Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Miconia ferruginata DC. (Melastomataceae): estudo biomonitorado para triagem biológica de extratos e frações com atividade anticâncer
    (UFVJM, 2021) Barroso, Poliana Ribeiro; Martins, Helen Rodrigues; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Martins, Helen Rodrigues; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Souza Fagundes, Elaine Maria de; Oliveira, Eduardo de Jesus; Rocha Vieira, Etel
    As plantas medicinais são fontes riquíssimas de compostos bioativos, potenciais candidatos a novos medicamentos, especialmente para fármacos anticâncer. A utilização de novos agentes terapêuticos de origem natural tem revelado grande eficácia e oferece um amplo campo para investigação científica. Assim, o objetivo desta pesquisa foi realizar uma análise dos extratos e frações da espécie Miconia ferruginata, oriunda do Cerrado brasileiro, quanto ao seu potencial anticâncer. No estudo, foram realizadas avaliações de citotoxicidade (CL50 e CC50) e seletividade (IS) frente a diferentes linhagens tumorais, através da técnica colorimétrica pelo brometo de 3-4,5-dimetil-tiazol-2-il-2,5-difeniltetrazólio (MTT). Em seguida, foi realizado o fracionamento biomonitorado para seleção das frações mais ativas e seletivas por meio da avaliação da citotoxicidade e análise da capacidade clonogênica. Além disso, para as frações ativas foram realizadas a caracterização do tipo de morte induzida por meio da análise da morfologia celular (coloração May Grunwald-Giemsa e Hoechst/Iodeto de Propídeo) e tipo de morte (necrose ou apoptose) pela marcação dupla por Anexina-V e Iodeto de Propídeo, bem como avaliação da sua possível interferência no ciclo celular. Os extratos etanólicos brutos das folhas, do caule, das inflorescências e da casca de M. ferruginata mostraram alta citotoxicidade para as células tumorais (IC50 de 18,5 a 96,0 μg/mL) associada a moderada toxicidade sobre células não-tumorais (CC50 > 216,1 μg/mL), refletindo diretamente no índice de seletividade observado (IS>2,3). O fracionamento foi orientado pelo biomonitoramento destes extratos por meio da partição líquido-líquido com solventes de polaridade crescente. Das frações obtidas, as derivadas da fração acetato (FACL) e do resíduo aquoso do caule (FRCL) foram as mais citotóxicas e mais seletivas sobre as células tumorais, além de reduzirem a sua capacidade de proliferação e formação de colônias, sendo selecionadas para prosseguimento da investigação do potencial anticâncer. Foi observado claramente os aspectos morfológicos clássicos de apoptose, associado a interferência na progressão do ciclo celular com redução das fases S e G2/M e retenção na fase G0/G1. A fração FRCL reduziu tanto das fases G2/M quanto G0/G1 e induziu morte preferencialmente por necrose sobre as células THP-1. Desta forma, os dados obtidos neste estudo sugerem que o efeito citotóxico e antiproliferativo das frações ativas de M. ferruginata apresentam um mecanismo de morte celular misto, com indução de morte preferencialmente por apoptose, mas também podem ativar mecanismos via necrose para células resistentes a apoptose, atuando na inibição da proliferação in vitro. Esses resultados revelam que as frações podem ser candidatos terapêuticos para o desenvolvimento de fármacos para o tratamento de diferentes tipos de câncer, considerando sua atividade e seletividade.
