Browsing by Author "Oliveira, Vinícius Cunha de"
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Item Analysis of content, credibility, and quality of information on COPD treatment in YouTube™ videos: a cross-sectional observational study(UFVJM, 2023) Rodrigues, Ana Luíza da Silva Nunes Teixeira; Mendonça, Vanessa Amaral; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Oliveira, Vinícius Cunha de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é causada pela exposição a partículas tóxicas e gases nocivos, tabagismo e/ou mutação genética, sendo caracterizada por sintomas respiratórios crônicos, anormalidades das vias aéreas, resultando em obstrução persistente ao fluxo aéreo. O tratamento dessa doença envolve intervenções farmacológicas e não farmacológicas que é fundamentado por diversos consensos e diretrizes da DPOC. O YouTube™ é uma das plataformas sociais mais populares da internet e pode ser usada com frequência para compartilhamento de informações sobre o tratamento de doenças crônicas como a DPOC, entretanto a credibilidade dessas informações pode não ser adequada. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar a qualidade e a credibilidade das informações relativas ao tratamento da DPOC no YouTube™, a mais popular das plataformas de mídia social e avaliar seu alinhamento com a diretriz GOLD. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal que contou com a seleção de 200 vídeos da língua inglesa, postados no YouTube™. A avaliação dos vídeos incluídos no estudo foi através de instrumentos validados para qualidade e credibilidade das informações, Discern e HONcode respectivamente, e a partir de um instrumento criado pelos pesquisadores para observar a concordância com o GOLD, diretriz padrão ouro para DPOC. Resultados: A maioria dos vídeos (97,4%) demonstrou baixa concordância com as diretrizes, 75,7% obtiveram credibilidade alta de acordo com a avaliação do HONcode e em relação à qualidade das informações de saúde, avaliadas pelo Discern, 75,7% dos vídeos obtiveram classificação média. Conclusão: Os vídeos analisados demonstraram boa credibilidade, com qualidade variável entre média e baixa e pouca concordância com o GOLD, demonstrando que a análise contínua desse conteúdo pode ser utilizada para garantir o fornecimento de informações confiáveis no YouTube™.Item Asma e exercício aquático: uma revisão sistemática de ensaios clínicos controlados e randomizados(UFVJM, 2022) Angelo de Deus, Franciele; Lima, Vanessa Pereira de; Oliveira, Vinícius Cunha de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lima, Vanessa Pereira de; Oliveira, Vinícius Cunha de; Costa, Henrique Silveira; Peixoto, Marco Fabricio DiasObjetivo: Realizar uma revisão sistemática das evidências disponíveis que investigaram o efeito dos exercícios aquáticos sobre a função pulmonar e a qualidade de vida em pacientes asmáticos. Métodos: Foi realizada uma busca nas bases de dados MEDLINE, CINAHL, COCHRANE LIBRARY, EMBASE, AMED, SPORTDISCUSS e Physiotherapy Evidence Database (PEDro) para ensaios controlados randomizados (RCTs) que avaliaram o efeito do exercício aquático em comparação com o controle (sem exercício) ou exercício em solo sobre a função pulmonar e a qualidade de vida em pacientes asmáticos. Os estudos elegíveis foram revisados independentemente por dois revisores. A qualidade metodológica dos estudos incluídos foi avaliada utilizando a escala PEDro. A meta-análise foi realizada utilizando o modelo de efeitos aleatórios quando possível, e estimativas foram apresentadas como diferenças médias (DMs) e os intervalos de confiança de 95% (ICs) foram apresentados. A qualidade da evidência foi avaliada utilizando a ferramenta GRADE. Resultados: Nove estudos, incluindo 361 participantes, foram incluídos nesta revisão sistemática. Evidências de muito baixa qualidade foram encontradas em favor do exercício aquático em pacientes asmáticos para Volume Expiratório Forçado em 1 segundo (VEF1 L/s); DM: 0,20, 95% IC: 0,02-0,38 N: 91) e para Capacidade Vital Forçada (CVF L); DM: 0,32, 95% IC: 0,08-0,56 N: 80). Nenhum efeito dos exercícios aquáticos foi observado na relação VEF1/CVF (DM:1,11, 95% IC: -1,28-3,49 N:80) em comparação com o controle. Apenas um estudo avaliou o efeito do exercício aquático sobre a qualidade de vida