Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Permanent URI for this communityhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/communities/1efbe8c9-f03c-44d3-8028-d62de805b8fa
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
Browse
2 results
Search Results
Item Por detrás da porta: um estudo de caso sobre a violência doméstica em Turmalina a partir da escuta das mulheres agredidas(UFVJM, 2023) Ribeiro, Viviane da Silva; Lima, Josélia Barroso Queiroz; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)O presente trabalho tem como foco o estudo de caso de mulheres que enfrentaram as violências domésticas e que tiveram acesso às políticas públicas protetivas em Turmalina/MG. O estudo tem por análise as violências domésticas como um dos fenômenos que afeta a sociedade e adquire diversas facetas no espaço e no tempo. A sociedade brasileira, no processo de construção democrática, parece refazer seus conceitos sobre o que é opressão, violência, preconceito. Neste processo há uma nova análise do que oprime seus indivíduos, as famílias, os grupos excluídos e práticas que eram “naturais” até então são consideradas, hoje, como violação de direitos. Com as mulheres, o que percebemos é que as violências são uma imensurável agressão aos direitos humanos, mas ainda fazem parte do nosso cotidiano e são naturalizadas e silenciadas pelo patriarcado. Neste estudo, assumimos o entendimento de compreender o fenômeno a partir do diálogo e da escuta das mulheres vitimadas pelas violências domésticas, do município de Turmalina (Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil), e conhecer como elas (re)significam suas trajetórias, após romper e enfrentar o ciclo das violência via políticas de proteção. Interessa-nos, ainda, evidenciar pelas narrativas os desafios e os impactos destas políticas, sobretudo no que tange à Lei Maria da Penha. A participação efetiva das mulheres como sujeitas desta pesquisa foi parte importante do processo deste trabalho para possibilitar o rompimento do silêncio e a invisibilidade que marcam as violências do patriarcado. O metodologia utilizada foi o estudo de caso, por intermédio de entrevistas semiestruturadas com as mulheres em questão, para assim analisar o conteúdo de forma qualitativa e qualitativa, por meio dos dados de violência disponibilizados pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) e pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais/Observatório de Segurança Pública/Núcleo de Pesquisa e Extensão, entre os anos de 2018 a 2021.Item Estudo de caso: violência obstétrica na perspectiva das egressas do programa “Mulheres Mil” em Almenara, Minas Gerais(UFVJM, 2016) Almeida, Uendel Gonçalves de; Dias, Ana Catarina Perez; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dias, Ana Catarina Perez; Paes, Silvia Regina; Cambraia, Rosana Passos; Pena, Érica Dumont; Firmes, Maria da Penha RodriguesSabe-se que a violência obstétrica caracteriza-se pela apropriação do corpo em processos reprodutivos das mulheres pelos profissionais da saúde. Este tipo de violação ao corpo feminino ocorre por meio de tratamento desumanizado, abuso da medicalização e patologização dos processos naturais, o que causa a perda da autonomia e capacidade de decisão livre sobre seus corpos e sexualidade. Além disso, há um impacto negativo na qualidade de vida das mulheres. Sendo assim, esta dissertação tem como objetivo avaliar a existência de violência obstétrica entre mulheres atendidas pelo Programa Mulheres Mil, no município de Almenara, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Neste sentido, o conhecimento adequado do planejamento para o parto é um instrumento fundamental para decidir qual dos tipos será escolhido. Nesta pesquisa, buscou-se apresentar os melhores ou menos arriscados caminhos para o parto, por meio de entrevistas realizadas com vinte gestantes que falaram como se sentiram e foram tratadas pelo serviço de saúde, especificamente da enfermagem obstétrica e, também, por meio de revisão bibliográfica, ao utilizar autores que estudaram a temática defendida. O estudo é transversal, com técnicas quantitativas e qualitativas. Atento à proposta do curso de mestrado profissional interdisciplinar, buscou-se alinhar aos problemas reais encontrados pelo autor no dia a dia da prática assistencial às gestantes, ao intuito de humanização da assistência prestada pelos profissionais da área de saúde. Diante dos dados colhidos na pesquisa, restou clara a necessidade de uma cartilha informativa a ser mantida nos postos e hospitais e também distribuídas entre as mulheres gestantes. Sabe-se também que toda mulher tem direito ao pré-natal de qualidade e este tem como objetivo a saúde e o bem-estar dela e do bebê. Porém, ainda há registros de casos de maus-tratos e omissão, inclusive na hora do parto. Com a interpretação dos dados coletados, constatou-se que há falta de informações que devem ser prestadas às mulheres grávidas. Também foi possível verificar que a cesariana vem sendo usada como uma prática de programação da mãe, sem levar em conta a necessidade ou mesmo o que seria melhor para a criança. Muitas mulheres têm optado por esse tipo de parto sem que os postos de saúde ou hospitais lhes mostrem os riscos provenientes dessa prática. As parturientes entrevistadas, além de não saberem as informações básicas acerca da obstetrícia humanizada, desconheciam seus direitos sobre o assunto. Mas, ainda mais grave, alguns foram negados a elas, como o de ter um acompanhante. A forma mais eficaz de combate à violência obstétrica é despertando a população para a existência dessa realidade. Desta forma, o acesso à informação contribui para o empoderamento das mulheres, que podem ser vítimas do medo de denunciar quem praticou a violência. A humanização do parto relaciona-se, esta forma, diretamente com a atuação dos profissionais de saúde que, por meio da ação coletiva, interdisciplinar, e com respeito à fisiologia materna, pretende minimizar as intervenções desnecessárias por meio do reconhecimento social e cultural do parto e do suporte emocional oferecido à parturiente e a sua família de modo a promover a criação de laços na relação mãe-bebê.