PPGBIO - Mestrado em Biocombustíveis (Dissertações)
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Item Adaptação de linhagens de leveduras fermentadoras de pentoses em hidrolisado de torta de girassol para produção de bioetanol(UFVJM, 2022) Pontes, Rafaela Paula Carvalho; Pantoja, Lílian de Araújo; Santos, Alexandre Soares dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pantoja, Lílian de Araújo; Silva, José Izaquiel Santos da; Santos, Ricardo Salviano dos; Silva, Silvana de QueirozA produção de bioetanol lignocelulósico é um processo capaz de agregar valor a resíduos agroindustriais. A torta de girassol, proveniente da extração do óleo das sementes do girassol também pode se beneficiar deste processo. No entanto, esta biomassa precisa ser submetida a uma hidrólise para liberação dos açúcares fermentescíveis, podendo gerar inibidores (furanos, compostos fenólicos e ácidos alifáticos) capazes de interferir negativamente no processo da fermentação alcoólica, diminuindo o rendimento do processo. Neste contexto, este estudo teve por objetivo adaptar as linhagens de leveduras não convencionais Candida akabanensis UFVJM-R131 e Candida orthopsilosis UFVJM-4G, capazes de fermentar açúcares C5 e C6, à condição do hidrolisado da torta de girassol obtido por hidrólise com H2SO4 diluído. As linhagens foram submetidas à identificação morfológica para fins de autenticação. A torta de girassol foi preparada em laboratório por extração do óleo das sementes com solvente e caracterizada quimicamente. Os principais componentes do hidrolisado ácido da torta de girassol foram determinados cromatograficamente. O processo de adaptação evolutiva das linhagens estudadas foi realizado através de fermentações sucessivas em meios contendo diferentes concentrações da fração solúvel do hidrolisado (25%-100% v/v), seguido de isolamento das leveduras. Os processos fermentativos com as leveduras adaptadas foram conduzidos em meio contendo 100% de hidrolisado e monitorados quanto à viabilidade celular, crescimento microbiano, consumo dos açúcares, teor de etanol, produtividade volumétrica, rendimento de etanol e eficiência fermentativa. Os ensaios morfológicos macro e microscópicos permitiram constatar a pureza das culturas estudadas. O hidrolisado mostrou a presença de compostos tóxicos como 5-hidroximetilfurfural (0,30±0,02 g L-¹), furfural (0,01±0,01 g L-¹) e ácido acético (3,81±0,21 g L-¹). A levedura Candida akabanensis UFVJM-R131 demonstrou ser resiliente no ambiente do hidrolisado, não havendo alteração significativa do comportamento fermentativo pós adaptação, e apresentou YP/S de 0,43±0,10 g g-¹ e QP de 0,35±0,01. A levedura Candida orthopsilosis UFVJM-4G adaptada em 50% de hidrolisado demonstrou melhora na produtividade volumétrica que foi de 0,32±0,04 para 0,42±0,01 g L-¹ h-¹ e melhora no rendimento de etanol, onde o valor passou de 0,34±0,03 para 0,50±0,02 g g-¹.Item Amostragem geoquímica da água superficial e subterrânea em área de proteção ambiental e cárstica na bacia hidrográfica do Rio Peruaçu norte de Minas Gerais(UFVJM, 2023) Barros, Bárbara Thaíssa da Silva; Baggio Filho, Hernando; Horn, Heinrich Adolf; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Análises sobre a qualidade geoquímica dos recursos hídricos localizados em Unidades de Conservação é bastante escasso e em ambientes cársticos, a amostragem geoquímica tem um papel fundamental para quantificar os teores de parâmetros físico-químicos e químicos presentes no curso d’água e também para identificar se o carste está ativo. Neste contexto, a pesquisa objetiva-se em analisar a qualidade geoquímica ambiental da água superficial e subterrânea da sub-bacia do Rio Peruaçu, um importante tributário localizado à margem esquerda do Rio São Francisco no norte do Estado de Minas Gerais, através das análises dos parâmetros físico-químicos, químicos e microbiológicos comparando os resultados com os valores determinados pelas resoluções ambientais vigentes. A pesquisa caracteriza-se por abordagens de caráter quantitativo e qualitativo. Foram realizadas duas amostragens de campo, totalizando 15 pontos por período climático. Os resultados após as análises com as resoluções ambientais vigentes apresentaram valores elevados em alguns parâmetros em determinados pontos amostrados. A partir das análises dos resultados e correlacionando-a com as normativas para cada parâmetro, observa-se que a maioria dos pontos analisados estão em conformidade com as resoluções. Os parâmetros físico-químicos e químicos apresentam uma homogeneidade ao longo do perfil longitudinal, com exceções de poucos pontos amostrados que apresentaram picos elevados ou muito baixo, e os resultados estão relacionados com fatores naturais e/ou antropogênico. Os parâmetros em que os resultados se destacaram foram condutividade elétrica, cálcio e o magnésio, devido a litologia da área cárstica, o qual indica que o carste está ativo e a água está saturada devido aos elementos dissolvidos, como alumínio, cálcio e magnésio. As análises microbiológicas apresentaram valores significativos para Escherichia Coli durante a estação úmida e na estação seca os pontos amostrados tiveram uma redução expressiva em decorrência da ausência de escoamento das águas pluviais, as quais transportam todo material depositado em seu entorno.Item Aplicação de catalisadores a base de SiO2-SO3H na síntese de biodiesel: estudo cinético do processo de transesterificação de triacilglicerideos(UFVJM, 2015) Oliveira Junior, Gelson Cerqueira de; Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Hurtado, Gabriela Ramos; Santos, Alexandre Soares dosNeste trabalho sílica gel foi preparada a partir de areia de construção e carbonato de sódio, apresentando uma área de superfície de 378,68 m2/g, e volume de poro de 1,59x10-2 cm3/g. A fim de preparar diferentes catalisadores a base do mesmo material uma alíquota foi previamente aquecida a 400º C e outra a 700º C, as quais foram denominadas S400 e S700 que após tratamento com