Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Efeitos da administração de ácido húmico sobre a progressão da periodontite e estresse oxidativo em ratos Wistar com doença periodontal induzida por ligadura(UFVJM, 2023) Tavares, Hugo Giordano; Andrade, Eric Francelino; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Andrade, Eric Francelino; Pereira, Luciano José; Orlando, Débora RibeiroA periodontite é uma doença inflamatória dos tecidos de suporte dos dentes de etiologia bacteriana que resulta na destruição progressiva do ligamento periodontal e osso alveolar, podendo promover alterações no estado redox nos tecidos periodontais e sistemicamente sendo observado aumento na quantidade de espécies reativas de oxigênio (EROs) em relação à capacidade antioxidante, ocasionando o desequilíbrio redox. A periodontite representa um importante problema de saúde pública e provoca danos à saúde oral e sistêmica. O seu tratamento envolve a remoção do biofilme por profilaxia, raspagem e alisamento radicular, remoção cirúrgica do tecido afetado e alguns casos medicações adjuvantes. A literatura têm investigado os efeitos de agentes capazes de atenuar a progressão da periodontite com menores efeitos colaterais, agindo principalmente na modulação da resposta inflamatória/imunológica do hospedeiro. O ácido húmico (AH) é um agente que tem se mostrado eficaz no tratamento de diversas doenças/alterações principalmente por sua ação anti-inflamatória, antioxidante e antimicrobiana. Portanto objetivou-se com o presente estudo avaliar os efeitos da administração oral de diferentes doses de AH a partir de vermicomposto sobre o status redox e parâmetros relacionados à progressão da doença periodontal em ratos. Para isso foi conduzido um estudo experimental com cinquenta e quatro ratos Wistar adultos machos que foram distribuídos em seis grupos experimentais (1 -controle; 2- DP; 3 - DP + 40 mg/kg de AH; 4 - DP + 80 mg/kg de AH; 5 - DP + 160 mg/kg de AH; 6 - DP + 320 mg/kg de AH). O AH foi administrado por gavagem durante 28 dias e a DP foi induzida por ligadura nos primeiros molares mandibulares no 14º dia de tratamento. Após eutanásia foi analisada a perda óssea alveolar, o estresse oxidativo em gengiva e eritrócitos, a capacidade antioxidante total (TAC) pelo Ferric Reduncing Antioxidant Power (FRAP), os níveis de malondialdeído (MDA) pelas substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), superóxido dismutase (SOD), proteína carbonilada (PC), os níveis séricos de alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e creatinina. Os animais tratados com (AH) apresentaram menor perda óssea na dose de 80 mg/kg em comparação aos com DP não tratados (p < 0,05). Os animais tratados com AH nas doses superiores à 80 mg/kg apresentaram melhorias nos parâmetros de status redox locais e sistêmicos em comparação aos do grupo DP (P < 0.05). O tratamento com AH reduziu os níveis séricos de creatinina (nas doses de 80 e 160 mg/kg) e AST (nas doses de 40 e 80 mg/kg) em comparação aos do grupo DP (p < 0,05). Em conclusão o tratamento com AH atenuou a perda óssea alveolar e melhorou nos parâmetros de estresse oxidativo locais e sistêmicos em ratos com DP induzida por ligadura.Item Efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade sobre a progressão da periodontite e parâmetros comportamentais em ratos Wistar com doença periodontal induzida por ligadura(UFVJM, 2023) Pereira, Ramona Ramalho de Souza; Andrade, Eric Francelino; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Andrade, Eric Francelino; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Pereira, Wagner de Fátima; Moura, Rodrigo Ferreira deA periodontite é uma doença inflamatória crônica que afeta os tecidos de suporte dos dentes, resultando na destruição progressiva do osso alveolar e do ligamento periodontal. Essa condição tem efeitos sistêmicos, levando potencialmente ao aumento de doenças metabólicas, comprometimento cognitivo e aumento da ansiedade. Nesse contexto, o exercício físico tem se mostrado uma estratégia não farmacológica relevante para a redução dos impactos negativos da periodontite. O exercício físico tem a capacidade de regular a inflamação local e sistêmica, além de reduzir o risco de infecções. Uma forma alternativa de exercício que atraiu interesse entre os pesquisadores é o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT). O HIIT tem sido considerado uma estratégia eficiente de tempo para a prática de exercícios. