Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    O caminhar de um povo: a Comunidade do Tatu e a colonialidade em atas da Associação para o Desenvolvimento Rural São Lázaro - ADERSAL
    (UFVJM, 2022) Santos, Neltinha Oliveira dos; Castro, Carlos Henrique Silva de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Castro, Carlos Henrique Silva de; Miguel, Fernanda Valim Côrtes; Freitas, Érica Fernanda Justino de; Lima, Luiz Henrique Magnani Xavier de
    Este trabalho discorre, de maneira mais ampla, sobre à produção de conhecimentos ligados às comunidades do campo e, de forma específica, aos contextos da Comunidade do Tatu, lugar pertencente ao município de Franciscópolis do Vale do Mucuri, em Minas Gerais. O processo de investigação desenvolveu-se na Associação para o Desenvolvimento Rural São Lázaro – (ADERSAL), criada em 1996. Esta instituição é considerada pela comunidade um espaço de luta em defesa dos interesses coletivos locais. Neste presente estudo, o objetivo geral visa analisar a formação da Comunidade do Tatu a partir das relações de linguagem e colonialidade de seus integrantes, buscando compreender as discussões através da análise das atas da ADERSAL, no período compreendido entre os anos de 2006 a 2011. Para este fim, estabeleceram-se três objetivos específicos: a) identificar nas atas da ADERSAL, de 2006 a 2011, os tensionamentos relacionados à noção de colonialidade no campo; b) relacionar os acontecimentos identificados nas atas com as políticas públicas ligadas ao campo no período citado; e c) compreender como a ADERSAL cria suas resistências a partir dos tensionamentos levantados e analisados através dos dados coletados nas atas. No que concerne à metodologia esta pesquisa é teórico-prática, com abordagem do problema qualitativa. Como estratégia de pesquisa escolheu-se o estudo de caso defendido por Yin (2001) e Prodanov e Freitas (2013). Como método de investigação dos dados escolheu-se a pesquisa bibliográfica e a análise documental, já para análise do corpus optou-se pela Análise de Conteúdo proposta por Bardin (1977). Associaram-se aos dados coletados algumas reflexões desta pesquisadora que foram suscitadas pelas vivências na comunidade pesquisada, fato que fez ampliar o panorama da análise. As análises dos dados revelaram que existe um atravessamento das dimensões da colonialidade na Comunidade do Tatu, apontando algumas considerações relevantes sobre a importância e o papel da ADERSAL como um espaço congregador de articulação das resistências da comunidade. Os resultados apontaram que há também, dentro do associativismo, tensionamentos e pouca participação dos associados devido a não conclusão de alguns projetos propostos cuja ação se reflete no desencorajamento quanto à participação ativa dos seus integrantes no seio da própria associação. Essa dissertação traz, portanto, à luz dados que nos permite atestar aspectos da colonialidade, que ainda atravessam a formação da Comunidade do Tatu e que transformaram o modo de vida local.
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    Análise e modelagem da linguagem em ciência cognitiva enativa: variação da linguagem e formação de identidades como normas sociais
    (UFVJM, 2020) Freitas, Luciana de; Carvalho, Leonardo Lana de; Lage, Ana Cristina Pereira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Leonardo Lana de; Braga, Elayne de Moura; Kogler Júnior, João Eduardo
    A finalidade desta pesquisa foi analisar a evolução da linguagem pela análise da variação linguística à luz da Ciência Cognitiva Enativa, entendendo as identidades como normas sociais, cumprindo um papel de manutenção de um sistema cognitivo social. Os objetivos traçados foram: 1) Analisar a variação linguística e a identidade como um fenômeno social, que acontece a partir das interações entre os agentes, tendo a teoria enativa como o principal arcabouço teórico; 2) Desenvolver um metamodelo para explicar a variação linguística em simulações computacionais baseados em Multiagente, apontando seus fatores de transformação. Este metamodelo foi construído a partir de esquemas clássicos no estudo cognitivo da linguagem e da revisão de um quadro conceitual, descrevendo o processo social de aplicação de regras. Ao longo do desenvolvimento desta pesquisa, é defendido que a linguagem é constituída e constituinte do sistema social e um fator indispensável na formação de identidades em sistemas sociais. Construída coletivamente pelos agentes de um grupo a partir de ações comunicativas incorporadas a um fluxo auto-organizado, a linguagem permite a seus usuários que se reconheçam ou se diferenciem, através de aspectos como a fala, o sotaque ou a semântica. Passível de perturbações externas e transformações pelo meio, a linguagem varia e evolui juntamente com o meio que modifica e o domínio linguístico emerge a partir da dinâmica comunicacional que envolve os agentes sociais. Dessa forma, variações linguísticas e formação de identidades ocorrem em função dos acoplamentos estruturais com o meio, o que mantém um processo evolutivo através da deriva natural em sistemas autopoiéticos. Como resultados da pesquisa são apresentados metamodelos que serão utilizados para realizar uma ponte entre a teoria enativa da linguagem e a modelagem computacional baseada em Multiagente. Conclui-se que a teoria enativa fornece um arcabouço teórico de grande valor para entendermos a linguagem e a formação de identidades como práticas normativas socioculturais e que metamodelos são ferramentas convenientes para mediar a teoria enativa junto à concepção e implementação de modelos Multiagente sobre a linguagem como sistema complexo adaptativo.
