizadas determinações de atributos físicos, químicos e ligados à matéria orgânica do solo de todas as áreas. A composição florística foi realizada nos quatro remanescentes florestais do bioma Mata Atlântica com Floresta Estacional Semidecidual. Foram alocadas nove parcelas de 10 x 10m, totalizando 900m² em cada ambiente de mata ciliar. O material botânico foi coletado dentro de cada parcela, sempre procurando atingir a maior diversidade possível de espécies por fragmento. Dentre os agroecossistemas analisados, a mata foi a que apresentou melhor qualidade dos atributos do solo, o que indica que o uso e manejo influenciam diretamente sobre esses atributos. Nas quatro áreas de mata ciliares foram identificadas 149 espécies, distribuídas em 81 gêneros e 40 famílias. Os resultados obtidos subsidiarão a recuperação desses ambientes com formação de sistemas agroflorestais, uma vez que a microrregião do Vale do Mucuri carece de estudos quanto às possibilidades de uso sustentável.
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    Diagnose nutricional do cafeeiro para produção e qualidade da bebida na região do Alto Vale do Jequitinhonha, MG.
    (2008) Farnezi, Múcio Mágno de Melo; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Grazziotti, Paulo Henrique; Silva, Enilson de Barros
    O Alto Vale do Jequitinhonha tem apresentado como ascendente pólo cafeeiro do estado de Minas Gerais. No entanto, pouca importância tem sido dada ao diagnóstico do estado nutricional do cafeeiro que proporcione maior produtividade e, melhor qualidade da bebida.As normas DRIS ainda não foram estabelecidas para cafeeiros do Alto Vale do Jequitinhonha,assim, a inexistência dessas impede que o DRIS seja aplicado nesta cultura nessa região. A diagnose foliar, mediante o uso do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) e de faixas críticas de nutrientes de referência, destaca-se dentre as ferramentas potenciais que permitem diagnosticar eficientemente o estado nutricional das plantas. Os objetivos deste trabalho foram (a) estabelecer as normas DRIS, propor faixas adequadas para teores foliares de nutrientes e diagnose nutricional dos cafeeiros (Coffea arabica L.) do Alto Vale do Jequitinhonha; (b) realizar o levantamento da qualidade da bebida do café e (c) estabelecer as normas DRIS, propor faixas adequadas de nutrientes e avaliar o estado nutricional dos cafeeiros para maior produtividade. O Alto Vale do Jequitinhonha tem apresentado como ascendente pólo cafeeiro do estado de Minas Gerais. No entanto, pouca importância tem sido dada ao diagnóstico do estado nutricional do cafeeiro que proporcione maior produtividade e, melhor qualidade da bebida.As normas DRIS ainda não foram estabelecidas para cafeeiros do Alto Vale do Jequitinhonha,assim, a inexistência dessas impede que o DRIS seja aplicado nesta cultura nessa região. A diagnose foliar, mediante o uso do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) e de faixas críticas de nutrientes de referência, destaca-se dentre as ferramentas potenciais que permitem diagnosticar eficientemente o estado nutricional das plantas. Os objetivos deste trabalho foram (a) estabelecer as normas DRIS, propor faixas adequadas para teores foliares de nutrientes e diagnose nutricional dos cafeeiros (Coffea arabica L.) do Alto Vale do Jequitinhonha; (b) realizar o levantamento da qualidade da bebida do café e (c) estabelecer as normas DRIS, propor faixas adequadas de nutrientes e avaliar o estado nutricional dos cafeeiros para maior produtividade e melhor qualidade da bebida. Pelos resultados obtidos, pode-se concluir: (1) maiores porcentuais de lavouras em desequilíbrios nutricionais foram observados para os nutrientes P, K, S, B, Cu, Mn e Zn em deficiência, sendo o Mg e Fe os excessivos; (2) as normas DRIS para diagnose nutricional foram estabelecidas para cafeeiros da região do Alto Vale do Jequitinhonha, MG e utilizadas para propor faixas críticas para N (2,25 - 2,79 dag kg-1), P (0,18 - 0,22 dag kg-1), K (1,72 - 2,10 dag kg-1), Ca (1,26 - 1,51 dag kg-1), Mg (0,29 - 0,35 dag kg-1), S (0,13 - 0,32 dag kg-1), B (83,8 - 96,3 mg kg-1), Cu (5,7 – 9,3 mg kg-1), Fe (67,5 - 116,2 mg kg-1), Mn (219 - 422 mg kg 1) e Zn (17,4 - 30,0 mg kg 1); (3) pelo levantamento da qualidade da bebida do café verificou-se que a maior parte das lavouras avaliadas da região apresentou qualidade da bebida classificada como “dura”, porém a região apresenta aptidão para produzir cafés de melhor qualidade (bebida “mole”, “apenas mole” e “estritamente mole”); (4) as normas DRIS para o estado nutricional juntamente com a qualidade da bebida do café foram estabelecidas para cafeeiros da região do Alto Vale do Jequitinhonha, MG e a partir destas normas, foram propostas as faixas críticas de nutrientes N (2,20 - 2,48 dag kg-1), P (0,20 - 0,24 dag kg-1), K (1,49 - 1,79 dag kg-1), Ca (1,30 - 1,61 dag kg-1), Mg (0,32 - 0,38 dag kg-1), S (0,10 - 0,13 dag kg-1), B (77,3 - 89,1 mg kg-1), Cu (3,1 – 3,8 mg kg-1), Fe (174,0 - 242,4 mg kg-1), Mn (197,5 - 341,8 mg kg-1) e Zn (19,8 - 31,0 mg kg-1) e (5) a manutenção do equilíbrio do estado nutricional das lavouras cafeeiras proporciona elevada produtividade e qualidade da bebida do café.
