PPGBIO - Mestrado em Biocombustíveis (Dissertações)

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    Potencial energético da madeira e pellets de Eucalyptus cloeziana F. Muell
    (UFVJM, 2019) Ladeira, Lucas Abrantes; Reis, Arlete Barbosa dos; Couto, Luiz Carlos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Reis, Arlete Barbosa dos; Couto, Luiz Carlos; Cordeiro, Sidney Araujo; Arrudas, Sônia Ribeiro
    A biomassa florestal pode ser utilizada para fins energéticos, entretanto ainda é pouco aplicada para a produção de energia no país. A utilização da biomassa lenhosa para fins de geração de calor e/ou cogeração (energia elétrica), praticamente ainda não se consolidou como uma fonte alternativa de energia o que a propósito, pode ser constatado na Matriz Energética Brasileira, onde os produtos derivados da indústria sucro-alcooleira, contribuem com um percentual cerca de duas vezes ao da biomassa florestal. Dentre os fatores destacados aos eucaliptos brasileiros entre as matérias-primas, pode-se relacionar a alta produtividade das florestas adaptadas ao clima tropical ou subtropical presentes em grande parte do território, o que permite um crescimento contínuo proporcionando o rápido acúmulo de biomassa. O Objetivo dessa dissertação é apontar algumas das utilizações da biomassa lenhosa, para fins energéticos, na forma de pellets da de Eucalyptus cloeziana. Essa espécie, é muito utilizada para a produção do bioredutor para fins siderúrgicos e tem sido muito utilizada nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, para esses propósitos. Para dar o suporte a esse estudo, serão consideradas algumas de suas características silviculturais, físicas, químicas, energéticas e estruturais mais relevantes, as quais darão suporte para os estudos de caso concernentes à equivalência energética com outros tipos de combustíveis utilizados para a produção e/ou cogeração de energia (energia elétrica).
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    Produção e caracterização bioquímica de xilanases produzidas pelo fungo isolado EA 1.3.1.
    (UFVJM, 2019) Marinho, Gessica Oliveira; Benassi, Vivian Machado; Nelson, David Lee; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Benassi, Vivian Machado; Roa, Juan Pedro Bretas; Brito, Tássio Oliveira
    As biotecnologias relacionadas com as energias renováveis, tais como os biocombustíveis obtidos de fontes residuais, de baixo custo, e que representam tecnologias limpas, tornaram uma solução para os problemas ambientais. Assim, objetivou-se desenvolver um bioprocesso para obtenção de um extrato rico em xilanases fúngicas, determinando seus parâmetros físico-químicos de cultivo do microrganismo, além de caracterizar bioquimicamente o extrato bruto obtido. A otimização da produção xilanolítica foi obtida analisando o desenvolvimento do fungo diante das variações dos recursos disponíveis e com análise bioquímica do extrato bruto. Variou-se os meios de cultivo e tempo de crescimento, fonte de nitrogênio, de carbono, solução de sais, concentração de esporos e pH inicial do meio. A atividade xilanásica foi determinada pela formação dos açúcares redutores pela hidrólise do substrato xilana beechwood 1% (m/v) em tampão acetato de sódio 100 mM, pH 5,5, à 55 ºC, utilizando-se o ácido 3’,5’dinitrosalicílico como agente colorimétrico. A produção xilanolítica máxima foi obtida pelo fungo EA 1.3.1 em meio de cultura líquido Khanna enriquecido com solução de sais CP, durante quatro dias de forma estacionária, utilizando-se extrato de levedura como fonte de nitrogênio. A produção xilanolítica apresentou maiores níveis de atividade quando o microrganismo foi cultivado em meio contendo farelo de trigo com 25,63 U.mL quando comparada com as outras fontes testadas. Vale citar que, a palha de cana-de-açúcar e semente de abóbora também favoreceram a síntese enzimática e, portanto, podem ser utilizadas como fontes alternativas para a produção de xilanases. O pH inicial do meio de cultivo foi de 8,5 e a concentração ideal de inóculo tem ordem de grandeza de 10 esporos/mL. Após a otimização de cultivo, realizou-se a caracterização bioquímica das xilanases, observando-se que a temperatura e pH ideais de ensaio enzimático foram 65 °C e 6,5, respectivamente. Visualizou-se que à 50 °C o extrato enzimático apresentou-se estável, perdendo apenas 8% da sua atividade após 90 minutos de incubação e diminuindo sua atividade com exposição a temperaturas mais elevadas. As enzimas se apresentaram estáveis à pH 5,0, durante 90 minutos. Concluiu-se, assim, que o fungo isolado demonstrou elevada atividade xilanolítica, podendo ser produzido com custo reduzido, devido às fontes de carbono de baixo custo, além de apresentarem características importantes em processos industriais, como atividade enzimática em ampla faixa de temperatura e pH e estabilidade a temperatura.