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    Mente estendida e linguagem em ciência cognitiva: da teoria enativa à perspectiva sistemas complexos
    (UFVJM, 2020) Santos, Flávia Enir Godinho; Carvalho, Leonardo Lana de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Leonardo Lana de; Braga, Elayne de Moura; Rückert, Gustavo Henrique; Gonzalez, Maria Eunice Quilici
    O cognitivismo, primeira corrente teórica em ciências cognitivas, defende que, em função da forma como o organismo processa a informação que capta do mundo, concebe uma conduta no meio. As informações na entrada são processadas pela estrutura cognitiva e, a partir disso, ações externas ocorrem por meio de efetuadores. Em oposição ao cognitivismo, a teoria da enação proposta por Maturana e Varela é uma análise focada na experiência e na auto-organização, a abordagem enativa defende a ideia de co-emergência entre objeto e sujeito no mundo, cujas implicações conceituais e metodológicas para a investigação da mente e da linguagem são o foco deste estudo. Na perspectiva da abordagem enativa em ciência cognitiva, entende-se sistemas cognitivos como sistemas autopoiéticos acometidos por alterações do meio e cujas ações façam evoluir o ambiente. O desenvolvimento teórico em ciência cognitiva levou a uma abordagem diferente da estabelecida pelo senso comum, o que permitiu que os conceitos de linguagem como um fenômeno autopoiético e mente como não limitada aos contornos do corpo de um indivíduo pudessem amadurecer. Partindo deste embate teórico entre o cognitivismo e o enativismo, essa dissertação foi elaborada com o objetivo de analisar conceitualmente a mente (estendida) e a linguagem de um prisma conciliador, isto é, da perspectiva dos sistemas complexos. São analisados os conceitos de cognição, mente e linguagem e como a ciência cognitiva enativa vê a mente e a linguagem dentro desse escopo interdisciplinar. Inicialmente baseada na revisão bibliográfica em ciência cognitiva enativa e na perspectiva sistemas complexos da cognição, a metodologia de pesquisa utilizada é a análise conceitual dos termos “mente estendida” e “linguagem” em Maturana, Varela, Luc Steels, Andy Clark e David Chalmers. No primeiro momento é feita uma revisão acerca da noção de mente e linguagem no cognitivismo, no conexionismo, no enativismo e na teoria dos sistemas complexos; num segundo momento, serão expandidos os conceitos de mente estendida, cognição corpórea e linguagem como um sistema autopoiético especificamente na teoria enativa; e por fim serão apresentados modelos da perspectiva sistemas complexos sobre a linguagem emergente e sobre a mente estendida como processos semióticos em um coletivo de agentes a partir do trabalho de Luc Steels.
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    Análise de formas de linguagem em sistemas complexos a base de multiagente
    (UFVJM, 2018) Coelho, Sophia Andrade; Carvalho, Leonardo Lana de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Leonardo Lana de; Cintra, Marcos Rogério; Assis, Luciana Pereira de
    Sistemas a base de Multiagente (SMA) são formados por unidades autônomas de processamento de informação (agentes), munidos de arquitetura que lhes permite interação com seus semelhantes e seu ambiente ao longo do tempo. Tais sistemas podem ser desenvolvidos para o estudo de formas emergentes de linguagem e de inteligência entre esses agentes. Por meio de tais modelos, no qual as variáveis relacionadas à comunicação podem ser mais precisamente aferidas e controladas, pode-se estudar a origem e as interferências a respeito da linguagem natural, os fatores que a influenciam, bem como o que a própria linguagem é capaz de influenciar. A linguagem é um dos fatores necessários para a abstração e inteligência, e o estudo de sua emergência pode ser a peça chave para o contínuo desenvolvimento de mentes artificiais. As formas de interação e linguagem a emergir entre tais agentes beneficiam as capacidades de representação, e a comunicação pode ser o ponto de partida para que os agentes desenvolvam e compartilhem conceituações do mundo, possibilitando o desenvolvimento de níveis cognitivos elevados. Esta dissertação tem como objetivo geral defender que a semântica artificial existe e pode ser teoricamente sustentada a partir do pragmatismo e da teoria da enação, compreendendo o fenômeno da linguagem como um sistema complexo e dinâmico emergido entre tais agentes. Os objetivos específicos incluem uma análise e exposição das contribuições de diversos campos das Ciências Cognitivas, de forma a apontar a modelagem e simulação Multiagente como método capaz de rever, aprimorar e desenvolver teorias por um método passível de verificação. Como metodologia deste trabalho, adotou-se a revisão bibliográfica por meio de análises, estudos e revisões de periódicos, artigos, trabalhos e livros que abordaram interações complexas entre agentes, emergência da linguagem, semiótica de Peirce e conceitos de linguística cognitiva. Os resultados indicam que, compreendendo a linguagem como um sistema de relação simbólica a partir do pragmatismo de Peirce e do método analítico, os SMA são capazes de gerar formas de linguagem e consequentemente abstração e inteligência. Assim, a linguagem é abordada como um sistema complexo e multicausal que pode ser mais bem compreendido por meio de modelagens computacionais baseadas em sistemas complexos. A competência dos agentes de transformar o meio torna-os ativos na criação de formas próprias e genuínas de linguagem e nas mudanças de seu próprio sistema, formando um grupo funcional e inteligente. Conclui-se, com base na Linguística Cognitiva e no pragmatismo, que a partir dos processos de interação a semântica artificial existe, à medida que pode-se gerar artificialmente jogos de linguagem e usos emergentes de signos como formas autônomas de representações de alto nível.