Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Efeitos da administração de ácido húmico sobre a progressão da periodontite e estresse oxidativo em ratos Wistar com doença periodontal induzida por ligadura
    (UFVJM, 2023) Tavares, Hugo Giordano; Andrade, Eric Francelino; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Andrade, Eric Francelino; Pereira, Luciano José; Orlando, Débora Ribeiro
    A periodontite é uma doença inflamatória dos tecidos de suporte dos dentes de etiologia bacteriana que resulta na destruição progressiva do ligamento periodontal e osso alveolar, podendo promover alterações no estado redox nos tecidos periodontais e sistemicamente sendo observado aumento na quantidade de espécies reativas de oxigênio (EROs) em relação à capacidade antioxidante, ocasionando o desequilíbrio redox. A periodontite representa um importante problema de saúde pública e provoca danos à saúde oral e sistêmica. O seu tratamento envolve a remoção do biofilme por profilaxia, raspagem e alisamento radicular, remoção cirúrgica do tecido afetado e alguns casos medicações adjuvantes. A literatura têm investigado os efeitos de agentes capazes de atenuar a progressão da periodontite com menores efeitos colaterais, agindo principalmente na modulação da resposta inflamatória/imunológica do hospedeiro. O ácido húmico (AH) é um agente que tem se mostrado eficaz no tratamento de diversas doenças/alterações principalmente por sua ação anti-inflamatória, antioxidante e antimicrobiana. Portanto objetivou-se com o presente estudo avaliar os efeitos da administração oral de diferentes doses de AH a partir de vermicomposto sobre o status redox e parâmetros relacionados à progressão da doença periodontal em ratos. Para isso foi conduzido um estudo experimental com cinquenta e quatro ratos Wistar adultos machos que foram distribuídos em seis grupos experimentais (1 -controle; 2- DP; 3 - DP + 40 mg/kg de AH; 4 - DP + 80 mg/kg de AH; 5 - DP + 160 mg/kg de AH; 6 - DP + 320 mg/kg de AH). O AH foi administrado por gavagem durante 28 dias e a DP foi induzida por ligadura nos primeiros molares mandibulares no 14º dia de tratamento. Após eutanásia foi analisada a perda óssea alveolar, o estresse oxidativo em gengiva e eritrócitos, a capacidade antioxidante total (TAC) pelo Ferric Reduncing Antioxidant Power (FRAP), os níveis de malondialdeído (MDA) pelas substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), superóxido dismutase (SOD), proteína carbonilada (PC), os níveis séricos de alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e creatinina. Os animais tratados com (AH) apresentaram menor perda óssea na dose de 80 mg/kg em comparação aos com DP não tratados (p < 0,05). Os animais tratados com AH nas doses superiores à 80 mg/kg apresentaram melhorias nos parâmetros de status redox locais e sistêmicos em comparação aos do grupo DP (P < 0.05). O tratamento com AH reduziu os níveis séricos de creatinina (nas doses de 80 e 160 mg/kg) e AST (nas doses de 40 e 80 mg/kg) em comparação aos do grupo DP (p < 0,05). Em conclusão o tratamento com AH atenuou a perda óssea alveolar e melhorou nos parâmetros de estresse oxidativo locais e sistêmicos em ratos com DP induzida por ligadura.
