Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Saberes tradicionais aliados a medicina convencional na primeira infância de crianças quilombolas
    (UFVJM, 2020) Freire, Alexandra Brasil Costa; Cambraia, Rosana Passos; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cambraia, Rosana Passos; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Santos, Antônio Sousa; Viñolas Prat, Bernat; Rodrigues, Telma Geralda Andrade Câmara
    As comunidades tradicionais aplicam seu conhecimento no cuidado da saúde e também utilizam práticas da medicina convencional para o acompanhamento e tratamento de suas crianças. Na Estratégia Saúde da Família as famílias são cadastradas e as crianças de 0 a 2 anos contam com um atendimento especial, visto que, nessa fase vivenciam vulnerabilidade e morbimortalidade infantil. Neste contexto, a pesquisa busca investigar como se harmonizam os conhecimentos tradicional e científico envolvidos na promoção da saúde de crianças no inicio da vida, em comunidades remanescentes de quilombos. De forma específica, apresentam-se os seguintes objetivos: determinar a qualidade de vida familiar e comunitária por meio de indicadores socioambientais e de saúde; consolidar as informações sobre a saúde das crianças, por meio das ações da Estratégia de Saúde da Família e das práticas tradicionais que envolvem os agravos mais comuns como a desnutrição, as afecções de pele e os problemas respiratórios; e também discutir como os saberes coexistem numa comunidade, como se complementam e como ocorrem as manifestações culturais no ambiente familiar e comunitário das crianças. Metodologia: estudo de abordagem qualitativa baseado na teoria fundamentada em dados, cujas informações, a partir das fichas de cadastramento de famílias, foram obtidas em entrevistas semiestruturadas gravadas com moradores/lideranças e profissionais da saúde da família e também por observação de campo em duas comunidades quilombolas do município de Araçuaí, médio Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais (Brasil). As fichas de cadastro das famílias foram analisadas com o aplicativo de informática QualiVida, desenvolvido em pesquisa anterior do mestrado Saúde, Sociedade e Ambiente. As análises das entrevistas, realizadas com profissionais de saúde e lideranças comunitárias, foram realizadas com o aplicativo NVivo (QSR International©). A pesquisa traz visibilidade para a compreensão de como a comunidade quilombola lida com o conhecimento tradicional e local, convivendo com as práticas médicas convencionais. Este trabalho subsidiará a forma como os profissionais, especialmente aqueles da saúde, se relacionam com as populações tradicionais, visando melhor adesão entre os saberes para a promoção da saúde da criança.
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    Práticas tradicionais de cura: poder mágico e espiritual das plantas medicinais nos rituais das comunidades quilombolas em Itamarandiba, Minas Gerais
    (UFVJM, 2019) Araújo, Neide Ribeiro; Paes, Silvia Regina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Paes, Silvia Regina; Cambraia, Rosana Passos; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Nascimento, Alan Faber do
    As plantas medicinais são de grande importância no conhecimento popular. A pesquisa justifica-se pela necessidade de valorizar o conhecimento popular sobre o uso de plantas medicinais, especificamente aquelas que têm poder espiritual mágico, uma vez que a importância desse conhecimento vai além do conhecimento empírico sobre plantas, mas faz parte da história local, é a identidade de um povo. Este estudo teve como objetivo registrar práticas tradicionais com plantas medicinais, envolvendo o poder mágico e espiritual nos rituais de cura realizados pelas comunidades quilombolas de Veneno, Tabatinga, Córrego Fundo e Gaspar, localizadas no município de Itamarandiba (Minas Gerais). Esta pesquisa teve como procedimentos metodológicos a pesquisa qualitativa, endossada pela história oral e memória. Foram realizadas entrevistas utilizando questionário semi-estruturado com questões abertas, observação e conversas informais, com mulheres conhecedoras das plantas medicinais residentes nas comunidades quilombolas citadas. No texto, as entrevistadas são identificadas por codinomes de plantas medicinais presentes na comunidade local do estudo. Nesse estudo, são apresentados os resultados de 11 entrevistas. Emergiram da análise três categorias: Plantas Medicinais, usadas nos procedimentos terapêuticos para tratamento de doenças físicas, Plantas Medicinais com Poder Mágico e Espiritual, utilizadas nas benzeções e simpatias, e Plantas Medicinais presentes nas práticas de cura de doenças físicas e também na cura dos males espirituais. A pesquisa evidencia que os saberes tradicionais destas comunidades são diversificados, embora os usos das plantas se fazem presentes em todas as práticas. Foram elencadas 63 plantas medicinais presentes nos procedimentos de cura, dentre eles as benzeções, os chás, banhos, cataplasma, e os ritos mágicos. Destaca-se a fé como elemento marcante nos procedimentos de cura.
