Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Efeito de herbicidas sobre microrganismos simbiontes de espécies arbóreas(UFVJM, 2019) Barroso, Gabriela Madureira; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Oliveira, Ivani Teixeira deOs herbicidas são produtos eficazes e economicamente viáveis para o controle de plantas daninhas em culturas agronômicas, sistemas agroflorestais e na recuperação de áreas degradadas. Resíduos desses agrotóxicos podem contaminar áreas não alvos, sendo necessária a descontaminação, que pode ser feita por espécies arbóreas e seu microbioma associado. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito de herbicidas sobre bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos micorrízicos, simbiontes de espécies arbóreas. Os experimentos foram realizados em laboratório e casa de vegetação. No primeiro estudo foram avaliados os efeitos dos herbicidas 2,4-D, oxyfluorfen, sulfentrazone, clomazone, glyphosate, glufosinato de amônio, atrazine, ametrin e diuron sobre Bradyrhizobium sp. e o potencial de degradação dos herbicidas pela bactéria, in vitro. No segundo estudo foi avaliada a atividade de fungos micorrízicos da rizosfera de Inga edulis, Myrsine gardneriana, Schizolobium parahyba, Toona ciliata, Trichilia hirta e Triplaris americana submetidas aos tratamentos com atrazine e sulfentrazone. O efeito de doses comerciais dos herbicidas testados na bactéria Bradyrhizobium sp. variou entre os mesmos. O glyphosate, sulfentrazone e diuron foram os mais tóxicos e diminuíram o crescimento das bactérias. Os herbicidas sulfentrazone, glyphosate e diuron diminuíram a densidade celular máxima e o tempo de máximo crescimento celular. Bradyrhizobium sp. degradou os herbicidas 2,4-D, atrazine, sulfentrazone e diuron e os utilizou como fonte de carbono para seu crescimento. Algumas atividades dos fungos micorrízicos arbasculares das árvores submetidas aos herbicidas atrazine e sulfentrazone foram comprometidas. As espécies M. gardneriana, S. parahyba e T. ciliata foram as que tiveram comportamento semelhante às espécies no tratamento sem herbicida a partir do escalonamento multidimensional não-métrico feito com as variáveis analisadas.Item Percepção de risco do uso de agrotóxicos entre agricultores feirantes e estudantes do curso de gestão ambiental na região do Médio Jequitinhonha(UFVJM, 2016) Andrade, Fábio Coutinho; Santos, Antônio Sousa; Murta, Agnes Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Antônio Sousa; Paes, Sílvia Regina; Ferreira, Maria de Lourdes Santos; Cambraia, Rosana PassosTrata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa de campo, que tem como eixo epistemológico a Teoria Cultural. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo desvelar a percepção de risco da utilização de agrotóxicos na atividade de trabalho de agricultores rurais feirantes e de estudantes de um Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental da cidade de Araçuaí (MG). Técnica e Instrumentos: Como técnica para apreensão das informações foi utilizado um questionário semiestruturado, adaptado da abordagem tipo diagnóstico rápido. Para a análise das informações, foi realizada análise estatística descritiva simples e análise de conteúdo. Participaram da pesquisa 41 agricultores feirantes que comercializam os seus produtos na feira de Araçuaí e 40 estudantes do curso Superior em Gestão Ambiental. Resultados e Discussão: Observou-se que a definições dos agrotóxicos relatadas pelos participantes, estão em consonância com o Decreto nº 4074/2002 que trata do assunto, no entanto, estes também identificaram a utilização dos agrotóxicos como um risco para a saúde e para o ambiente. Como principais riscos relacionados à saúde foram mencionados as doenças crônicas, tais como: câncer, problemas cardiovasculares e doenças respiratórias. Quanto aos riscos ao meio ambiente foi mencionado a contaminação do ar, a água a flora a água e o solo. Como fonte de informação a respeito dos agrotóxicos, foram citados televisão, cursos ministrados por organizações não governamentais, órgãos do governo estadual e federal, assim como também experiências de vida. Observou-se que essas fontes de informação tiveram influência na percepção de risco e na utilização dos agrotóxicos dos participantes. Dessa forma