Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Estudo do efeito do extrato aquoso da alocasia macrorrhizos em modelo experimental de artrite reumatoide
    (UFVJM, 2022) Castro, Allyne Aparecida Dias da Silva; Alves, Caio César de Souza; Carli, Alessandra de Paula; Castro, Sandra Bertelli Ribeiro de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A Artrite Reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune que pode afetar múltiplas articulações. Apresenta grande impacto social e na vida pessoal, devido à gravidade das manifestações dos sintomas conforme o avanço da doença. Quanto mais precoce for realizado o diagnóstico, tratamento e ou reabilitação dos pacientes acometidos, melhor o prognóstico. O tratamento convencional por mais benéfico que possa aparecer, traz consigo eventos adversos que podem ser irreversíveis. Por isso, cada vez mais se tem procurado tratamentos eficazes e que possuam menos efeitos colaterais. O uso das plantas medicinais pela população e os avanços ocorridos na área científica têm contribuído para uma nova opção terapêutica para a doença. Com efeito, a utilização da Alocasia macrorrhizos tem-se mostrado favorável na medicina popular por possuir poucos efeitos colaterais em comparação ao tratamento convencional. No presente estudo, foram avaliados os efeitos do extrato aquoso da Alocasia macrorrhizos (EAAm) em Artrite Induzida por Adjuvante. Utilizou-se ratos da linhagem Holtzman, de ambos os sexos. A indução ocorreu por injeção intradérmica de 100 µL de CFA na base da cauda e 30 µL intra-articular no joelho esquerdo. Os animais foram avaliados através da mensuração das patas posteriores e aplicado o teste de vocalização até o vigésimo primeiro dia após a indução (dpi). O tratamento ocorreu a partir dos primeiros sinais de inflamação após a dose de reforço até a conclusão do experimento. No 21º dpi os animais foram eutanasiados e coletados articulação tibiofemoral, amostras de sangue e linfonodo inguinal para análise histológica e dosagem de citocinas. Os animais artríticos (AIA) apresentaram reações inflamatórias intensas e manifestações sistêmicas quando comparado aos animais controle. A partir da mensuração dos joelhos, houve redução do edema de pata após a administração 100 µL (100µg/kg) de EAAm. Na avaliação do comportamento nociceptivo houve uma redução da frequência de vocalização no grupo EAAm comparados aos demais grupos. Verificou-se a redução de infiltrado inflamatório em lavado articular, na análise histopatológica, assim como, na quantificação de citocinas em animais tratados com o EAAm comparado aos animais não tratados. Desse modo, Alocasia macrorrhizos demonstrou potencial ação anti-inflamatória, podendo ser utilizada como suporte científico a futuras pesquisas e desenvolvimento de novos fármacos no tratamento da artrite reumatoide.
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    Potencial anti-inflamatório e antioxidante do extrato etanólico de raízes de Eriosema campestre var. macrophyllum (Grear) Fortunato
    (UFVJM, 2021) Ottoni, Marcelo Henrique Fernandes; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Pereira, Wagner de Fátima; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Pereira, Wagner de Fátima; Villela, Daniel Campos; Klein, André; Kassuya, Candida Aparecida Leite; Souza, Michaelle Geralda dos Santos