dos pacientes, indicando discreta melhora na qualidade de vida após a intervenção. Conclusões: As melhorias na função pulmonar e na qualidade de vida de pacientes asmáticos submetidos ao exercício aquático não são apoiadas por evidências de alta qualidade. Os resultados atuais precisarão ser confirmados por estudos adicionais com maior rigor do ponto de vista metodológico.Item Associação entre fatores perinatais e dor musculoesquelética ao longo da vida(UFVJM, 2019) Siqueira, Fernando Carvalho de Macedo; Leite, Hércules Ribeiro; Oliveira, Vinícius Cunha de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Hércules Ribeiro; Gomes, Wellington Fabiano; Hull, Egmar LongoContexto: As condições musculoesqueléticas são problemas comuns de saúde com grande impacto nos indivíduos. Embora muitos fatores tenham sido associados ao desenvolvimento de dor musculoesquelética, como os fatores perinatais, sua etiologia ainda é pouco compreendida. Objetivo: Investigar sistematicamente se os fatores perinatais podem aumentar o risco de ter dor musculoesquelética ao longo da vida. Métodos: As bases de dados MEDLINE, CINAHL, Scopus, Web of Science e EMBASE foram pesquisadas desde o seu início até dezembro de 2017. Os descritores utilizados em nossa estratégia de busca foram relacionados a “fatores perinatais” e “dor musculoesquelética”. Não houve restrições de idioma, idade, sexo ou data. Meta-análise foi usada para agrupar as estimativas de associação entre fatores perinatais e dor musculoesquelética. Resultados: Entre os seis artigos incluídos nesta revisão sistemática, três foram extraídos para a meta-análise. O agrupamento de três e dois estudos não mostrou associação entre dor musculoesquelética crônica e baixo peso ao nascer (OR 1.8, 95% IC 0,9-3.8, I2 = 0; n = 157) ou nascimento pré-termo (OR 0.5, IC95% 0,0-4,5; I2 = 78%; n = 374) em adultos, respectivamente. No geral, a qualidade das evidências após a aplicação da abordagem GRADE foi muito baixa em todos os estudos. Conclusão: Em adultos, nossa meta-análise não mostrou associação entre peso ao nascer ou prematuridade e dor musculoesquelética, e a qualidade da evidência foi muito baixa. Assim, a baixa qualidade da evidência e o número limitado de estudos não sugerem uma associação direta e clara. Outros estudos longitudinais de alta qualidade, e o controle de outros fatores de confusão mais relevantes, são necessários para entender melhor o complexo mecanismo que pode operar entre os fatores perinatais e a dor musculoesquelética.Item Definindo habilidades, intervenções e formatos de entrega para o autogerenciamento da dor de coluna idiopática: resultados de um estudo Delphi modificado(UFVJM, 2020) Silva, Anelisa Aparecida Alves; Oliveira, Vinícius Cunha de; Pereira, Leani Souza Máximo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Vinícius Cunha de; Oliveira, Murilo Xavier; Marçal, Márcio AlvesO objetivo deste estudo Delphi-modificado foi chegar a um consenso na definição das habilidades, intervenções e formatos de entrega aceitáveis para o autogerenciamento no tratamento da dor de coluna idiopática. Foram convidados especialistas em dor de coluna. O estudo foi conduzido em três etapas. Na primeira, os participantes receberam por e-mail um questionário contendo uma lista de potenciais itens para definir autogerenciamento e deram sua opinião a respeito de cada item por meio de uma escala Likert de cinco pontos (1:concordo totalmente; 2:concordo; 3:nem concordo nem discordo; 4:discordo; 5:discordo totalmente). O questionário apresentou três partes específicas: definição das habilidades essenciais para autogerenciamento, intervenções e formatos de entrega utilizados para otimizar autogerenciamento da dor de coluna. Os participantes poderiam sugerir modificações para os itens existentes ou propor novos itens. Os itens que alcançaram uma mediana de até dois em cinco, foram incluídas na segunda etapa. Ao questionário foram acrescidos novos itens provenientes dos comentários para compor a terceira etapa. A terceira etapa foi semelhante à segunda e os itens que alcançaram a mediana proposta formaram o conceito final. Cinquenta e oito especialistas de cinco continentes participaram de pelo menos uma das etapas, sendo que 26 deles responderam à terceira etapa. O consenso alcançado definiu