Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Efeito dos extratos etanólicos de partes aéreas e de raízes de Eriosema campestre var. macrophyllum (Grear) Fortunato sobre ativação e proliferação de linfócitos, in vitro(UFVJM, 2018) Santos, Michaelle Geralda dos; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Oliveira, Danilo Bretas de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Oliveira, Danilo Bretas de; Esteves, Elizabethe Adriana; Thomasini, Ronaldo Luis; Klein, André; Campana, Priscilla Rodrigues ValadaresA Eriosema campestre var. macrophyllum (Grear) Fortunato é uma planta nativa do Cerrado brasileiro e tem sido utilizada no Vale do Jequitinhonha pelas vias oral e tópica como antiinflamatória. Tendo em vista a escassez de estudos acerca da atividade biológica, o objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito dos extratos etanólicos de partes aéreas e de raízes de Eriosema campestre (ETEC-AE e ETEC-RA, respectivamente) sobre a ativação e proliferação de linfócitos, in vitro. Primeiramente, foi avaliada a citotoxicidade dos extratos sobre células mononucleares do sangue periférico (PBMC) humano, após 24 horas ou 5 dias de cultura, pelo método de exclusão com azul de Tripan. Concentrações não tóxicas de ETEC-AE e ETEC-RA foram utilizadas para avaliar o efeito dos extratos sobre a proliferação de linfócitos e suas subpopulações TCD4 e TCD8, pelo decaimento da fluorescência de células marcadas com VPD450, em culturas de 5 dias estimuladas pela fitohemaglutinina (PHA). Foi avaliado também o efeito dos extratos sobre a expressão de CD25, a cadeia α do receptor de IL-2 (IL-2R), bem como a produção e expressão gênica de IL-2. Os extratos inibiram a proliferação de linfócitos totais e de suas subpopulações, reduziram a produção e expressão gênica de IL-2, mas não tiveram efeito sobre a expressão de CD25. Em seguida, foi avaliada a resposta proliferativa de linfócitos adicionando-se os extratos em diferentes tempos após a ativação das culturas celulares. O efeito antiproliferativo foi mais pronunciado com a adição dos extratos até 24 horas após o estímulo, sugerindo que a inibição da resposta proliferativa por ETEC-AE e ETEC-RA ocorre devido à ação dos mesmos sobre elementos bioquímicos atuantes em etapas iniciais e tardias da fase G1 do processo de divisão dos linfócitos T. Na sequência, a análise do ciclo celular de linfócitos estimulados com PHA e tratados com os extratos vegetais revelou uma retenção dessas células na fase G1 do ciclo, o que contribui para a redução da proliferação observada anteriormente. Tendo em vista a participação de ciclinas na regulação do processo de divisão celular, foi investigado o efeito de ETEC-AE e ETEC-RA sobre a expressão gênica das ciclinas D2, D3, E, A1 e B1. Os extratos inibiram a expressão gênica da ciclina D2. Além da atividade dos extratos sobre parâmetros relacionados à proliferação celular, foi avaliado se os mesmos teriam efeito sobre a resposta efetora dos linfócitos e suas subpopulações TCD4 e TCD8, por meio da investigação da produção das citocinas IFN-γ e TNF-α em culturas estimuladas com PMA e ionomicina e tratadas com ETEC-AE ou ETEC-RA. Os extratos não tiveram efeito sobre a produção dessas citocinas. Para determinar as principais classes de metabólitos secundários presentes na planta que poderiam ser responsáveis pelos efeitos encontrados e direcionar análises químicas posteriores, foi realizada a triagem fitoquímica por meio de reações cromogênicas e de precipitação, sendo possível sugerir a presença de flavonoides, saponinas e triterpenos em partes aéreas e raízes, além de taninos em partes aéreas. Os dados obtidos indicam que ETEC-AE e ETEC-RA apresentam efeito inibitório sobre a resposta proliferativa de linfócitos e de suas subpopulações T CD4 e T CD8, sendo que este efeito parece estar associado à inibição da entrada de