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    Treinamento com estímulo de vibração de corpo inteiro em aspectos clínicos, funcionais e status redox em mulheres com fibromialgia
    (UFVJM, 2023) Santos, Jousielle Márcia dos; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Introdução: A síndrome da fibromialgia (FM) é uma condição reumática de origem desconhecida, caracterizada por dor crônica generalizada, com duração mínima de três meses, de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatologia. Além disso, está associada a limitação físico-funcional e prejuízo na qualidade de vida. A fisiopatologia da FM ainda é controversa, porém existem evidências de um estado inflamatório sistêmico, com alterações nas concentrações de biomarcadores neuroendócrinos sistêmicos e distúrbios metabólicos. Além disso, observa-se um aumento significativo do estresse oxidativo, causando um desequilíbrio entre fatores oxidantes e antioxidantes, favorecendo uma produção acentuada de espécies reativas de oxigênio (ERONs) e lise celular. A formação de ERONs ocorre no metabolismo celular normal; no entanto, parece ser agravado em doenças inflamatórias crônicas e durante exercícios físicos intensos. O exercício físico tem sido considerado uma importante ferramenta de tratamento não farmacológico, e seus possíveis efeitos na modulação da produção de ERONs, têm sido identificados, tornando-o interessante como auxílio terapêutico no tratamento da doença. Estudos recentes têm sugerido a utilização do estímulo de vibração de corpo inteiro (VCI) como estratégia alternativa de exercício físico de baixa intensidade e curta duração para promover melhorias em parâmetros clínico-funcionais e na qualidade de vida de pacientes com FM. Entretanto, até o momento, o efeito crônico dessa modalidade de exercício nos parâmetros do status redox em pacientes com FM ainda não foi investigado. Objetivo: O presente estudo teve como objetivos: 1). Caracterização de pacientes com fibromialgia quanto aos aspectos clínicos, físico-funcionais, emocionais, qualidade do sono e qualidade de vida. 2). Investigação de efeitos e interações do estímulo de vibração de corpo inteiro no status redox e Irisina em grupo de pacientes com FM. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico randomizado e controlado, participaram do estudo quarenta mulheres com FM que foram randomizadas em dois grupos. Um grupo intervenção (GI), que recebeu treinamento de VCI por 6 semanas e um grupo controle (GC) que não recebeu a intervenção. As variáveis, avaliadas na linha de base e após as 6 semanas em ambos os grupos, foram a avaliação da função física, trabalho e bem-estar geral realizada por meio da aplicação do questionário de impacto da fibromialgia (QIF), a dor avaliada pela escala visual analógica (EVA). A qualidade de vida caracterizada por meio do questionário genérico relacionado (SF36). O Inventário de depressão de Beck aplicado para avaliar a ansiedade e depressão. A qualidade do sono caracterizada por meio do índice de qualidade do sono de Pittsburgh (IQSP). O desempenho funcional dos membros inferiores avaliado por meio do teste de sentar e levantar da cadeira. Resultados: Os resultados demonstraram que houve interação (tempo e grupos) após a intervenção de treinamento de VCI. O GI em relação ao GC apresentou aumento das concentrações plasmáticas de catalase (CAT) (p = 0.02) e Irisina (p = 0.01), Além disso, o GI apresentou redução das concentrações plasmáticas de TBARS (p = 0.02), e do percentual tecido adiposo MTAV (p = 0.01), em relação ao GC. Conclusão: O treinamento de VCI promove alterações nas concentrações de biomarcadores de status redox e irisina, além de reduzir o percentual de tecido adiposo visceral (TAV) em pacientes com FM.
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    Associação da atividade física habitual com desenvolvimento infantil, biomarcadores do balanço redox e citocinas em pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade: estudos exploratórios