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    Braúnas e Lagoa da Pedra: questões socioambientais e de saúde de comunidades rurais no entorno do Parque Nacional das Sempre Vivas, Diamantina, Minas Gerais
    (UFVJM, 2016) Barros, Ana Caldeira de; Pires, Herton Helder Rocha; Dias, João Victor Leite; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pires, Herton Helder Rocha; Fernandes, Daisy de Rezende Figueiredo; Freitas, Bethânia Alves de Avelar; Silva, Daniel Ferreira da
    As comunidades rurais sofrem de iniquidades em saúde e normalmente têm menor acesso a ela quando comparadas às comunidades urbanas. Se localizadas no entorno de unidades de conservação, podem apresentar características específicas de convivência com o ambiente, tal como a preponderância de uso de plantas medicinais nativas em relação ao uso de plantas cultivadas. Por outro lado, essas comunidades podem sofrer com insegurança e incertezas, devido às restrições de uso da biodiversidade impostas pela legislação ambiental vigente. Acredita-se que são nas práticas populares de saúde, como o uso de plantas medicinais, que a população busca apoio para o enfrentamento das situações de adoecimentos. O objetivo desse trabalho foi estudar as comunidades rurais de Braúnas e Lagoa da Pedra quanto aos seguintes aspectos sociodemográficos e de saúde: composição familiar, escolaridade, dados ocupacionais, socioeconômicos; sistemas de produção de alimentos e extrativismo, saúde do trabalhador e ao uso da medicina popular. As comunidades envolvidas no estudo são localizadas aproximadamente a 100 km da sede de Diamantina e a 20 km do distrito de Senador Mourão, na margem direita do rio Jequitinhonha, na zona de amortecimento do Parque Nacional das Sempre Vivas, em Minas Gerais. A área da pesquisa faz parte da mesorregião do Alto Jequitinhonha, nordeste do estado, transição de Cerrado e Mata Atlântica. Entre janeiro e abril de 2016, foram aplicados questionários estruturados em 36 domicílios, em que viviam 120 pessoas. As comunidades plantavam principalmente feijão nas margens do rio, sendo esta atividade e a venda da produção a mais importante ocupação e fonte de renda local. A maior parte dos entrevistados relatou cultivar hortaliças e legumes (72%) ou outros alimentos em seus quintais (97%) para autoconsumo. A criação de animais de produção e/ou de estimação foi relatada por 94% dos entrevistados. A maioria das casas tinha estrutura de adobe, cobertura de telha de barro e piso de cimento, sendo que a principal carência de saneamento ambiental foi a presença de fossa rudimentar na maioria das residências. As comunidades apresentaram relações específicas de convivência com o ambiente local. Nesse âmbito, foram citadas pelos entrevistados 139 plantas de uso medicinal, seus locais de coleta, modo de fazer e indicações terapêuticas. Os principais agravos investigados são comuns aos processos de adoecimentos de outras comunidades rurais do país, tais como parasitoses intestinais e acidentes com animais peçonhentos. Além desses, hipertensão arterial, problemas de pele e respiratórios também foram recorrentes.
