Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Dipteryx alata: predição de ocorrência, fragilidade ambiental e distribuição espacial
    (UFVJM, 2023) Paz, Ana Janaína Alves; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Costa, Thaís Ribeiro; Bruzinga, Josiane Silva
    A distribuição geográfica de espécies vegetais é influenciada por diversos fatores ambientais, como a variação climática e a dinâmica da paisagem. A compreensão da distribuição de espécies se torna cada vez mais importante com o aumento das mudanças ambientais. A Dipteryx alata Vog. (baru), é uma árvore frutífera nativa do Cerrado brasileiro com grande valor socioeconômico e ecológico. No entanto, as populações dessa espécie têm sido afetadas pelas transformações ambientais, acarretadas por mudança climática e alteração da paisagem. Compreender a dinâmica da paisagem e a disponibilidade de áreas para D. alata é extremamente importante, bem como, expressar a afinidade pessoal da autora desta dissertação com a espécie. A pesquisadora nasceu em uma família de pequenos extrativistas da castanha de baru. Nesta pesquisa de mestrado, a autora busca elucidar os fatores que estão afetando a distribuição e sobrevivência de D. alata e contribuir a conservação da espécie e de seus habitats em diferentes escalas. O trabalho foi estruturado em dois capítulos. O primeiro capítulo tem como objetivo verificar a disponibilidade de áreas com potencial de distribuição geográfica do baruzeiro, diante das mudanças climáticas e da dinâmica multitemporal de uso e cobertura do solo, a fim de contribuir para a conservação da espécie. Nesse capítulo foram construídos modelos preditivos da distribuição geográfica potencial de D. alata com base em dados botânicos e ambientais, utilizando o método de máxima entropia do algoritmo Maxent por meio do aplicativo Wallace em linguagem "R". O modelo selecionado para a projeção da distribuição geográfica potencial da espécie indicou que a máxima adequação ambiental está relacionada à temperatura média anual de aproximadamente 30° C e ao mês mais chuvoso do ano com precipitação de aproximadamente 100 mm. O modelo preditivo também mostrou que a área com potencial de ocorrência da espécie teve crescimento significativo do período LGM até o Holoceno, mas no futuro, sob cenários pessimistas, ocorre redução geográfica de distribuição da espécie. Além disso, a conversão de ambientes naturais em espaços de uso antrópico afeta diretamente áreas potenciais do baruzeiro, tornando a espécie susceptível à dinâmica humana de uso e cobertura do solo. Neste contexto, foi estruturado o capítulo 2 que tem como objetivo compreender a dinâmica multitemporal da paisagem local e seus efeitos na biodiversidade florestal, com foco em D. alata, no município de Buritizeiro-MG. Foram utilizadas imagens do Mapbiomas para analisar a evolução temporal do uso e cobertura do solo no município. Além disso, foram escolhidas áreas com histórico de práticas extrativistas de Baru em diferentes usos do solo para avaliar a distribuição e abundância de D. alata. Foi encontrada uma perda significativa de áreas naturais no município ao longo do tempo, com a conversão para pastagem, agricultura e silvicultura. A densidade de indivíduos de D. alata na formação savânica foi muito superior à encontrada em áreas de pastagem. A densidade, estrutura das populações remanescentes e distribuição espacial da espécie foram afetadas pela dinâmica multitemporal da paisagem. Esta dissertação demonstra que o baruzeiro é altamente dependente de áreas com condições climáticas específicas, sendo vulnerável a transformações ambientais naturais e antrópicas, em escala continental e local. Portanto, é crucial a implementação de estratégias embasadas em pesquisas científicas, como esta, que elucidem as influências das mudanças ambientais espaço-temporais na distribuição de D. alata. Dessa forma, será possível garantir a sobrevivência a longo prazo da espécie de políticas de conservação da espécie que incluam a criação de reservas naturais, regulamentações para o controle do corte, e a sensibilização da comunidade sobre a importância da espécie.
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    Biodiversidade e aspectos ecológicos de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) provenientes de cavernas brasileiras
    (UFVJM, 2019) Teodoro, Layane Meira; Barata, Ricardo Andrade; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Barata, Ricardo Andrade; Santos, Conceição Aparecida dos; Borges, Magno Augusto Zazá
    Os flebotomíneos são dípteros que costumam abrigar-se em troncos de árvores, tocas de animais, folhas caídas no solo, copa das árvores, frestas em rochas e em cavernas. No Brasil, no que se refere apenas à fauna flebotomínica em cavernas, sejam elas areníticas, calcárias, quartzíticas ou ferruginosas os dados são raros, existindo apenas estudos isolados. Este estudo objetivou determinar a fauna de flebotomíneos em cavernas localizadas nos estados de Minas Gerais, Pará e Tocantins. Os espécimes foram capturados nos anos de 2006, 2010, 2013, 2014 e 2015 em inventário de cavernas, realizados através de busca ativa e encontravam-se depositados na Coleção de Invertebrados Subterrâneos (ISLA) do Centro de Estudos em Biologia Subterrânea/UFLA. Os flebotomíneos (machos e fêmeas) foram preparados e montados entre lâmina e lamínula, e identificados seguindo a classificação taxonômica de Galati (2003). A fauna de flebotomíneos das cavernas foi composta por 25 espécies: Evandromyia cortelezzii, Evandromyia saulensis, Evandromyia carmelinoi, Evandromyia monstruosa, Evandromyia termitophila, Evandromyia tupynambai, Migonemyia migonei, Micropygomyia goiana, Micropygomyia peresi, Micropygomyia oswaldoi, Lutzomyia renei, Lutzomyia ischyracantha, Lutzomyia longipalpis, Micropygomyia pilosa, Micropygomyia quinquefer, Nyssomyia umbratilis, Pintomyia gruta, Pintomyia serrana, Psathyromyia lutziana, Sciopemyia sordellii, Sciopemyia microps, Trichophoromyia brachipyga, Trichopygomyia dasypodogeton e Micropygomyia sp. totalizando 843 espécimes, sendo 382 machos e 461 fêmeas. Sciopemyia sordellii foi a espécie predominante com 58,72% dos flebotomíneos coletados. A fauna de flebotomíneos das cavernas mostrou-se diversa, com espécies de importância no ciclo de transmissão das leishmanioses. O encontro de Lu. longipalpis, Mg. migonei e Ny. umbratilis, espécies envolvidas no ciclo de transmissão da leishmaniose visceral e tegumentar, respectivamente, indica que estas espécies podem estar participando do ciclo enzoótico, e circulando entre animais silvestres e humanos, que frequentemente, adentram ou estejam proximos ao ambiente cavernícola.