Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Liames das escolas rurais com a resistência da cultura caipira em comunidades camponesas no município de Diamantina-MG(UFVJM, 2022) Dias, Ana Paula Ferreira; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Cambraia, Rosana Passos; Fávero, Claudenir; Alentejano, Paulo Roberto Raposo; Acçolini, GrazieleO presente trabalho de mestrado procurou conhecer e compreender como o processo ensino e aprendizagem, na relação campo/rural, se encontram atualmente nos modelos de ensino e projetos pedagógicos das escolas localizadas no campo do município de Diamantina (Minas Gerais). Assim, buscamos considerar, por meio de um estudo bibliográfico sistematizado, os conceitos de Caipira e Camponês e sua relação com os processos educativos no campo. Acrescido de entender como a cultura e religiosidade, assim como a relação cultura e natureza, se fazem presentes entre os camponês-caipiras, e como são e/ou poderiam ser afirmativas de pertencimento do sujeito do campo no processo educativo do campo e sua interface com a Agroecologia. Elucidou as relações entre Cultura e os Projetos Políticos Pedagógicos no contexto da educação rural no município de Diamantina (Minas Gerais), para auxiliar, por meio das análises feitas, a Secretaria Municipal de Educação, em ações e parcerias para a consolidação de um projeto de educação do campo e para o campo. A pesquisa é de cunho qualitativo, com estudo de revisão da literatura narrativa e sistemática, somadas às pesquisas bibliográficas e documentais, além do levantamento de dados, para assim elaborar uma teorização consistente. Foram pesquisados materiais didáticos voltados à educação do campo e os conjuntos de leis federais, estaduais e municipais sobre a educação diferenciada do campo. Realizamos o aprofundamento teórico sobre a cultura caipira, educação e a relação natureza e cultura. Concluímos que o conceito de caipira e de camponês não se opõem, ao contrário, se complementam; o princípio educativo não escolar, em relação às crianças do campo, se dá, primeiramente, pela religiosidade e cultura caipira, assim, a produção de alimento e a alimentação são parte fundantes do processo educativo; que há ausência de uma discussão teórica aprofundada do conceito de cultura caipira nos processos educativos das escolas do campo e no campo no município de Diamantina (Minas Gerais). Nas análises em que aprofundamos a questão dos aspectos curriculares e a Cultura, enquanto conjunto de saberes que podem ser dialogados em sala de aula, percebemos que os currículos examinados das três escolas do campo de Diamantina (Minas Gerais), apesar de demonstrar interesse na valorização da cultura do alunado, não tem consolidado que cultura é essa, só havendo menção às culturas indígena e quilombola, previstas nos temas transversais, não fazendo referência ao modo de vida principiador da cultura caipira.Item Educação popular, permacultura e agroecologia para transformação social, econômica e ambiental: um estudo de caso na comunidade rural de Extrema – Congonhas do Norte/MG(UFVJM, 2020) Calvão, Alessandra Lopes; Schulzbacher, Aline Weber; Allain, Luciana Resende; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Schulzbacher, Aline Weber; Allain, Luciana Resende; Carvalho, Igor Simoni Homem de; Murta, Nadja Maria Gomes; Lemes, Anielli Fabiula GavioliO processo de educação popular, mobilização e transformação social da comunidade rural de Extrema-Congonhas do Norte/MG, promovido pela atuação da Associação de Agricultores da Região de Extrema (ACARE), no Espaço Educacional Contraponto, durante o período de 2010 a 2019, constitui o escopo investigativo desta pesquisa. Este estudo procurou avaliar, a partir da história e realidade deste vilarejo rural, as mudanças ocorridas, durante o século XX, no modo de vida rural e o papel das organizações civis nos processos de mobilização comunitária. Procurou também analisar o potencial da Permacultura e da Agroecologia, além de compreender, a partir do caso estudado, as principais contribuições da educação popular nestes processos e na promoção de transformações sociais, ambientais e econômicas. Adicionalmente pesquisamos a experiência da ACARE no Espaço Educacional Contraponto, no período de 2015 a 2019, e os impactos advindos das atividades desenvolvidas, a partir da avaliação dos comunitários. O percurso metodológico adotado nesta pesquisa qualitativa, baseada em um estudo de caso, analisado de acordo com a Análise de Conteúdo, de Laurence Bardin, utilizou para a coleta de dados os seguintes instrumentos de coleta de dados: cinco entrevistas realizadas a partir de um roteiro semi-estruturado; documentos da ACARE, do Espaço Educacional Contraponto, da Prefeitura Municipal de Congonhas do Norte, e ainda, o diário de bordo da pesquisadora. Como resultados, foi possível identificar que a agricultura conservadora, bem como o modo de vida da sociedade capitalista, resultou em um panorama de crise agrária, socioeconômica e ambiental, que reflete diretamente no modo de vida dos camponeses. Esta classe social, de características culturais e sociais bem específicas, passa por um processo de invisibilização e de grande vulnerabilidade, sendo expulsos de suas terras e perdendo o controle dos meios de produção. Percebemos que tal processo pode ser amenizado, e a longo prazo revertido, não apenas através do estabelecimento de políticas públicas, mas principalmente, por meio de processos de educação popular, pautados nas práticas da Permacultura e da Agroecologia, que os instrumentam a coproduzirem com a natureza produtos com maior valor agregado. Concluímos que os processos de educação popular têm potencial de conscientizar os camponeses de sua condição social, mobilizá-los a ações que construam coletivamente uma nova realidade e transformem o panorama socioeconômico e ambiental.