as habilidades essenciais para autogerenciamento em dor de coluna como: o conhecimento dos indivíduos a respeito de sua condição, o impacto da dor de coluna e opções de cuidado; a responsabilidade individual no plano de cuidado e no auto monitoramento e gerenciamento de seu potencial impacto; o aprendizado individual e a confiança nos serviços de suporte. Além disso, estratégias comportamentais e exercícios podem ser utilizadas por profissionais de saúde em diferentes formatos para aperfeiçoar a autonomia do indivíduo, quando for necessário. Um processo de aprendizado individualizado deve ser adicionado, se for necessário. Concluindo, um consenso a respeito das habilidades necessárias, intervenções e formatos de entrega para o autogerenciamento da dor de coluna idiopática foi alcançado com foco na autonomia do paciente. A intervenção principal é o aprendizado individual, e a principal forma de garantir isto deve ser o acompanhamento com retornos periódicos. Esta definição poderá guiar futuras pesquisas investigando a efetividade do autogerenciamento, e suas recomendações na prática clínica.Item Descrição dos vídeos sobre dor lombar no YouTube TM(UFVJM, 2021) Maia, Laísa Braga; Oliveira, Vinícius Cunha de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Vinícius Cunha de; Bastone, Alessandra de Carvalho; Oliveira, Juliana Souza deIntrodução: A qualidade das informações sobre dor lombar oferecidas no YouTube TM não é clara. Objetivo: descrever as informações atuais sobre dor lombar disponíveis no YouTube TM e determinar se esses vídeos relatam informações que se alinham com as diretrizes clínicas. Uma análise mais aprofundada explorou se recursos específicos dos vídeos explicam sua popularidade. Métodos: Um estudo observacional transversal foi conduzido em vídeos relacionados à dor lombar no YouTube TM com os 200 vídeos mais vistos usando o termo “dor lombar”. Os vídeos foram vistos e avaliados de forma independente por dois pesquisadores quanto a características específicas de vídeo, conteúdo específico de dor lombar e conformidade com as diretrizes. A associação entre as características ou conteúdo do vídeo com a popularidade (ou seja, visualizações, gostos, não gostos e comentários) foi investigada usando modelos de regressão. Resultados: O número médio de visualizações foi 2.018.167. Apenas 59 (29,5%) dos vídeos relataram pelo menos uma recomendação diagnóstica de diretrizes clínicas, e apenas 100 (50%) relataram uma recomendação de tratamento alinhada com as diretrizes clínicas. Além do ano de upload, nenhuma variável foi identificada que estivesse independentemente associada à popularidade ou engajamento dos vídeos. Conclusão: As informações relacionadas à dor lombar oferecidas no YouTube TM muitas vezes não são baseadas em evidências e há uma tendência de priorizar informações sobre as intervenções ao invés de compreender o processo da dor lombar. Fatores relacionados ao envolvimento com conteúdo sobre dor lombar no YouTube TM permanecem incertos, indicando uma necessidade maior de tradução de conhecimento neste campo.Item Efeitos adicionais de exercícios para o core na melhora da dor e da capacidade funcional relacionada a síndrome da dor patelofemoral: revisão sistemática de ensaios clínicos controlados randomizados(UFVJM, 2021) Pestana, Priscylla Ruany Mendes; Alcantara, Marcus Alessandro de; Freire, Rafael Silveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcantara, Marcus Alessandro de; Oliveira, Vinícius Cunha de; Rodrigues, Ana Carolina de Mello AlvesINTRODUÇÃO: a síndrome da dor femoropatelar (SDFP) é uma condição que afeta o joelho e resulta em dor peri ou retropatelar, com sintomas que geralmente pioram durante as atividades com descarga de peso (CROSSLEY, et al., 2016). Seu início está relacionado à influência de fatores locais, proximais e distais à articulação femoropatelar (AMERICAN PHYSICAL THERPY ASSOCIATION, 2019). A fraqueza dos músculos do core é um fator proximal descrito na literatura como um potencial contribuinte para maior sobrecarga da articulação femoropatelar em pacientes com SDFP (NAKAGAWA, 2012). Estudos prévios verificaram um atraso no recrutamento dos músculos do core em indivíduos com SDFP em resposta a um distúrbio externo e destacaram a importância do controle e da