    (UFVJM, 2023) Viegas, Ângela Alves; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O desenvolvimento infantil na fase pré-escolar é marcado pelo ganho de novas habilidades motoras e cognitivas, além do amadurecimento de sistemas biológicos como o sistema antioxidante. A atividade física habitual (AFH) pode impactar o desenvolvimento de habilidades motoras grossas e cognitivas durante a infância. Entretanto essas relações permanecem mal compreendidas na fase pré-escolar, especialmente na presença de excesso de peso. Além disso, ainda não foi explorada a relação entre AFH, balanço redox e citocinas em pré-escolares. Dessa forma, os objetivos deste estudo foram: 1) investigar se o nível de AFH e a função cognitiva global podem predizer habilidades motoras grossas em pré-escolares e verificar seus possíveis mediadores; 2) investigar a associação das funções executivas com as habilidades motoras em pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade; 3) avaliar o balanço redox e citocinas de pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade, e sua associação com a AFH em uma análise multivariada. Foram realizados duas coletas de dados com crianças matriculadas na rede pública de ensino (amostra 1: 166 pré-escolares; amostra 2: 50 pré-escolares, dos quais 25 com sobrepeso/obesidade pareados com 25 eutróficos pela idade, gênero, nível econômico, e escolaridade materna). A AFH foi avaliada de acordo com o tempo que a criança passa ao ar livre (amostra 1) e por acelerometria (amostra 2). As habilidades motoras foram avaliadas por meio do teste de desenvolvimento motor grosso (TGMD-2), enquanto a função cognitiva global foi avaliada pelo Mini-Mental para Crianças (MMC). As funções executivas foram avaliadas com os testes Stroop Dia-Noite, Marshmallow, Fluência Verbal (FV) e Torre de Hanói (TH). O balanço redox foi determinado pela capacidade antioxidante total (TAC), atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), e pelas concentrações de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). As citocinas avaliadas foram os receptores solúveis de TNF (sTNFRs) e leptina. Foi utilizado o teste t para amostras independentes, qui-quadrado e correlação bivariada para verificar as associações. Em seguida foi realizada análise de regressão logística múltipla e de mediação (objetivo 1); regressão linear múltipla (objetivo 2); e regressão de mínimo quadrado parcial (objetivo 3). Pré-escolares pouco ativos (tempo ao ar livre < 60 min por dia), função cognitiva abaixo da média por idade e meninas foram mais propensos a ter desempenho motor grosso abaixo do esperado. Mas a AFH não mediou nenhuma das variáveis. Pré-escolares com sobrepeso/obesidade apresentaram pior desempenho de habilidades de locomoção comparado aos eutróficos com mesmo nível de AFH, mas diferentes padrões diários de HPA esporádicas de curta duração. Com relação às funções executivas, os resultados mostraram uma associação negativa de VF (número de erros) e TH (quebra de regra) com controle de objeto e com o quociente motor grosso apenas nos pré-escolares com sobrepeso/obesidade. Além disso, pré-escolares com sobrepeso/obesidade tiveram níveis mais altos de TAC e de TBARS, mais baixa atividade da CAT, e maior concentração de sTNFRs e leptina comparado com seus pares eutróficos. O padrão multivariado de intensidade de AFH revelou mais forte associação de faixas de intensidade vigorosa com a antioxidação e anti-inflamação em pré-escolares com sobrepeso/obesidade. Nos eutróficos, a associação com AFH foi na direção de menor antioxidação e maior inflamação, mas as faixas de intensidade mais importantes no padrão multivariado de AFH foram de intensidade leve a moderada. Embora não seja possível afirmar causalidade, os resultados sugerem que AFH durante o tempo ao ar livre pode prevenir o atraso nas habilidades motoras grossas em pré-escolares majoritariamente eutróficos. A função cognitiva global também poderia prevenir este atraso, entretanto as funções executivas podem ser mais importantes para as habilidades de controle de objetos apenas nas crianças com excesso de peso. Além disso, AFH em faixas de intensidade vigorosa pode exercer efeitos antioxidantes e antiinflamatórios somente em pré-escolares com sobrepeso/obesidade.