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    Análise de atendimento do Ser Surdo nos serviços de saúde pública de um município Polo no Alto Vale do Jequitinhonha: uma proposta de intervenção
    (UFVJM, 2021) Vieira, Adriane dos Prazeres; Cambraia, Rosana Passos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cambraia, Rosana Passos; Dias, Ana Catarina Perez; Pereira Júnior, Assis do Carmo; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Telles Filho, Paulo Celso Prado; Rodrigues, Telma Geralda Andrade Câmara
    A Atenção Primária em Saúde (APS) no Brasil tornou-se referência fundamental para as reformas sanitárias ocorridas com a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) na década de 1980, com o intuito de garantir assistência integral que transcenda a prática curativista. No entanto o modelo de formação da equipe multiprofissional, ainda reverbera práticas fragmentadas e desarticuladas que confrontam com os princípios da universalidade e integralidade do atendimento na promoção da saúde. Nesta ambiência de discordância a comunicação é fator que socializa os saberes durante o acolhimento e humaniza o atendimento em uma lógica de corresponsabilidade na interferência das vulnerabilidades no processo saúde/doença. O presente trabalho teve como objetivo geral analisar o atendimento do Ser Surdo nos serviços de saúde pública de um município Polo no Alto Vale do Jequitinhonha (Minas Gerais, Brasil), para a proposição de condições de interação humanizada de acordo as especificidades desse público com a equipe assistencial, conforme preconiza os princípios e diretrizes do (SUS). Esta pesquisa caracterizou-se como qualitativa e foram envolvidos na amostra de conveniência quarenta indivíduos, vinte e nove profissionais da saúde (médicos, enfermeiros e agentes de saúde) atuantes nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) e onze surdos cadastrados nesses serviços públicos. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas individuais, posteriormente foram transcritas na íntegra, tratadas, interpretadas e analisadas. No que se referem ao perfil dos profissionais de saúde, os resultados apontaram que a formação inicial é insuficiente ou inexistente, para as práticas de atendimento universal e de acolhimento humanizado do Ser Surdo nos serviços de saúde. Os resultados para a formação continuada apontaram apenas três profissionais habilitados nos aspectos da diferença linguística e cultural para o atendimento dessa população nos serviços primários de saúde do município Polo. Os resultados encontrados para o atendimento dos pacientes surdos demonstraram práticas descontetualizadas e inversa ao entendimento dessa população, esses resultantes destituem sua autonomia nos serviços individuais e coletivos dentro do escolpo da APS. Outros resultados encontrados são referentes aos temas analíticos que evidenciaram variáveis dificultadoras para a continuidade comunicacional, devido à ausência de orientação qualificada para o atendimento das necessidades culturais e linguísticas do Ser Surdo. Enquanto os subtemas resultam possibilidades de ampliação do conhecimento para a sustentabilidade comunicacional entre surdos e ouvintes durante a formação acadêmica e nas práticas assistencialistas. Conclui-se, portanto, que o desconhecimento da Língua Brasileira de Sinais pelos profissionais de saúde afeta o direito a diferença e descaracteriza ações de saúde, além de impedir a inclusão que assegura o acesso e a continuidade do tratamento integral do Ser Surdo. Para tanto, foi proposto plano de ação que identifica os nós críticos e as possibilidades de atuação dentro dos nossos espaços de governabilidade com seus respectivos recursos necessários e críticos para a intervenção.
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    A implantação do programa de residência em fisioterapia na saúde coletiva em um município de pequeno porte: relato de experiência de uma residente
    (UFVJM, 2020) Almeida, Reisla Délis Silva de; Martins, Fábio Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Martins, Fábio Luiz Mendonça; Costa, Henrique Silveira; Marçal, Márcio Alves
    A criação do Programa Saúde na Família surgiu como uma proposta de mudança no modelo assistencial baseado nos princípios do SUS. Entretanto, ainda é predominante o modelo biomédico, sendo este focado em abordagens individuais e curativistas, desconsiderando as coletividades humanas e os diversos fatores que interferem em sua saúde. A atuação do fisioterapeuta na saúde coletiva contribui para a reorientação do foco de assistência à saúde, não limitando o olhar apenas na ocorrência de doenças, mas sim, de um conceito mais ampliado de saúde - o bem-estar físico, mental e social. Entretanto, há poucos profissionais com esse perfil por, ainda ser, uma perspectiva em processo de construção, tanto no campo científico, quanto no mercado de trabalho. Tornou-se então, necessário capacitar os fisioterapeutas para a nova realidade do SUS, tendo como alternativa a residência profissional da saúde. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo relatar a experiência da implantação da Residência em Fisioterapia na Saúde Coletiva em um município de pequeno porte, Santo Antônio do Itambé – MG. A implantação teve duração de 12 meses, sendo compreendido entre março de 2018 e fevereiro de 2019. As ações de atuação da fisioterapeuta foram organizadas em territorialização, educação em saúde, práticas corporais, ações interdisciplinares, ações intersetoriais, papel social, atendimentos individuais e educação continuada. O programa foi uma importante integração entre o ensino-serviço-comunidade, onde a fisioterapeuta teve oportunidade de desenvolver as habilidades para um olhar integral e aplicá-las no processo de cuidado, por meio do ensino em serviço. Concomitante, os resultados mostraram uma alta adesão da população às atividades propostas pelo programa. Este relato de experiência pode nortear outros profissionais que desejam ingressar na área da fisioterapia na saúde coletiva, uma vez que há poucos trabalhos que descrevem detalhadamente esse campo de atuação.