    Na medicina popular, preparações etanólicas das raízes da planta Eriosema campestre var. macrophyllum, são utilizadas como agente anti-inflamatório. Estudos sugerem que o extrato etanólico de suas raízes possui atividade imunomoduladora, mas seu efeito sobre a inflamação aguda é desconhecido. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial terapêutico de EC-RA sobre elementos da resposta inflamatória aguda. Avaliamos a atividade antioxidante dos extratos etanólicos de partes aéreas (EC-AE) ou raízes (EC-RA) de E. campestre, pelos ensaios de Folin-Ciocauteau, de capacidade antioxidante total e de 2,2-difenil-2- picrilhidrazina (DPPH●). Realizaram-se ensaios in vitro com células RAW 264.7 estimuladas por lipopolissacarídeo bacteriano (LPS) por 24 horas. A partir de concentrações não citotóxicas obtidas pelo ensaio de 3-(4,5-dimetil-2-tiazolil)-2,5-difenil-2H-tetrazólio (MTT), foi testado o efeito de EC-RA sobre a produção de TNF, IL-6 e MCP-1, por ELISA, sobre a produção de óxido nítrico (NO) pelo método de Griess e sobre a fagocitose de zimosan-FITC por microscopia confocal. Investigou-se ainda a atividade anti-inflamatória de EC-RA administrado oralmente, utilizando os modelos de edema de pata induzido por carragenina em ratos Holtzman e de inflamação pulmonar induzida em camundongos C57Bl/6J pela instilação intranasal de LPS. Observamos que EC-AE e EC-RA apresentaram quantidade de compostos fenólicos e atividade antioxidante maiores em relação ao controle do solvente. EC-RA apresentou efeito inibitório sobre a produção de IL-6 [Controle não tratado (NT): 122,5 ± 11,9 pg/ml vs. EC-RA a 40μg/ml: 69,9 ± 7,2 pg/ml, p<0,05], e sobre MCP-1 (NT: 1879 ± 125 pg/ml vs. EC-RA a 10: 1345 ± 186 pg/ml; a 20: 1286 ± 75pg/ml; e a 40μg/ml: 804 ± 86pg/ml, p<0,05). Não foi observado efeito sobre a produção de TNF ou sobre a atividade fagocítica. Células tratadas com EC-RA produziram menos NO quando comparadas à cultura NT (NT: 7,61 ± 1,62μM vs EC-RA a 10: 4,13 ± 1,02μM; 20: 2,77 ± 1,08 μM; e 40μg/ml: 2,00 ± 0,98 μM). EC-RA diminuiu o edema de pata em ratos [% inibição do edema 6h após a indução: grupo veículo (VEÍC): 20,5 ± 18,47 vs EC-RA a 430mg/kg: 60,0 ± 29,74, p<0,05], e reduziu o número de leucócitos no lavado broncoalveolar de camundongos com inflamação pulmonar (VEÍC: 520,0 ± 115,4 x 103 células/ml vs EC-RA a 430mg/kg: 221,9 ± 27,06 x 103 céls./ml). Assim, nossos resultados sugerem uma ação biológica de EC-RA sobre parâmetros da resposta inflamatória aguda, possivelmente pela inibição de IL-6, MCP-1 e NO.
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    Detecção in vitro de citocinas intracitoplasmáticas (interferon gama, fator de necrose tumoral, interleucina 4 e interleucina 10) em leucócitos humanos tratados com extrato bruto diluído de euphorbia tirucalli
    (UFVJM, 2010) Avelar, Bethânia Alves de; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Lopes, Miriam Tereza da Paz; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Francischi, Janetti Nogueira de; Fagundes, Elaine Maria de Souza
    O uso de plantas da família Euphorbiaceae, principalmente do gênero Euphorbia, tem sido popularmente difundido para o tratamento de uma variedade de doenças de natureza infecciosa, tumoral e inflamatória. Entre as espécies desse gênero, a Euphorbia tirucalli é uma planta de uso difundido no Brasil e em algumas regiões, tal como a do Vale do Jequitinhonha. Há indícios de que o látex de E. tirucalli tenha atividade antitumoral e antiviral, porém, pouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos nessa ação. É provável que o mecanismo de ação para tais atividades envolva a ativação de leucócitos e a produção de citocinas para o direcionamento de uma resposta antiviral e antitumoral efetivas. Diante disso, o presente trabalho avaliou a produção de citocinas TNF-α, IFN-γ, IL-4 e IL-10 nas populações e subpopulações leucócitárias do sangue periférico estimulados com o látex bruto da referida planta. Para tal, leucócitos do sangue periférico de vinte indivíduos hígidos foram incubados por 4 horas com o látex bruto de E. tirucalli diluído em Dimetilsulfoxido (DMSO) e constituiu o grupo látex (Lt). Culturas celulares incubadas com salina e DMSO, utilizando-se o mesmo período de incubação, constituíram as culturas controle não estimuladas (CC) e controle de solvente (DMSO), respectivamente. Após o período de incubação, as células foram marcadas com anticorpos monoclonais específicos para receptores de superfície celular CD4, CD8 e CD14, bem