Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item A produção do mel de aroeira do Vale do Jequitinhonha como alternativa ecológica e socioeconômica na agricultura familiar(UFVJM, 2023) Silva, Mayra Conceição Meira; Rech, André Rodrigo; Macedo, Adriana Nori de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)No Vale do Jequitinhonha grande parte da população se encontra em vulnerabilidade socioeconômica, contrastando com uma rica biodiversidade e práticas tradicionais de convivência com o clima semiárido que incluem a apicultura. No que tange aos processos organizativos deste setor, na região destaca-se a Cooperativa dos Apicultores do Vale do Jequitinhonha (COOAPIVAJE) que realiza a gestão do entreposto de mel e cera, divulgação da marca coletiva e facilitação do acesso aos mercados. O mel de abelha, além de ser nutritivo, possui propriedades terapêuticas e benéficas à saúde. Dependendo da origem do mel, algumas propriedades específicas podem ser atribuídas ao produto final, permitindo agregação de valor. O mel de aroeira do Norte de Minas Gerais, já indicado geograficamente (IG) vem ganhando destaque, devido as suas propriedades medicinais e organolépticas diferenciadas. Esse diferencial viabiliza uma valorização comercial de até 42% em relação aos méis de outras origens. Os méis uniflorais, como o de aroeira, são encontrados em ambientes que possuem florações em massa de apenas uma espécie, o que é raro. Embora seja encontrado no Vale do Jequitinhonha, o mel de aroeira é pouco estudado nessa região. Essa lacuna nos levou a investigar o que é e como se dá a produção do mel de aroeira como instrumento ecológico e socioeconômico para os apicultores do Vale do Jequitinhonha. Portanto, o presente trabalho foi dividido em dois pilares: 1. Caracterização do perfil socioeconômico dos apicultores produtores de mel de aroeira associados a Cooperativa dos Apicultores do Vale do Jequitinhonha – COOAPIVAJE com vistas a entender a participação da comercialização do mel de aroeira na renda anual dos apicultores associados e 2. Determinação da origem botânica e pureza do mel de aroeira oriundo do Vale do Jequitinhonha e comparação da composição e das características químicas com amostras do Norte de Minas Gerais. A caracterização socioeconômica foi realizada com entrevistas semiestruturadas realizadas por telefone em virtude da pandemia de Covid 19. As entrevistas revelaram uma produção média anual de 1,4 toneladas de mel por apicultor, 46% de sua renda média anual advindo exclusivamente da apicultura, com a aroeira representando 75% dessa produção. Na segunda parte da dissertação avaliamos o grau de pureza botânica do mel de aroeira (Myracrodruon urundeuva), a partir de análises polínicas realizadas em laboratório utilizando o método da acetólise. As amostras analisadas apresentaram em média 98,75% de pólen de aroeira, caracterizando um mel unifloral (> 93%). Nas análises para comparação das propriedades químicas do mel utilizamos uma abordagem metabolômica, com cromatografia líquida e espectrometria de massas. Verificamos que as amostras de mel de aroeira provenientes da mesorregião do Vale do Jequitinhonha e da mesorregião do Norte de Minas não possuem composição química que permita sua diferenciação de acordo com a origem geográfica. Com este estudo interdisciplinar fica clara a importância da produção do mel da florada da aroeira para os apicultores da região do Vale do Jequitinhonha. Concluímos que esta é uma atividade consolidada pelos agricultores familiares, geradora de renda expressiva e dependente da biodiversidade, amparando a apicultura da região em bases sustentáveis. O mel especial de aroeira é produzido no pico da estação seca, fator ecológico fortemente demarcado pela sazonalidade ambiental que contribui para produção de amostras homogêneas/uniflorais. Tais características ambientais e sociais relacionadas à organização e manejo apícola, sustentam a possibilidade de expansão do registro de Indicação Geográfica (IG) do mel especial de aroeira para toda a região semiárida de Minas Gerais.Item Efeito da temperatura e do tempo de aquecimento na qualidade da cera de abelhas Apis mellifera(UFVJM, 2022) Oliveira Neto, Gleydson Luiz de; Boari, Cleube Andrade; Silveira, Rodrigo Diniz; Verardo, Lucas Lima; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Boari, Cleube Andrade; Silveira, Rodrigo Diniz; Andrade, Monalisa Pereira Dutra; Verardo, Lucas LimaPara processar a cera produzida pelas abelhas Apis mellifera, desde a sua reciclagem nos favos até a confecção de revestimentos e lâminas, é demandada a utilização de calor por diferentes técnicas, como o banho-maria, uso de vapor e fervura em água. Entretanto, até onde se sabe, há mais ilações do que informações sobre os efeitos causados pelo uso desordenado do calor sobre esse produto. Considerando-se o exposto, esta pesquisa foi conduzida com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes tempos e temperaturas de aquecimento sobre os parâmetros de qualidade da cera das abelhas, a saber, os parâmetros físicos de cor e textura e os parâmetros químicos de índice de acidez e saponificação. A cera empregada nesta pesquisa foi oriunda de opérculos do processamento do mel. O experimento foi desenvolvido utilizando a cera, inicialmente em temperatura ambiente, e aquecida em 65, 75, 85 e 95 °C pelos tempos de 10, 20, 30, 40 e 50 minutos, respectivamente, dispostos em esquema fatorial 5 x 5. Nas análises de cor instrumental, os parâmetros de luminosidade (L*), teor de vermelho (a*), teor de amarelo (b*) e a saturação (C) apresentaram interação significativa entre os fatores temperatura e tempo (P<0,05). A matriz de tonalidade (h) apresentou diferença entre os valores obtidos aos 65 °C em comparação aos 75 °C do fator temperatura (P<0,05). Na análise de textura, o parâmetro de dureza apresentou interação significativa entre os fatores temperatura e tempo (P<0,05). Por fim, nos parâmetros químicos, o índice de acidez apresentou interação significativa entre os fatores temperatura e tempo (P<0,05) e o índice de saponificação não teve diferenças dentro de cada fator e nem interação entre eles (P>0,05). Conclui-se que a mudança de coloração da cera não apresentou prejuízos ao produto. Não foi observado o aumento da dureza da cera das abelhas desde que ela seja aquecida por até 10 minutos, independentemente da temperatura. Aquecer a cera, independentemente da temperatura e do tempo de exposição não alterou os índices de acidez e saponificação.