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    Catálise heterogênea para a obtenção de biodiesel de babaçu (Attalea vitrivir) da região do Rio Pandeiros – MG.
    (UFVJM, 2019) Pereira, Cristina Chaves Alves; Fidêncio, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fidêncio, Paulo Henrique; Reis, Arlete Barbosa dos; Arrudas, Sônia Ribeiro
    Neste trabalho buscou-se a produção de biodiesel a partir do óleo de babaçu, ao se empregar catálise heterogênea por meio do processo de transesterificação via rota metílica, em seguida foi realizada uma caracterização físico química do óleo utilizado e do biodiesel produzido. O óleo de babaçu, Attalea vitrivir, foi coletado na região da Bacia do Rio Pandeiros, para a catálise heterogênea foi utilizado CaO. A proporção de óleo:álcool e a temperatura de calcinação do catalisador foram testadas em variadas condições com o intuito de otimizar a produção de ésteres. O óxido de cálcio foi testado em diferentes temperaturas de calcinação por 4 horas: 1000º C, 800º C, 600º C e 200º C. As razões molares óleo/álcool adotadas foram: 1:100, 1:30 e 1:20. Os resultados revelam que a reação com 800ºC de temperatura de calcinação de CaO e razão molar óleo:álcool de 1:100 foi a mais eficiente, com 99,89% de conversão.
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    Fungos como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha curcas L.)
    (UFVJM, 2019) Souza, Mírian de Jesus; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Siqueira, Félix Gonçalves de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Pires, Juliana Rocha de Meira; Souza, Poliana Mendes de
    Na busca de fontes renováveis de energia destaca-se a produção de biodiesel, bicombustível obtido pelo processo de transesterificação realizada mediante a mistura de óleo vegetal ou gordura animal em metanolou etanol, na presença de um catalisador. Um dos principais resíduos gerados pela produção de óleos para obtenção de biodiesel é torta, e que apresenta alto potencial para complementação da alimentação animal. Entretanto algumas tortas apresentam compostos tóxicos naturais em sua composição o que limita seu uso. Entre estas tortas temos a de caroço de algodão, que possui em sua formulação gossipol livre e a torta de semente de pinhão-manso que apresenta ésteres de forbol em sua composição que é tóxico para animais e humanos. Diante da limitação para o uso destas tortas devido á presença de compostos tóxicos, o presente estudo tem como objetivo promover a destoxificação de torta de semente de pinhão-manso(TSPM)e de caroço de algodão(TCA)pelo processo de fermentação em estado sólido usando os fungos filamentosos do filo dos ascomicetos (MB 2.1, MB 2.7 e MB 2.13B) e basidiomicetos (EF 41, EF 71 e EF 79). Os fungos filamentosos que apresentaram maior potencial de redução do gossipol livre foram EF 79, com redução do gossipol livre em 86,67%, e MB 2.7 com redução do gossipol livre em 72,80%. O teor de gossipol livre presente na torta in naturaera de 8,43 mgg-1, após o processo de fermentação o teor foi reduzido para 1,12mgg-1 com EF 79 e 2,29 mgg-1 com MB 2.7. Dos fungos utilizados no processo de fermentação para a torta de semente de pinhão-manso, após 15 dias de fermentação EF 71 e MB 2.13B reduziram em meia 90% dos ésteres de forbol. O EF 71 promoveu à redução dos 92,02% dos ésteres de forbol e MB 2.13B a redução de 90,46%. O teor dos ésteres na torta in natura era de 1,15 mgg-1, após a fermentação com o fungo EF 71 o teor observado foi de 0,09 mgg-1 e, com o fungo MB2.13B foi de 0,11mgg-1. Após o processocultivo microbiano foi possível a redução dos compostos tóxicos na torta, como também melhorar sua qualidade nutricional, observado por meio dos resultados de análises bromatológicas. Dessa forma o processo de cultivo estado sólido usando os fungos apresentou-se como uma alternativa viável para agregar valor aos resíduos agroindustriais destinados á alimentação animal, que poderão ser confirmados quando dos ensaios in vivo com adição de tortas pré-tratadas biologicamente pelos fungos insumos para composição de ração de animais (monogástricos ou poligástricos).
