Browsing by Author "Cruz, Cleya da Silva Santana"
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Item Altas habilidades/superdotação no Brasil: análise de cenário e proposta para melhorar a comunicação entre os sujeitos envolvidos(UFVJM, 2023) Sampaio, Maria Amélia Vieira Toledo; Oliveira, Leida Calegário de; Cruz, Cleya da Silva Santana; Filgueiras, Karina Fideles; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Leida Calegário de; Filgueiras, Karina Fideles; Reis, Angélica Pataro; Lucas, Thabata Coaglio; Gaspar, Yuri EliasDesde que o processo de ensino e aprendizagem passou a ser planejado e formalizado, a educação passa por inúmeras transformações na tentativa de garantir acessibilidade e desenvolvimento progressivo, principalmente aos estudantes que apresentam algum tipo de necessidade especial. Pode-se identificar em nosso meio sujeitos com diferentes níveis de aquisição da aprendizagem, algumas dessas pessoas possuem déficits, outras altas habilidades/superdotação, e todas convivendo com outros sujeitos com padrões medianos de aprendizagem, o que se torna um problema quando se leva em consideração que as oportunidades educacionais disponibilizadas tendem a ser padronizadas, atendendo de forma insatisfatória tanto os que têm dificuldades, quanto aqueles que possuem maiores facilidades no processo cognitivo. Sabe-se que as instituições de ensino apresentam grandes dificuldades para lidar com os estudantes com necessidades educacionais especiais, sejam elas com transtornos de aprendizagem, transtornos globais do desenvolvimento e também com altas habilidades/superdotação, de modo que, quando recebem tais estudantes, apresentam-se pouco preparadas para ofertar o atendimento e acompanhamento adequado para garantir o máximo desempenho destes. O presente estudo visa contribuir para que o processo de comunicação entre as famílias, profissionais da educação e da saúde se dê de forma mais efetiva, contribuindo para o melhor acompanhamento dos estudantes com necessidades educacionais especiais. Para tanto, foi desenvolvido um estudo metodológico de revisão bibliográfica, com o objetivo de elaborar um instrumento para provisão de relatório técnico por profissionais da educação, a ser encaminhado, sob demanda, para os profissionais da saúde que acompanham estudantes com suspeita de necessidades educacionais especiais, bem como uma pesquisa quantitativa e descritiva a partir de dados disponibilizados pelos Censos Escolares realizados entre 2013 e 2022. Foi desenvolvido, ainda, um espaço digital para disseminar conhecimento e orientações específicas a pesquisadores, estudantes, professores, gestores, pais e responsáveis que lidam direta ou indiretamente com sujeitos que apresentam indicadores ou diagnóstico de Altas Habilidades/Superdotação. Os resultados apontam a construção de um instrumento que pode facilitar a comunicação entre profissionais do ensino e da saúde, de modo a melhorar o atendimento/acompanhamento dos sujeitos, além de demonstrar que, no geral, está havendo uma tendência de crescimento no número de alunos com altas habilidades/superdotação matriculados na Educação Especial em Classes Comuns no país, durante os últimos 10 anos.Item Avaliação do Programa de Educação Permanente para Médicos da Estratégia de Saúde da Família na Região Ampliada de Saúde Jequitinhonha de Minas Gerais.(UFVJM, 2013) Cruz, Cleya da Silva Santana; Oliveira, Leida Calegário de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Leida Calegário de; Pires, Herton Helder Rocha; Silvério, João BatistaO Programa de Educação Permanente para Médicos da Estratégia de Saúde da Família foi implantado na Região Ampliada de Saúde Jequitinhonha em outubro de 2010, com a finalidade de melhorar o nível de resolubilidade da Atenção Primária à Saúde, tomando como ponto de partida a aprendizagem significativa e integrada das diversas competências clínicas necessárias aos médicos das equipes de saúde da família. O objetivo deste trabalho foi avaliar as ações de planejamento, execução e resultados do PEP na Região Ampliada de Saúde Jequitinhonha de Minas Gerais em interface com os objetivos propostos pelo Programa. O estudo foi desenvolvido em 14 municípios desta Região, que possuíam médicos da Estratégia de Saúde da Família com frequência de participação no PEP igual ou superior a 60,0%. Participaram da pesquisa 14 gestores municipais de saúde, 31 médicos e 383 usuários. Tratou-se de uma pesquisa de triangulação descritiva, quantitativa e qualitativa. Utilizou-se como instrumentos de coleta de dados: 1) Questionários estruturados dirigidos aos