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    O impacto do treinamento físico na funcionalidade e qualidade de vida em pacientes com insuficiência venosa crônica: uma revisão sistemática
    (UFVJM, 2021) Silva, Keity Lamary Souza; Costa, Henrique Silveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Henrique Silveira; Tsopanoglou, Sabrina Pinheiro; Marçal, Márcio Alves
    Introdução: A disfunção dos músculos da panturrilha é considerada um dos principais fatores etiológicos em pacientes com insuficiência venosa crônica (IVC). O treinamento físico (TF) surge como um importante tratamento conservador, porém, devido ao amplo espectro de manifestações clínicas da IVC, é necessário verificar o efeito do TF na função da bomba da panturrilha, parâmetros funcionais e qualidade de vida relacionada à saúde em diferentes níveis de gravidade da doença. Objetivo: Verificar o efeito do TF na IVC para auxiliar a prescrição de exercícios na Saúde Coletiva. Métodos: Uma revisão sistemática (registro PROSPERO CRD42020159204) foi realizada após pesquisa nas bases de dados MEDLINE, Web of Science, Scopus, CINAHL, PEDro e LILACS de maio a junho de 2020, sem restrições de data e idioma. Estudos que verificaram o efeito do TF na função da bomba da panturrilha, força muscular, amplitude de movimento do tornozelo e qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com IVC foram incluídos. Os resultados foram estratificados de acordo com a gravidade da IVC em leve (CEAP 1 a 3) e avançados com anormalidades na pele (CEAP 4 a 6). Resultados: Onze estudos foram incluídos. Na IVC leve, o TF foi eficaz na melhora do refluxo venoso, força muscular, amplitude de movimento do tornozelo e qualidade de vida relacionada à saúde. Em pacientes com IVC avançada, o TF aumentou a ejeção de sangue, a força muscular e a amplitude de movimento do tornozelo. Não foram relatadas alterações nos índices de refluxo venoso e na qualidade de vida relacionada à saúde. Conclusão: O TF é eficaz na melhoria da função da bomba da panturrilha, força muscular e amplitude de movimento do tornozelo na IVC. Em pacientes leves, foram encontrados benefícios adicionais na qualidade de vida relacionada à saúde, enquanto na IVC avançada não há dados para apoiar a melhora do refluxo venoso.