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    Preparação e caracterização de materiais absorventes à base de glicerol
    (UFVJM, 2019) Mendes, Wilker Tágner do Nascimento; Roa, Juan Pedro Bretas; Santos Filho, Edivaldo dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Roa, Juan Pedro Bretas; Santos Filho, Edivaldo dos; Munhoz, Victor Hugo de Oliveira; Alves, Janainne Nunes
    A produção de materiais absorvedores de água tem uma grande possibilidade de aplicações em diversos segmentos como os setores agrícola, industrial, energia, dentre outros. Neste trabalho foram produzidos 6 (seis) novos materiais à base de caulim, ácido succínico e glicerina, caracterizados por espectroscopia no infravermelho, difração de raios-X, testes gravimétricos e testes simples de absorção de água. Os produtos obtidos apontam modificação da superfície do caulim com grupos COOH terminais, quando tivemos a mistura contendo glicerina e a razão molar de 1:1 (caulim: ácido succínico). Foi observado o aumento da quantidade de estruturas orgânicas, provenientes da glicerina e grupos OH terminais, quando há reação entre glicerina e o caulim nos sistemas com misturas sem ácido succínico. Em produtos de reação contendo apenas glicerol e ácido succínico é possível identificar um início de processo de polimerização entre a glicerina e o ácido succínico, como forma de aumentar a cadeia carbônica dos produtos finais, observado em 30 e 180 minutos de reação. É possível ainda verificar que, na presença de glicerina e ácido succínico no meio, são formadas novas ligações éster, aumento de grupos orgânicos e de grupos OH. Nos testes de absorção de água, foi observado que os todos os materiais produzidos são capazes de garantir a absorção de cerca de 10 g de água para cada grama de material empregado, mesmo com o aumento da fase orgânica em todos os sistemas estudados, inclusive na ausência de caulim. Foram formados filmes contendo amido e os materiais desenvolvidos. Nesse tipo de aplicação foram obtidos materiais compósitos de matriz polimérica com capacidade de absorção de água de até 55 gramas de água por grama de filme. Esses resultados demonstram que os produtos obtidos podem ser utilizados de forma isolada ou associados a outros materiais, por exemplo, o amido. Nos filmes de amido o aumento na capacidade de absorção de água foi de 13,8 % usando 10 % m/m do produto contendo caulim, ácido succínico e glicerina. Os materiais produzidos permitem sua utilização como agente de absorção de água, agentes de liberação de água ou como intermediários em processos de formação de novos materiais superabsorventes.
