Pós Graduação em Química

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PPGQ - Programa de Pós Graduação em Química

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    Detecção eletroquímica de ácido úrico utilizando eletrodos de grafite modificados com azul da Prússia / Poli(ácido 4-aminosalicílico) / Uricase
    (UFVJM, 2017) Paula, Fernanda de Souza; Ferreira, Lucas Franco; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ferreira, Lucas Franco; Santos, Wallans Torres Pio dos; Vieira, Flaviana Tavares
    O trabalho investiga a utilização de plataformas eletroquímicas contendo filmes poliméricos derivados do ácido 4-aminosalicico (4-AMS) para imobilização da enzima Urato oxidase (UOx) visando aplicação na quantificação de ácido úrico (AU) em amostras de urina. Investigou-se a eletrodeposição do 4-AMS pelas técnicas de voltametria cíclica (VC) e cronoamperometria (CA) sobre eletrodos de grafite (EG). Por VC foram realizados 100 ciclos de potencial na faixa de -0,25 a 1,25 V à 50 mV/s em solução 2,50 mM do monômero preparado em H2SO4 0,50 M. Utilizando a CA, a eletropolimerização foi realizada a potencial constante de +0,928 V durante 5600s no mesmo meio reacional utilizado na VC. O poli(4-AMS) obtido por VC e CA mostrou dois pares redox, os quais estão relacionados a eletroatividade do filme polimérico, na região de potencial de +0,50/+0,40 V. Contudo, maiores valores de Ipa e Ipc foram obtidos para os eletrodos modificados por VC, sugerindo que estes filmes são mais eletroativos. A deposição do azul da Prússia (AP), mediador da reação de peróxido, foi investigada sobre os EG, com posterior modificação com poli(4-AMS). Notou-se que a presença do AP não altera o perfil voltamétrico da eletropolimerização do 4-AMS. Contudo, quando comparada com a eletropolimerização somente nos EG, obteve-se filmes mais resistivos e com menor eletroatividade. Analisando as propriedades eletroquímicas e morfológicas, por VC conseguiuse filmes mais uniformes, com maior quantidade de material depositado e maior eletroatividade. A eletropolimerização foi realizada também sobre eletrodos impressos de grafite contendo azul da Prússia (EI/AP), onde posteriormente imobilizou-se 5 U da UOx, e o biossensor foi acoplado a uma célula de fluxo num sistema de análise por injeção em fluxo (FIA) de linha única. A vazão e o volume da alça de amostragem foram otimizados em 2,10 mL/min e 200 μL, repectivamente. O valor de pH da solução do analito foi otimizado em 8,27. Medidas de reprodutibilidade mostraram desvio padrão de 2,15% (n=10). O biossensor respondeu linearmente para AU na faixa de 1,0 x 10-5 a 2,0 x 10-4 M, com limite de detecção de 3,0 μM. Amostras de urina foram diluídas (1:10) e injetadas diretamente no biossensor. A reposta foi reprodutível mostrando baixo desvio padrão para as medidas, e valores encontrados dentro da faixa esperada para o analito em amostras de urina. Testes de adição e recuperação mostraram valores de 97,35% (2,43). O biossensor mostrou-se bastante promissor para a proposta do trabalho, apresentando resultados muito satisfatórios para as análises e parâmetros investigados.