PPGCS - Mestrado em Ciências da Saúde (Dissertações)

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    Análise das estruturas química e física e da permeabilidade bacteriana do não tecido Spunbond-Meltblown-Spunbond (SMS) reprocessado
    (UFVJM, 2023) Lima, Rayana Santos Cristianismo; Rocha Vieira, Etel; Ferreira, Lucas Franco; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Ferreira, Lucas Franco; Lucas, Thabata Coaglio; Paula, Fabiana Angélica de
    Os profissionais de saúde estão constantemente expostos aos riscos de contágio pelo SARS-CoV-2 desde que ele foi detectado na cidade de Wuhan (China) em dezembro de 2019. A alta procura por equipamentos de proteção individual (EPI) provocou escassez no mercado mundial e elevação de custo. Como alternativa muitas instutições de saúde passaram a produzir seus próprios EPI, como máscaras cirúrgicas, a partir de um tipo de não tecido denominado Spunbond-Meltblown-Spunbond (SMS). Este estudo avaliou se o reprocessamento do SMS altera a estrutura química, física e a propriedade de filtração do material. Foram utilizadas amostras de manta de SMS nova e reprocessadas, após utilização como embalagem de caixas e instrumentais cirúrgicos. As mantas foram então submetidas a análises para avaliação das estruturas física (Microscopia Eletrônica de Varredura) e química (Reflexão Total Atenuada no Infravermelho com Transformada de Fourier). Máscaras cirúrgicas confeccionadas com mantas novas e reprocessadas foram avalidas quanto à permeabilidade bacteriana. Após o reprocessamento verificou-se, a partir da análise qualitativa do espectro ATR-FTIR, que não houve alteração da estutura química do material. Com relação à estrutura física, a análise em microscopia eletrônica de varredura sugere redução da espessura dos filamentos spunbond e contração da manta. Com relação à pemeabiliade bacteriana, a eficiência de filtração bacteriana das máscaras confeccionadas com o SMS reprocessado (98,8 ± 0,9%) não foi diferente (p=0,96, Anova one way) daquela observada para as máscaras confeccionadas com SMS novo (98,5 ± 0,5%) e também para a máscara cirúrgica comercial (98,7 ± 0,4%). Conclusão: A estrutura química do SMS não foi modificada pelo reprocessamento e a permeabilidade bacteriana da máscara cirúrgica confeccionada com SMS reprocessado não foi alterada. É proposto que a confecção de máscaras com SMS reprocessado pode ser uma alternativa promissora, sustentável e de baixo custo para a proteção de profissionais de saúde frente a emergências de saúde pública, como a pandemia da CoViD-19.