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    Produção de biomassa microalgal de Desmodesmus sp. utilizando hidrolisado hemicelulósico proveniente do bagaço de cana-de-açúcar como fonte de carbono visando a obtenção de biocombustíveis de terceira geração
    (UFVJM, 2019) Sartori, Marina Lemos; Pantoja, Lílian de Araújo; Santos, Alexandre Soares dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pantoja, Lílian de Araújo; Batista, Antônio Carlos Ferreira; Lopes, Emerson Delano; Molina, Gustavo
    As microalgas têm sido apresentadas como biomassas com larga vantagem para a produção de biocombustíveis quando comparadas com as biomassas agrícolas ou florestais. Foi avaliado o aproveitamento do hidrolisado hemicelulósico proveniente do pré-tratamento ácido do bagaço de cana-de-açúcar, um dos mais abundantes resíduos agroindustriais gerados no Brasil, como fonte de carbono para a produção de biomassa microalgal. O hidrolisado hemicelulósico é um subproduto da indústria do etanol de segunda geração e apresenta grande quantidade de açúcares livres, principalmente a xilose. Neste sentido, estudou-se a capacidade da linhagem unialgal de Desmodesmus sp. em utilizar a xilose presente no hidrolisado hemicelulósico e acumular óleo, carboidratos e proteínas. As condições autotrófica, mixotrófica e heterotrófica foram testadas e comparadas. A linhagem de Desmodesmus sp. estudada foi capaz de metabolizar xilose em meio sintético e, também, a xilose contida no hidrolisado hemicelulósico. Os maiores teores de proteína, carboidrato e óleo, expressos em peso seco, foram 65,48±4,87%, 29,61±3,47% e 15,81±0,15%, respectivamente. Os dados de produtividade registrados sugerem que Desmodesmus sp. apresenta maior capacidade para a produção de proteínas e carboidratos na condição de cultivo mixotrófico. A partir das características observadas da microalga Desmodesmus sp. foi possível constatar que essa apresenta um melhor perfil para a produção de bioetanol de terceira geração.
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    Otimização da produção de biogás a partir da biodigestão de vinhaça da fabricação de cachaça artesanal
    (UFVJM, 2019) Oliveira, Daniela Cristina Souza; Nelson, David Lee; Canuto, Marcus Henrique; Barbosa, Arlete dos Reis; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nelson, David Lee; Canuto, Marcus Henrique; Barbosa, Arlete dos Reis; Benassi, Vívian Machado; Pires, Juliana Rocha de Meira
    A fabricação artesanal da cachaça é uma importante fonte de renda para pequenos e médios produtores agrícolas do estado de Minas Gerais. Na produção da bebida, um dos principais subprodutos gerados é a vinhaça, rica em matéria orgânica e com significativo teor de enxofre. Consequentemente, apresenta alto potencial poluidor. Para cada litro de cachaça produzido são gerados, em média, 10 a 14 litros de vinhaça. A biodigestão anaeróbia apresenta grande potencial de aplicação no tratamento da vinhaça, pois ocorre a redução de sua carga orgânica poluente concomitantemente à recuperação de bioenergia a partir do biogás. O presente estudo teve como objetivo avaliar as potencialidades da aplicação da biodigestão anaeróbia para o tratamento da vinhaça provinda da fabricação de cachaça artesanal, bem como o desenvolvimento de um biodigestor para implantação em propriedades rurais produtoras da bebida. Para testar o desempenho do processo, realizou-se oito ensaios de biodigestão da vinhaça em escala de bancada utilizando reatores de 250 mL, variando a quantidade de inóculo, temperatura e diluição da vinhaça. Em seguida, o processo foi otimizado em um biorreator de bancada anaeróbio com capacidade de 7,5 litros, e com um sistema de monitoramento e controle do pH, dióxido de carbono, temperatura e pressão. A vinhaça in natura foi caracterizada quanto a umidade, matéria seca, cinzas sólidos suspensos voláteis e totais, pH, DQO, proteínas, lipídeos e nitrogênio total. O efluente da biodigestão foi caracterizado quanto a DQO e pH. A composição do biogás gerado foi determinada através da quantificação de dióxido de carbônico, metano, amônia e ácido sulfídrico. O processo de biodigestão da vinhaça para a produção de biogás se mostrou eficiente no tratamento desse resíduo. O volume de biogás gerado e acumulado, nos ensaios de bancada, durante o período de 25 dias variaram entre 2,08 mL e 347,90 mL. Quanto à remoção de carga orgânica, os ensaios mostraram-se uma boa alternativa para o tratamento da vinhaça, visto que a eficiente redução de DQO na vinhaça biodigerida foi em torno de 74%, fato que evidencia a transformação de matéria orgânica em biogás. A principal contribuição desse experimento consistiu na disponibilização de novos métodos de obtenção de energia a partir de uma matriz já disponível aos pequenos e médios produtores de cachaça artesanal.