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    Avaliação da exposição ocupacional em garimpeiros do Vale do Jequitinhonha-MG, usando biomarcadores de estresse oxidativo e genotoxicidade
    (UFVJM, 2021) Silva, Heberson Teixeira da; Faria, Márcia Cristina da Silva; Rodrigues, Jairo Lisboa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A atividade mineradora tem sido relacionada com exposição a agentes químicos, físicos e biológicos, além da degradação e contaminação ambiental por metais tóxicos. Tais fatores podem potencializar o desequilíbrio entre os compostos oxidantes e antioxidantes, permitindo assim uma produção excessiva de espécies reativas de oxigênio que pode causar danos às biomoléculas, levando a diversas doenças, dentre elas, o câncer e doenças do sistema imunológico. Outro fator importante é a contaminação ambiental com metais tóxicos, elementos danosos ao homem e aos ecossistemas. Mineradores das áreas de extração de gemas do distrito de Taquaral de Minas, no município de Itinga, podem está expostos á essas condições laborais. Isso pode impulsionar a geração de radicais livres no sistema biológico e causar alterações no estado de saúde desses indivíduos, assim como na biota. Assim, este trabalho, teve como obetivo avaliar a exposição ocupacional em indivíduos garimpeiros, através de técnicas de biomonitoramento com biomarcadores para estresse oxidativo, genotoxicidade e mutagenicidade. Foram recrutados 22 indivíduos garimpeiros e 17 trabalhadores não expostos ocupacionalmente, totalizando 39 participantes, conforme aprovado pelo CEP/UFVJM no parecer 3.692.758. Foram avaliados os seguintes parâmetros: níveis plasmáticos de peróxidos totais, atividade da catalase, microelementos, já a análise ambiental foi realizada através do teste de ames e do Allium cepa. Os resultados da lipoperoxidação mostraram-se significativos, com frequências aumentadas nos indivíduos expostos em comparação com controles (p <0,05) pelo teste man whitiney. Os micronutrientes no sangue apresentaram menores concentrações no grupo exposto do que no nos indivíduos não expostos para os elementos Fe e Se. Os resultados do teste de ames e do Allium cepa apresentaram significância estatísticas em comparação com controles (p <0,05) pelo teste Man Whitiney para a genotoxicidade e a citotoxicidade. Assim, o presente estudo indica uma possível contaminação ambiental e um risco potencial para a saúde dos mineiros, o que sugerem que outros estudos são importantes na região.
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    Efeito do treinamento físico aeróbico sobre biomarcadores inflamatórios, densidade mitocondrial e capacidade de exercício em modelo animal que mimetiza menopausa
    (UFVJM, 2021) Silva, Sara Barros; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Honorato-Sampaio, Kinulpe; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Honorato-Sampaio, Kinulpe; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Szawka, Raphael Escorsim
    Objetivo: Investigar o efeito do treinamento de endurance moderado e da reposição de estradiol na capacidade aeróbia do músculo esquelético, densidade mitocondrial, estado redox e biomarcadores inflamatórios de ratas ovariectomizadas. Métodos: Ratas Wistar com doze semanas de idade foram distribuídas aleatoriamente em três grupos: Ratas ovariectomizadas não aerobicamente treinadas (OVX-NAT), Ratas ovariectomizadas com reposição estrogênica (OVX-ER) e Ratas ovariectomizadas aerobicamente treinadas (OVX-AT). O treinamento consistiu em corrida em esteira a 50 ~ 70% da velocidade máxima de corrida, uma hora por dia, 5 dias / semana durante 8 semanas. Todos os animais foram submetidos a um teste de esforço máximo em esteira antes e após o protocolo de treinamento aeróbio. Após a eutanásia, o músculo sóleo foi processado para avaliações histológicas e bioquímicas. Os principais desfechos avaliados foram capacidade aeróbia (consumo de oxigênio, eficiência mecânica, tempo, velocidade e distância alcançada em um teste de esforço máximo), densidade mitocondrial, estado redox [superoxide dismutase activity (SOD), catalase activity (CAT), total antioxidant capacity (FRAP), thiobarbituric acid reactive substances (TBARS)] e biomarcadores inflamatórios [interleucina 6 (IL-6), interleucina 10 (IL-10) e tumor necrosis factor alpha (TNF-α)]. Resultados: O grupo OVX-AT apresentou melhora da capacidade aeróbia e aumento da densidade mitocondrial do músculo sóleo enquanto a reposição de estradiol não afetou esses parâmetros. O treinamento de resistência também promoveu aumento nas concentrações de SOD, FRAP, e IL-10, enquanto o estradiol aumentou a concentração de CAT, e reduziu a concentração de IL-6. Conclusões: O treinamento físico de resistência é mais eficaz do que a terapia de reposição de estradiol para controlar os aspectos do desequilíbrio redox e inflamatório, melhorando o conteúdo mitocondrial do músculo esquelético.