coordenação dos músculos do tronco para a capacidade funcional de indivíduos com essa condição (MOTEALLEH, et al, 2014). Embora a diferença no padrão de ativação dos músculos do core tenha sido identificada em indivíduos com SDFP, o papel que o fortalecimento desses músculos pode desempenhar no tratamento da SDFP ainda não está claro. OBJETIVO: investigar os efeitos da adição de exercícios para o core aos cuidados usuais na intensidade da dor e na capacidade funcional de indivíduos com SDFP. MÉTODOS: trata-se de uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos controlados randomizados, pesquisados nos bancos de dados Cochrane Database, AMED, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, EMBASE, MEDLINE, PSYCINFO, SPORTDISCUS, CINAHL e PEDro até 9 de setembro de 2020. Dois revisores independentes avaliaram os estudos que incluíram a adição de exercícios para o core aos cuidados usuais e compararam com os efeitos dos cuidados usuais isolados em pacientes com SDFP. Os desfechos de interesse foram a intensidade da dor e o nível de capacidade funcional. A avaliação da qualidade metodológica e do risco de viés foi realizada através da escala PEDro. As diferenças entre as médias (MD), ou quando agrupando dados de diferentes escalas, diferenças médias padronizadas (SMD) foram calculadas através de modelos de efeito fixo com intervalos de 95% (IC) para desfechos contínuos. A interpretação dos resultados foi orientada pelo sistema Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). RESULTADOS: cinco estudos de moderada a alta qualidade metodológica preencheram os critérios de inclusão. Houve evidência de baixa certeza de que adicionar exercícios para o core ao tratamento usual é superior ao tratamento usual isolado para melhorar a intensidade da dor (MD = 1.93; 95% CI: 1.28 to 2.57) e capacidade funcional (MD= 6.45; 95% CI: 3.47 to 9.43) em adultos com SDFP no curto prazo. Houve evidência limitada de que um protocolo de reabilitação de quadril e core foi superior a uma reabilitação de joelho para melhorar a intensidade da dor e a capacidade funcional em adultos com SDFP no curto prazo. CONCLUSÃO: adicionar exercícios para o core aos cuidados usuais melhorou a dor e a capacidade funcional em adultos com SDFP quando comparado com o resultado dos cuidados usuais isolados no curto prazo, no entanto, devido ao baixo nível de certeza da evidência, os resultados devem ser interpretados com cautela.Item Eficácia da terapia conservadora na dor no ombro relacionada à tendinopatia: uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados(UFVJM, 2021) Castro, Brenda Katrovyevysky Costa; Oliveira, Vinícius Cunha de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Murilo Xavier; Silva Santos, Jonatas Ferreira da; Resende, Renan AlvesA terapia conservadora é defendida como a opção de tratamento primária para melhorar a dor e a função em pessoas com dor no ombro relacionada à tendinopatia; porém, sua eficácia ainda não está clara. Este estudo tem como objetivo reportar através de estudos controlados randomizados incluídos em uma revisão sistemática com metanálise investigando a eficácia do tratamento conservador na dor de ombro relacionada à tendinopatia do manguito rotador e bíceps. Esta revisão sistemática seguiu as recomendações da PRISMA e da Cochrane. As estratégias de pesquisa não tiveram restrições de idioma ou data e foram executadas nas bases de dados MEDLINE, COCHRANE, EMBASE, AMED, PSYCINFO e PEDro. As condições de saúde de interesse foram pessoas diagnosticadas com dor no ombro decorrente de tendinopatia dos músculos do manguito rotador (supraespinhal, infraespinhal, redondo menor, subescapular) e do músculo bíceps braquial. Foram incluídos estudos comparando qualquer terapia conservadora com controle (placebo, sham, lista de espera e sem intervenção) para melhora dos desfechos clínicos reportados pelo paciente (PROMS) dor e função. Posteriormente a busca e seleção dos estudos, cinco estudos controlados randomizados foram incluídos nesta revisão. Esses estudos investigaram quatro diferentes terapias conservadoras: ondas de choque extracorpóreas – ESWT, anti-inflamatórios não esteroides - AINEs, laser de baixa intensidade e ondas de choque extracorpóreas radiais – rESWT. O tamanho da amostra variou de 35 a 271, totalizando 