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    Produção de celulases e xilanases por Aspergillus tubingensis AN1257 em torta de caroço de algodão em biorreator instrumentado
    (UFVJM, 2019) Pinheiro, Thais Santos; Santos, Alexandre Soares dos; Pantoja, Lílian de Araújo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Alexandre Soares dos; Melo, Verônica Ferreira; Melo, Walber Carvalho; Molina, Gustavo
    A produção das holocelulases – enzimas utilizadas no processo produtivo do bioetanol de segunda geração – apresenta desafios com relação à diversificação da matéria-prima utilizada, englobando aspectos que incluem a investigação de microrganismos celulolíticos eficientes, o uso de substratos lignocelulósicos acessíveis e a determinação das condições ideais para a produção em larga escala. Neste sentido, o presente trabalho teve por objetivo o desenvolvimento de bioprocesso para a produção de enzimas holocelulolíticas por Aspergillus tubingensis AN1257 utilizando torta de caroço de algodão como fonte de carbono, seguido da caracterização e avaliação da eficiência hidrolítica do extrato enzimático. O extrato enzimático foi obtido por fermentação submersa, em biorreator instrumentado, utilizando 1,5 L de meio base contendo 1,25% (m/v) de torta de caroço de algodão e inóculo de A. tubingensis AN1257 na concentração de 1x105 conídios mL-1. O bioprocesso foi conduzido a 30°C, sem o controle do pH, agitação a 200 rpm, e aeração de 1,3 VVM, durante 192 horas. A influência do pH na produção enzimática foi avaliada em três condições: (i) sem o controle do pH, (ii) pH 5,0 e, (iii) pH 6,0. A influência da concentração inicial da fonte de carbono na produção enzimática foi avaliada por meio da adição de torta de caroço de algodão nas concentrações de 1,25, 1,65, 2,05 e 2,50% (m/v). As atividades enzimáticas para FPases, CMCase, β-glucosidase e xilanase foram determinadas durante a fermentação, a cada 24 horas. O extrato enzimático bruto (AN1257) também foi avaliado quanto a sacarificação da torta de macaúba, bagaço de cana-de-açúcar, torta de caroço de algodão, torta de girassol e torta de mamona, e comparada ao extrato comercial Cellic® CTec2 e ao extrato Mix, composto por extrato AN1257 e Cellic® CTec2. A fermentação realizada sem o controle do pH resultou em maior atividade enzimática de FPases, β-glucosidase e xilanases, apresentando valores de 0,073 U mL–1, 3,6 U mL-1 e 19,8 U mL-1, respectivamente. Contudo, a atividade máxima de CMCase foi obtida em pH 5,0, com valor de 0,093 U mL–1. As atividades máximas de FPases e β-glucosidase foram observadas em meio contendo 1,65% da biomassa, apresentando valores de 0,13 U mL-1 e 4,4 U mL-1, respectivamente. A CMCase apresentou atividade máxima em 2,05% da biomassa, com valor de 0,092 U mL-1. As xilanases apresentaram atividade máxima durante o processo fermentativo em 1,25% da biomassa, com valor de 19,8 U mL-1. A sacarificação de materiais lignocelulósicos pelo extrato AN1257 demonstrou resultados promissores, particularmente em biomassas com maior conteúdo hemicelulósico, resultando em hidrolisados com maiores concentrações de açúcar redutor em comparação com o uso de preparado comercial. As condições ótimas avaliadas para a aplicação do extrato enzimático bruto foram temperaturas de 40 a 50°C e valor de pH 4,0. O desenvolvimento deste trabalho idealiza novas possibilidades tecnológicas para a consolidação da produção de enzimas holocelulolíticas em larga escala, a partir da utilização de resíduos agroindustriais da cadeia bioenergética e da linhagem A. tubingensis AN1257, micro-organismo holocelulolítico promissor para a produção de tais enzimas.
