Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Esquistossomose: investigação sobre o conhecimento da doença entre trabalhadores do setor turístico e frequentadores de coleções hídricas em um município da Estrada Real, Minas Gerais
    (UFVJM, 2019) Fernandes, Marconi Leão; Pires, Herton Helder Rocha; Dias, João Vitor Leite; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nunes, Ana Paula Nogueira; Pires, Herton Helder Rocha; Fonseca, Virginia Martins; Fernandes, Dayse de Rezende Figueiredo; Varajão, Guilherme Fortes Drummond Chicarino
    A atividade turística é responsável pelo desenvolvimento econômico de várias regiões do mundo. Paralelos aos benefícios que o turismo pode trazer à região onde é desenvolvido, estão os danos que este pode causar, caso o planejamento não seja adequado. Por isso, o planejamento se faz necessário para a obtenção de bons resultados. Uma região que tenha como atrativos naturais, rios, lagos, barragens, poços, cachoeiras, ou seja, qualquer coleção hídrica, mas não possui saneamento básico, pode poluir seu patrimônio natural e trazer prejuízos à saúde de sua população e de outros que venham a fazer uso daquelas águas. Sendo assim, as estruturas físicas das localidades devem atender primeiramente aos moradores locais e são de fundamental importância para os visitantes. A esquistossomose mansoni, é um exemplo de doença encontrada frequentemente em pontos turísticos que possuem coleções hídricas associadas à falta de saneamento básico. Por isso, esta pesquisa objetivou investigar o conhecimento sobre a esquistossomose dos envolvidos na atividade turística, trabalhadores e turistas e a presença do caramujo do gênero Biomphalaria, hospedeiro intermediário da doença, nas coleções hídricas utilizadas para lazer e turismo no município do Serro, Minas Gerais. O trabalho foi baseado em entrevistas com trabalhadores dos estabelecimentos que estavam ligados ao turismo do município, bem como os frequentadores das coleções hídricas. As entrevistas abordaram, além de dados pessoais, o conhecimento sobre a esquistossomose e sobre as coleções hídricas. Inicialmente, foram realizadas 30 entrevistas com os trabalhadores, que citaram 16 coleções hídricas que eram indicadas aos turistas e frequentadas por pessoas do próprio município. Todos os entrevistados já ouviram falar da doença, 73% responderam saber a forma de contaminação, 63% disseram conhecer algum sintoma e 63% responderam ter conhecimento sobre a forma de prevenção. Posteriormente entrevistou-se 406 frequentadores das coleções hídricas, sobre aspectos pessoais e a respeito da doença. Quando questionados sobre a possibilidade de adquirir alguma doença, 79% dos entrevistados responderam saber do risco e destes, 86% citaram a esquistossomose como doença adquirida no contato com a água. A esquistossomose foi a doença mais citada, porém citaram também várias outras doenças adquiridas pelo contato e ou ingestão da água contaminada e doenças com outras formas de contaminação. Ao serem questionados como se adquiri a doença, 48% dos entrevistados responderam ter conhecimento do assunto e destes, 75% falaram sobre o contato com água contaminada, 12% disseram que a contaminação se dava por ingestão de água contaminada, 7% responderam ser através do consumo de alimentos contaminados, 3% citaram a carne de porco, 3% apontaram andar descalço e 3% disseram apenas que a contaminação se dava através da pele. Sobre os sintomas da esquistossomose, 35% disseram conhecer algum sintoma, sendo a paralisia citada por 42% dos entrevistados. Quando questionados sobre a prevenção da mesma, 57% responderam ter conhecimento e destes, 79% falaram em evitar águas contaminadas. Percebeu-se algum conhecimento a respeito da doença entre os entrevistados, porém parte considerável não possui informações importantes, principalmente para a prevenção da mesma. Não foram encontrados caramujos nos locais estudados, o que não exclui a possibilidade de contaminação por dispersão de cercarias de outras coleções hídricas contaminadas. Diante dos resultados encontrados, acredita-se que o conteúdo apresentado pode ser útil para o direcionamento de ações pelas secretarias de saúde e turismo do Serro, no sentido de acrescentar informações relativas à doença e às coleções hídricas utilizadas para turismo e lazer do município, tanto à população quanto aos visitantes.