534 participantes. A idade média entre os participantes dos estudos que reportaram esses dados foi de 50,82 anos. Apenas efeito a curto prazo foi investigado. Quando avaliada a qualidade metodológica pela escala PEDro, dois dos cinco estudos incluídos pontuaram menos de 6 pontos, apresentando alto risco de viés. Cinco ensaios clínicos randomizados foram incluídos. A terapia por ondas de choque extracorpórea (ESWT) foi eficaz na dor em curto prazo (ou seja, ≤ 3 meses) quando comparada com o controle (WMD = -1,7 de 101 pontos, -3,1 a -0,3; n = 158). Ensaios individuais também sugeriram efeitos de antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) (-13,7 a -2,3; n = 365) e pulsoterapia com pressão radial extracorpórea (rESWT) (-40,0 a -27,0; n = 79). A terapia a laser e a ESWT não foram eficazes na dor e na função em curto prazo, respectivamente. Nenhum ensaio investigou os efeitos de médio ou longo prazo, e a qualidade das evidências variou de baixa a muito baixa qualidade. As terapias conservadoras atualmente disponíveis para o tratamento do manguito rotador e tendinopatia do bíceps não são apoiadas por evidências de baixa a muito baixa qualidade.Item Eficácia do fortalecimento do quadril na intensidade da dor, incapacidade e força em condições musculoesqueléticas crônicas do tronco e membros inferiores: uma revisão sistemática com meta-análise(UFVJM, 2021) Silva, Angélica de Fátima; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Oliveira, Vinícius Cunha de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Oliveira, Vinícius Cunha de; Santos, Jonatas Ferreira da Silva; Resende, Renan AlvesO exercício de fortalecimento do quadril é frequentemente recomendado na prática clínica para garantir estabilidade articular e melhores padrões de movimento em muitas condições musculoesqueléticas crônicas do tronco e dos membros inferiores. Entretanto, a eficácia do fortalecimento do quadril na intensidade da dor, incapacidade e força muscular em condições musculoesqueléticas crônicas do tronco e membros inferiores não está clara. Logo, o objetivo desse estudo foi investigar a eficácia do fortalecimento do quadril na redução da intensidade da dor e/ou incapacidade e no aumento da força muscular de quadril em condições musculoesqueléticas crônicas traumáticas e não traumáticas. Foram incluídos nesse estudo somente ensaios clínicos randomizados controlados, pesquisados nos bancos de dados MEDLINE, COCHRANE, AMED, Embase, CINAHL, SPORTDiscus e PEDro até 8 de junho de 2021, sem restrições de data e idioma. Dois revisores independentes avaliaram os estudos que incluíram o fortalecimento do quadril para pacientes com condições crônicas musculoesqueléticas do tronco ou membros inferiores na intensidade da dor, incapacidade e força muscular. Um terceiro revisor esclareceu possíveis discordâncias. A qualidade metodológica dos estudos foi verificada por meio da escala PEDro. Os modelos de efeito aleatório estimaram a diferença média (MD) e o intervalo de confiança de 95% (IC). A graduação da qualidade da evidência e força de recomendação para tomada de decisão foi avaliada usando a abordagem GRADE. Os resultados apontam que o fortalecimento do quadril isolado comparado com o grupo controle (placebo, simulação, lista de espera ou nenhuma intervenção) pode melhorar a intensidade da dor e/ou a força muscular do quadril na dor femoropatelar. Além disso, o fortalecimento do quadril adicionado a outra intervenção pode ser benéfico para melhorar a incapacidade em pacientes com dor lombar. Porém, apesar de resultados favoráveis, os estudos apresentaram baixa qualidade metodológica e o nível de evidência foi considerado como muito baixo para todas as váriáveis avaliadas (intensidade da dor, incapacidade e força muscular). O nível de evidência para intensidade da dor e incapacidade foi reduzido devido à imprecisão, inconsistência e risco de viés; enquanto o nível de evidência para força muscular foi reduzida devido à imprecisão e risco de viés. Em resumo, os nossos achados apontam o fortalecimento do quadril como uma intervenção benéfica para os desfechos avaliados. Estudos futuros com tamanho de amostra apropriado provavelmente terão impacto nas estimativas e precisam esclarecer os efeitos em médio e longo prazo.Item Epidemiologia dos