H2SO4, deram origem a dois diferentes catalisadores, chamados de C400 e C700. Os catalisadores apresentaram volume total dos mesoporos de 0,23 cm3/g (C400) e 0,20 cm3/g (C700) e área superficial de 31,06 m2/g (C400) e 23,10 m2/g (C700). Pela primeira vez foi utilizado ácido de Bronsted imobilizado em sílica para a conversão de OGR em biodiesel. Ambos C400 e C700 apresentaram alta atividade na conversão do óleo e gordura residuais altamente ácidos (13,7 mg de KOH) e com teor de água de 0,58%, a biodiesel (ésteres metílicos de ácido graxo) em aproximadamente 99,4 %. As reações foram repetidas 4 vezes antes do catalisador perder sua atividade catalítica.Item Aproveitamento do glicerol em células fotoeletroquímicas para produção de H2 e eletricidade com fotoanodos à base de BiVO4, WO3 E V2O5(UFVJM, 2018) Andrade, Tatiana Santos; Pereira, Márcio César; Rodriguez, Mariandry; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Márcio César; Rodrigues, Jairo Lisboa; Oliveira, Luiz Carlos Alves deCom a crescente relevância da produção do biodiesel no cenário atual, intensifica-se também a geração de glicerol bruto. O glicerol é formado em abundância nessa cadeia produtiva, representando 10% em peso do produto final. Dessa forma, a fim de permitir maior competitividade para a indústria do biodiesel, faz-se imprescindível a investigação por alternativas que visem o aproveitamento desse subproduto. Entre as possíveis transformações promissoras para o glicerol bruto, encontra-se o emprego de células fotoeletroquímicas. Nessas células, soluções aquosas de glicerol são convertidas em hidrogênio gasoso quando energia luminosa suficiente é incidida sobre o fotocatalisador. Apesar do grande potencial das células fotoeletroquímicas para o aproveitamento do glicerol, o desafio prevalecente é sintetizar um fotocatalisador que gere uma alta corrente fotovoltaica nas condições envolvidas, e tenha uma alta estabilidade e capacidade de absorção da luz vísivel. Neste trabalho, sintetizou-se fotocatalisadores à base de BiVO4, WO3 e V2O5 por método drop coating, a fim de avaliar seu potencial emprego em células fotoeletroquímicas em soluções de glicerol. As propriedades fotoeletroquímicas dos materiais foram investigadas por voltametria cíclica, impedância eletroquímica, Mott-Schottky, cronoamperometria e cronopotenciometria em soluções de Na2SO4 e Na2SO3. Além disso, caracterizou-se os materiais por reflectância difusa (DRS), Difração de Raios-X (DRX) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os resultados mostram que as heterojunções sintetizadas são fotocatalisadores eficientes para clivagem da água. Particularmente, a heterojunção de BiVO4/WO3/V2O5 se destaca pela geração de alta corrente fotovoltaica e boas propriedades fotoeletroquímicas, mostrando que a junção dos três materiais foi realizada com êxito. Testes em soluções de glicerina geraram resultados ainda melhores, enaltecendo o desempenho dessa heterojunção em células fotoeletroquímicas para aproveitamento de glicerol.Item Avaliação da viabilidade do uso de resíduo mineral do processamento de Lítio como fertilizante na cultura da mamona (Ricinus communis L.) cultivar BRS Paraguaçu(UFVJM, 2023) Costa, Aline Aparecida Andrade; Costa, Alexandre Sylvio Vieira da; Costa, Márcia Regina da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Alguns setores produtivos que utilizam sistemas de exploração de recursos naturais não renováveis, como da mineração, exploram tecnologias modernas que otimizam a eficiência da atividade. No entanto geram grandes quantidades de resíduos, descartados de forma adequada, criando um passivo ambiental, processo que a longo prazo pode comprometer os solos e os recursos hídricos. A pesquisa das características e potencialidades de novas fontes de fertilizantes tem se ampliado, mas ainda merecendo esforços de estudo para estabelecer e recomendar métodos agronômicos. O objetivo da presente pesquisa foi utilizar o resíduo do processamento da extração do lítio como fertilizante na produção de mamona. Os materiais residuais foram coletados nos respectivos locais de geração da Companhia Brasileira de Lítio e caracterizados no laboratório de pesquisas de resíduos industriais da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Foram realizadas a caracterização química de nutrientes dos resíduos, o acompanhamento das variáveis de fertilidade química do solo, o desenvolvimento das plantas de mamona quanto a avaliações de peso fresco e seco das raízes, caule, folhas, frutos, altura das plantas, diâmetro e altura da planta, produção de frutos e sementes, determinação do teor de óleo, e análise foliar após a colheita feita aos 180 dias. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Campus da UFVJM de Diamantina - MG, utilizando delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial de 2x7, com quatro repetições, sendo dois tratamentos e sete doses: o 1º tratamento foi composto de Silicato de Alumínio (0, 1, 2, 4, 6, 8 e 10 ton/ha)+ 10% de Finos do Forno Calcinador (0, 0,1, 0,2, 0,4, 0,6, 0,8 e 1,0t/ha) associado a 50% de adubação convencional com PK (recomendação de adubação), e o 2º tratamento foi semelhante ao tratamento 1 sem a adição dos finos de calcinador e do adubo químico. Na análise do solo houve maior aumento dos teores de K2O P2O e CTC efetiva do Ca e K2O no 1º tratamento. Em relação ao desenvolvimento e produção de teor de óleo das plantas mamona, o 1º tratamento com as dosagens de 8 e 10 t/ha + 1,0 t/ha + 50% de fertilizante convencional apresentaram maior desenvolvimento nas análises fitotécnicas e maior teor de óleo enquanto o 2º tratamento com a dosagem de 0 t/ha de resíduo denominado Resíduo de silicato foi o tratamento que menos se desenvolveu.Item Avaliação do potencial da torta de buriti (Mauritia flexuosa L.) para obtenção de bioetanol de segunda geração(UFVJM, 2016) Gomes, Pedro Henrique de Oliveira; Fidêncio, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fidêncio, Paulo Henrique; Silvério, Flaviano