foi possível perceber que a percepção de risco é multideterminada e práticas educativas relacionada à saúde e ao ambiente com programas que enfatizem técnicas alternativas de manejo de pragas e práticas seguras de uso de agrotóxicos, possa ser uma das ações que influencia a percepção de risco acerca da utilização de agrotóxicos e, por conseguinte, diminuir os riscos de contaminação e agravos à saúde.Item Resíduos de agrotóxicos em morangos e influência de filmes biodegradáveis na qualidade dos frutos no armazenamento pós-colheita(UFVJM, 2012) Guedes, Tiago de Jesus; Dessimoni Pinto, Nísia Andrade Villela; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dessimoni Pinto, Nísia Andrade Villela; Silva, Antônio Alberto da; Queiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro de; Heleno, Fernanda Fernandes; Silva, Daniele Ferreira daMorangos são frutos altamente apreciados pelos consumidores, pelas suas características sensoriais e nutricionais e por promoverem benefícios à saúde humana. No entanto, durante a fase de cultivo, o uso indiscriminado de agrotóxicos na cultura pode tornar os frutos impróprios para o consumo. Além disso, são necessárias adoção de medidas para prolongar o tempo de vida útil dos frutos após a colheita. Visando caracterizar a qualidade dos frutos comercializados em Diamantina e também propor técnicas para melhor conservação dos morangos no armazenamento pós-colheita realizou-se este trabalho, que constou de dois experimentos. No primeiro procurou-se identificar e quantificar resíduos dos agrotóxicos nos frutos os quais foram coletados em sete fazendas da região em três épocas diferentes. A extração dos agrotóxicos da matriz foi realizada por extração sólido-líquido com partição em baixa temperatura (ESL-PBT) e a detecção e quantificação foram feitas por cromatografia gasosa com detector de captura de elétrons. Em 28,57% das amostras não foram detectados resíduos dos agrotóxicos azoxistrobina, bifentrina, cipermetrina, clorotalonil, clorpirofós, difenoconazol, endossulfam, iprodiona, λ-cialotrina e permetrina. Em 33,33% dessas amostras constataram-se resíduos abaixo do limite máximo de resíduos (LMR) estabelecido e em 38,10% os níveis desses resíduos nas amostras foram considerados insatisfatórios por apresentarem resíduos de produtos não autorizados e/ou se autorizados acima do LMR. No segundo experimento avaliou-se o efeito de revestimento de amostras de morango com coberturas comestíveis à base de amido previamente extraído de banana verde, quitosana e cloreto de cálcio no armazenamento refrigerado. Os frutos foram coletados no município de Datas, MG e submetidos aos seguintes tratamentos: imersão em soluções de quitosana (QTS), CaCl2 (Ca), amido de banana (Am), amido e quitosana (AmQTS), quitosana e CaCl2 (QTSCa) , amido e CaCl2 (AmCa), amido, quitosana e CaCl2 (AmQTSCa), além do grupo controle (Cte). No tempo inicial e após 3, 6, 9, 12 e 16 dias do início do armazenamento, os frutos submetidos aos diferentes tipos de revestimento sob refrigeração foram avaliados quanto a perda de matéria fresca (%), pH, sólidos solúveis (ºBrix), acidez titulável (em percentual e percentual de ácido cítrico), teor de vitamina C (mg 100 g-1), compostos fenólicos (g 100 g-1 de ácido tânico), flavonóides (g 100 g-1 de ácido tânico), antocianinas (mg 100 g-1), atividade antioxidante total (μM sulfato ferroso g-1 de fruta) e açúcares (g 100 g-1). Foram também avaliados desenvolvimento de bolores e leveduras e coliformes totais ao longo do armazenamento. Frutos que não receberam o revestimento mantiveram suas propriedades físico-químicas por 11 dias. Após este período de armazenamento houve perdas na qualidade dos frutos. Por outro lado frutos submetidos aos tratamentos quitosana, quitosana-CaCl2 e amido de banana-quitosana-CaCl2 mantiveram suas propriedades físico-químicas durante o período avaliado (16 dias). Os revestimentos com quitosana mostraram-se, ainda, eficientes na proteção de crescimento de micro-organismos. Concluiu-se que é necessário conscientizar os produtores e os agentes de fiscalização na utilização sobre o uso inadequado dos agrotóxicos e que no caso do armazenamento dos frutos o envolvimento destes com filmes de quitosana prolongam as suas qualidades nutricionais além dificultar o ataque de fungos.