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do Treinamento Intervalado de Alta Intensidade na progressão da perda óssea alveolar, inflamação sistêmica e parâmetros comportamentais na periodontite induzida por ligadura em ratos Wistar. O estudo utilizou 48 ratos com 90 dias de idade, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: não treinados (NT), não treinados com doença periodontal (DP), treinamento intervalado de alta intensidade com doença periodontal (HIIT-PD) e alta -treinamento intervalado de intensidade (HIIT). Os animais foram familiarizados com uma corrida em esteira por 1 semana e realizaram um teste de capacidade aeróbia máxima (VO2max) antes do treinamento. O protocolo de treinamento físico consistiu em sessões diárias de um HIIT em esteira consistindo de um aquecimento de 3 minutos, seguido de 6 sessões de corrida a 90-100 VO2max, intercaladas por 2 minutos de intervalos de recuperação passiva e 3 minutos desaquecimento, totalizando 22 minutos de sessão de exercício por dia, 5 dias/semana, durante oito semanas. Na sexta semana do protocolo experimental, os ratos dos grupos DP e HIIT-DP foram submetidos à indução da doença periodontal por meio da colocação de ligadura nos primeiros molares inferiores bilateralmente. Após o treinamento, os animais realizaram testes comportamentais para avaliar o comportamento de ansiedade e a capacidade de memória. Análises sanguíneas (ELISA), análises morfométricas, microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia de energia dispersiva (EDS) foram realizadas nas mandíbulas dos animais. Os resultados demonstraram que a periodontite causou efeitos prejudiciais na perda óssea alveolar e o HIIT reduziu parcialmente a perda óssea induzida pela periodontite. O grupo HIIT-DP exibiu menos danos na superfície do dente em comparação com o grupo DP. Dados de inflamação sistêmica revelaram que o grupo DP apresentou menor concentração da citocina IL-10 e maior concentração de TNF-α em relação aos demais grupos. Um aumento nas relações TNF-α/IL-10 e IL-1β/IL-10 também foi observado no grupo DP. Os dados dos testes comportamentais revelaram que o grupo DP exibiu maior comportamento de ansiedade e pior desempenho de memória em comparação com os outros grupos, enquanto o grupo HIIT apresentou melhorias nesses testes. Esses resultados sugerem que a periodontite aumenta o comportamento de ansiedade, piora a memória e aumenta a inflamação sistêmica, enquanto o treinamento HIIT abole parcial ou totalmente esses efeitos negativos da periodontite. Assim, o exercício físico, especialmente o HIIT, pode desempenhar um papel importante no controle dos efeitos negativos da periodontite, tanto local quanto sistemicamente.Item Associação da atividade física habitual com desenvolvimento infantil, biomarcadores do balanço redox e citocinas em pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade: estudos exploratórios(UFVJM, 2023) Viegas, Ângela Alves; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)O desenvolvimento infantil na fase pré-escolar é marcado pelo ganho de novas habilidades motoras e cognitivas, além do amadurecimento de sistemas biológicos como o sistema antioxidante. A atividade física habitual (AFH) pode impactar o desenvolvimento de habilidades motoras grossas e cognitivas durante a infância. Entretanto essas relações permanecem mal compreendidas na fase pré-escolar, especialmente na presença de excesso de peso. Além disso, ainda não foi explorada a relação entre AFH, balanço redox e citocinas em pré-escolares. Dessa forma, os objetivos deste estudo foram: 1) investigar se o nível de AFH e a função cognitiva global podem predizer habilidades motoras grossas em pré-escolares e verificar seus possíveis mediadores; 2) investigar a associação das funções executivas com as habilidades motoras em pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade; 3) avaliar o balanço redox e citocinas de pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade, e sua associação com a AFH em uma análise multivariada. Foram realizados duas coletas de dados com crianças matriculadas na rede pública de ensino (amostra 1: 166 pré-escolares; amostra 2: 50 pré-escolares, dos quais 25 com sobrepeso/obesidade pareados com 25 eutróficos pela idade, gênero, nível econômico, e escolaridade materna). A AFH foi avaliada de acordo com o tempo que a criança passa ao ar livre (amostra 1) e por acelerometria (amostra 2). As habilidades motoras foram avaliadas por meio do teste de desenvolvimento motor grosso (TGMD-2), enquanto a função cognitiva global foi avaliada pelo Mini-Mental para Crianças (MMC). As funções