Oliveira; Santos, Alexandre Soares dos; Fabris, José DomingosO bioetanol pode ser produzido a partir de materiais lignocelulósicos, que são constituídos de carboidratos complexos na forma de celulose, hemicelulose e amido, ampliando as possibilidades de fontes de energias alternativas. Uma dessas são os resíduos agrícolas, como as tortas, coprodutos de processos de extração mecânica de óleos de frutos, sementes e cereais (oleaginosas), que representam um desafio por muitas vezes não possuírem um destino viável ou até rentável que atenda as exigências ambientais. Um desses é o buriti (Mauritia flexuosa L.), fonte de um óleo com alto teor de carotenóides representando, assim, aplicações em indústrias alimentícias, cosméticas e farmacológicas e resultando em acúmulo de seu material. O trabalho foi desenvolvido a partir da torta de buriti obtida após extração mecânica de seu óleo. Foi verificado que a torta é constituída por aproximadamente 44% de sua massa por carboidratos livres ou polimerizados. Foram realizados tratamentos químicos com soluções de ácido diluído e base em duas etapas distintas, a fim de promover a remoção da hemicelulose e lignina. Por fim, foi feita a hidrólise com complexo enzimático de celulases, enzimas que hidrolisam cadeias celulósicas em monossacarídeos de glicose, substrato utilizado por microrganismos como a levedura Saccharomyces cerevisiae no metabolismo celular, tendo como produto excretado o etanol. Após a hidrólise enzimática, obteve teores de 53,58% (m/m) de glicose liberada do farelo tratado, apresentando um rendimento em torno de 60% (m/m). Com a fermentação do hidrolisado, obtido após o tratamento enzimático, foi verificada a obtenção de etanol em rendimento (fator de conversão de substrato em produto, Yp/s) de 0,43 em relação à quantidade de substrato utilização na hidrólise enzimática. O produto obtido foi analisado em cromatógrafo a gás acoplado ao espectrômetro de massa, confirmando a obtenção de bioetanol. Além disso, foram realizadas medidas de microscopia eletrônica por varredura e difratometria de raios-X, verificando alterações na estrutura física e morfológica do material ao longo do processo. Por fim, ratificou-se a possibilidade de aplicar a torta de buriti na obtenção de etanol de segunda geração.Item Avaliação do potencial de leveduras selvagens para a fermentação alcoólica de D-xilose(UFVJM, 2017) Barbosa, Gabriela Maria Pereira; Pantoja, Lílian de Araújo; Santos, Alexandre Soares dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pantoja, Lílian de Araújo; Ramos, Cintia Lacerda; Miguel, Maria Gabriela da Cruz Pedrozo; Veloso, Ronnie Von dos SantosAs pentoses oriundas da hidrólise da fração hemicelulósica de biomassas vegetais podem ser fermentadas a etanol. Entretanto, são poucas as espécies conhecidas de micro-organismos capazes de converter pentoses a etanol e, mesmo essas, mostram-se ineficientes e susceptíveis à presença de inibidores produzidos durante o pré-tratamento das biomassas lignocelulósicas. Neste contexto, o presente trabalho teve por objetivo identificar e avaliar seis linhagens de leveduras isoladas a partir de biomassas vegetais quanto a capacidade de realizar a fermentação alcoólica da D-xilose utilizando diferentes formulações de meios sintéticos. As linhagens foram submetidas a identificação morfológica e molecular. Os processos fermentativos foram conduzidos em batelada simples em frascos cônicos sob agitação a 150 rpm e temperatura de 30°C por até 145 horas. Os bioprocessos foram monitorados a intervalos regulares de tempo quanto à concentração de açúcares redutores, glicose, etanol e biomassa celular. Ao final do processo, foram determinados os valores das variáveis de resposta rendimento (YP/S), produtividade (QP) e taxa de consumo de açúcares (qS). Todas as linhagens avaliadas foram capazes de produzir álcool em meio sintético contendo somente xilose como carboidrato. Os maiores valores de produção e rendimento alcóolico foram obtidos em meios que continham além da xilose, a glicose. O maior valor de YP/S observado foi de 0,38, em condições experimentais com produção de 3,33 g L-1 de etanol. A composição de microelementos e fontes de nitrogênio afetou a fermentação alcóolica.Item Bioprospecção de fungos amilolíticos e caracterização bioquímica da amilase de Mucor sp. AD742 visando aplicação na hidrólise do amido(UFVJM, 2019) Almeida, Aline Cristina de; Benassi, Vivian Machado; Lucas, Rosymar Coutinho de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Benassi, Vivian Machado; Reis, Arlete Barbosa dos; Oliveira, Tassio Brito deOs micro-organismos apresentam a capacidade de produzir diversos metabólitos, que são largamente utilizados em processos biotecnológicos, incluindo os catalisadores biológicos denominados de enzimas. Dentre as enzimas hidrolíticas, as amilases destacam-se por promoverem a quebra do amido em açúcares que são passíveis de utilização no processo de obtenção de etanol a partir da mandioca, por exemplo. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi isolar e caracterizar morfologicamente e microscopicamente os fungos filamentosos coletados em distintas áreas, verificar a influência da temperatura no crescimento dos isolados, bem como otimizar os parâmetros físico-químicos do cultivo do Mucor sp. AD742 para uma maior produção amilolítica, além de caracterizar bioquimicamente a enzima em estudo, além de analisar a hidrólise de distintas amostras de amido para verificação da formação de açúcares passíveis de fermentação. Para tanto, foram coletadas amostras nas cidades de Diamantina e Conceição do Mato Dentro (MG), as quais foram inoculadas em meio sólido, à 30°C, para o crescimento e isolamento de fungos filamentosos, sendo as amostras analisadas até o quinto dia de crescimento, realizando o repique pontual para a caracterização dos isolados. A identificação do possível gênero dos micro-organismos foi realizada em câmara de microcultivo, utilizando-se o meio sólido composto de aveia e ágar, à 30ºC. Para