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    A importância do cão (Canis familiaris) na epidemiologia da leishmaniose visceral no município de Diamantina (Minas Gerais, Brasil)
    (UFVJM, 2020) Dória, Diogo Antonio do Nascimento; Barata, Ricardo Andrade; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Barata, Ricardo Andrade; Paz, Gustavo Fontes; Machado, Alex Sander Dias
    A leishmaniose visceral (LV) ou calazar é uma doença zoonótica emergente e negligenciada de grande importância na área da saúde pública devido ao seu intenso processo de expansão para áreas urbanas, especialmente em regiões mais carentes e desfavorecidas. No Brasil, é causada pelo protozoário Leishmania infantum chagasi, que é transmitido, principalmente, pela picada do vetor, o flebotomíneo da espécie Lutzomyia longipalpis, sendo que o cão doméstico (Canis familiaris) apresenta um papel central na disseminação da doença para áreas urbanas. O objetivo deste estudo foi realizar um inquérito canino para LV e, a partir disso, avaliar a importância do cão e os aspectos relacionados à epidemiologia da LVC no município de Diamantina (Minas Gerais, Brasil). Em 2019, foram realizadas visitas técnicas sob demanda como rotina do Programa de Vigilância e Controle de Zoonoses do município, em toda área urbana e rural, a fim de coletar informações relacionadas ao cão e ao proprietário. Nestes animais, foi feito o teste DPP® e, em caso positivo foi realizado o teste ELISA, para diagnóstico confirmatório da LV. Os resultados mostraram que a frequência na área urbana foi de 24,3% enquanto na área rural foi de 21,9%, mostrando alta frequência nos bairros periféricos da cidade. Dentre os animais soropositivos, os cães considerados sintomáticos foram os mais frequentes com 83,5%. Em relação às características fenotípicas dos animais soropositivos, foi observado uma correlação significativa para o macho (p = 0,03) e raça definida (RD) (p = 0,02), revelando que o macho apresenta cerca de 41 vezes mais chance de adquirir LV do que as fêmeas, e, que os animais RD cerca de 46 vezes maior chance em relação aos sem raça definida (SRD). Além disso, animais de pelo curto (90,9%) apresentaram uma maior tendência de serem infectados em relação aos de pelo longo, sendo que as raças Pastor Alemão, Foxhound Americano, Pinscher e Labrador apresentaram maior frequência da LVC. Por meio da análise do sangue periférico por PCR, constatou-se que a espécie responsável pela LVC na região foi Leishmania sp. Os dados mostraram que o município de Diamantina apresenta elevada frequência da LVC e sugerem que a doença encontra-se em processo de urbanização, especialmente nos bairros periféricos. Neste estudo, foi apontado que sexo, raça e tipo de pelo podem ser fatores de risco da LVC, reforçando o papel do cão na cadeia de transmissão da doença e do risco de aumento dos casos humanos. Esses dados podem ser usados para um melhor planejamento de ações de prevenção, controle e vigilância, com maior enfoque nas áreas de risco da região.
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    Esquistossomose: investigação sobre o conhecimento da doença entre trabalhadores do setor turístico e frequentadores de coleções hídricas em um município da Estrada Real, Minas Gerais
    (UFVJM, 2019) Fernandes, Marconi Leão; Pires, Herton Helder Rocha; Dias, João Vitor Leite; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nunes, Ana Paula Nogueira; Pires, Herton Helder Rocha; Fonseca, Virginia Martins; Fernandes, Dayse de Rezende Figueiredo; Varajão, Guilherme Fortes Drummond Chicarino
    A atividade turística é responsável pelo desenvolvimento econômico de várias regiões do mundo. Paralelos aos benefícios que o turismo pode trazer à região onde é desenvolvido, estão os danos que este pode causar, caso o planejamento não seja adequado. Por isso, o planejamento se faz necessário para a obtenção de bons resultados. Uma região que tenha como atrativos naturais, rios, lagos, barragens, poços, cachoeiras, ou seja, qualquer coleção hídrica, mas não possui saneamento básico, pode poluir seu patrimônio natural e trazer prejuízos à saúde de sua população e de outros que venham a fazer uso daquelas águas. Sendo assim, as estruturas físicas das localidades devem atender primeiramente aos moradores locais e são de fundamental importância para os visitantes. A esquistossomose mansoni, é um exemplo de doença encontrada frequentemente em pontos turísticos que possuem coleções hídricas associadas à falta de saneamento básico. Por isso, esta pesquisa objetivou investigar o conhecimento sobre a esquistossomose dos envolvidos na atividade turística, trabalhadores e turistas e a presença do caramujo do gênero Biomphalaria, hospedeiro intermediário da doença, nas coleções hídricas utilizadas para lazer e turismo no município do Serro, Minas Gerais. O trabalho foi baseado em entrevistas com trabalhadores dos estabelecimentos que estavam ligados