Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Fatores de risco para a piora da qualidade de vida relacionada à saúde bucal da dentadura mista para a dentição permanente: uma coorte de sete anos
    (UFVJM, 2021) Souza, Débora Souto de; Ramos Jorge, Maria Letícia; Ramos Jorge, Joana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ramos Jorge, Maria Letícia; Paiva, Saul Martins de; Andrade, Raquel Gonçalves Vieira de; Soares, Maria Eliza da Consolação
    Os objetivos foram avaliar a alteração da qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) da dentadura mista para a dentição permanente e os fatores de risco associados com sua piora após um intervalo de sete anos, levando em consideração a alteração das condições clínicas bucais. Metodologia: a coleta de dados deste estudo de coorte foi realizada nas escolas da cidade de Diamantina/MG. A avaliação do baseline foi realizada no ano de 2012, com 851 escolares. Em 2019 foi realizada a segunda avaliação (follow up) com 324 escolares entre 13 e 19 anos. A QVRSB foi avaliada em ambos os momentos, utilizando os questionários de percepção infantil (Child Perceptions Questionnaire- CPQ), apropriados para cada idade (CPQ 8-10 e CPQ 11-14). Para a avaliação longitudinal, foi realizada uma diferença dos escores totais do CPQ obtidos no baseline e no follow-up. Valores positivos indicavam uma melhora e valores negativos indicam uma piora na QVRSB. Condições clínicas bucais analisadas nos dois momentos foram a cárie e a má oclusão, seguindo os critérios da OMS pelo índice de dentes decíduos cariados, extraídos devido a cárie e obturados (ceod), índice de dentes permanentes cariados, perdidos e obturados (CPOD) e o índice de estética dental (Dental Aesthetics Index - DAI). As variáveis clínicas foram categorizadas como: ausência da doença em ambos os momentos; presença da doença somente no baseline; presença da doença somente no follow up; e presença da doença em ambos os momentos. Características socioeconômicas, idade e sexo também foram avaliadas no follow up. O teste de Wilcoxon analisou a diferença de médias da QVRSB entre o baseline e o follow up. A análise de regressão de Poisson não ajustada e ajustada por níveis hierárquicos foi realizada para analisar a piora da QVRSB com as variáveis independentes. Apenas as variáveis com p<0.20 prosseguiram para o nível seguinte. Na regressão de Poisson ajustada, apenas as variáveis com p<0.05 foram consideradas estatisticamente significativas. Razão de prevalência (RP) e risco relativo (RR), com 95% de intervalos de confiança (IC) foram calculados. Resultados: um total de 27% dos escolares piorou sua QVRSB após sete anos. Escolares do sexo feminino (RP: 1.68; IC95%: 1.07 a 2.63; p=0.02) e na faixa etária entre 17 a 19 anos (RP: 1.82; IC95%: 1.09 a 3.04; p=0.02) tiveram uma maior prevalência da piora da QVRSB. Má oclusão presente apenas no follow up representou um risco 78% maior (RR: 1.78; IC95%: 1.01 a 3.19; p= 0.04) para a piora da QVRSB. Conclusão: Ter má oclusão apenas no follow up foi um fator de risco para uma piora na QVRSB. Ser da faixa etária entre 17 a 19 anos e do sexo feminino são fatores associados a piora da QVRSB.
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    Alterações bucais em crianças escolares: influência dos sintomas do TDAH e funções executivas
    (UFVJM, 2013) Veloso, Isabella Mota Pereira; Ferreira, Fernanda Oliveira; Ramos-Jorge, Maria Letícia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ferreira, Fernanda Oliveira; Serra-Negra, Júnia Maria Cheib; Santos, Suelleng Maria Cunha
    O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é o distúrbio de desenvolvimento mais comum entre os escolares, podendo desencadear alterações em toda a trajetória de vida do indivíduo e de seus familiares. Objetivos: Investigar se o TDAH pode ser considerado fator de risco para alterações bucais. Metodologia: A dissertação foi desenvolvida em dois estudos independentes. No primeiro estudo foi desenvolvido um artigo de revisão em que dois pesquisadores realizaram as buscas, de forma independente, nas bases de dados MEDLINE e Web of Science. Foram analisados todos os artigos originais sobre o tema, independente do tipo de estudo, publicados desde o início do banco de dados até agosto de 2012. Estudos de revisões foram excluídos. No segundo estudo foi desenvolvido uma pesquisa transversal com amostra representativa de 851 crianças com idades entre 7 e 12 anos, selecionadas aleatoriamente nas escolas da cidade de Diamantina. Informações socioeconômicas foram coletadas através de questionários enviados aos pais das crianças. Todas as crianças participaram do exame clínico de cárie dentária e da avaliação neuropsicológica utilizando o teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, Cubos de Corsi e Digit Span. Os sintomas de desatenção e hiperatividade foram investigados pelo preenchimento da escala SNAP pelos pais e professores. Resultados: No estudo de revisão, os resultados foram divergentes com relação à associação entre TDAH e saúde bucal, sendo que cinco estudos encontraram associação entre cárie dentária e TDAH, no entanto, dois não estabeleceram essa associação. Em relação, a associação entre trauma dentário e TDAH, cinco estudos encontraram associação positiva, enquanto outros 3 não encontraram associação. E, somente um estudo mostrou associação entre cárie dentária e gengivite. A maioria dos estudos existentes apresentaram limitações metodológicas, tais como não padronização dos critérios diagnósticos para o TDAH, ausência de cálculo amostral e falta de representatividade amostral. No segundo estudo da dissertação, crianças relatadas como desatentas e/ou hiperativas pelos pais apresentaram maior probabilidade de possuir dentes cavitados. Maior escolaridade materna e melhor desempenho no subteste Cubos de Corsi (ordem inversa) foram fatores protetores em relação à ocorrência de cárie dentária. Conclusão: O estudo de revisão indicou que não há consenso sobre a associação entre TDAH e saúde bucal, porém, a maioria das evidências indicam a favor da existência dessa associação. Os dados do artigo original revelaram que a escolaridade materna, desatenção e hiperatividade relatadas pelos pais e o desempenho nas funções executivas foram as variáveis explicativas para a ocorrência de dentes cavitados.