a análise da termofilia, cada isolado foi cultivado no meio de cultura sólido Batata-Dextrose-Ágar (BDA), e a taxa de crescimento em centímetros foi avaliada por hora nas temperaturas de 30ºC, 35ºC, 40ºC, 50ºC e 55ºC. Selecionaram-se dez isolados para a indução da produção de amilase em meio de cultura líquido CP, durante oito dias, na melhor temperatura de cada fungo, cuja atividade amilolítica foi avaliada por meio da formação de açúcares redutores. Foi realizada a otimização dos parâmentos físico-químicos para cultivo do fungo filamentoso Mucor sp. AD742, tais como: meio de cultivo e tempo de crescimento fúngico, análise da solução de sais, fonte de nitrogênio, fonte de carbono, e pH inicial do meio de cultivo para uma maior atividade enzimática. Assim como, caracterizou-se o pH e a temperatura ótima de ensaio enzimático utilizando-se o Planejamento Fatorial – Delineamento Composto Central Rotacional, com dois pontos axiais (DCCR2) avaliando as temperaturas de 43ºC à 75ºC, e os pHs de 4,2 à 7,8. Em relação à estabilidade à temperatura, analisou-se a manutenção da atividade da enzima até 120 minutos nas temperaturas de 50ºC, 55ºC e 60ºC, bem como a estabilidade aos pH de 4,5 a 7,0 durante 2 horas. A prospecção resultou em quarenta e oito fungos filamentosos isolados com aspectos morfológicos aparentemente diferentes. Na análise do micro-cultivo foi possível identificar estruturas morfológicas representativas possivelmente dos gêneros Aspergillus, Rhizopus, Trichoderma, Penicillium, Fusarium, Rhizoctonia e Mucor. Os isolados da área do lixão, AL131 e AL221, apresentaram maior taxa de crescimento à 30°C, enquanto os isolados AD742 e AQ832 apresentaram os maiores valores de atividade enzimática. Os resultados da otimização dos parâmetros de cultivo mostraram que a casca de banana como fonte de carbono, extrato de levedura como fonte de nitrogênio, pH inicial 5,5 do meio e sais SR se mostraram mais eficientes. Quando analisadas as melhores condições de reação observamos que o pH 5,5 e a temperatura de 65°C se apresentaram como melhores condições. Em relação à estabilidade à temperatura, pode-se observar que a enzima se manteve estável nas temperaturas de 50ºC, 55ºC e 60ºC, durante 120 minutos de reação, observando um decaimento de 60% da atividade após 2 horas à 60ºC, enquanto que nos outros tempos e temperaturas a mesma manteve 50% da atividade amilolítica. Quanto à estabilidade ao pH, observou-se uma manutenção de mais de 50% da atividade enzimática em todos os tempos e pH analisados. Diante dos resultados obtidos pode-se concluir que a prospecção em ambientes com alta taxa de decomposição é um método eficiente para a obtenção de novos fungos produtores de enzimas importantes nos processos industriais, além disso, a otimização de parâmetros relacionados ao crescimento desses micro-organismos, tais como fontes nutricionais, temperatura, pH, entre outros, favorece o aumento da atividade das enzimas prospectadas.Item Caracterização fisico-química do lodo de estação de tratamento de esgoto para aproveitamento como biomassa energética(UFVJM, 2018) Ribeiro, Karoline Pereira; Ruggiero, Reinaldo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ruggiero, Reinaldo; Franco Júnior, Moilton Ribeiro; Paula, Lucas Ferreira deNeste estudo foi caracterizado o lodo proveniente de ETE situada em Patos de Minas/MG através da quantificação sua capacidade energética, e avaliação sua viabilidade no acionamento de usinas termoelétricas. Para isto foram determinados os teores de metais, areia, matéria orgânica e inorgânica, pH, carbono orgânico total (COT) além da análise imediata do material. O comportamento térmico foi analisado através de TGA, DTA, DSC e Calor de combustão. Foram analisadas quatro amostras, sendo Lodo sem tratamento coletado em época seca (LSTS), Lodo sem areia coletado em época seca (LSAS), Lodo sem tratamento coletado em época chuvosa (LSTC) e Lodo sem areia coletado em época chuvosa (LSAC). Os resultados encontrados apontam para maior viabilidade energética da amostra LSAS, devido à sua baixa umidade (8,7802 %), alto teor de materiais voláteis (53,1408 %), baixo teor de cinzas (0,7283 %) e alto teor de carbono fixo (46,1308 %). O poder calorífico encontrado nesta foi de 9.752 J/g, sendo este equiparado ao de madeiras como Acácia-Negra e Eucalipto. Desta forma os resultados confirmam a viabilidade de utilização do lodo como combustível ao se observar que as características térmicas são equiparadas à diversas biomassas energéticas.Item Catálise heterogênea para a obtenção de biodiesel de babaçu (Attalea vitrivir) da região do Rio Pandeiros – MG.(UFVJM, 2019) Pereira, Cristina Chaves Alves; Fidêncio, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fidêncio, Paulo Henrique; Reis, Arlete Barbosa dos; Arrudas, Sônia RibeiroNeste trabalho buscou-se a produção de biodiesel a partir do óleo de babaçu, ao se empregar catálise heterogênea por meio do processo de transesterificação via rota metílica, em seguida foi realizada uma caracterização físico química do óleo utilizado e do biodiesel produzido. O óleo de babaçu, Attalea vitrivir, foi coletado na região da Bacia do Rio Pandeiros, para a catálise heterogênea foi utilizado CaO. A proporção de óleo:álcool e a temperatura de calcinação do catalisador foram testadas em variadas condições com o intuito de otimizar a produção de ésteres. O óxido de cálcio foi testado em diferentes temperaturas de calcinação por 4 horas: 1000º C, 800º C, 600º C e 200º C. As razões molares óleo/álcool adotadas foram: 1:100, 1:30 e 1:20. Os resultados revelam que a reação com 800ºC de temperatura de calcinação de CaO e razão molar óleo:álcool de 1:100 foi a mais eficiente, com 99,89% de conversão.Item Codigestão anaeróbia de vinhaça de etanol e bagaço de cana-de-açúcar pré-tratado biologicamente por ensilagem: um estudo da produção de biogás(UFVJM, 2022) Dayrell, Ludimila Rodrigues; Nelson, David Lee; Reis, Arlete Barbosa dos; Benassi, Vivian Machado; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nelson, David Lee; Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Meira Pires, Juliana Rocha deA emissão de Gases do Efeito Estufa (GEEs) contribui significativamente com as mudanças climáticas. A necessidade de mitigar tais emissões impulsiona a busca por fontes alternativas de energia. O setor sucroalcooleiro é responsável pela produção de etanol, um dos biocombustíveis que contribui significativamente para a redução nas emissões de CO2 e representa um importante agronegócio no Brasil. Contudo, em sua cadeia produtiva são gerados resíduos que necessitam de tratamento e destinação adequados. Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a codigestão anaeróbia de vinhaça de etanol e bagaço de cana-de-açúcar pré-tratado biologicamente por ensilagem, para geração de biogás e redução da toxicidade dessas biomassas. Após o pré-tratamento do bagaço de cana-de-açúcar, foram observadas reduções médias de aproximadamente 15 % e 10 % nos teores de celulose e hemicelulose, o que representou um aumento de 48 % na produtividade média de biogás dos sistemas alimentados com vinhaça de etanol e silagens de bagaço umedecido com digestato e ensilado por períodos de 30 e 60 dias, além da redução de 80 % na demanda química de oxigênio, observou-se também que a relação média de carbono:nitrogênio nos sistemas em codigestão foi de 29:1, enquanto foi de 45:1 nos biodigestores alimentados com silagem e de 17:1, quando alimentados com vinhaça. Então, podemos concluir que embora o pré-tratamento de biomassas lignocelulósicas por ensilagem seja brando, em codigestão com a vinhaça de etanol obteve-se maior rendimento de biogás, corroborando com o ideal de sustentabilidade da cadeia sucroalcooleira do Brasil e redução das emissões dos GEE’s.Item Composição química dos óleos essenciais de genótipos de eucalipto resistentes e suscetíveis a Leptocybe invasa (Hymenoptera: Eulophidae)(UFVJM, 2023) Spínola Filho, Paulo Roberto de Carvalho; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Pantoja, Lílian de Araújo; Lopes, Emerson Delano; Soliman, Everton PiresEucalipto é uma biomassa florestal que tem se destacado no Brasil para a produção de papel, celulose e como combustível para alto-fornos na siderurgia. A Suzano S.A, empresa do segmento florestal no Brasil e no mundo, destaca o uso de produtos e subprodutos em suas unidades, como o uso da lignina, celulose fluff e pirolisado lenhoso. No entanto, o cultivo de eucalipto vem sofrendo danos recorrentes com a presença de pragas exóticas, como Leptocybe invasa (Hymenoptera: Eulophidae), que reduzem a produção de biomassa. Este trabalho objetiva extrair e caracterizar o óleo essencial de genótipos de Eucalyptus sp. resistentes e suscetíveis à vespa da galha L. invasa. Para isso, o óleo essencial foi extraído em um sistema tipo Clevenger, de seis genótipos resistentes, C010, C011, C012, C013, C014 e C015, e cinco genótipos suscetíveis, C016, C017, C018, C019, C020, em triplicata, em áreas de cultivo da Suzano SA no estado do Maranhão. Para a caracterização química, os óleos foram submetidos às análises em cromatógrafo em fase gasosa com detector por espectrometria de massas. Os compostos foram identificados por comparação do seu Índice de Retenção (IRR) com IRR reportados na literatura e por análise de seu espectro de massas. O índice de similaridade (SI) entre os espectros obtidos experimentalmente e aqueles das espectrotecas foi utilizado para auxiliar na identificação do composto. Foram identificados 25 compostos no óleo essencial, todos monoterpenos. A área de ocupação dos compostos no óleo variou em relação ao genótipo da planta, o que indica uma pressão do meio, variação intraespecífica e interação genótipo-ambiente na produção dos compostos. Entretanto, os compostos 2,4-dimetil-3-Pentanone, canfeno, β-pineno, isoterpinoleno, endo-borneol, α-terpineol, acetato bornil e α-terpinyl-acetato são os principais componentes com ação inseticida e pesticida, podendo estes ser potencializados ou inibidos na presença de outro composto. Os resultados indicam que existe uma relação entre a resistência dos genótipos avaliados com sua capacidade de sintetizar algumas moléculas com provável repelência ou toxicidade para a L. invasa. Tal achado possibilita desdobrar estudos com o uso do óleo essencial de genótipos de eucalipto resistentes ou de alguns de seus componentes no manejo integrado da vespa da galha.Item Efeito da mistura alternativa diesel-biodiesel comerciais/H2 nos motores de combustão interna do tipo diesel: testes em bancada dinamométrica(UFVJM, 2018) Silva, Nataly Souza; Melo, Rogério Alexandre Alves de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Melo, Rogério Alexandre Alves de; Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Castro, Vitorio Delogo de; Silva, José Izaquiel Santos daO biodiesel tem se apresentado como uma excelente opção de combustível alternativo para ser usado em motores ciclo diesel, e, além dele, um outro combustível alvo de estudos para uso em motores de combustão interna é o hidrogênio. Visando a utilização de maiores quantidades de combustíveis provenientes de fontes renováveis de energia e obtenção de um combustível com maior poder detonante/calorífico e de alta eficiência em motores de combustão interna, este trabalho visou o teste em bancada dinamométrica de uma nova mistura de combustíveis formulada por meio da dissolução de gás hidrogênio em combustíveis comerciais diesel S10 e biodiesel B100 e seus respectivos blends nas proporções B20, B40 e B80. Foram avaliados o desempenho destas amostras combustíveis em termos de potência e torque a partir de diferentes rotações do motor e também de diferentes cargas. Inicialmente, os testes foram realizados com amostras de combustíveis sem a presença de hidrogênio para a promoção de posterior comparação de efeitos da presença deste gás nas amostras. Os resultados dos testes em bancada dinamométrica com as amostras de combustíveis mostraram que houve