Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Perfil microbiológico e protocolo de tratamento: prescrição empírica de antibióticos para infecção do trato urinário
    (UFVJM, 2021) Gomes, Gessiane de Fátima; Telles Filho, Paulo Celso Prado; Cambraia, Rosana Passos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Telles Filho, Paulo Celso Prado; Cambraia, Rosana Passos; Praxedes, Marcus Fernando da Silva; Simões, Mariana Roberta Lopes; Paes, Silvia Regina
    Os antimicrobianos constituem um grande avanço terapêutico. No entanto, seu uso inadequado contribui para a resistência bacteriana. A infecção do trato urinário (ITU) é um dos sítios infecciosos mais frequentes e alguns de seus agentes causadores estão entre as bactérias mais resistentes em todo o mundo. O estudo teve por objetivo geral desenvolver e propor a implementação de um protocolo para o tratamento empírico de pacientes com suspeita de ITU através da análise do perfil microbiológico e de susceptibilidade dos patógenos mais frequentes na população estudada. Como objetivos específicos tem-se: quantificar e descrever as prescrições empíricas de antimicrobianos em tratamentos de ITU de uma instituição filantrópica, identificar o perfil microbiológico e de susceptibilidade dos patógenos mais frequentes em pacientes com ITU, desenvolver um protocolo para o tratamento empírico de pacientes com suspeita de ITU. Trata-se de um estudo quantitativo, analítico e metodológico, realizado no pronto atendimento de uma instituição filantrópica, entre fevereiro e setembro de 2019. Foram analisadas 129 uroculturas de pacientes com hipótese diagnóstica de ITU, aos quais foram prescritos antibióticos empiricamente. Foi evidenciado maior acometimento no sexo feminino com 101 (78,3%) e faixa etária entre 18 a 59 anos com 98 (76%) pacientes. A hipertensão arterial sistêmica destacou-se como a comorbidade mais citada, 15 (22,1%). Os sintomas mais frequentes foram a dor lombar, 60 (14,5%), disúria, 52 (12,5%) e dor suprapúbica, 48 (11,6%). Em relação aos antibióticos mais prescritos a amoxicilina + ácido clávulânico ocupou o primeiro lugar com 51 (39,2%) prescrições, seguido de ciprofloxacino com 25 (19,4%), nitrofurantoína com 14 (10,8%) e sulfametoxazol + trimetropina com 11 (8,6%). Não foi solicitado o exame de elementos anormais do sedimento a 76 (59%), sendo que não houve crescimento bacteriano em 49 (64,5%). No entanto, todos utilizaram antibióticos. Os patógenos identificados foram a Escherichia coli, Proteus mirabilis e Proteus vulgaris. Em relação a resistência antimicrobiana, as variáveis com significância foram o agente etiológico (p<0,001) e as comorbidades do sistema urinário (p=0,02). Entre os antibióticos prescritos e testados, sulfametoxazol + trimetropina apresentou maior resistência. Nitrofurantoína, cefalotina e amoxicilina + ácido clavulânico também se destacaram. O protocolo para tratamento empírico foi elaborado por equipe multiprofissional considerando a caracterização da microbiota local identificada, a disponibilidade, a eficácia e o custo dos antibióticos. O desenvolvimento desse protocolo constituiu uma estratégia para minimizar a resistência antimicrobiana, através de um melhor gerenciamento desses medicamentos e consequentemente maximizar a segurança dos pacientes atendidos.
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    Perfil sócio-demográfico, clínico e farmacoterapêutico de crianças com pneumonia em um hospital de referência no Vale do Jequitinhonha
    (UFVJM, 2020) Medeiros, Helen Salvador Lopes; Carvalho Júnior, Álvaro Dutra de; Andrade, Renata Aline de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho Júnior, Álvaro Dutra de; Andrade, Renata Aline de; Oliveira, Thiago Sardinha de; Silva, Evanildo José da; Guimarães, Melissa Monteiro
    A pneumonia aguda adquirida na comunidade (PAC) é uma importante causa de morbimortalidade pediátrica em todo o mundo, representando uma das cinco principais causas de óbito em crianças menores de cinco anos nos países em desenvolvimento. A resistência microbiana não é um problema novo e tem sido uma importante ameaça à saúde pública mundial, pois desafia o controle de doenças infecciosas. A promoção do uso racional de antimicrobianos neste contexto é fundamental, já que infecções causadas por bactérias comunitárias resistentes são mais complicadas para terapêutica e se associam a maior morbidade. Neste contexto o objetivo do trabalho foi avaliar o perfil sócio-demográfico e clínico de crianças com pneumonia, bem como as internações e a farmacoterapia prescrita. O trabalho seguiu o modelo descritivo retrospectivo e foi realizado em um hospital filantrópico referência em pediatria. A coleta dos dados foi realizado com pacientes de 0 meses a 13 anos, que foram internados com PAC no período de Janeiro/2014 a Dezembro/2017 . Para a revisão da farmacoterapia, utilizou-se os manuais de manejo do tratamento de PAC em crianças da Sociedade Brasileira de Pediatria (2018), Sociedade Paulista de Pediatria (2016) e as recomendações da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2018). Dentre os resultados destaca-se que das 138 crianças internadas 54,3% eram do sexo masculino com a prevalência de 67,4% para crianças entre 7 meses e 4 anos de idade. Observou-se que 52,2% pertenciam ao município de Diamantina e 62,6% já haviam feito uso de antimicrobianos antes da internação hospitalar. Demonstrou-se uma diminuição no número de internações ao longo dos anos pesquisados, com característica sazonal no período de outono-inverno. Verificou-se a alta presença de exames clínicos, porém um baixo valor de exames para acompanhamento clínico e resposta terapêutica em todas as faixas etárias pesquisadas. Identificou-se um nível de conformidade da farmacoterapia, acima de 50% para PAC leve, com não conformidades por subdosagem de 80%. Para PAC grave verificou-se um nível de conformidade abaixo de 50% , e uso de medicamento fora da recomendação e adoção da conduta de PAC leve foram as não conformidades mais prevalentes. Conclui-se, pois, uma necessidade de revisão das estratégias sobre o manejo e uso de antimicrobianos, e de implantação de instrumentos que irão auxiliar o julgamento clínico da gravidade do paciente, para uma escolha adequada dos antimicrobianos em doses ideais, contribuindo no início e durante o tratamento de acordo com a evolução clinica, e minimizando risco de resistência e falha terapêutica.