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    Efeitos imediatos do exercício de vibração de corpo inteiro sobre parâmetros hemodinâmicos, hormonal e em biomarcadores oxidativos de idosos sarcopênicos: ensaio clínico controlado e randomizado
    (UFVJM, 2021) Paula, Fabiana Angélica de; Mendonça, Vanessa Amaral; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mendonça, Vanessa Amaral; Dias Peixoto, Marco Fabrício; Avelar, Núbia Carelli Pereira de; Pereira, Leani Souza Máximo; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt
    A sarcopenia é um distúrbio muscular esquelético progressivo e generalizado que está associado ao aumento da probabilidade de eventos adversos incluindo quedas, fraturas, deficiência física e mortalidade. O exercício de vibração de corpo inteiro (VCI) foi recentemente introduzido como uma estratégia terapêutica não farmacológica para idosos sarcopênicos. Entretanto, até onde se sabe, o efeito imediato do exercício de VCI na modulação dos parâmetros hemodinâmicos, hormonal e de biomarcadores oxidativos em idosos com sarcopenia ainda não foi investigado. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do exercício de VCI sobre parâmetros hemodinâmicos, hormonal e biomarcadores oxidativos em idosos sarcopênicos. Participaram do estudo quarenta e quatro idosos, não sarcopênicos (GNS=22) e sarcopênicos (GS =22) que foram randomizados de forma cruzada em dois grupos. Um grupo intervenção (agachamento com VCI), que recebeu o estímulo agudo de VCI e um grupo controle (agachamento sem VCI) que não recebeu a intervenção. As variáveis avaliadas na linha de base, durante e após as sessões em ambos os grupos foram frequência cardíaca (FC), FC pico, duplo-produto (DP), pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), pressão arterial média (PAM) e percepção subjetiva de esforço (PSE). As variáveis, avaliadas na linha de base e após a sessão aguda em ambos os grupos, foram concentrações séricas de cortisol, atividade dos biomarcadores oxidativos superóxido dismutase (SOD)e catalase (CAT), e concentrações dos ácido tiobarbitúrio (TBARS) e do poder antioxidante de redução do ferro (FRAP). As variáveis foram apresentadas em média e intervalo de confiança a 95%. Para a comparação entre os grupos na linha de base foi realizado o Teste t-independente (variáveis com distribuição paramétricas) ou Teste de Mann-Whitney (distribuição não paramétricas). Análise multivariada para identificação do efeito e interação foi realizada através da Anova two-way medidas repetidas com post-hoc de Bonferroni. Para a comparação dos deltas entre as intervenções e os grupos foi realizado o teste Anova two-way com post hoc de Bonferroni. O nível de significância adotado foi de 5%. Os resultados dos parâmetros hemodinâmicos demonstraram que as variáveis FC, FC pico, DP, PAM e PSE foram semelhantes na linha de base entre os grupos. A adição de VCI promoveu em ambos grupos uma variação significativamente maior da FC (p <0,003), da FC pico (p <0,000) e do DP (p <0,00) quando comparado ao exercício de agachamento sem VCI. Contudo, no GNS houve um discreto aumento significativo da PAM (p <0,03) durante e imediatamente após o exercício de vibração. Não houve diferenças para a PAS, PAD e PSE para ambos grupos nas situações de exercício de agachamento com e sem VCI. Com relação aos parâmetros hormonal e biomarcadores oxidativos, houve diferença entre os grupos na linha de base. Assim, o GS apresentou maiores concentrações de cortisol sérico (p=0,0384) e valores reduzidos das enzimas antioxidantes SOD (p<0,0001) e CAT (p=0,0003) quando comparado ao GNS. No entanto, no GS houve uma redução significativamente maior nos níveis de cortisol sérico após o exercício de agachamento sem VCI (p<0,03), quando comparado ao exercício com vibração. A adição da VCI não promoveu diferenças entre os grupos para os biomarcadores oxidativos. Assim, concluímos que embora os efeitos imediatos do exercício VCI sejam seguros em termos hemodinâmicos, não alcançou o percentual mínimo da FC máxima para prescrição de exercício físico visando resistência cardiorrespiratória (64% da FC máxima prevista para a idade) na população estudada. Em adição, os parâmetros adotados foram insuficientes para modificar as concentrações sanguíneas de cortisol e dos biomarcadores oxidativos em idosos sarcopênicos.
