Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Efetividade do Apoio Matricial da Fisioterapia na Atenção Primária a Saúde(UFVJM, 2023) Barbosa, Samara Maria Neves; Santos, Juliana Nunes; Costa, Henrique Silveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Este trabalho investigou a efetividade do AM do profissional fisioterapeuta, com foco nas condições de saúde sensíveis a intervenção da fisioterapia na APS. O estudo propôs oficinas temáticas envolvendo conceitos e práticas de prevenção, promoção e reabilitação nos eixos saúde materno-infantil, do adulto, do idoso e desordens musculoesqueléticas, contendo condições de saúde de elevada prevalência na APS tais como dor lombar, incontinência urinária, tonturas, entre outras situações possíveis de serem encontradas na visita domiciliar do ACS. Os temas foram organizados em quatro encontros presenciais (16 horas) e atividades para serem feitas em casa (8 horas). Foram utilizados instrumentos de coleta de dados (pré e pós-teste) contendo questões relacionadas à atuação da fisioterapia na APS e um inquerido com levantamento de casos sensíveis a essa atuação na área de abrangência do agente. Para atingir os objetivos propostos, realizou-se dois estudos cuja intervenção foi a realização das oficinas de AM: I) Estudo de delineamento quase-experimental em um município de pequeno porte, com duas equipes de saúde da família e 13 ACS divididos em grupos intervenção (n=6) e controle (n=7); II) Um ensaio clínico randomizado em munícipio de médio porte, com 57 ACS, aleatorizados em grupos intervenção (n=28) e controle (n=29). Os resultados do estudo I revelaram diferença estatística na percepção de risco dos ACS dos grupos intervenção e controle na percepção dos casos envolvendo desordens musculoesqueléticas (p=0,032) e na identificação de casos de alterações infantis (p=0,012) após a participação nas oficinas de AM. No estudo II, e após o AM, houve diferença estatística entre os grupos intervenção e controle na percepção das desordens musculoesqueléticas (p=0,028), e quanto a demanda de encaminhamentos houve diferença estatística nos casos de alterações infantis (p<0,001), saúde do trabalhador (p=0,003), incontinência urinária (p=0,0012), risco de quedas (p=0,007), alterações vestibulares (p=0,002) e alterações venosas (p< 0,001). Com a realização do estudo observou-se aumento da percepção dos ACS sobre as condições de saúde sensíveis a intervenção do fisioterapeuta na APS e maior identificação dos usuários com condições a serem encaminhadas para a fisioterapia no nível primário. Os achados fornecem evidências da efetividade do AM do fisioterapeuta no primeiro nível de atenção à saúde como estratégia favorecedora da resolutividade da atenção.Item O papel do fisioterapeuta como agente de saúde no contexto da Equipe Saúde da Família(UFVJM, 2023) Flôr, Jurandir; Costa, Henrique Silveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Henrique Silveira; Santos, Juliana Nunes; Almeida, Igor Lucas Geraldo Izalino deIntrodução: A Atenção Primária à Saúde (APS) apresentou rápida e progressiva expansão no Brasil. A Fisioterapia, profissão essencialmente reabilitadora e curativa, precisou reorganizar-se e ressignificar-se diante do novo modelo de saúde. Com a consolidação da APS e presença da Fisioterapia através dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), criou-se a Residência em Fisioterapia na Saúde Coletiva (ReFisc) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Para aprimorar a acolhida dos novos residentes, é necessário elaborar material didático para maior contato com os assuntos a serem abordados durante o programa. Objetivo: Elaborar um material prático para nivelamento dos novos residentes da ReFisc contendo um breve histórico da APS no Brasil e a discussão sobre o papel do fisioterapeuta como agente de saúde, abordando temas do acolhimento, territorialização, matriciamento e vigilância em saúde. Métodos: Foi realizada busca na literatura vigente e nos principais materiais disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Resultados: O fisioterapeuta, no contexto da APS, deve atuar como agente de saúde juntamente com a Equipe Saúde da Família. Dentre as possibilidades, destacam-se o acolhimento, participação no apoio matricial, na territorialização e nas estratégias de vigilância em saúde, destacando-se no seu papel na saúde do trabalhador e na vigilância epidemiológica. Em contrapartida, a sua atuação na gestão ainda é tímida e merece ser mais explorada. Conclusão: O fisioterapeuta na APS pode contribuir não só com ações específicas da profissão, mas também, auxiliar no planejamento e execução de estratégias multiprofissionais.Item A implantação do programa de residência em fisioterapia na saúde coletiva em um município de pequeno porte: relato de experiência de uma residente(UFVJM, 2020) Almeida, Reisla Délis Silva de; Martins, Fábio Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Martins, Fábio Luiz Mendonça; Costa, Henrique Silveira; Marçal, Márcio AlvesA criação do Programa Saúde na Família surgiu como uma proposta de mudança no modelo assistencial baseado nos princípios do SUS. Entretanto, ainda é predominante o modelo biomédico, sendo este focado em abordagens individuais e curativistas, desconsiderando as coletividades humanas e os diversos fatores que interferem em sua saúde. A atuação do fisioterapeuta na saúde coletiva contribui para a reorientação do foco de assistência à saúde, não limitando o olhar apenas na ocorrência de doenças, mas sim, de um conceito mais ampliado de saúde - o bem-estar físico, mental e social. Entretanto, há poucos profissionais com esse perfil por, ainda ser, uma perspectiva em processo de construção, tanto no campo científico, quanto no mercado de trabalho. Tornou-se então, necessário capacitar os fisioterapeutas para a nova realidade do SUS, tendo como alternativa a residência profissional da saúde. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo relatar a experiência da implantação da Residência em Fisioterapia na Saúde Coletiva em um município de pequeno porte, Santo Antônio do Itambé – MG. A implantação teve duração de 12 meses, sendo compreendido entre março de 2018 e fevereiro de 2019. As ações de atuação da fisioterapeuta foram organizadas em territorialização, educação em saúde, práticas corporais, ações interdisciplinares, ações intersetoriais, papel social, atendimentos individuais e educação continuada. O programa foi uma importante integração entre o ensino-serviço-comunidade, onde a fisioterapeuta teve oportunidade de desenvolver as habilidades para um olhar integral e aplicá-las no processo de cuidado, por meio do ensino em serviço. Concomitante, os resultados mostraram uma alta adesão da população às atividades propostas pelo programa. Este relato de experiência pode nortear outros profissionais que desejam ingressar na área da fisioterapia na saúde coletiva, uma vez que há poucos trabalhos que descrevem detalhadamente esse campo de atuação.Item Incontinência urinária em mulheres: avaliação do impacto na qualidade de vida e razões da não procura por tratamento(UFVJM, 2020) Costa, Paola Maria dos Reis; Vitorino, Débora Fernandes de Melo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vitorino, Débora Fernandes de Melo; Costa, Henrique Silveira; Ribeiro, Vanessa Gonçalves CésarA incontinência urinária (IU) é uma condição multifatorial que afeta mulheres em diferentes faixas etárias e impacta negativamente a qualidade de vida das mesmas. Apesar disso, poucas mulheres procuram tratamento, logo o objetivo foi avaliar a qualidade de vida e as razões da não procura por tratamento para a incontinência urinária em mulheres de um município de Datas/MG. Trata-se de uma pesquisa descritiva e transversal, onde 41 mulheres, com média de idade de 51,9 anos, participaram de uma roda de conversa e responderam a um questionário estruturado de auto percepção de perda urinária e o King´s Health Questionaire (KHQ). Os resultados demonstram que 76% apresentaram incontinência urinária e apresentaram scores igual ou acima de 50 nos itens Percepção geral de saúde e impacto da incontinência nos domínios do KHQ. Quando questionadas sobre o motivo da não procura pelo tratamento, as respostas mais recorrentes foram o fato de considerar a perda urinária algo normal (27%), falta de interesse (20,6%) e por não acontecer frequentemente (20,6%). Conclui-se que a IU impacta negativamente a qualidade de vida dessas mulheres e o desconhecimento sobre a etiologia da incontinência urinária e os tipos de tratamento existentes podem influenciar nas razões da não procura pelo tratamento.Item Atitudes e crenças, conhecimento e prática clínica de fisioterapeutas brasileiros sobre a tendinopatia do tendão do calcâneo(UFVJM, 2019) Camelo, Paulo Ricardo Pinto; Mendonça, Luciana De Michelis; Oliveira, Rodrigo Ribeiro de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mendonça, Luciana De Michelis; Oliveira, Vinicius Cunha de; Silva, Rodrigo Scattone daIntrodução: A tendinopatia do tendão do calcâneo (TC) é uma das lesões por sobrecarga mais prevalentes na população em geral, embora seja frequentemente associada aos indivíduos fisicamente ativos. Atitudes e crenças, conhecimento e não aderência às melhores evidências disponíveis por parte dos fisioterapeutas podem levar a um manejo inadequado do paciente, prolongando o curso da lesão. O objetivo dessa pesquisa foi investigar atitudes e crenças, conhecimento e prática clínica de fisioterapeutas brasileiros sobre a TC. Métodos: Foi conduzido um estudo transversal no período de fevereiro a julho de 2018. A amostra consistiu em fisioterapeutas brasileiros de duas associações de especialidade. Os dados foram coletados via formulário online, categorizado em seis seções: 1) consentimento; 2) experiência clínica; 2) características demográficas; 4) atitudes e crenças; 5) conhecimento acerca da TC; e 6) prática clínica. Para avaliar atitudes e crenças foi utilizada uma escala do tipo Likert com cinco pontos, onde: 1= Discorda fortemente e 5= Concorda Plenamente. Para avaliar conhecimento foram utilizadas sete questões contendo informações verdadeiras/falsas acerca da TC (envolvendo definição, diagnóstico, exames de imagem, etiologia, etc.). Para avaliar a tomada de decisão clínica e aderência às diretrizes atuais sobre o manejo de pacientes com TC foi utilizado um caso clínico, no qual o fisioterapeuta deveria selecionar de uma até no máximo cinco opções de tratamento. Foi utilizada a estatística descritiva para resumir a distribuição, tendência central e dispersão das respostas. Resultados: Um total de 650 fisioterapeutas foram convidados e 150 participaram da pesquisa (Taxa de resposta de 23%). A maioria dos fisioterapeutas se mostraram confiantes na avaliação (concorda plenamente e concorda 96%, n= 144) e manejo de pacientes com TC (concorda plenamente e concorda 96%, n= 144). Os participantes acertaram corretamente em média 4,8 ± 1,4 (total de 7) questões de conhecimento sobre TC. Apesar da maioria dos fisioterapeutas brasileiros acreditarem que o uso da Prática Baseada em Evidência é essencial para tomada de decisão clínica em pacientes com TC, a aderência total às diretrizes atuais foi baixa (6,7% de aderência total, n= 10). Conclusão: Fisioterapeutas brasileiros demonstram atitudes positivas na avaliação e no manejo de pacientes com TC. No entanto, apesar de demonstrarem bom conhecimento, parecem não estar utilizando as melhores evidências disponíveis para tomada de decisão clínica.