usuários, médicos e gestores de saúde; 2) Relatórios de supervisores dos GAPs para o levantamento dos temas estudados nos encontros e 3) Atestos de gestores municipais de saúde para calcular a rotatividade profissional dos médicos. As entrevistas das consultas médicas foram filmadas e analisadas. Utilizou-se a análise descritiva dos dados, o teste do qui-quadrado e teste de Fisher (p = 0,05). A média de idade dos médicos entrevistados foi de 39,5 anos, 67,7% eram do sexo masculino e 48,2% solteiros. Em relação à titulação, 45,2% dos médicos possuíam apenas graduação em medicina, sendo que 35,5% possuíam no máximo quatro anos de formação. A relação médicos inscritos/presentes nos encontros do PEP foi de 41,5% em 2011 e 38,4% em 2012. Os temas mais estudados nos encontros de GAP foram a metodologia do PEP (24,3%) e as doenças crônicas não transmissíveis (10,5%). Para os médicos participantes, o supervisor do GAP segue a metodologia proposta e os materiais atendem às necessidades dos grupos (100,0%). Os médicos (93,5% e 96,8%, respectivamente) relatam que após a participação no PEP houve redução de encaminhamentos e de pedidos de exames desnecessários. Os médicos participantes (93,5%) afirmam ainda que suas consultas foram reestruturadas após a participação no Programa. Segundo o ponto de vista de 35,7% dos gestores municipais de saúde, os médicos vinculados a seus municípios participam do PEP apenas como forma de cumprir o Contrato do Programa Saúde em Casa, mas para a maioria (62,5%) este não é o motivo da participação, enquanto 50% dos Secretários Municipais de Saúde afirmam que os médicos que são liberados para o PEP, não comparecem nos encontros. A maioria dos usuários (76,1%) relatou ter percebido melhora no atendimento após a participação do médico no Programa. O Índice de rotatividade para os médicos que participam do PEP com frequência igual ou superior a 60,0% foi de 35,5%, enquanto para aqueles que não participam efetivamente do Programa o valor foi de 60,9%. Conclui-se, assim, que a Educação Permanente nos moldes do PEP pode melhorar o desempenho clínico dos médicos e envolver mais o usuário em seu tratamento, além de contribuir para a fixação de profissional na região.Item Cirurgias eletivas na Macrorregião Norte de Minas Gerais: um estudo sobre as filas de espera(UFVJM, 2023) Souza, Katheryne Tolentino de; Hemmi, Ana Paula Azevedo; Lucas, Thábata Coaglio; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Hemmi, Ana Paula Azevedo; Lucas, Thábata Coaglio; Santos, Daniela Lacerda; Cruz, Cleya da Silva SantanaAs filas ou listas de espera se constituíram em um mecanismo para organizar a demanda de necessidades dos cidadãos à oferta de serviços disponibilizados pelo sistema público de saúde, principalmente aos sistemas universais. Em 2015, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais implantou o módulo de “filas de cirurgias eletivas” no sistema SUSFácil/MG através do qual pode-se conhecer a demanda por cirurgias eletivas no estado. O objetivo desse estudo foi caracterizar a demanda por cirurgias eletivas na Macrorregião Norte de Minas Gerais a partir das filas de espera no período de 2015 a 2021. Estudo transversal de natureza analítica, retrospectiva, de abordagem quantitativa de base documental, a partir do banco de dados do SUSFÁCIL/MG no módulo “filas de eletivas”, de 2015 até dezembro de 2021. Considerou-se o universo de cadastros, respeitados os critérios de inclusão e exclusão. A análise dos dados se deu pela estatística descritiva e análise de associação entre as principais variáveis através do Teste de Qui Quadrado de Pearson com 95% de significância. Verificou-se que as principais variáveis estudadas tiveram associação estatística significativa, (valor de p<0,05), como o tempo de espera com a complexidade do procedimento, e os grupos de procedimentos, principalmente o G1- cirurgias do aparelho digestivo, órgãos anexos e parede abdominal, que é também o mais frequente na região como um todo e o G6- Cirurgia e outros tratamentos em Oncologia; Outras Cirurgias, Tratamentos Clínicos - Coleta De Material; Diagnóstico em Endoscopia; Pequenas Cirurgias de pele e tecidos, que é também o grupo com menores tempos de espera. O perfil sociodemográfico mostrou a predominância de cadastros de pessoas do sexo feminino e com idades superiores a 40 anos. Apenas 03 das 11 microrregiões apresentaram o correspondente a cerca de 61% da demanda da Macrorregião. Outro achado foi que o polo Montes Claros, além de atender a sua microrregião na média complexidade e toda a alta complexidade enquanto polo de macrorregião, ainda atendeu parte da média complexidade de todas as microrregiões. Tal resultado deixou perceptível, uma aparente dependência por parte das microrregiões em relação ao polo macrorregional. Concluiu-se que, além de responder aos objetivos propostos, o estudo evidenciou necessidades de uma governança regional mais potente, o que permite que as estruturas assistenciais e administrativas e a força de trabalho dos profissionais sejam melhor utilizadas e que as tomadas de decisões sejam mais eficientes para melhor atendimento das necessidades de saúde da população desta região. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa parecer n° 5.522.934.Item A percepção de profissionais e usuárias sobre uma Casa da Gestante, Bebê e Puérpera e sua instituição de referência: uma abordagem com foco no cuidado e estrutura(UFVJM, 2022) Monteiro, Aline Moreira Cunha; Oliveira, Leida Calegário de; Silva, Evanildo José da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Leida Calegário de; Silva, Evanildo José da; Reis, Angélica Pataro; Niquini, Cláudia Mara; Cruz, Cleya da Silva SantanaO presente estudo buscou investigar a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP) em um município do interior de Minas Gerais (avaliação das práticas desenvolvidas no cuidado com as gestantes, puérperas e recém-nascidos, considerando a estrutura física da CGBP e do serviço hospitalar de referência, na prestação da assistência materno-infantil), instituição esta considerada referência para a Macrorregião de Saúde, por oferecer suporte às mulheres que têm indicações clínicas de permanecerem próximas ao hospital devido às necessidades de monitoramento de sua saúde e/ou da criança. Para compreender melhor o cenário, avaliou-se ainda o impacto da Rede Cegonha sobre a mortalidade materna e os números de partos cesárea realizados nessa Macrorregião de Saúde, comparativamente aos índices nacionais. Essa abordagem foi feita sob a ótica da pesquisadora, bem como de três grupos de participantes (Profissionais de Saúde, Gestores e Gestantes/Puérperas). Tratou-se de uma pesquisa diagnóstica, de caráter exploratório e abordagem quanti-qualitativa, com uma análise bibliográfica e de campo, contando ainda com um questionário semiestruturado e dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade e Nascidos Vivos. Em relação à discussão proposta pela pesquisa e baseando-se na literatura, considera-se que o ambiente de trabalho e a prática profissional podem influenciar positivamente na redução da morbimortalidade materno-infantil, bem como possibilitar um atendimento mais humanizado. A análise dos dados mostrou que a quantidade de camas, acolhimento, atendimento humanizado, horário de visita e carga horária do enfermeiro e técnico de enfermagem estavam de acordo com aquilo que traz a legislação, com exceção do aspecto manutenção da estrutura física/equipamentos. Quanto ao perfil das gestantes e puérperas, observou-se consonância com o descrito na literatura. Identificou-se similaridade de respostas de profissionais e gestores em relação à existência de ações padronizadas na instituição dentro das práticas da Rede Cegonha. Percebeu-se que, embora seja possível e desejável, a instituição não possui rotina de analgesia para o parto normal. Os resultados indicam a inexistência de diferença significativa entre o número médio de mortes maternas antes e após a implantação da Rede Cegonha no País (X̅ =1654,08±80,99 e X̅ =1671,00±63,79, respectivamente; p=0,609) e também na macrorregião de saúde abordada: (X̅ =3,67±2,57 e X̅ =2,50±1,20, respectivamente; p=0,190), mas houve uma reversão muito significativa da Razão de Mortalidade Materna e do número de partos cesárea, quando se avaliou a linha de tendência em ambos os casos. A implantação da Rede Cegonha causou uma mudança na linha de tendência relativa à realização de partos cesárea, tanto no Brasil quanto na Macrorregião de referência. Uma questão importante observada é a não compreensão sobre rotinas de funcionamento e critérios para uso da Casa pelos três grupos de participantes, tendo sido encontrada bastante variabilidade nas respostas dos mesmos, além de um absenteísmo preocupante dos três grupos participantes quando o assunto foi a provisão de sugestões para instituição de referência e a Casa. Conclui-se pela necessidade de desenvolver ações de educação permanente para as três categorias que participaram deste estudo, implementar rotina de analgesia no parto normal, além de continuar desenvolvendo ações para a melhoria dos indicadores relativos à mortalidade materna e partos cesárea na região.