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    Efeitos do estresse térmico no comportamento e morfofisiologia muscular do Astyanax brevirhinus (Characidae)
    (UFVJM, 2018) Monteiro, Riccelly Cristina Alcântara; Machado, Alex Sander Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Alex Sander Dias; Schorer, Marianne; Gomes, Vicente
    Os peixes por serem ectodérmicos são um excelente modelo para estudar as estratégias dos organismos frente as alterações da temperatura. O objetivo do presente trabalho foi relacionar o aquecimento ambiental às respostas comportamentais, alterações morfofisiológicas e a ativação de mecanismos moleculares de termoestabilidade celular em Astyanax brevirhinus. Para isso os animais foram submetidos ao aumento gradual da temperatura (+-2°C/h), a partir da temperatura ambiental (20°C) até 24°C, 28°C, 32°C. Após atingirem a temperatura de estudo os grupos experimentais foram mantidos por 2 horas nesta temperatura. Realizamos o experimento de Temperatura Crítica de Sobrevivência (TCS), onde os indivíduos foram expostos ao aumento de temperatura até o colapso fisiológico. Analisamos em relação ao aquecimento ambiental o comportamento, a morfologia e histopatologia do coração e músculo esquelético, a quantificação dos biomarcadores do estado redox e as expressões tecidual da proteína de estresse Hsp70 pela imuno-histoquímica. Os resultados mostraram que o A. brevirhinus apresentou comportamento agitado em relação ao aumento da temperatura até a temperatura de 33°C, quando passaram a ficar mais letárgicos. Os achados histopatológicos predominantes no músculo cardíaco e músculo esquelético relacionados ao aquecimento foram os infiltrados inflamatórios e necrose célular. No estudo do estado redox relacionado ao estresse térmico evidenciamos que o músculo cardíaco apresentou dano oxidativo, tanto na peroxidação lipídica como nos compostos carbonílicos resultantes de danos à proteínas. O músculo esquelético se manteve mais estável na produção de espécies reativas de oxigênio. A expressão da proteína Hsp70 aumentou com o aquecimento, contudo na TCS as Hsp70 também se desnaturaram. Concluímos que o aumento da temperatura causa danos morfológicos, fisiológicos e moleculares nos tecidos musculares, contudo mecanismos fisiológicos de termoestabilidade celular e tecidual são recrutados durante este processo e podem representar no A. brevirhinus possibilidades de adaptações orgânicas a novas temperaturas.
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    Efeito do aquecimento ambiental na morfofisiologia tegumentar do Lambari do Jequitinhonha - Astyanax brevirhinus (Characidae)
    (UFVJM, 2018) Martins, Fabiana Dias Trivelato; Machado, Alex Sander Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Alex Sander Dias; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Schorer, Marianne
    A temperatura é um dos fatores abióticos que tem maior influência na vida dos organismos aquáticos, define os limites de sobrevivência, as adaptações comportamentais, fisiológicas e moleculares. Este trabalho teve o objetivo de relacionar o efeito do aumento da temperatura às respostas comportamentais e fisiológicas, além da descrição histológica do tegumento do Astyanax brevirhinus. Os animais foram submetidos a um experimento de aumento da temperatura, a partir da temperatura da coleta ambiental (20°C) sendo aumentada gradualmente (24°C, 28°C, 32°C), até a temperatura crítica de sobrevivência (TCS), representada por colapsos fisiológicos. Cada temperatura quando atingida era mantida por um período de 2h e feitas gravações de vídeo na última hora do experimento para análise comportamental. Foram analisados os parâmetros físico-químicos da água, o comportamento dos animais, posteriormente foram eutanasiados e extraído o tecido tegumentar da região latero-caudal dos animais para análises histológicas, histopatológicas, imuno-histoquímica e espécies reativas de oxigênio (EROs). A descrição histológica do tecido demonstrou que o tegumento possui escamas, é constituído por um tecido epitelial apresentando células epiteliais, células de muco (caliciformes), células de alarme (claviformes) e células de pigmentação (melanóforos), seguido por uma derme formada por uma camada de tecido conjuntivo frouxo e denso, de onde se origina a escama. Na histopatologia do aquecimento encontramos, infiltrados inflamatórios, recrutamento de neutrófilos e áreas de necrose. A análise da expressão da proteína VEGF no tecido demonstrou relação qualitativa em todas as temperaturas, com maior expressão nos animais submetidos a TCS. Nos resultados do estudo de EROs foi evidenciado que a pele apresentou dano oxidativo, alterações na concentração da enzima antioxidante SOD, antioxidante não enzimático FRAP e biomarcadores TBARS. Os parâmetros físico-químicos da água como oxigênio dissolvido (OD) e pH também apresentaram alterações com o aumento da temperatura, influenciando nas respostas fisiológicas dos peixes. Os resultados desse estudo mostram que o aumento gradual da temperatura ativa recrutamento de mecanismos fisiológicos para a homeostase celular e tecidual na espécie estudada, além do limite térmico tolerado geram colapsos fisiológicos podendo levar a morte do indivíduo.