gêmeos cadastrados no Registro Brasileiro de Gêmeos(UFVJM, 2019) Jardim, Guilherme Carvalho Campos; Oliveira, Vinícius Cunha de; Leite, Hércules Ribeiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Vinícius Cunha de; Oliveira, Murilo Xavier; Pinto, Rafael ZambelliIntrodução: As condições de saúde prevalentes em todo o mundo são dinâmicas devido as transformações que ocorrem na sociedade, no avanço tecnológico, no estilo de vida, no meio ambiente, etc. A avaliação das condições de saúde requer um aperfeiçoamento contínuo dos sistemas de classificação diagnóstica, pois, há um aumento no surgimento de novas condições de saúde e uma necessidade constante em saber sua prevalência sobre a população desejada. O delineamento metodológico clássico em estudos com gêmeos leva em consideração os pares que podem ser monozigóticos (MZ) ou dizigóticos (DZ) sendo realizada a comparação de uma condição especifica entre eles. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil epidemiológico dos gêmeos cadastrados no Registro Brasileiro de Gêmeos. Materiais e métodos: Seiscentos e dezesseis gêmeos homens e mulheres MZ e DZ com idade igual ou superior a 18 anos responderam por meio de auto relato um questionário com as condições de saúde que apresentavam. Os gêmeos relataram 1694 condições de saúde divididas entre as 6 áreas selecionadas. Resultados: As condições de saúde mais frequentes nos gêmeos MZ e DZ de ambos os sexos foram na área musculoesquelética e neurológica (n= 768 e 281 de 1694, 45,3% e 16,6% respectivamente). Discussão: A prevalência das condições de saúde da população de gêmeos brasileiros segue a mesma tendência da população mundial. Uma predominância de gêmeas foi evidenciada na amostra, o que corroborou com as referências encontradas. As áreas musculoesquelética e neurológica apresentaram frequência elevada quando comparadas a população mundial. Diante do exposto, faz-se necessário novos estudos que tenham por propósito se aprofundar nestas condições de saúde prevalentes. E que os modelos destes estudos sejam com gêmeos, na intenção de alcançar resultados mais específicos e direcionados a cada condição de saúde abordada verificando a influência dos fatores genéticos e ambientais.Item Idade, frequentar creche e tempo de amamentação estão associados com habilidades funcionais e assistência do cuidador em crianças entre 6 e 18 meses: um estudo observacional transversal(UFVJM, 2019) Pereira, Daniel Gonçalves; Oliveira, Vinícius Cunha de; Morais, Rosane Luzia de Souza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Vinícius Cunha de; Santos, Juliana Nunes; Tsopanoglou, Sabrina PinheiroIntrodução: É na infância que o indivíduo desenvolve um repertório de habilidades a fim de atender as demandas diárias ambientais e, neste processo de aquisição de habilidades funcionais durante a infância, destaca-se o papel do cuidador. É amplamente conhecido na literatura a importância de vários fatores que favorecerem o desenvolvimento infantil, entretanto, pouco se sabe quais são os fatores que explicam a aquisição de habilidades funcionais, bem como a necessidade de menor assistência, durante a infância. Objetivo: Investigar a associação de fatores ambientais e biológicos que consigam explicar as habilidades funcionais e assistência do cuidador em crianças entre 6 e 18 meses. Métodos: este foi um estudo transversal, observacional que avaliou 74 crianças com desenvolvimento típico de ambos os sexos, com idade entra 6 a 18 meses, residentes no município de Diamantina-MG e cadastradas na lista de espera do projeto de extensão “Nada Melhor: Estimulação Aquática para Bebês”. Traçou-se o perfil sociodemográfico por questionário próprio. A funcionalidade foi avaliada por meio do Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Avaliou-se o ambiente pelo Affordances in the Home Environment Motor Development-infant scale (AHEMD-IS). Foram avaliadas os fatores ambientais e pessoais associados com as habilidades funcionais e de assistência do cuidador nas categorias de: autocuidado; função social; e mobilidade. Foram feitas análises de regressão linear multivariada. Resultados: A análise de regressão linear múltipla evidenciou que a variável “idade da criança” explicou 45% da habilidade funcional: autocuidado com os valores (β 0,68), (R2 