PPGBIO - Mestrado em Biocombustíveis (Dissertações)
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Item Padronização do cultivo do fungo filamentoso isolado A4 para produção de lipases(UFVJM, 2020) Costa, Tatiana Paula; Benassi, Vivian Machado; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nelson, David Lee; Benassi, Vivian Machado; Reis, Arlete Barbosa dos; Pires, Juliana Rocha de MeiraEnzimas produzidas por fungos filamentosos têm demonstrado amplas aplicações biotecnológicas nos mais diversos segmentos industriais. Para suprimento dessa demanda, há uma crescente busca por novas linhagens de fungos produtores dessas enzimas, levando ao isolamento e seleção a partir dos mais diferentes biomas. Esse trabalho objetivou analisar a temperatura dos fungos filamentosos, selecionar um fungo filamentoso potencialmente capaz de produzir lipase e otimizar a produção da enzima pelo micro-organismo selecionado. Inicialmente foi analisado a temperatura de crescimento de vinte e um fungos filamentosos do laboratório em meio Aveia e meio BDA, a fim de verificar a melhor temperatura de crescimento de cada micro-organismo. Os fungos em meio aveia com maiores taxas de crescimento a diferentes temperaturas foram o 3.8TA, P3, MB2.9, MB2.12, 4.2 e B8, e em meio BDA foram o 3.8TA, P3, M2.3, C421, B8, 4.2 e A4. Os vinte e um fungos foram testados quanto a sua capacidade de produção de lipases em meio contendo Tween® 80, sendo que destes micro-organismos dois (M1.1 e A4) apresentaram halo de atividade lipolítica quando utilizado a solução reveladora, optando-se pelo fungo A4 para prosseguir com o trabalho. Em seguida, o fungo filamentoso A4 foi incubado em quatro meios submersos distintos (Vogel, Adams, Khanna, e SR), à 30 ºC, em estufa bacteriológica, de forma estacionária, durante oito dias e retirados a cada vinte e quatro horas, sendo o meio que apresentou uma melhor atividade lipolítica o Khanna (2,32 U.mL-1) após 120 horas de cultivo. Após definir o meio de cultivo submerso, variou-se sua composição, analisando fonte de nitrogênio (extrato de levedura, peptona, ureia, nitrato de potássio e suas combinações). Para a fonte de nitrogênio o melhor valor de atividade lipolítica obtido foi 2,15 U.mL-1 (ureia + peptona + KNO3) pelo fungo filamentoso A4. Em seguida, foram analisadas diferentes fontes de sais (sais Vogel, sais CP, sais SR e suas combinações), estabelecendo a suplementação do meio com sais Vogel. Analisou-se, também, o efeito da variação do pH inicial do meio de cultura (pH iniciais 4,0; 4,5; 5,0; 5,5 e 6,0), determinando o 4,5 como ideal para crescimento do isolado A4 e produção de lipases. Por fim, analisou-se a influência de diferentes óleos (soja, milho, girassol, dendê e algodão) como fonte de carbono, e o fungo A4 apresentou uma melhor atividade enzimática em meio de cultura suplementado com óleo de algodão (171,36 U.mL-1). Esses resultados demonstram a importância da seleção de fungos filamentosos como recurso biotecnológico, em especial para a produção de enzimas lipolíticas. A otimização resultou em um aumento na produção da enzima, abrindo perspectivas para a otimização do processo de fermentação submersa utilizando processos de baixo custo.