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    Avaliação da função endotelial e dos parâmetros do estado redox como marcadores da programação fetal mediada por dieta hipersódica em prole de ratos Wistar
    (UFVJM, 2018) Rodrigues, Luciano Firmino; Villela, Daniel Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Villela, Daniel Campos; Esteves, Elizabethe Adriana; Moura, Cristiane Rocha Fagundes
    A hipertensão é um distúrbio multifatorial caracterizado pela interação de fatores genéticos e ambientais. Estudos epidemiológicos recentes sugerem que insultos ao feto, muitas das vezes ocasionados pela nutrição materna inadequada, favorecem alterações em sua programação fetal. Sendo assim, esse estudo avaliou, a função endotelial, biomarcadores teciduais do estado redox, assim como possíveis lesões em órgãos alvo, através da sobrecarga de sal em prole de ratos Wistar. Inicialmente, quatro machos e dez fêmeas (geração P) foram divididos igualmente em grupos controle (N) e tratado (H), este com ração suplementada com NaCl 4%, durante 16 semanas. Após esse período houve o acasalamento dos animais em cada um dos grupos, dando origem as crias (F-1). Após o desmame, as proles do grupo controle (N) foram divididas nos grupos (NN) recebendo dieta padrão e (NH) recebendo dieta com NaCl 4%. As do grupo tratado (H) foram divididas em (HN) recebendo dieta padrão e (HH) recebendo dieta com NaCl 4%, durante o mesmo período. Em seguida avaliamos a função endotelial em ratos acordados, biomarcadores (TBARS, FRAP, SOD, CAT E PC) e a urina de 24 horas. Percebemos uma redução da reatividade vascular dependente do endotélio na relação 200ng ACH/20μg NPS quando comparamos os grupos NH (1.00±0.09) e HH (0.70±0.21), mmhg, p<0,05. Na avaliação do estado redox do arco aórtico, verificamos que os grupos HN (0.14±0.03) e HH (0.18±0.06) reduziram o TBARS em relação ao grupo NH (0.37±0.08), nmol MDA/proteína mg, p<0.005. Percebemos também nesta amostra que os grupos NN (0.97±0.34) e NH (1.16±0.5) reduziram a SOD em relação ao grupo HH (1.93±0,5), U/proteína mg, p<0.05. Na adrenal os grupos NN (0,803 ± 0,313), NH (0,722 ± 0,297) e HH (0,695 ± 0,186) reduziram o TBARS em relação ao HN (1,886 ± 1,044), nmol MDA/proteína mg, p<0.05. Nos ventrículos cardíacos observamos que o grupo HN (0.77±0.16) reduziu o TBARS em relação ao HH (1.13±0.18), nmol MDA/proteína mg, p<0,05. Neste tecido o grupo HN (0.51±0.47) aumentou a SOD em relação ao grupo NH (0.47±0.45 U/proteína mg), p<0,05. Nos rins a microalbuminúria no grupo HH (0,011 ± 0,006) foi maior que o grupo HN (0,005 ± 0,002) mg/24hs, p<0,05. Em síntese, os principais achados do presente estudo foram a piora de função endotelial e o indício de lesão renal no grupo HH, assim como aparente proteção evidenciada no grupo HN ao dano oxidativo.
