Imunossensor impedimétrico para diagnóstico de Dengue utilizando eletrodos impressos de grafite revestidos com filmes poliméricos derivados do ácido 4-aminofenilacético

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2017

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UFVJM

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A Dengue é uma doença infecciosa viral de transmissão vetorial pelo mosquito Aedes aegypti, cujo controle tem se mostrado de solução complexa. Além disso, o diagnóstico clínico é difícil de ser realizado, principalmente na fase aguda da doença, em que os sintomas são muito similares aos de outras infecções febris agudas, e por essa razão o desenvolvimento de métodos de detecção mais efetivos para o seu controle, ganha relevância. Métodos moleculares estão sendo cada vez mais utilizados para o diagnóstico precoce por serem mais rápidos e sensíveis. Nesse sentido, o uso de biossensores ganha relevância por serem dispositivos versáteis, de fácil construção e utilização, sensíveis e seletivos. Combinado com o uso de polímeros modificadores da superfície transdutora, o que favorece a etapa de imobilização das biomoléculas, os biodispositivos assim construídos se mostram mais sensíveis devido à compatibilidade das características do elemento biológico e do filme polimérico. Desta forma, este trabalho visou desenvolver um imunossensor impedimétrico para diagnóstico de Dengue utilizando eletrodos impressos de grafite (EI) funcionalizados com filmes poliméricos derivados do ácido 4-aminofenilacético (4-AFA). O imunossensor baseou-se na interação específica entre o antígeno da Dengue, a proteína NS1, e os anticorpos anti-NS1. No estudo de caracterização por voltametria cíclica (VC) da plataforma funcionalizada, observou-se que o filme polimérico formado apresentou dois picos de oxidação em +0,17 e +0,35 V em meio de solução de ácido sulfúrico 0,50 M, o que mostra sua adsorção e eletroatividade na superfície do eletrodo. Medidas de espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) mostraram maior resistência à transferência eletrônica do EI modificado com o filme polimérico quando comparado ao EI sem modificação, corroborando o estudo anterior. Para o estudo de melhor concentração de NS1 para imobilização, verificou-se que 1,00 ng/mL apresentou melhor sinal analítico, devido à diminuição nas interações que ocorre entre os antígenos. O tempo de imunorreação entre antígeno (Ag) e anticorpo (Ac) também foi estudado, no qual observou-se que o tempo ideal para que ocorra a imunocomplexação foi de 20 minutos. Em seguida, foi realizado estudo de diluição dos soros positivos e negativos por EIE, no qual foi possível observar, para o soro positivo, que quanto mais diluído o soro maior foi o valor de Rct encontrado. O soro negativo também apresentou sinal analítico, provavelmente devido à presença de anticorpos não específicos, porém, o sinal gerado apresentou valores mais próximos do sinal da NS1, mostrando a seletividade da plataforma proposta. O estudo foi repetido em eletrodo sem modificação a fim de verifica a importância do filme polimérico na construção do biossensor. Observou-se que quando a NS1 é imobilizada ao eletrodo não modificado, o Rct aumento muito pouco quando comparado ao eletrodo modificado com o filme derivado do 4-AFA, o que mostra a eficiência e sensibilidade da plataforma proposta.

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Citation

PIMENTA, Thiago Coimbra. Imunossensor impedimétrico para diagnóstico de Dengue utilizando eletrodos impressos de grafite revestidos com filmes poliméricos derivados do ácido 4-aminofenilacético. 2017. 80 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2017.

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