executivas foram avaliadas com os testes Stroop Dia-Noite, Marshmallow, Fluência Verbal (FV) e Torre de Hanói (TH). O balanço redox foi determinado pela capacidade antioxidante total (TAC), atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), e pelas concentrações de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). As citocinas avaliadas foram os receptores solúveis de TNF (sTNFRs) e leptina. Foi utilizado o teste t para amostras independentes, qui-quadrado e correlação bivariada para verificar as associações. Em seguida foi realizada análise de regressão logística múltipla e de mediação (objetivo 1); regressão linear múltipla (objetivo 2); e regressão de mínimo quadrado parcial (objetivo 3). Pré-escolares pouco ativos (tempo ao ar livre < 60 min por dia), função cognitiva abaixo da média por idade e meninas foram mais propensos a ter desempenho motor grosso abaixo do esperado. Mas a AFH não mediou nenhuma das variáveis. Pré-escolares com sobrepeso/obesidade apresentaram pior desempenho de habilidades de locomoção comparado aos eutróficos com mesmo nível de AFH, mas diferentes padrões diários de HPA esporádicas de curta duração. Com relação às funções executivas, os resultados mostraram uma associação negativa de VF (número de erros) e TH (quebra de regra) com controle de objeto e com o quociente motor grosso apenas nos pré-escolares com sobrepeso/obesidade. Além disso, pré-escolares com sobrepeso/obesidade tiveram níveis mais altos de TAC e de TBARS, mais baixa atividade da CAT, e maior concentração de sTNFRs e leptina comparado com seus pares eutróficos. O padrão multivariado de intensidade de AFH revelou mais forte associação de faixas de intensidade vigorosa com a antioxidação e anti-inflamação em pré-escolares com sobrepeso/obesidade. Nos eutróficos, a associação com AFH foi na direção de menor antioxidação e maior inflamação, mas as faixas de intensidade mais importantes no padrão multivariado de AFH foram de intensidade leve a moderada. Embora não seja possível afirmar causalidade, os resultados sugerem que AFH durante o tempo ao ar livre pode prevenir o atraso nas habilidades motoras grossas em pré-escolares majoritariamente eutróficos. A função cognitiva global também poderia prevenir este atraso, entretanto as funções executivas podem ser mais importantes para as habilidades de controle de objetos apenas nas crianças com excesso de peso. Além disso, AFH em faixas de intensidade vigorosa pode exercer efeitos antioxidantes e antiinflamatórios somente em pré-escolares com sobrepeso/obesidade.Item Avaliação do extrato etanólico de Anadenanthera colubrina na modulação da resposta imune na encefalomielite autoimune experimental(UFVJM, 2023) Ramos, Karla Antunes; Alves, Caio César de Souza; Carli, Alessandra de Paula; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)A Esclerose Múltipla é uma doença autoimune que afeta mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo, e caracteriza-se por apresentar inflamação crônica desmielinizante do sistema nervoso central. A Anadenanthera colubrina é uma planta estudada por sua atividade antiinflamatória. Apesar deste potencial ser conhecido, não se tem estudos da sua ação diante da esclerose múltipla. Embora existam opções de tratamento disponíveis para pacientes com esclerose múltipla, estas não são capazes de reverter a doença, além disso, os efeitos colaterais dos fármacos existentes, associados a um custo elevado do tratamento tornam relevante a pesquisa de novas substâncias com potencial para serem aplicadas no tratamento da esclerose múltipla. Diante desse cenário, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do extrato etanólico de Anadenanthera colubrina (EtAc) na modulação da resposta imune no modelo de encefalomielite autoimune experimental. O modelo foi desenvolvido em camundongos fêmeas C57BL/6 através da aplicação da MOG35-55. No 15° dia após a MOG35-55 o tratamento foi iniciado com o EtAc por gavagem por um período de seis dias, avaliando o score clínico e o peso de todos os animais diariamente. No 21° dia após a indução, os animais foram eutanasiados para a coleta de cérebro, medula espinhal, baço e linfonodo. A concentração de IL-1β, IL-6, IL10, IL-12, TNF, IFN-γ em macerados de cérebro e medula espinhal foram determinados por ELISA. A quantidade de células mononucleares isoladas do cérebro, medula espinhal, linfonodo e baço expressando marcadores de superfície (CD4+ , CD8 + CD11+ c) e produzindo citocinas CD4+ IL-17, CD4+ IFN-γ ou fator de transcrição CD4+Foxp3+ IL-10 foram determinadas por