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    Treinamento físico moderado em esteira modula biomarcadores articulares e melhora o desempenho funcional em ratos com osteoartrite de joelho induzida
    (UFVJM, 2017) Martins, Jeanne Brenda; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Pereira, Leani Souza Máximo; Peixoto, Marco Fabricio Dias
    A osteoartrite é uma doença articular degenerativa que causa dor, diminuição da amplitude de movimento, perda de função e incapacidade física para executar as principais atividades de vida diária. O exercício constituído por caminhada de intensidade moderada em esteira é um dos tratamentos não farmacológicos da osteoartrite de joelho, mas seus efeitos especificamente em biomarcadores relacionados com degradação articular de joelho e possível associação com funcionalidade permanecem inconclusivos. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do treinamento com exercício físico de intensidade moderada em esteira nos biomarcadores sistêmicos de estresse oxidativo, parâmetros inflamatórios locais, no desempenho físico funcional, além de quantificar células da cartilagem em ratos com osteoartrite de joelho induzida. Materiais e método: 27 ratos Wistar (433 + 18g, 12 semanas de idade) foram divididos em três grupos (n = 9 por grupo): grupo sham (SHAM); grupo osteoartrite de joelho induzida (OA); grupo treinamento com exercício físico e osteoartrite de joelho (OAT). A osteoartrite de joelho foi induzida por uma única injeção de monoiodoacetato de sódio (MIA) na concentração de 1,2 mg. O treinamento físico foi progressivo (16 m/min-1 30-50 min/dia) e com frequência de 3 dias/semana durante 8 semanas. Vinte e quatro horas após o último dia de intervenção, todos os animais dos três grupos realizaram testes funcionais incluindo número de quedas durante o teste Rotarod, tempo e número de falhas durante o deslocamento em plataforma de 100 cm. Em seguida, os ratos foram eutanasiados e materiais biológicos coletados para a avaliação de biomarcadores articulares inflamatórios e sistêmicos para avaliação do estado redox. A articulação do joelho foi removida e utilizada para avaliação histológica. Foram utilizados para analisar os dados o teste ANOVA oneway (p<0,05) seguido de post-hoc Tukey (dados paramétricos) ou Kruskal Wallis seguido de post-hoc de Dunn (não paramétricos). Modelos de regressão linear múltipla stepwise foram aplicados a fim de verificar a associação entre biomarcadores e funcionalidade. Resultados: O grupo OAT apresentou maiores escores de desempenho funcional em todos os testes de função articular (teste de Rota rod p = 0,002, tempo de falhas de deslocamento p = 0,005, número de falhas de deslocamento p = 0,0002) comparado com os demais grupos. Observou-se redução nas concentrações articulares dos biomarcadores de degradação articular (IL-1β p<0,0001, TNF-α p=0,0001) e aumento na concentração articular de BDNF no grupo OAT comparado ao grupo OA. Além disso, as concentrações articulares das citocinas IL-6 (p<0,005) e IL-10 (p<0,0001) foram maiores no grupo OA comparado aos demais grupos. As concentrações de ambos marcadores articulares (IL-1β e TNF-α) explicaram 58% da variabilidade do número de quedas (p<0,001), ao passo que o TNF-α analisado isoladamente explicou 29% da variabilidade do tempo de deslocamento em percurso conhecido (p=0,002) e 21% da variabilidade do número de quedas (p=0,01). Conclusão: Todos os achados indicam a eficácia do treinamento de intensidade moderada em esteira para reduzir a degradação articular de joelho com OA induzida, uma vez que modula biomarcadores locais inflamatórios e sistêmicos relacionados com estresse oxidativo. Além disso, esta modulação em biomarcadores de degradação articular propiciou conservação celular que impactou positivamente na funcionalidade de ratos com osteoartrite de joelho induzida por monoiodoacetado de sódio.