influência positiva da adição de gás hidrogênio nas amostras devido a um melhor desempenho observado em relação a valores de rotação, torque e potência alcançados pelos combustíveis nos motores. No primeiro teste em que utilizou-se o dinamômetro, as amostras de combustíveis que obtiveram um melhor desempenho geral foram as de diesel S10 e B20 com adição de H2. No segundo teste, avaliando-se potência e torque frente a variados valores de rotação, a amostra que obteve um melhor desempenho foi o blend B20/H2 (combustível com dissolução por gás hidrogênio), pois o mesmo alcançou o maior valor de torque e potência durante a maioria das faixas de rotação analisadas quando comparado a todas as outras amostras combustíveis.Item Estoque de carbono em plantas jovens de Eucalyptus e Corymbia em diferentes densidades de plantio(UFVJM, 2016) Soares, Guilherme Mendes; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Veloso, Ronnie Von dos Santos; Bianche, Juliana Jerasio; Abrahão, Christóvão PereiraO aumento significativo das concentrações de CO2 atmosférico após a Revolução Industrial tem agravado o efeito estufa natural do planeta, levando a elevação das temperaturas médias e às mudanças climáticas globais. O tema tem preocupado cientistas, governo e sociedade, resultando em medidas para redução das emissões de gases de efeito estufa (GEEs) e mitigação de seus efeitos nocivos. Em 1997, o Protocolo de Quioto estabeleceu metas de redução de emissões de GEEs, sobretudo o CO2. Como espécies de rápido crescimento são consideradas eficientes na fixação de carbono, nesta pesquisa foram utilizados três clones de espécies de Eucalyptus e Corymbia, haja vista seu rápido crescimento e sua alta produtividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar pelo método destrutivo, aos 12 meses de idade, a produção da massa de carbono da parte aérea de três clones: um híbrido espontâneo de Eucalyptus urophylla S. T. Blake, um híbrido tri-cross de E. urophylla x (Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden x Eucalyptus camaldulensis Dehnh), e um híbrido de Corymbia citriodora (Hook.) K.D.Hill & L.A.S.Johnson x Corymbia torelliana (F. Muell.) K. D. Hill & L. A. S implantados em diferentes espaçamentos de plantio: 3x3 m; 3x1,5 m; e 3x1 m. O estudo foi conduzido em uma área experimental da empresa Aperam Bioenergia S/A, localizada no município de Itamarandiba, MG. Foram abatidas 36 árvores amostras, que foram cubadas, desgalhadas e desfolhadas, foram coletadas amostras de folhas, galhos, casca e madeira para determinação de massa seca e teor de carbono dos componentes da parte aérea. De acordo com os resultados encontrados, conclui-se que o espaçamento que registrou a maior fixação de carbono por unidade de área foi o 3x1 m, e os clones mais produtivos foram os híbridos de E. urophylla e o tri-cross de E. urophylla x (E. grandis x E. camaldulensis). Além disso, o espaçamento 3x3 m apresentou os valores mais elevados de massa seca e de carbono por árvore. Os clones utilizados neste experimento se apresentaram como alternativa potencial para projetos de sequestro de carbono e mitigação dos gases de efeito estufa.Item Estudo térmico e determinação da energia de ativação do biodiesel de polpa e amêndoa de macaúba (Acrocomia aculeata)(UFVJM, 2017) Silva, Thaís Dias Fernandes; Roa, Juan Pedro Bretas; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Roa, Juan Pedro Bretas; Reis, Arlete Barbosa dos; Leite, Brenno Santos; Nelson, David LeeO consumo mundial de energia vem aumentando gradativamente. Os entraves derivados desse aumento são muitos, dentre eles os recursos necessários para suprir a demanda e os problemas ambientais gerados no processo de produção e consumo são os que mais se destacam. Nesse cenário os biocombustíveis, combustíveis derivados de matérias primas renováveis, se destacam como alternativa na intenção de diminuir a dependência do petróleo e os danos ambientais. O biodiesel possui como vantagem características biodegradáveis por ser derivado de matéria prima renovável e redução na emissão de gases na exaustão, como desvantagem apresenta um alto custo de produção quando comparado ao diesel de petróleo e baixa estabilidade quando exposto em atmosfera oxidante, causando problemas no processo de armazenamento, uma baixa energia de ativação na reação térmica do biodiesel indica a necessidade de pouca energia para o processo de degradação, sendo um grandeza importante a se considerar para o processo de armazenamento. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo além de caracterizar as amostras de óleo e biodiesel de macaúba através de parâmetros físico químicos, análise de absorção na região do infravermelho e análise térmica, determinar a energia de ativação do biodiesel de amêndoa e polpa de macaúba produzido através da reação de transesterificação pela rota metílica projetando os resultados da análise térmica no modelo de Kissinger, que considera que os valores máximo da reação de decomposição acontecem na mesma temperatura a uma velocidade máxima deslocando-se em função da taxa de aquecimento aplicada, que correlacionando com a equação de Arrehenius possibilita a avaliação da energia de ativação do processo. A análise térmica do biodiesel de macaúba demonstrou temperatura de degradação para polpa (130 ºC) maior do que a amêndoa (90 ºC) em baixas taxas de aquecimento. No entanto, a energia de ativação do processo de degradação foi de 54 kJ mol-1 para o biodiesel de amêndoa de macaúba enquanto a polpa apresentou energia de ativação mais baixa de 41 kJ mol-1. Indicando baixa necessidade de energia para iniciar o processo de degradação do óleo de polpa comparado com amêndoa. O resultado encontrado aponta a necessidade de alguns cuidados para com o armazenamento do biodiesel de macaúba afim de evitar a ocorrência de tais processos melhorando a qualidade das misturas de diesel e biodiesel sem perder as propriedades. É possível observar que tanto as amostras de óleo quanto de biodiesel utilizadas