0,45). A habilidade funcional de mobilidade foi explicada em 71% pelas variáveis “idade da criança” e “frequência à creche” (β 0,72), (β 0,33), (R2 0,71). A “idade da criança” e “tempo de amamentação” conseguiram explicar 69% das habilidades funcionais: de função social com os valores (β 0,80), (β 0,17), (R2 0,69). Em relação a assistência do cuidador de autocuidado, esta pode ser explicada em 31% pelas variáveis “idade da criança”, “frequência à creche” e número de irmãos” e seus respectivos valores (β 0,46), (β 0,20), (β -0,22), (R2 0,31). Já a assistência do cuidador de mobilidade foi explicada em 56% pelos fatores “idade da criança” e “frequência à creche” (β 0,62), (β 0,34), (R2 0,56). A assistência do cuidador de função social foi explicada em 33% pelas variáveis “idade da criança” e Ambiente de casa (AHEMD-IS)” (β 0,52), (β 0,24), (R2 0,33). Conclusão: Os fatores ambientais “frequência à creche” e “tempo de amamentação”, número de irmãos, oportunidade de estimulação no ambiente de casa, e o fator pessoal “idade” conseguiram explicar as habilidades funcionais e a assistindo do cuidador de criança entre 6 e 18 meses.Item Isolamento social na dor de coluna cervical e lombar(UFVJM, 2023) Alves, Natália Christina de Moura; Oliveira, Vinícius Cunha de; Ferreira, Lucas Calais; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Introdução: O isolamento social é um fator contextual pessoal que se associa-se à morbimortalidade. É um fator que contribui para uma pior qualidade de vida dos indivíduos, estando associado com um pior prognóstico de diversas condições clínicas, dentre elas a dor lombar (DL) e cervical (DC). No entanto, informação sobre o que influencia o isolamento social e se esta consiste em um possível fator de risco para DC e DL é escassa. Os poucos estudos que investigaram o isolamento social na dor de coluna apresentam limitações por escopo ou metodológicas. Objetivo: O objetivo geral foi investigar se o isolamento social percebido pelo indivíduo está associado a DC e a DL. Como objetivos específicos, investigou-se a influência de fatores genéticos e ambientais no isolamento social percebido pelos indivíduos por meio de um estudo clássico de gêmeos; e investigou-se a associação entre o isolamento social percebido e a DC e a DL. Método: Esta dissertação foi composta por dois artigos para investigar os objetivos descritos acima. Os dois estudos seguem o modelo observacional transversal com amostra por conveniência de pares de gêmeos completos, ambos os sexo e acima de 18 anos. Os participantes foram cadastrados no Registro Brasileiro de Gêmeos. A Escala de Amizade, adaptada para a população brasileira, avaliou o isolamento social percebido e um questionário autorrelatado avaliou ocorrência de DC e DL. Para estimar a contribuição dos fatores genéticos e ambientais na variância do isolamento social, utilizou-se uma amostra de 60 pares completos de gêmeos (30 monozigóticos/Mz e 30 dizigóticos/Dz) e usamos modelos de efeitos mistos ajustados para idade e sexo. Covariâncias, coeficientes de correlação intraclasse e componentes de variância de genética aditiva (A), ambiental compartilhado (C) e fatores ambientais únicos e erro de medição (E) foram calculados (modelo ACE). Para investigar a associação do isolamento social percebido com DC e DL, utilizou-se uma amostra de 141 pares completos (103 Mz e 38 Dz), o modelo foi ajustado para potenciais fatores de confusão (fatores familiares/genética e ambiente compartilhado, idade, sexo, qualidade do sono e nível de atividade física). Foi calculada a estimativa de risco para a presença de DC e DL, e para a intensidade da DC e DL. Resultados: No primeiro estudo, a amostra foi composta por adultos jovens, maioria do sexo feminino, boa renda familiar e bom nível de escolaridade. No modelo ACE, a variância residual no isolamento social foi explicada principalmente por E (14,27; IC95%:8,84-23,02; P<0,001), enquanto as estimativas de A e C não foram significativas. Um modelo mais simples que ajustou apenas os parâmetros A e E teve melhor ajuste em comparação com o modelo ACE, como comprovado pelos valores do Critério de Informação de Akaike, sendo 722,29 para o modelo AE e 724,29 para o modelo ACE. A correlação foi maior entre gêmeos Mz (0,38) em comparação com gêmeos Dz (0,19) mostrando que há influência genética, o que foi comprovado pelo modelo AE que estimou uma influência genética de 38,87% no isolamento social percebido. No segundo estudo, os resultados mostram que a mudança de um ponto em 25 na percepção das pessoas de menos isolamento social representou redução de 6% no risco de apresentar DC (OR:0,94; IC95%:0,84–1,05) e redução de 8% no risco de apresentar DL (OR:0,92; IC95%:0,81–1,05), após ajustar para potenciais fatores de confusão citados acima, no entanto os intervalos de confiança incluíram 1,0 sendo assim as estimativas não atingiram significância estatística. Conclusão: Nossos resultados sugerem uma estimativa de influência genética de 38,87% que corrobora com estudos prévios que demonstra A variando de 38 a 48% no isolamento social percebido. Fatores ambientais únicos (E) explicaram 61,13% da variância total deste desfecho. Além disso, resultados do presente estudo sugerem associação do isolamento social percebido com DC e DL, sendo um possível fator de risco que pode ser levado em consideração em abordagens preventivas focadas nos indivíduos.Item Prevenção das dores lombar e pélvica durante a gravidez: uma revisão sistemática e meta-análise(UFVJM, 2021) Santos, Flávia Franciele dos; Oliveira, Murilo Xavier; Oliveira, Vinícius Cunha de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Murilo Xavier; Oliveira, Vinícius Cunha de; Avelar, Núbia Carelli Pereira de; Lacerda, Ana Cristina RodriguesAs diversas alterações fisiológicas que ocorrem no corpo da mulher durante a gravidez podem resultar no desenvolvimento de dor lombar (DL) ou dor pélvica (PP). As duas condições podem ocorrer separadamente ou juntas (dor lombopélvica / DLP) e normalmente aumentam com o avanço da gestação. A incidência de DL e DP durante a gravidez varia de 57% a 90% e 4% a 76%, respectivamente. Até metade dessas mulheres que apresentam um episódio de DLP durante a gravidez continuam a queixar-se um ano após o parto. A ocorrência de DLP durante a gravidez está relacionada a deficiências e altos custos diretos e indiretos. Diante disso, o objetivo desta revisão sistemática foi investigar a eficácia e aceitabilidade das intervenções para a prevenção de episódios de DL, DP e DLP e licença médica devido a essas condições durante a gravidez em curto e longo prazo. Esta revisão sistemática seguiu a lista de verificação PRISMA e as recomendações Cochrane. As buscas foram realizadas até 6 de janeiro de 2021 no MEDLINE, PEDRO, COCHRANE COCHRANE LIBRARY, SPORTDISCUS, CINAHL, AMED, EMBASE e PSYCINFO. Incluímos ensaios quasi- e randomizados que investigam a eficácia de qualquer estratégia de prevenção em comparação com o controle (ou seja, sem intervenção, placebo, simulação ou lista de espera) na incidência de DL e DP e licença médica durante a gravidez. Aceitabilidade das intervenções também foi avaliada. Dois revisores independentes realizaram a triagem, extração de dados e avaliação da qualidade metodológica (usando a escala de 0-10 PEDro). Discrepâncias foram resolvidas por um terceiro revisor. A meta-análise foi realizada usando o modelo de efeitos aleatórios. Riscos relativos (RRs) e intervalos de confiança de 95% (ICs) foram relatados para cada estratégia de prevenção específica em curto e longo prazo. Dois revisores independentes avaliaram a qualidade das evidências atuais usando a abordagem GRADE. O protocolo foi registrado prospectivamente no PROSPERO (CRD42020216377) e no Open Science Framework (https://osf.io/sha7k/). Seis ensaios clínicos randomizados (RCTs) contendo 2.231 participantes foram incluídos na revisão. Houve evidência de qualidade moderada de que exercícios isolados são aceitáveis para mulheres grávidas com lombalgia [0,60 (0,42-0,84)] e são capazes de prevenir episódios de lombalgia [0,92 (0,85-0,99)], em longo prazo. Evidências de qualidade moderada a muito baixa sugeriram nenhuma eficácia de outras intervenções para prevenir um episódio de DL, DP e DLP ou uso de licença médica de curto ou longo prazo (p> 0,05). Concluímos que a eficácia das estratégias de prevenção de episódios de DLP e uso de licença médica durante a gravidez não é apoiada por evidências de alta qualidade. A evidência atual sugere que o exercício é aceitável e promissor para prevenir episódios de DL em longo prazo.