Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Extratos de folhas de jabuticaba (Plinia trunciflora (O. Berg) Kausel): atividade biológica, composição fenólica e aplicação no recobrimento de morangos minimamente processados
    (UFVJM, 2016) Spencer, Paula Villela Dessimoni; Bogusz Junior, Stanislau; Verly, Rodrigo Moreira; Bogusz Junior, Stanislau; Thomasini, Ronaldo Luis; Canuto, Marcus Henrique
    Esta pesquisa teve como objetivos a obtenção de extratos de folhas de jabuticaba (Plinia trunciflora (O. Berg) Kausel) com uso de diferentes solventes (água-metanol (20:80, v/v), água-etanol (20:80, v/v) e água), a identificação dos fenólicos livres presentes nos extratos pelo uso de espectrometria de massa de alta resolução, a determinação de fenólicos totais e da atividade antioxidante in vitro, das propriedades antimicrobianas e a avaliação do efeito da aplicação do extrato aquoso de folhas de jabuticaba em biofilmes de amido para o recobrimento de morangos minimamente processados. Os resultados desta pesquisa revelaram que a água foi o solvente que forneceu os maiores rendimentos de extração (30,4 g de extrato 100 g-1 de folha seca), seguida dos solventes metanol 80% e etanol 80% (9,5 e 7,3 g de extrato 100 g-1 de folha seca, respectivamente). A espectrometria de massa de alta resolução revelou a presença dos seguintes fenólicos nos extratos: ácido clorogênico (353,2180 m/z), ácido quínico (192,0658 m/z), ácido caféico (179,0552 m/z), ácido chiquímico (174,1523 m/z), ácido gálico (170,1189 m/z) e ácido p-cumárico (165,0489 m/z). Todos os extratos apresentaram índice de atividade antioxidante (IAA) muito forte, isto é, IAA > 2,0, o que é um bom indicador de que estes extratos podem prevenir reações oxidativas em alimentos. Além disso, foi verificada atividade antimicrobiana dos extratos frente à Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Salmonella enteritidis, Shigella sonnei e Salmonella typhimurium. Todos os extratos das folhas da P. trunciflora, apresentaram uma fraca inibição frente a estas bactérias pelo teste de microdiluição em placas. A aplicação do extrato aquoso em biofilmes de amido para recobrimento de morangos foi capaz de reduzir a perda de matéria fresca e a acidez total titulável dos morangos durante o armazenamento. Na análise sensorial os morangos que receberam recobrimento de amido com extrato aquoso de jabuticaba foram os que tiveram as melhores notas na preferência pelos consumidores.
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    Avaliação físico-química e química dos óleos e gorduras e seus efeitos na ingestão in vivo
    (UFVJM, 2015) Lopes, Ítala Kariny Barroso; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Riul, Tânia Regina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Riul, Tânia Regina; Fidêncio, Paulo Henrique; Silva, Alexandre Alves da
    Diante do interesse e influência de óleos e gorduras ingeridos na alimentação e seus efeitos no metabolismo e alterações na composição corporal, o estudo visou caracterizar quimicamente óleos e gorduras por CG-MS, FTIR e espectrometria UV/visível (Fenólicos, Flavonóides e Atividade Antioxidante (AA)), além de avaliar o efeito da suplementação em animais experimentais. Foram utilizados óleos de Abacate (AB), Cártamo (CA), Coco (CO), Linhaça (LI) e Pequi (PE), e Banha de Porco (BAN), Margarina (MAR), Manteiga (MAN) e Gordura Vegetal Hidrogenada (GVH). Os óleos AB, CO, CA e LI tiveram maiores quantidades de fenólicos totais do que as gorduras BAN GVH, MAN e MAR. O CO apresentou maior quantidade de flavonóides do que os óleos LI, CA, AB e PE. A GVH apresentou maior quantidade de flavonóides seguida da MAR, MAN e BAN. Os espectros de infravermelho mostraram a presença do grupo hidroxila na posição de estiramento 3650-3100nm, o que caracteriza a ação AA nos óleos e gorduras. Os cromatogramas identificaram as principais substâncias voláteis dos ácidos graxos como os ácidos Caprílico, Láurico, Miristico, Palmítico, Esteárico, Oléico, Linoléico, Eicosapentaenóico e o Elaídico. No ensaio biológico os animais receberam ração acrescida de 10% de cada óleo e gordura, e o grupo controle recebeu apenas a ração. Na suplementação dos animais o coeficiente de ingestão alimentar dos grupos AB, BAN,CA, LI, MAN e PE foram os maiores. Os grupos BAN, MAN, MAR e GVH apresentaram maior IMC que o grupo C, que por sua vez apresentou menor índice que os grupos AB, CA, CO, LI e PE. Para o índice de LEE os grupos AB, CA, CO, LI e PE tiveram maior índice que GVH, MAN, MAR, BAN e C. O grupo MAN apresentou maior teor de glicose. Quanto a fração de triacilgliceróis e HDL-c os grupo BAN, GVH e MAN foram maiores em relação aos demais. Contudo pode se concluir que mesmo os óleos e gorduras apresentando atividade antioxidante e presença de fenólicos e flavonóides tendo efeitos benéficos para a saúde, o consumo excessivo dos mesmos causa aumento do metabolismo lipídico.