no presente estudo obtiveram resultados similares ao encontrado na literatura.Item Fermentação alcoólica de hidrolisado ácido de torta de polpa de macaúba utilizando a levedura Candida akabanensis UFVJM-R131 na forma livre e imobilizada(UFVJM, 2022) Freitas, Filipe Soares de; Santos, Alexandre Soares dos; Pantoja, Lílian de Araújo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Alexandre Soares dos; Pasquini, Daniel; Fonseca, Francine Souza Alves da; Santos, Líbia DinizO etanol é o biocombustível com maior escala de produção no mundo, podendo ser produzido a partir da conversão de carboidratos encontrados em biomassas açucaradas, amiláceas e lignocelulósicas. A levedura Saccharomyces cerevisiae é considerada um dos microorganismos mais importantes na produção industrial de etanol. Entretanto, S. cerevisiae não é capaz, de forma natural, de converter pentoses a etanol. Por esse motivo, a busca por outras espécies microbianas com capacidade natural de converter pentoses a etanol é um dos caminhos para se aproveitar o manancial considerável de pentoses disponível em biomassas vegetais. Em 2016, o grupo de pesquisa que apoia este estudo isolou e identificou uma linhagem de levedura da espécie Candida akabanensis capaz de converter xilose a etanol em meio sintético e, em 2017, mostrou que esta mesma levedura também era capaz de cofermentar xilose e glicose, presentes em hidrolisado de torta de caroço de algodão, em etanol. Como desdobramento das descobertas anteriores, foi avaliado neste trabalho o potencial tecnológico dessa levedura não convencional para a produção de etanol a partir do hidrolisado da torta de polpa de macaúba. A torta de macaúba é um resíduo agroindustrial resultante da extração do óleo dos cocos desta palmeira e que possui conteúdo significativo de amido, hemiceluloses e celulose. A hidrólise das frações amido e hemiceluloses da biomassa foi realizada com H2SO4 diluído e os processos fermentativos foram conduzidos em batelada simples, com células livres, e em processo contínuo, com a levedura imobilizada em alginato de cálcio. Os ensaios fermentativos conduzidos com C. akabanensis UFVJM R131 em hidrolisado da torta de macaúba contendo 17,1 g L-¹ de glicose e 15,0 g L-¹ de xilose produziram 11,3 g L-¹ de etanol com YP/S de 0,37 gproduto gsubstrato-¹, quando em batelada simples com células livres e, 2,6 g L-¹ de etanol e YP/S de 0,48 gproduto gsubstrato-¹, quando em sistema contínuo. A produção de etanol final para o sistema conduzido com células imobilizadas foi mais baixa quando comparado ao sistema com células livres, todavia, seu rendimento foi notável. A linhagem C. akabanensis UFVJM R131 foi capaz de converter de forma eficiente os açúcares em etanol, mesmo na presença de 5-hidroximetilfurfural e ácido acético, subprodutos oriundos da hidrólise ácida da biomassa. Outros estudos são necessários para aprofundar o conhecimento da levedura e potencial tecnológico.Item Fermentação alcoólica de hidrolisado ácido obtido da torta de girassol utilizando as linhagens Galactomyces geotrichum UFVJM-R10 e Candida akabanensis UFVJM-R131(UFVJM, 2017) Matos, Jéssica Pereira de; Pantoja, Lílian de Araújo; Santos, Alexandre Soares dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pantoja, Lílian de Araújo; Vanzéla, Ana Paula de Figueiredo Conte; Melo, Verônica Ferreira; Veloso, Ronnie Von dos SantosNa produção do bioetanol lignocelulósico, as hexoses provenientes da celulose são fermentadas a etanol por muitos micro-organismos que ocorrem naturalmente. Entretanto, as pentoses, provenientes da hidrólise da hemicelulose, como xilose e arabinose, são fermentadas a etanol por poucas espécies selvagens conhecidas e com baixos rendimentos. Há, portanto, necessidade de seleção de estirpes de leveduras que sejam capazes de fermentar pentoses e glicose conjuntamente e de forma eficiente. Neste estudo, duas linhagens de leveduras, Candida akabanensis UFVJM-R131 e Galactomyces geotrichum UFVJM-R10, foram avaliadas na fermentação alcoólica da fração hemicelulósica de torta de girassol solubilizada por hidrólise com ácido diluído. A hidrólise da hemicelulose foi realizada misturando-se 31% de biomassa seca em solução de H2SO4 a 6%, que foi mantida por 38 minutos a temperatura de 121°C a 1 atm. A caracterização cromatográfica do hidrolisado obtido revelou a existência de glicose (7,57 g L-1), xilose (19,53 g L-1) e arabinose (8,85 g L- 1), além de 5-hidroximetilfurfural (0,71 g L-1), furfural (0,05 g L-1) e ácido acético (5,27 g L- 1). Ambas as leveduras mostraram-se capazes de produzir etanol a partir do hidrolisado ácido da torta de girassol. Os processos conduzidos com as leveduras G. geotrichum UFVJM-R10 e C. akabanensis UFVJM-R131 apresentaram valores de YP/S de 0,29 e 0,27 g etanol g-1 açúcares, respectivamente. As quantidades dos inibidores identificados no hidrolisado não afetaram a eficiência da fermentação alcoólica. A suplementação do hidrolisado com fontes de nitrogênio e minerais aumentou a taxa de consumo da xilose e da arabinose. Os resultados obtidos permitiram concluir que as linhagens G. geotrichum UFVJM-R10 e C. akabanensis UFVJMR131 possuem potencial para a produção de bioetanol a partir da fração hemicelulósica de biomassas vegetais.Item Fermentação do hidrolisado ácido hemicelulósico da torta de dendê (Elaeis guineensis) tratado com diferentes métodos de destoxificação(UFVJM, 2016) Brito, Philipe Luan; Santos, Alexandre Soares dos; Pantoja, Lílian de Araújo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Alexandre Soares dos; Aquino, Sérgio Francisco de; Veloso, Ronnie Von dos SantosNas últimas décadas tem se intensificado o estudo de estratégias que proporcionem melhores rendimentos em etanol a partir do uso de biomassas lignocelulósicas. Neste trabalho foi utilizado o resíduo agroindustrial do processo de beneficiamento do óleo do dendê (Elaeis guineensis) para obtenção de um hidrolisado ácido hemicelulósico para posterior fermentação. O hidrolisado foi obtido através da