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    Representações sociais de mulheres quilombolas sobre gestação, parto e puerpério e suas práticas de cuidado em saúde reprodutiva
    (UFVJM, 2016) Leuchtenberger, Ramoci; Paes, Sílvia Regina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Paes, Sílvia Regina; Vogt, Sibille Emilie; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Cambraia, Rosana Passos; Nascimento, Alan Faber do
    Por séculos mulheres de comunidades tradicionais quilombolas foram cuidadas na gestação, parto e puerpério por parteiras e mulheres de sua confiança. Nas últimas décadas passaram a dar à luz em hospitais, onde procedimentos que não atendem às particularidades de cada caso acabam por transformar o parto em uma experiência de dor, medo e abandono. As práticas sociais do cotidiano das mulheres de um determinado território, classe social e inserção étnico-racial constróem um conjunto de representações do cuidado da gestante, da parturiente, e do recém nascido que contemplam suas necessidades específicas nestas fases da vida. Este estudo tem por objetivo conhecer as práticas de cuidado da saúde reprodutiva realizadas por mulheres da comunidade quilombola Ausente, no Alto Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, e compreender suas necessidades durante a gestação, parto e puerpério, contribuindo para a humanização da assistência ao parto. A colheita de dados foi realizada durante incursões à comunidade, por meio de observação participante e entrevistas abertas com gestantes, lactantes e puérperas. As mulheres quilombolas demonstram unanimidade na preferência por parto normal em relação à cesárea. O motivo é o temor da recuperação que a cirurgia exige , não havendo menção às vantagens fisiológicas e emocionais proporcionada pelo parto normal para a mãe e a criança. Cumprir o resguardo no puerpério é fundamental para a saúde da mulher, e a ajuda prestada por outras mulheres na organização da casa e no cuidado com outras crianças permite que a mãe se dedique integralmente ao bebê recém nascido. Os rituais que se desenrolam nos primeiros dias de vida do bebê são determinantes de sua saúde, além de promover a socialização e o sentimento de comunidade. A vida das mulheres quilombolas favorece sua capacidade de decisão e protagonismo, mas o desconhecimento das diretrizes que regulamentam a assistência humanizada ao nascimento e a resignação com as dificuldades comumente enfrentadas durante o parto as impede de exigir até mesmo a presença de um acompanhante. A produção de material informativo sobre gestação, parto e amamentação, baseado em evidências científicas, precisa ampliar sua veiculação e diversificar seu público alvo, passando a incluir mulheres negras e rurais. Se fazem necessárias ações de disseminação destas informações que levem em consideração a existência de múltiplas realidades e respeitem as características culturais das diferentes humanidades.
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    Plantas medicinais, cultura e saúde nos quintais rurais do Vale do Mucuri
    (UFVJM, 2015) Gutierrez, Deliene Fracete; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Valéria Cristina da; Rech, André Rodrigo; Prats, Bernat Vinolas; Carvalho, Marivaldo Aparecido de
    O uso de plantas para tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. No Brasil a influência da cultura indígena, africana e europeia fundamentam a utilização das plantas medicinais e outras práticas de cura. Este saber tem sido marginalizado pela ciência moderna apesar de ter sido fundamental para constituição da mesma. Cerca de 80% da população mundial utiliza tratamentos tradicionais a base de plantas para suas necessidades de atenção primária de saúde conforme estimativas da Organização Mundial da Saúde. As plantas de uso medicinal são cultivadas tanto em quintais rurais quanto urbanos. Nestes espaços ao redor das casas, são cultivadas plantas para vários fins, são criados animais domésticos de pequeno porte e, também, acontecem atividades socioculturais e de lazer, o que faz dos quintais espaços de conservação da biodiversidade e da sociodiversidade além de ser espaço pedagógico de reprodução do modo de vida do campo. Neste sentido, este trabalho tem o objetivo de demonstrar a lógica cultural do uso de plantas medicinais e a valoração de práticas tradicionais do cuidar de agricultores familiares de três municípios do Vale do Mucuri (Sudoeste do Brasil). Trata-se de uma pesquisa qualitativa onde foram feitas entrevistadas com agricultores que cultivam e utilizam plantas medicinais no cuidado da saúde. As entrevistas foram analisadas através do método de análise de discurso e foi possível identificar a racionalidade do cultivo e do uso das plantas, cujo conhecimento vem sendo perpetuado principalmente de forma oral de geração em geração. Foram identificados pares de opostos complementares que organizam o mundo vivido das comunidades tradicionais, como: quente/fria, brava/mansa, alta/baixa. Também foi identificada relação da coleta das plantas com as fases da lua, com a cultura indígena local e com a fé católica popular. Consideramos que o conhecimento a respeito do uso das plantas medicinais contribui com a autonomia das pessoas no cuidado com a saúde, resiste e contribui com a construção do conhecimento dialogado com outros para a construção de uma sociedade mais saudável. Essa dissertação de mestrado faz parte de um projeto mais amplo aprovado pela FAPEMIG no biênio 2015-2017 intitulado: “O lugar e a vida: A organização do trabalho e imaginário entre os agricultores familiares no Alto Vale Jequitinhonha (MG).”