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    Estudo térmico e determinação da energia de ativação do biodiesel de polpa e amêndoa de macaúba (Acrocomia aculeata)
    (UFVJM, 2017) Silva, Thaís Dias Fernandes; Roa, Juan Pedro Bretas; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Roa, Juan Pedro Bretas; Reis, Arlete Barbosa dos; Leite, Brenno Santos; Nelson, David Lee
    O consumo mundial de energia vem aumentando gradativamente. Os entraves derivados desse aumento são muitos, dentre eles os recursos necessários para suprir a demanda e os problemas ambientais gerados no processo de produção e consumo são os que mais se destacam. Nesse cenário os biocombustíveis, combustíveis derivados de matérias primas renováveis, se destacam como alternativa na intenção de diminuir a dependência do petróleo e os danos ambientais. O biodiesel possui como vantagem características biodegradáveis por ser derivado de matéria prima renovável e redução na emissão de gases na exaustão, como desvantagem apresenta um alto custo de produção quando comparado ao diesel de petróleo e baixa estabilidade quando exposto em atmosfera oxidante, causando problemas no processo de armazenamento, uma baixa energia de ativação na reação térmica do biodiesel indica a necessidade de pouca energia para o processo de degradação, sendo um grandeza importante a se considerar para o processo de armazenamento. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo além de caracterizar as amostras de óleo e biodiesel de macaúba através de parâmetros físico químicos, análise de absorção na região do infravermelho e análise térmica, determinar a energia de ativação do biodiesel de amêndoa e polpa de macaúba produzido através da reação de transesterificação pela rota metílica projetando os resultados da análise térmica no modelo de Kissinger, que considera que os valores máximo da reação de decomposição acontecem na mesma temperatura a uma velocidade máxima deslocando-se em função da taxa de aquecimento aplicada, que correlacionando com a equação de Arrehenius possibilita a avaliação da energia de ativação do processo. A análise térmica do biodiesel de macaúba demonstrou temperatura de degradação para polpa (130 ºC) maior do que a amêndoa (90 ºC) em baixas taxas de aquecimento. No entanto, a energia de ativação do processo de degradação foi de 54 kJ mol-1 para o biodiesel de amêndoa de macaúba enquanto a polpa apresentou energia de ativação mais baixa de 41 kJ mol-1. Indicando baixa necessidade de energia para iniciar o processo de degradação do óleo de polpa comparado com amêndoa. O resultado encontrado aponta a necessidade de alguns cuidados para com o armazenamento do biodiesel de macaúba afim de evitar a ocorrência de tais processos melhorando a qualidade das misturas de diesel e biodiesel sem perder as propriedades. É possível observar que tanto as amostras de óleo quanto de biodiesel utilizadas no presente estudo obtiveram resultados similares ao encontrado na literatura.