linfócitos T na fase S do ciclo celular devido à redução na expressão gênica da ciclina D2 e, provavelmente em vias de sinalização na fase G1 tardia. Além disso, os resultados sugerem que os extratos atuam reduzindo a produção e expressão gênica da citocina IL-2. Pode-se sugerir que substâncias da classe dos flavonoides podem ser responsáveis pelos efeitos biológicos observados conforme apontado para outras espécies do gênero Eriosema. Dessa forma, o trabalho pode explicar, pelo menos em parte, os atributos terapêuticos da planta na medicina popular.Item Efeito do extrato etanólico de Ageratum fastigiatum (Gardn.) R. M. King et H. Rob. e de sua fração sobre a produção de citocinas e proliferação de linfócitos humanos, in vitro(UFVJM, 2016) Costa, Lucas de Abreu; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Esteves, Elizabethe Adriana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Sivieri Júnior, Disney Oliver; Vieira, Etel RochaA planta Ageratum fastigiatum (Gardn.) R. M. King et H. Rob. é comumente utilizada na medicina popular da região do Vale do Jequitinhonha como anti-inflamatório e analgésico. Em virtude do papel do sistema imune e de fatores inflamatórios solúveis na etiologia e no mecanismo fisiopatológico de diversas doenças inflamatórias, este trabalho teve como objetivo investigar parâmetros relacionados à atividade anti-inflamatória do extrato etanólico de A. fastigiatum e de uma fração derivada desse extrato. A identificação dos constituintes químicos da fração do extrato etanólico de A. fastigiatum foi realizada por meio da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com Detectores de Arranjo de Diodo acoplada à espectrometria de massas (CLAE-DAD-MS) seguida pela Espectrometria de Massas em Tandem com ionização por electrospray (ESI-MS/MS). A técnica de exclusão com azul de tripan foi utilizada para determinação da viabilidade das culturas de células mononucleares do sangue periférico (PBMC) incubadas por 8, 24 e 120 horas com o extrato etanólico, a fração e o solvente Dimetilsulfóxido (DMSO). Na avaliação do perfil proliferativo de linfócitos pela técnica de citometria de fluxo, PBMC estimuladas com o mitógeno Fitohemaglutinina (PHA) foram incubados por 120 horas na ausência ou presença de diferentes concentrações não tóxicas dos componentes citados. Para análise da produção das citocinas pró-inflamatórias, PBMC tratadas ou não com diferentes concentrações não tóxicas do extrato etanólico de A. fastigiatum, da fração e do solvente DMSO foram incubadas por 8 horas e estimulada nas últimas 4 horas com Miristato Acetato de Forbol (PMA), utilizando a técnica de citometria de fluxo, linfócitos totais, células CD4+ e CD8+ foram avaliados quanto à produção de IFN-γ, TNF-α e IL-2. De acordo com nossos resultados, a concentração de DMSO, para todas as culturas celulares tratadas com o extrato etanólico ou sua fração, foi definida como sendo 1% v/v para avaliação da citotoxicidade e análise da produção de citocinas em linfócitos e de 0.5% v/v no ensaio de proliferação celular. Na análise fitoquímica da fração do extrato etanólico foram identificados dois flavonóis nunca antes descrito na constituição química da planta, a 7-metil-quercetina e a Rhamnocitrina, tais compostos não alteraram os parâmetros anti-inflamatórios avaliados neste estudo. O extrato etanólico, por sua vez, nas concentrações de 6,25 e 12,5 μg/mL reduziu significativamente a proliferação de linfócitos, ao mesmo tempo, nas concentrações de 50 e 75 μg/mL inibiu a produção das citocinas TNF-α e IL-2 em células CD8+, na maior concentração inibiu ainda a produção de IL-2 na população de linfócitos totais. Sugere-se que o extrato etanólico de A. fastigiatum possui componentes ativos agindo sinergicamente ou de forma isolada que contribuem para atividade anti-inflamatória atribuída à planta em seu uso na medicina popular.