citometria de fluxo. As análises histológicas de cérebro e medula espinhal foram realizadas por coloração de Hematoxilina e Eosina para a observação de infiltrados celulares inflamatórios e luxol fast blue para observação da desmielinização. Os resultados indicam que o EtAc melhora os sinais clínicos da EAE, o que pode ser correlacionado com a redução observada na produção de citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6, IL-12, TNF, IFN-γ. Além disso, o tratamento com EtAc aumentou a liberação de citocina anti-inflamatória IL10 no cérebro e isto pode ser correlacionado com a redução de células CD4+ produtoras de IL-17 e IFN-γ, CD8+ e CD11+ c na medula espinhal, cérebro, baço e linfonodo dos animais. Além disso na análise histológica observou-se a redução da desmielinização e infiltrados celulares inflamatórios no SNC. Desta forma, os dados indicam um papel supressor significativo do processo inflamatório promovido pelo EtAc no modelo EAE e possivelmente na EM.Item Os efeitos do treinamento de força sobre o comportamento ansioso, biomarcadores inflamatórios e morfologia do hipocampo em ratos submetidos à doses suprafisiológicas de esteroide anabólico androgênico(UFVJM, 2022) Oliveira, Lucas Renan Sena de; Cassilhas, Ricardo Cardoso; Sousa, Ricardo Augusto Leoni de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cassilhas, Ricardo Cardoso; Honorato Sampaio, Kinulpe; Machado, Frederico Sander MansurIntrodução: Os esteroides anabólicos androgênicos (EAA) são derivados sintéticos do hormônio masculino testosterona que exercem efeitos androgênicos (masculinização) e anabólicos (construção muscular). Os EAA foram criados para o uso terapêutico em diversas condições fisiopatológicas. Entretanto, começaram a se popularizar tanto para fins de melhoria do desempenho atlético que abrange aumento da massa muscular, diminuição da gordura corporal e quanto para objetivos estéticos. Dentre os efeitos colaterais pode-se destacar hipogonadismo, complicações no sistema cardiovascular, problemas hepáticos e renais, além de diversas complicações psicológicas. Paralelamente aos efeitos prejudiciais causados pelos abusos em altas doses dos EAA, o exercício físico mostrou ser eficaz em melhorar processos fisiopatológicos, tanto físicos quanto mentais dos abusos dos EAA. Portanto, é necessário entender se o treinamento de força (TF), poderia se opor aos efeitos prejudiciais para a saúde causados pelo EAA decanoato de nandrolona (DECA). Objetivo: Investigar os benefícios protetores do TF no comportamento ansioso, biomarcadores inflamatórios musculares e morfologia de neurônios do hipocampo de ratos submetidos a doses suprafisiológicas de DECA. Materiais e Métodos: Os animais foram distribuídos em quatro grupos (N= 12 por grupo): A) SED/Salina; B) SED/DECA; C) Exe/Salina e D) Exe/DECA. O EAA DECA foi administrado em doses suprafisiológicas. A dose usada nos animais foi de 15 mg/kg ao dia, por 8 semanas (5 dias por semana). O TF foi realizado em escada adaptada concomitantemente com as aplicações da DECA e consistiu em 40 dias de treinamento (8 semanas). Após as 8 semanas de intervenção experimental, os animais foram submetidos a testes de carga máxima, avaliação da composição corporal, teste de campo aberto, seguida de pesagem dos tecidos, análise dos biomarcadores inflamatórios e morfologia dos neurônios do hipocampo. Resultados: O TF induziu incremento da carga de trabalho em ambos os grupos treinados, porém o grupo que tiveram a associação do DECA e TF esse incremento foi ainda maior. Vimos que o uso do DECA sozinho não levou incremento da força. Avaliamos a massa corporal total e observamos uma diminuição significativa em gramas dos dois grupos que utilizaram o DECA em relação ao grupo SED/Salina. Quando avaliamos a gordura corporal total, observamos diminuição significativa dos grupos Exe/Salina e Exe/DECA em comparação ao grupo SED/Salina. No percentual de gordura também encontramos diminuição dos grupos SED/DECA, Exe/Salina e Exe/DECA em comparação ao grupo SED/Salina. No teste de campo aberto, observamos aumento do comportamento ansioso no grupo SED/DECA em relação aos outros grupos experimentais, indicando que o TF evitou esse efeito ansiogênico. Avaliamos os níveis de biomarcadores inflamatórios no músculo sóleo e observamos aumento nos níveis de Il-10 do grupo Exe/Salina em comparação aos grupos SED/Salina, SED/DECA e Exe/DECA. Além disso, vimos um aumento nos níveis de TNF-α no grupo SED/DECA em relação aos grupos SED/Salina, Exe/Salina e Exe/DECA. Observamos aumento nos