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    Análise ambiental e energética do tratamento de dejetos líquidos de suínos.
    (2009) Souza, Cássio Vinícius de; Silva, Enilson de Barros; Campos, Alessandro Torres; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Campos, Alessandro Torres; Silva, Enilson de Barros
    No Vale do Jequitinhonha a suinocultura é uma atividade predominantemente praticada por pequenos produtores, os quais têm pouca informação sobre o manejo adequado dos dejetos oriundos da atividade. O manejo adotado geralmente se resume ao armazenamento desses dejetos e posterior aplicação no solo sem um tratamento prévio, constituindo um fator de poluição ambiental. Dessa forma torna-se necessário a utilização de dispositivos que promovam a redução do potencial poluidor dos dejetos e o reaproveitamento integral desses resíduos como forma de resgate de parte da energia empregada no processo produtivo. Diante disso os objetivos desse trabalho foram avaliar a eficiência do sistema de lagoas de estabilização em série na redução do potencial poluidor dos dejetos líquidos de suínos em uma granja comercial em ciclo completo com 500 animais, com vistas ao seu reaproveitamento como biofertilizante e estimar a quantidade de energia para produção de suínos em ciclo completo e o balanço energético do sistema com reaproveitamento dos resíduos gerados como biofertilizante em área de pastagem. Foram coletadas amostras em diferentes pontos do sistema de tratamento e efetuadas as análises dos seguintes parâmetros: pH, Demanda bioquímica de oxigênio (DBO), Demanda química de oxigênio (DQO), Sólidos totais (ST), Sólidos totais fixos (STF), Sólidos totais voláteis (STV), Sólidos suspensos totais (SST), Sólidos suspensos fixos (SSF), Sólidos suspensos voláteis (SSV), Nitrogênio total (N-Total), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg). Quantificou-se o coeficiente energético de cada componente envolvido no processo produtivo de suínos terminados, tratamento dos resíduos e produção de pastagem de Brachiaria decumbens, nas formas de ração, trabalho humano, energia elétrica, máquinas e equipamentos, combustíveis e lubrificantes, instalações, produção de suínos vivos e produção de Brachiaria decumbens. A remoção da carga orgânica obtida pelo sistema de lagoas de estabilização em série foi de 84,38% da DBO e 85,27% para a DQO. A série de sólidos apresentou comportamento semelhante e os nutrientes N-Total, P, K, Ca e Mg foram removidos em 28,30; 63,46; 12,24; 42,84 e 74,95% respectivamente. O sistema foi eficiente na remoção da carga orgânica e o efluente tratado demonstrou características favoráveis ao seu reaproveitamento como biofertilizante. No sistema de produção de suínos avaliado, a quantidade média de energia para produzir 1 kg de suíno vivo foi de 53,35 MJ. De toda energia empregada no sistema 76,03% (1.067.106,07 MJ) se referem às entradas e 23,97% (331.400 MJ) as saídas, resultando em um coeficiente de eficiência energética de 0,31. A energia transformada em suínos para abate correspondeu a 55,58% (184.200 MJ) das saídas, ao passo que a pastagem de Brachiaria decumbens assumiu um valor de 44,42% (147.200 MJ) apontando que a utilização dos resíduos da cadeia suinícola promoveu renovação de energia, reduzindo os impactos ambientais e minimizando a importação de energia.