como para as citocinas intracitoplasmáticas TNF-α, IFN-γ, IL-4 e IL-10. A aquisição e análise dos dados foram realizadas por citometria de fluxo. Os resultados demonstraram um aumento significativo (p < 0,05) no percentual de linfócitos T e sua subpopulação T CD4 positivos para as citocinas do tipo 1, TNF-α e IFN-γ. Essas citocinas são responsáveis por ativar o sistema imune para respostas imunoprotetoras frente às infecções virais e processos tumorais. Já os neutrófilos e linfócitos T CD8, nas culturas estimuladas com o látex da planta, apresentaram um perfil misto de produção de citocinas do tipo 1 e 2. Esses resultados evidenciaram uma resposta do tipo 1 predominante, in vitro, e uma provável ativação de mecanismos moduladores, mediados por linfócitos T CD8 e neutrófilos. Este estudo sugere que a utilização popular da planta em infecções virais e processos tumorais pode ter algum fundamento, tendo em vista a produção preferencial de citocinas do tipo 1 em células estratégicas da resposta imune celular, fundamental no combate às patologias mencionadas. No entanto, os estudos in vitro aqui realizados não são suficientes para garantir que a utilização da planta no contexto in vivo possa, de fato, apresentar tais propriedades. Assim, estudos adicionais, incluindo outros ensaios in vitro, bem como ensaios pré-clínicos, são fundamentais para o avanço das pesquisas envolvendo a utilização de E. tirucalli para fins terapêuticos.
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    Análise da composição química, atividade citotóxica e inibição de citocinas in vitro de preparações de partes aéreas da planta ageratum fastigiatum
    (UFVJM, 2013) Freitas, Bethânia Alves de Avelar; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Rocha-Vieira, Etel; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Francischi, Janetti Nogueira; Lopes, Miriam Teresa paz; Miranda, João Luiz de; Mendonça, Vanessa Amaral
    Ageratum fastigiatum é uma planta utilizada na medicina popular como anti-inflamatório e analgésico, no entanto, poucos estudos foram realizados a fim de detalhar os mecanismos envolvidos nessa atividade. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade anti-inflamatória in vitro do óleo essencial e do extrato diclorometânico de A. fastigiatum. Pela técnica de exclusão do azul de tripam por citometria de fluxo foram determinadas concentrações não tóxicas das preparações de A. fastigiatum. As concentrações não tóxicas do óleo essencial foram 5x10-3 e 1x10-2 µL/mL. Essas concentrações foram utilizadas para a pesquisa do potencial anti-inflamatório do óleo essencial, medido por meio da análise do perfil de citocinas pro (TNF- α e IFN- γ) e anti-inflamatórias (IL-10), em culturas de leucócitos humanos estimulados e não estimulados com PMA (acetato de forbol miristato) . Os dados demonstraram que ambas as concentrações inibiram o percentual de linfócitos-TNF+ nas culturas estimuladas com PMA. A análise cromatográfica em fase gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG/EM) revelou como principais constituintes no óleo essencial as substâncias α-pineno (7,51%), limoneno (5,9%), óxido de cariofileno (13,59%), 1,2 epóxido humuleno (8,41%) e 1,6-humulanodien-3-ol (17,71%). O extrato diclorometânico de A. fastigiatum, na concentração 20 µg/mL, não apresentou toxicidade aos leucócitos do sangue periférico humano e reduziu o percentual de linfócitos-TNF-α+ e linfócitos-IFN-γ+ nas culturas estimuladas com o PMA. Este extrato foi fracionado em coluna de Sephadex LH-20 (150 g). Na análise de citocinas, a fração 10 (AFDM 10), na concentração 10 µg/mL, demonstrou efeito anti-inflamatório in vitro reduzindo a frequência de linfócitos-TNF-α+ e a proliferação de linfócitos estimulados com PHA (fitohemaglutinina). Sugere-se que parte da atividade anti-inflamatória de A. fastigiatum se dê pela inibição que os constituintes da planta promovem sobre a ativação de leucócitos.