Agroecossistemas, trabalho e autonomia: o cotidiano de mulheres camponesas em realidades do Vale do Jequitinhonha

dc.contributor.advisorLovo, Ivana Cristina
dc.contributor.authorLopes, Bárbara Letícia
dc.contributor.institutionUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)pt_BR
dc.contributor.refereeLovo, Ivana Cristina
dc.contributor.refereeWeitzman, Rodica
dc.contributor.refereeLima, Josélia Barroso Queiroz
dc.date.accessioned2021-12-06T14:25:20Z
dc.date.available2021-12-06T14:25:20Z
dc.date.issued2021
dc.date.submitted2021-01-18
dc.descriptionO presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.pt_BR
dc.descriptionLinha de pesquisa: Configurações do Rural, Política e Meio Ambiente.pt_BR
dc.description.abstractEsta pesquisa tem o interesse em compreender como se dá a autonomia das mulheres diante da distribuição e decisão sobre o trabalho em agroecossistemas agroecológicos. As famílias que compõe o grupo participante desta investigação vivem e desenvolvem suas atividades em duas localidades no Vale do Jequitinhonha. A divisão sexual do trabalho constitui uma das principais formas de desigualdades entre homens e mulheres sendo esta construída historicamente. É preciso entender que homens e mulheres estão inseridos em construções sociais que influenciam o seu modo de perceber, pensar, sentir e agir, e quando analisamos a questão do trabalho não podia ser diferente. A situação de mulheres camponesas não é diferente do que está registrado na literatura feminista, elas ficam responsáveis pelo trabalho do cuidado do lar e dos filhos e de outras tarefas entendidas como “feminina”. É sabido que não se conseguirá superar as desigualdades no campo se não rompermos com as velhas formas de opressão e estarmos atentos a novas formas de opressão que podem surgir com os rearranjos sociais e econômicos. Com a utilização da observação participante, que considera e incentiva que os pesquisadores vivenciem o dia a dia daqueles a quem estudam, possibilitando uma compreensão melhor do universo em estudo, e com o uso de ferramentas como entrevistas, dinâmica da rotina diária e fluxogramas sobre o fluxo do trabalho no agroecossistema, foi possível perceber que existe uma divisão sexual de trabalhos nas famílias participantes da pesquisa e que está se apresenta de várias formas e intensidades, mesmo se tratando de agroecossistemas que tem como base o exercício da agroecologia. Acompanhando a rotina de duas famílias, ficou evidente que as mulheres estão presentes em todas as etapas da produção, desde a colheita até a comercialização. Entretanto, por vezes, seus trabalhos são invisibilizados e tidos apenas como “ajuda” dos serviços feitos por seus companheiros. Estando o trabalho doméstico sobre responsabilidade das mulheres, gera sobrecarga e reduz seu tempo livre, impossibilitando que elas possam usufruir desse tempo em atividades de lazer ou para descanso. Por fim, mesmo as duas famílias sendo acompanhadas por organizações que realizam e incentivam discussões sobre a igualdade de gênero e autonomia feminina, e que já estejam vivenciando um aprofundamento conceitual e prático da agroecologia, há ainda um caminho a ser percorrido para que as desigualdades nas relações de gênero possam ser superadas de fato, já que nesse caminho há uma conexão direta com a estrutura patriarcal e capitalista predominante na sociedade.pt_BR
dc.description.abstractsThis research is interested in understanding how women's autonomy occurs in the face of the distribution and decision on work in agroecological agroecosystems. The families that make up the group participating in this investigation live and develop their activities in two locations in the Jequitinhonha Valley. The sexual division of labor is one of the main forms of inequality between men and women, which has been historically constructed. It is necessary to understand that men and women are inserted in social constructions that influence their way of perceiving, thinking, feeling and acting, and when we analyze the question of work it could not be different. The situation of peasant women is no different from what is recorded in feminist literature, they are responsible for the work of caring for the home and children and other tasks understood as “feminine”. It is well known that inequalities in the countryside will not be overcome if we do not break with the old forms of oppression and pay attention to new forms of oppression that may arise with social and economic rearrangements. With the use of participant observation, which considers and encourages researchers to experience the daily lives of those they study, enabling a better understanding of the universe under study, and with the use of tools such interviews, dynamics of the daily routine and flowcharts on the subject. work flow in the agroecosystem, it was possible to notice that there is a sexual division of work in the families participating in the research that is presented in various forms and intensities, even in the case of agroecosystems that are based on the exercise of agroecology. Following the routine of two families, it was evident that women are present in all stages of production, from harvest to commercialization. However, sometimes, their work is made invisible and seen only as “help” for the services done by their companions. Since domestic work is only the responsibility of women, it generates overload and reduces their free time, making it impossible for them to enjoy this time in leisure or rest activities. Finally, even though the two families are accompanied by organizations that carry out and encourage discussions on gender equality and female autonomy, and who are already experiencing a conceptual and practical deepening of agroecology, there is still a way to go so that the inequalities in gender relations can be overcome in fact, since in this way there is a direct connection with the predominant patriarchal and capitalist structure in society.en
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)pt_BR
dc.description.thesisDissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Estudos Rurais, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2021.pt_BR
dc.identifier.citationLOPES, Bárbara Letícia. Agroecossistemas, trabalho e autonomia: o cotidiano de mulheres camponesas em realidades do Vale do Jequitinhonha. 2021. 160 p. Dissertação (Mestrado em Estudos Rurais) – Programa de Pós-Graduação em Estudos Rurais, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2021.pt_BR
dc.identifier.urihttps://acervo.ufvjm.edu.br/items/aaa78236-384f-4d5d-8f6d-9f784f3e9083
dc.language.isopor
dc.publisherUFVJMpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rights.licenseA concessão da licença deste item refere-se ao à termo de autorização impresso assinado pelo autor, assim como na licença Creative Commons, com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e o IBICT a disponibilizar por meio de seus repositórios, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, e preservação, a partir desta data.pt_BR
dc.subject.keywordTrabalho domésticopt_BR
dc.subject.keywordAgroecologiapt_BR
dc.subject.keywordDivisão sexual do trabalhopt_BR
dc.subject.keywordAutonomiapt_BR
dc.subject.keywordMulheres ruraispt_BR
dc.subject.keywordDomestic worken
dc.subject.keywordAgroecologyen
dc.subject.keywordSexual division of laboren
dc.subject.keywordAutonomyen
dc.subject.keywordRural womenen
dc.titleAgroecossistemas, trabalho e autonomia: o cotidiano de mulheres camponesas em realidades do Vale do Jequitinhonhapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR

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