ao turismo do município, bem como os frequentadores das coleções hídricas. As entrevistas abordaram, além de dados pessoais, o conhecimento sobre a esquistossomose e sobre as coleções hídricas. Inicialmente, foram realizadas 30 entrevistas com os trabalhadores, que citaram 16 coleções hídricas que eram indicadas aos turistas e frequentadas por pessoas do próprio município. Todos os entrevistados já ouviram falar da doença, 73% responderam saber a forma de contaminação, 63% disseram conhecer algum sintoma e 63% responderam ter conhecimento sobre a forma de prevenção. Posteriormente entrevistou-se 406 frequentadores das coleções hídricas, sobre aspectos pessoais e a respeito da doença. Quando questionados sobre a possibilidade de adquirir alguma doença, 79% dos entrevistados responderam saber do risco e destes, 86% citaram a esquistossomose como doença adquirida no contato com a água. A esquistossomose foi a doença mais citada, porém citaram também várias outras doenças adquiridas pelo contato e ou ingestão da água contaminada e doenças com outras formas de contaminação. Ao serem questionados como se adquiri a doença, 48% dos entrevistados responderam ter conhecimento do assunto e destes, 75% falaram sobre o contato com água contaminada, 12% disseram que a contaminação se dava por ingestão de água contaminada, 7% responderam ser através do consumo de alimentos contaminados, 3% citaram a carne de porco, 3% apontaram andar descalço e 3% disseram apenas que a contaminação se dava através da pele. Sobre os sintomas da esquistossomose, 35% disseram conhecer algum sintoma, sendo a paralisia citada por 42% dos entrevistados. Quando questionados sobre a prevenção da mesma, 57% responderam ter conhecimento e destes, 79% falaram em evitar águas contaminadas. Percebeu-se algum conhecimento a respeito da doença entre os entrevistados, porém parte considerável não possui informações importantes, principalmente para a prevenção da mesma. Não foram encontrados caramujos nos locais estudados, o que não exclui a possibilidade de contaminação por dispersão de cercarias de outras coleções hídricas contaminadas. Diante dos resultados encontrados, acredita-se que o conteúdo apresentado pode ser útil para o direcionamento de ações pelas secretarias de saúde e turismo do Serro, no sentido de acrescentar informações relativas à doença e às coleções hídricas utilizadas para turismo e lazer do município, tanto à população quanto aos visitantes.
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    As representações sociais de professores sobre saúde: um estudo de caso em escolas públicas de Belo Horizonte
    (UFVJM, 2016) Rezende, Kátia Souza; Sant´Anna, Paulo Afrânio; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Sant´Anna, Paulo Afrânio; Rocha, Maria Isabel Antunes; Pereira, Diogo Neves
    A escola se apresenta como um campo fértil para a implementação de propostas, estratégias e ações de promoção da saúde, tornando-se lugar de interlocução entre saúde e educação. As ações de saúde que são desenvolvidas nas escolas podem ser compreendidas a partir da concepção de saúde que circula neste espaço. O Programa Saúde na Escola (PSE) é visto como elemento que altera o cotidiano escolar, fazendo emergir representações sociais sobre saúde atravessadas pelas ações de saúde que são realizadas neste espaço. Estas representações, por sua vez, influenciam as atividades, percepções, valores, julgamentos e decisões dos professores no âmbito da saúde. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo identificar as Representações Sociais sobre saúde dos professores de três escolas da rede pública de ensino de Belo Horizonte e seu impacto no desenvolvimento do Programa Saúde na Escola. Para tanto, foram realizados três grupos focais com os professores das três escolas estudadas. Para a análise dos dados, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, que permitiu identificar o processo de mudança de paradigma marcado de um lado, por ações de saúde na escola ancoradas no modelo biomédico e de outro, por uma perspectiva ampliada de saúde que considera os fatores biopsicossociais. Ao analisar a constituição dessas duas marcas de sentido, observou-se que ambas geram atitudes distintas e antagônicas. O estudo aponta que a escola, enquanto instituição de regulação social revela-se conservadora, dissociada das transformações que ocorrem na sociedade. Portanto a Teoria da Representação Social enquanto conhecimento compartilhado pelo grupo favorece o processo pelos quais os indivíduos em interação social, constroem explicações acerca dos objetos sociais. O caminho percorrido pelo estudo permitiu a identificação dos pontos de ancoragem e objetivação dos professores das três escolas estudadas. Tal constatação implica fazer uma leitura com auxílio do contexto sociocultural elaborado e compartilhado pelo grupo de pertença. Assim, é possível perceber como as representações se estabelecem.