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    Bioprospecção de fungos amilolíticos e caracterização bioquímica da amilase de Mucor sp. AD742 visando aplicação na hidrólise do amido
    (UFVJM, 2019) Almeida, Aline Cristina de; Benassi, Vivian Machado; Lucas, Rosymar Coutinho de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Benassi, Vivian Machado; Reis, Arlete Barbosa dos; Oliveira, Tassio Brito de
    Os micro-organismos apresentam a capacidade de produzir diversos metabólitos, que são largamente utilizados em processos biotecnológicos, incluindo os catalisadores biológicos denominados de enzimas. Dentre as enzimas hidrolíticas, as amilases destacam-se por promoverem a quebra do amido em açúcares que são passíveis de utilização no processo de obtenção de etanol a partir da mandioca, por exemplo. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi isolar e caracterizar morfologicamente e microscopicamente os fungos filamentosos coletados em distintas áreas, verificar a influência da temperatura no crescimento dos isolados, bem como otimizar os parâmetros físico-químicos do cultivo do Mucor sp. AD742 para uma maior produção amilolítica, além de caracterizar bioquimicamente a enzima em estudo, além de analisar a hidrólise de distintas amostras de amido para verificação da formação de açúcares passíveis de fermentação. Para tanto, foram coletadas amostras nas cidades de Diamantina e Conceição do Mato Dentro (MG), as quais foram inoculadas em meio sólido, à 30°C, para o crescimento e isolamento de fungos filamentosos, sendo as amostras analisadas até o quinto dia de crescimento, realizando o repique pontual para a caracterização dos isolados. A identificação do possível gênero dos micro-organismos foi realizada em câmara de microcultivo, utilizando-se o meio sólido composto de aveia e ágar, à 30ºC. Para a análise da termofilia, cada isolado foi cultivado no meio de cultura sólido Batata-Dextrose-Ágar (BDA), e a taxa de crescimento em centímetros foi avaliada por hora nas temperaturas de 30ºC, 35ºC, 40ºC, 50ºC e 55ºC. Selecionaram-se dez isolados para a indução da produção de amilase em meio de cultura líquido CP, durante oito dias, na melhor temperatura de cada fungo, cuja atividade amilolítica foi avaliada por meio da formação de açúcares redutores. Foi realizada a otimização dos parâmentos físico-químicos para cultivo do fungo filamentoso Mucor sp. AD742, tais como: meio de cultivo e tempo de crescimento fúngico, análise da solução de sais, fonte de nitrogênio, fonte de carbono, e pH inicial do meio de cultivo para uma maior atividade enzimática. Assim como, caracterizou-se o pH e a temperatura ótima de ensaio enzimático utilizando-se o Planejamento Fatorial – Delineamento Composto Central Rotacional, com dois pontos axiais (DCCR2) avaliando as temperaturas de 43ºC à 75ºC, e os pHs de 4,2 à 7,8. Em relação à estabilidade à temperatura, analisou-se a manutenção da atividade da enzima até 120 minutos nas temperaturas de 50ºC, 55ºC e 60ºC, bem como a estabilidade aos pH de 4,5 a 7,0 durante 2 horas. A prospecção resultou em quarenta e oito fungos filamentosos isolados com aspectos morfológicos aparentemente diferentes. Na análise do micro-cultivo foi possível identificar estruturas morfológicas representativas possivelmente dos gêneros Aspergillus, Rhizopus, Trichoderma, Penicillium, Fusarium, Rhizoctonia e Mucor. Os isolados da área do lixão, AL131 e AL221, apresentaram maior taxa de crescimento à 30°C, enquanto os isolados AD742 e AQ832 apresentaram os maiores valores de atividade enzimática. Os resultados da otimização dos parâmetros de cultivo mostraram que a casca de banana como fonte de carbono, extrato de levedura como fonte de nitrogênio, pH inicial 5,5 do meio e sais SR se mostraram mais eficientes. Quando analisadas as melhores condições de reação observamos que o pH 5,5 e a temperatura de 65°C se apresentaram como melhores condições. Em relação à estabilidade à temperatura, pode-se observar que a enzima se manteve estável nas temperaturas de 50ºC, 55ºC e 60ºC, durante 120 minutos de reação, observando um decaimento de 60% da atividade após 2 horas à 60ºC, enquanto que nos outros tempos e temperaturas a mesma manteve 50% da atividade amilolítica. Quanto à estabilidade ao pH, observou-se uma manutenção de mais de 50% da atividade enzimática em todos os tempos e pH analisados. Diante dos resultados obtidos pode-se concluir que a prospecção em ambientes com alta taxa de decomposição é um método eficiente para a obtenção de novos fungos produtores de enzimas importantes nos processos industriais, além disso, a otimização de parâmetros relacionados ao crescimento desses micro-organismos, tais como fontes nutricionais, temperatura, pH, entre outros, favorece o aumento da atividade das enzimas prospectadas.