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    Estudo fitoquímico de Byrsonima coccolobifolia Kunth (Malpighiaceae) e de atividade biológica de espécies do gênero Byrsonima
    (UFVJM, 2011) Pereira, Vinícius Viana; Miranda, Roqueline Rodrigues Silva de; Duarte, Lucienir Pains; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Miranda, Roqueline Rodrigues Silva de
    Espécies do gênero Byrsonima são conhecidas popularmente como “muricis” e há relatos na literatura de muitos usos medicinais dessas plantas, alguns deles já comprovados, como atividade anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante. Este trabalho objetivou analisar fitoquimicamente a espécie Byrsonima coccolobifolia Kunth e fazer um estudo de atividade biológica nos extratos de B. coccolobifolia, B. verbascifolia e B. intermedia, investigando a atividade antioxidante, a ação inibitória da acetilcolinesterase e atividade antimicrobiana nessas espécies. As partes aéreas das plantas foram coletadas no Vale do Jequitinhonha-MG e secas a temperatura ambiente. Folhas e galhos foram separados, pulverizados e submetidos à extração exaustiva com solventes de polaridade crescente (hexano, acetato de etila e metanol), que foram removidos por evaporador rotatório. Os extratos em hexano e em acetato de etila de B. coccolobifolia foram submetidos a métodos cromatográficos clássicos e, através de técnicas espectroscópicas (IV e RMN de 1H e 13C), foi possível elucidar nos extratos das folhas as seguintes substâncias: friedelina, β-sitosterol, mistura de α-amirina e β-amirina e derivados do ácido oleanólico e ursólico. Na identificação dos compostos presentes no extrato metanólico de folhas e galhos de B. coccolobifolia, utilizou-se a técnica de espectrometria de massas por electrospray (ESI-MS), por inserção direta dos extratos dissolvidos em metanol. Identificaram-se três classes de metabólitos no extrato metanólico: ácidos fenólicos e derivados (galato de metila, ácido quínico, ácidos mono-, di-, tri- e tetragaloilquínico), proantocianidinas (dímero e trímero epicatequina) e flavonóides (quercetina e derivados glicosilados). As espécies B. coccolobifolia e B. intermedia apresentaram os melhores resultados para conteúdo fenólico e para atividade antioxidante de captura de radical e de poder redutor. Isso mostrou o potencial dos extratos polares dessas plantas como recurso para a busca de substâncias úteis na prevenção ou no tratamento de doenças associadas a radicais livres. No que diz respeito à atividade inibitória da acetilcolinesterase (AChE), também investigada nas três espécies de Byrsonima, o extrato hexânico dessas plantas apresentou maior quantidade de compostos ativos frente a enzima AChE. E somente a espécie B. coccolobifolia apresentou atividade contra os microrganismos testados (Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, Escherichia coli e Candida albicans). Sendo assim, o presente trabalho mostrou a importância de continuar estudando a flora do cerrado brasileiro e as espécies do gênero Byrsonima, sejam seus aspectos químicos ou medicinais.