utilização de ácido sulfúrico diluído o qual se mostrou eficiente na solubilização da hemicelulose. Três métodos de destoxificação dos inibidores foram testados dentre os quais se destacaram os tratamentos por carvão ativado e a combinação do tratamento empregando overliming e carvão ativado, com remoção de compostos fenólicos, furfural e 5-hidroximetilfurfural acima de 90% do hidrolisado. As linhagens de Scheffersomyces stipitis NRRLY 1214 e NRRLY 7124 apresentaram os maiores valores de etanol, com valores correspondentes de 6,2 e 6,13 g L-1, no meio destoxificado por overliming com suplementação. Estas linhagens, neste mesmo meio, alcançaram as maiores taxas de Yp/s (0,32 e 0,33) e Ef (64,46 e 64,89%). Os dados obtidos corroboram que as linhagens estudadas apresentam potencial para a fermentação da fração hemicelulósica da torta de dendê. O uso de meio de hidrolisado ácido da torta de dendê, sem suplementação, se mostra inviável nas condições testadas, pois reflete em valores insignificantes de etanol. Os dados obtidos contribuirão de forma positiva no aproveitamento de resíduos agroindustriais, bem como para os avanços na área de obtenção de etanol de segunda geração.Item Fermentação do hidrolisado ácido hemicelulósico da torta de dendê (Elaeis guineensis) tratado com diferentes métodos de destoxificação(UFVJM, 2016) Brito, Philipe Luan; Santos, Alexandre Soares dos; Pantoja, Lílian de Araújo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Alexandre Soares dos Santos; Aquino, Sérgio Francisco de; Veloso, Ronnie Von dos SantosNas últimas décadas tem se intensificado o estudo de estratégias que proporcionem melhores rendimentos em etanol a partir do uso de biomassas lignocelulósicas. Neste trabalho foi utilizado o resíduo agroindustrial do processo de beneficiamento do óleo do dendê (Elaeis guineensis) para obtenção de um hidrolisado ácido hemicelulósico para posterior fermentação. O hidrolisado foi obtido através da utilização de ácido sulfúrico diluído o qual se mostrou eficiente na solubilização da hemicelulose. Três métodos de destoxificação dos inibidores foram testados dentre os quais se destacaram os tratamentos por carvão ativado e a combinação do tratamento empregando overliming e carvão ativado, com remoção de compostos fenólicos, furfural e 5-hidroximetilfurfural acima de 90% do hidrolisado. As linhagens de Scheffersomyces stipitis NRRLY 1214 e NRRLY 7124 apresentaram os maiores valores de etanol, com valores correspondentes de 6,2 e 6,13 g L-1, no meio destoxificado por overliming com suplementação. Estas linhagens, neste mesmo meio, alcançaram as maiores taxas de Yp/s (0,32 e 0,33) e Ef (64,46 e 64,89%). Os dados obtidos corroboram que as linhagens estudadas apresentam potencial para a fermentação da fração hemicelulósica da torta de dendê. O uso de meio de hidrolisado ácido da torta de dendê, sem suplementação, se mostra inviável nas condições testadas, pois reflete em valores insignificantes de etanol. Os dados obtidos contribuirão de forma positiva no aproveitamento de resíduos agroindustriais, bem como para os avanços na área de obtenção de etanol de segunda geração.Item Fungos como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha curcas L.)(UFVJM, 2019) Souza, Mírian de Jesus; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Siqueira, Félix Gonçalves de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Pires, Juliana Rocha de Meira; Souza, Poliana Mendes deNa busca de fontes renováveis de energia destaca-se a produção de biodiesel, bicombustível obtido pelo processo de transesterificação realizada mediante a mistura de óleo vegetal ou gordura animal em metanolou etanol, na presença de um catalisador. Um dos principais resíduos gerados pela produção de óleos para obtenção de biodiesel é torta, e que apresenta alto potencial para complementação da alimentação animal. Entretanto algumas tortas apresentam compostos tóxicos naturais em sua composição o que limita seu uso. Entre estas tortas temos a de caroço de algodão, que possui em sua formulação gossipol livre e a torta de semente de pinhão-manso que apresenta ésteres de forbol em sua composição que é tóxico para animais e humanos. Diante da limitação para o uso destas tortas devido á presença de compostos tóxicos, o presente estudo tem como objetivo promover a destoxificação de torta de semente de pinhão-manso(TSPM)e de caroço de algodão(TCA)pelo processo de fermentação em estado sólido usando os fungos filamentosos do filo dos ascomicetos (MB 2.1, MB 2.7 e MB 2.13B) e basidiomicetos (EF 41, EF 71 e EF 79). Os fungos filamentosos que apresentaram maior potencial de redução do gossipol livre foram EF 79, com redução do gossipol livre em 86,67%, e MB 2.7 com redução do gossipol livre em 72,80%. O teor de gossipol livre presente na torta in naturaera de 8,43 mgg-1, após o processo de fermentação o teor foi reduzido para 1,12mgg-1 com EF 79 e 2,29 mgg-1 com MB 2.7. Dos fungos utilizados no processo de fermentação para a torta de semente de pinhão-manso, após 15 dias de fermentação EF 71 e MB 2.13B reduziram em meia 90% dos ésteres de forbol. O EF 71 promoveu à redução dos 92,02% dos ésteres de forbol e MB 2.13B a redução de 90,46%. O teor dos ésteres na torta in natura era de 1,15 mgg-1, após a fermentação com o fungo EF 71 o teor observado foi de 0,09 mgg-1 e, com o fungo MB2.13B foi de 0,11mgg-1. Após o processocultivo microbiano foi possível a redução dos compostos tóxicos na torta, como também melhorar sua qualidade nutricional, observado por meio dos resultados de análises bromatológicas. Dessa forma o processo de cultivo estado sólido usando os fungos apresentou-se como uma alternativa viável para agregar valor aos resíduos agroindustriais destinados á alimentação animal, que poderão ser confirmados quando dos ensaios in vivo com adição de tortas pré-tratadas biologicamente pelos fungos insumos para composição de ração de animais (monogástricos ou poligástricos).
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