Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

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PPGCFAR - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

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    Atividade antioxidante e citotoxicidade de plantas do Campo Rupestre brasileiro: Gomphrena arborescens L.f., Gomphrena virgata Mart., Miconia ferruginata DC. e Vochysia elliptica Mart.
    (UFVJM, 2017) Cruz, Dayana Barbosa da; Rodrigues, Ana Paula; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rodrigues, Ana Paula; Morais, Harriman Aley; Oliveira, Eduardo de Jesus
    As plantas medicinais têm sido utilizadas pela humanidade, desde seus primórdios, com finalidades terapêuticas. Atualmente, cerca de 25% dos medicamentos são obtidos de espécies vegetais. Considerando a enorme biodiversidade do nosso país destaca-se o potencial para a descoberta de novas moléculas bioativas oriundas de produtos naturais. Espécies radicalares são produzidas continuamente em processos metabólicos fisiológicos, no entanto o desequilíbrio entre agentes pró-oxidantes e defesas antioxidantes provoca o aumento de espécies reativas circulantes conduzindo ao estresse oxidativo relacionado a etiologia de doenças cardiovasculares, inflamatórias, imunológicas, e relacionadas ao processo de envelhecimento como o Alzheimer e Parkinson. Para prevenir esse processo e as consequências ao organismo, tem-se aumentado a busca de compostos antioxidantes. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antioxidante de cinco extratos etanólicos brutos de partes aéreas ou raíz de espécies vegetais já utilizadas na medicina popular da região. Estas espécies foram: Gomphrena arborescens L.f. e Gomphrena virgata Mart. (Amarantaceae),Miconia ferruginata DC. (Melastomataceae) e Vochysia elliptica Mart. (Vochysiaceae), coletadas no município de Diamantina – MG e regiões subjacentes. Utilizando a metodologia de Folin-Ciocalteau pode-se observar que todos os extratos, exceto G. virgata raíz, apresentaram teores de compostos fenólicos totais (CFT) com destaque para V. elliptica e M. ferruginata (792,36 e 561,89 mg EAG/g extrato, respectivamente). A atividade redutora dos extratos avaliada pela captura de radicais DPPH● e ABTS●+ demonstrou maior captura para os extratos com maior teor de CFT, sendo esta correlação forte e positiva. Realizou-se ainda, avaliação da interferência dos extratos na atividade sequestradora de radicais gerados em um sistema HRP/Luminol/H2O2 e também os efeitos sobre o burst oxidativo de neutrófilos humanos isolados, ativados com PMA. Apenas os extratos de V. elliptica e M. ferruginata foram testados, apresentando atividade protetora frente as espécies radicalares produzidas tanto pelo sistema, quanto pelo burst oxidativo. A avaliação da viabilidade celular de neutrófilos em cultura na presença de todos os extratos sem estímulos exteriores demonstrou que estes não são citotóxicos mesmo na maior concentração testada (1000 μg/mL), tendo a V. elliptica apresentado possível atividade citoprotetora nesta concentração.
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    Avaliação da capacidade antioxidante dos extratos etanólicos de plantas do cerrado: Ageratum fastigiatum (GARDN.) R. M. KING et H. ROB., Croton antisyphiliticus MART., Kielmeyera rubriflora CAMB., Miconia ferruginata DC. e Norantea adamantium CAMB.
    (UFVJM, 2016) Lima, Philipe Dias de Ávila; Rodrigues, Ana Paula; Sivieri, Rubia Regina Gonçalves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rodrigues, Ana Paula; Oliveira, Patrícia Machado de; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer
    Nos últimos anos, um número crescente de pesquisas tem demonstrado o papel chave das espécies reativas (ERs) na aceleração do processo de envelhecimento e agravamento de doenças inflamatórias e crônico-degenerativas. Tais espécies, altamente reativas, podem oxidar várias biomoléculas e provocar graves lesões no organismo. O efeito das ERs é equilibrado no organismo por ação de antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos, sendo estes últimos, representados em sua maioria pelos compostos fenólicos, sendo os flavonóides os principais representantes. Os flavonóides podem ser consumidos na dieta diária através de vários alimentos como frutas, legumes, vinhos etc., porém, o principal alvo para busca de tais compostos são as plantas medicinais que são constantemente utilizadas pela população. Tendo em vista a importância de desenvolvimento e busca de novos compostos antioxidantes naturais, o presente estudo teve como principal objetivo avaliar a atividade antioxidante dos extratos etanólicos de algumas espécies vegetais que vêm sendo utilizadas na medicina popular, dentre outras finalidades, como antiinflamatórias, cicatrizantes e outros usos relacionados a atividade antioxidante. As espécies vegetais utilizadas foram: Ageratum fastigiatum (GARDN.) R. M. KING et H. ROB., Croton antisyphiliticus MART., Kielmeyera rubriflora CAMB., Miconia ferruginata DC., e Norantea adamantium CAMB., coletadas no município de Diamantina – MG e regiões subjacentes, áreas de predominância do bioma Cerrado. Avaliando a atividade antioxidante e teor de fenólicos totais (FT) nos extratos, pode-se observar que todos os extratos, exceto da A. fastigiatum (partes aéreas) apresentaram altos teores de compostos fenólicos, determinado pelo método colorimétrico de Folin-Ciocalteau (FC) e eficiente poder redutor (PR), com destaque para a N. adamantium (partes aéreas), que apresentou o maior teor de FT (684,59 mg EAG/g extrato) e o menor valor para o PR (EC50 = 66,77 μg/mL). Quanto à captura das espécies radicalares DPPH• e ABTS•+, os extratos seguiram uma correlação positiva, determinada pelo coeficiente de Pearson, ou seja, os extratos com maiores teores de FT também apresentaram as melhores atividades de captura das espécies radicalares com destaque para a N. adamantium (partes aéreas) e C. antisyphiliticus (caule) que apresentaram resultados de EC50 estatisticamente semelhantes ao padrão ácido gálico (AG) para a captura de ambas as espécies radicalares utilizadas. Para a captura dos reagentes HOCl e H2O2 todos os extratos foram eficientes, porém apresentaram melhores resultados apenas em altas concentrações (>100μg/mL), sendo necessário um estudo de citotoxicidade para avaliar se tais concentrações não são tóxicas às células humanas. Por fim, foi realizada uma avaliação de interferência dos extratos no burst oxidativo produzidos por neutrófilos humanos isolados ativados com PMA e todos os extratos apresentaram atividade protetora frente às espécies produzidas pelo burst oxidativo com destaque para C. antisyphiliticus (caule) e A. fastigiatum (partes aéreas) que apresentaram menores valores de EC50, igual a 8,51 e 5,74 μg/mL respectivamente.