Faculdade de Ciências Agrárias

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    Water retention in a peatland with organic matter in different decomposition stages
    (Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2011-08-01) Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Alexandre Christófaro [UFVJM]; Fernandes, José Sebastião Cunha [UFVJM]; Ferreira, Mozart Martins; Silva, Daniel Valladão; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade Federal de Lavras (UFLA)
    Turfeiras são ecossistemas formados por sucessivos processos pedogenéticos, resultando em acúmulo em sucessão de restos vegetais em locais que apresentam condições que inibem a atividade da maioria dos microrganismos decompositores. Em Diamantina - MG, uma turfeira de 81,7 ha é encontrada em uma área de 1.366 m de altitude, com litologia predominantemente quartzítica e vegetação típica de campo úmido. Para a realização deste estudo, a área da turfeira foi dividida em 12 transectos e, dentro destes, a cada 20 m, foi feita uma coleta de solo (90 amostras). Em todas as amostras, foram analisados os teores de fibras esfregadas (FE), densidade do solo (Ds), material mineral (MM), matéria orgânica (MO), umidade (Um) e capacidade máxima de retenção de água (CMRA). Em três perfis, foram coletadas amostras de solo a cada 27 cm, até a profundidade de 216 cm. Nessas amostras, foi determinada, adicionalmente, a umidade após drenagem sob tensão de 10 kPa (U10) e 1.500 kPa (U1500), em extrator de Richards, e foi feito o fracionamento da matéria orgânica. O grau de decomposição da matéria orgânica da turfeira aumenta com o aumento da profundidade. A Um e a CMRA são mais elevadas em camadas com estádio menos avançado de decomposição da MO. Os maiores teores de humina estão relacionados com as camadas que apresentam estádio menos avançado de decomposição da matéria orgânica e com a maior retenção de água na CMRA e U10. Os maiores teores de ácidos húmicos estão relacionados com as camadas que apresentam estádio intermediário de decomposição da matéria orgânica e com as menores retenções de água na CMRA, U10 e U1500.
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    Pedochronology and development of peat bog in the environmental protection area pau-de-fruta - Diamantina, Brazil
    (Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2010-12-01) Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Alexandre Christófaro [UFVJM]; Vasconcellos, Leandro Lara [UFVJM]; Silva, Daniel Valladão [UFVJM]; Romão, Rafael Vitor [UFVJM]; Silva, Enilson de Barros [UFVJM]; Grazziotti, Paulo Henrique [UFVJM]; Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Na região da Serra do Espinhaço Meridional, a formação de ambientes hidromórficos em áreas deprimidas de superfícies de aplainamento, aliada à ocorrência de uma vegetação adaptada à condição de hidromorfismo, favorece o acúmulo e a preservação de matéria orgânica, formando turfeiras. Esse pedoambiente desenvolve-se sobre rochas quartzíticas, predominantes na região. A turfeira da Área de Proteção Ambiental - APA Pau-de-Fruta, localizada na microbacia do Córrego das Pedras, município de Diamantina - MG, foi mapeada e três perfis representativos foram caracterizados morfologicamente e amostrados para caracterização física, química e microbiológica. A matéria orgânica foi fracionada em ácidos fúlvicos (AF), ácidos húmicos (AH) e humina (H). Dois perfis tiveram amostras coletadas para determinação da idade radiocarbônica e do δ13C. Os três perfis apresentam organização estrutural homogênea, sendo as duas primeiras camadas fíbricas, as duas subsequentes hêmicas e as quatro mais profundas sápricas, evidenciando que o estádio de decomposição da matéria orgânica avança com a profundidade e as camadas mais profundas apresentam maior influência do material mineral. Os atributos físicos foram homogêneos entre os perfis, mas variaram entre as camadas amostradas. Os atributos químicos foram semelhantes entre as camadas, porém o teor de Ca, a soma de bases e a saturação por bases diferiram entre os perfis. Os teores de H predominaram sobre as frações mais solúveis da matéria orgânica e se acumularam em maior proporção nas camadas mais superficiais e nas mais profundas, enquanto os AH foram mais elevados nas camadas intermediárias e os AF nas camadas mais profundas. A atividade microbiológica não variou entre os perfis e foi mais elevada nas camadas superficiais, diminuindo com a profundidade. A partir dos resultados das datações radiocarbônicas e da composição isotópica, inferiu-se que a turfeira começou a ser formada há cerca de 20 mil anos e que, desde então, a cobertura vegetal da área não sofreu variações significativas.