Pós-Graduação Multicêntrico Química

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PPGMQ-MG - Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Química de Minas Gerais.

O Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Química de Minas Gerais, formado pelas Instituições de Ensino Superior Federais denominadas Nucleadoras (UFJF, UNIFAL e UFU) e pelas Instituições de Ensino Superior Federais denominadas Associadas (UFLA, UFSJ, UFVJM, UFTM, UNIFEI, UFV, UFOP e CEFET-MG).

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    Composição química de extrativos lipofílicos de madeira de acácia-negra (Acacia mearnsii De Wild.)
    (UFVJM, 2019) Oliveira, Gliciane Ramos Azevedo; Silvério, Flaviano Oliveira; Grasel, Fábio dos Santos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silvério, Flaviano Oliveira; Pinho, Gevany Paulino de; Baraúna, Edy Eime Pereira; Baldin, Talita; Cassimiro, Douglas Lopes
    O presente estudo, realizado em duas etapas, teve como objetivo geral avaliar a composição química de extrativos lipofílicos de madeira de Acacia mearnsii De Wild. A primeira etapa do estudo teve como objetivo a determinação do teor de extrativos de amostras de madeira de acácia-negra com quatro anos de idade usando extração em Soxhlet e caracterização dos extrativos por cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas e espectroscopia na região do infravermelho. Na extração, obteve-se 1,68% e 0,68% de extrativos totais e lipofílicos, respectivamente. Os compostos detectados nos extrativos lipofílicos são constituídos principalmente por ácidos graxos (~ 32,8 mg kg-1) e esteróis (26,9 mg kg-1). Já na segunda etapa do estudo, a composição química dos extrativos lipofílicos da madeira de A. mearnsii de 4, 7, 10 e 13 anos, foram analisadas. A madeira, proveniente de árvores de 7, 10 e 13 anos, apresentaram teores de extrativos lipofílicos de 0,23, 0,28 e 0,28% (m/m), respectivamente. Entretanto, a madeira de 4 anos apresentou aproximadamente o dobro desses valores (0,60% m/m). Os extrativos lipofílicos foram caracterizados por cromatografia em fase gasosa, antes e após a hidrólise alcalina. As principais classes químicas identificadas foram ácidos graxos (27,11 a 95,0 mg kg-1), esteróis (20,5 a 55,7 mg kg-1), compostos aromáticos (0,75 a 13,2 mg kg-1), álcoois graxos (0,0 a 3,46 mg kg-1) e hidrocarbonetos (0,0 a 2,62 mg kg-1), antes e após a hidrólise. Pode-se verificar que os extrativos da madeira de A. mearnsii apresentaram concentrações inferiores dos constituintes, principalmente de ácidos graxos e esteróis, quando comparadas às concentrações de extrativos de madeira de eucalipto obtidas em outros estudos. Isso indica que a madeira de acácia-negra apresenta vantagens em relação à madeira de eucalipto, considerando a formação de depósitos de pitch. Além disso, verificou-se que os extrativos de madeira de árvores de 7, 10 e 13 anos apresentaram semelhança na identificação e caracterização dos compostos, indicando que madeiras provenientes de árvores com idade superior a 4 anos podem apresentar menor propensão a problemas de depósitos de pitch.