níveis de Il-6 do grupo Exe/salina em comparação ao grupo SED/DECA. Observamos aumento significativo da espessura da camada de neurônios granulares do DG do grupo Exe/Salina em comparação aos grupos SED/Salina e grupo Exe/DECA em comparação ao grupo SED/DECA. Conclusão: O uso do DECA em doses suprafisiológicas induziu diversos prejuízos à saúde, causando aumento do comportamento ansioso, alterações em biomarcadores inflamatórios e mudança na anatomia do hipocampo. Em paralelo aos efeitos prejudiciais do DECA, observamos que 8 semanas de TF protegeu os animais contra os efeitos deletérios desse EAA, levando à melhoria do comportamento ansioso, impedindo o aumento de biomarcadores inflamatórios e induzindo um aumento na espessura da camada celular dos neurônios do DG do hipocampo, além de promover aumento do músculo esquelético e da força muscular.Item Efeitos da terapia com fotobiomodulação sobre a via de sinalização da insulina e mecanismos subjacentes, nas células musculoesqueléticas, em modelos de obesidade in vivo e in vitro(UFVJM, 2022) Silva, Gabriela; Magalhães, Flávio de Castro; Amorim, Fabiano Trigueiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Magalhães, Flávio de Castro; Amorim, Fabiano Trigueiro; Rocha Vieira, Etel; Branco, Renato Chaves Souto; Fernandes, Kristianne Porta SantosA epidemia global da obesidade é um problema crescente e diversas doenças estão associadas a ela, como o diabetes mellitus do tipo 2 (DM2). O DM2 é caracterizado por resistência à insulina (RI). Em estudos anteriores observamos que a fotobiomodulação (PBM - photobiomodulation) melhorou a sinalização da insulina em adipócitos de camundongos alimentados com dieta hiperlipídica. Diante disso, o objetivo deste estudo foi investigar se a PBM também melhora a sinalização da insulina em células musculoesqueléticas e os mecanismos envolvidos. No primeiro experimento, camundongos (Swiss albino) machos receberam dieta controle pobre em gordura (LFC - low-fat control) ou dieta rica em gordura (HFD - high-fat diet) por 12 semanas. Da 9ª a 12ª semana, receberam tratamento SHAM ou PBM (630 ± 20 nm; 780 mW/cm²; 31,2 J/cm²; 60 J) sendo subdivididos em: LFC-SHAM (n = 8), LFC-PBM (n = 8), HFD-SHAM (n = 9) e HFD-PBM (n = 9). A PBM foi aplicada em 5 pontos: centro do abdômen e membros superiores e inferiores, 1 vez ao dia, 5 dias por semana, durante 4 semanas. A PBM reverteu a deficiência da fosforilação da proteína quinase B (PKB/Akt) na serina 473 (ser473) e inibiu o aumento do conteúdo de β-L-hidroxiacil-CoA desidrogenase (HADH) e de mitofusina-2, induzidos pela HFD no quadríceps. No segundo experimento, mioblastos de camundongos (C2C12), após diferenciação, foram cultivados em meio high glucose apenas, controle (CTRL), ou contendo ácido palmítico (PAL), oleato de sódio e L-carnitina para indução da RI. Depois, receberam tratamento SHAM ou PBM (660 e 850 nm; 9,16 e 19,71 mW/cm²; 2 ou 4 ou 8 J/cm²; 24,4 ou 52,4 ou 76,8 J) aplicado 1 vez. A PBM, nas doses de 4 ou 8 J/cm², reverteu a deficiência da fosforilação da Akt (ser473) e da atividade máxima da citrato sintase e o aumento da fosforilação da c-Jun NH(2) terminal quinase (JNK) (thr183/tyr185), induzidos pelo ácido palmítico. Além disso, nas doses de 2, 4 ou 8 J/cm², a PBM reverteu o aumento do conteúdo de mitofusina-2 e da atividade da superóxido dismutase (SOD), induzidos pelo ácido palmítico. Em conclusão, a PBM melhorou a sinalização da insulina nas células musculoesqueléticas, in vivo e in vitro, e esse efeito parece envolver a modulação do estado redox e da função mitocondrial, além da atenuação da ativação de quinases de estresse.Item Investigação de propriedades anti-inflamatórias do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) em células mononucleares do sangue periférico humano(UFVJM, 2022) Santos, Edivania Cordeiro dos; Esteves, Elizabethe Adriana; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Rocha Vieira, Etel; Moreno, Lauane GomesO óleo de pequi (OP) é rico em nutrientes e compostos bioativos, especialmente ácido oleico, carotenoides e compostos fenólicos que, isoladamente, apresentam efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios em sistemas biológicos, indicando um potencial funcional para esse alimento. Entretanto investigações com o OP em células do sistema imunológico humano, ainda são escassas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar efeitos anti-inflamatórios do OP em culturas de células mononucleares do sangue periférico humano (PBMC). Previamente, o perfil de ácidos graxos, o conteúdo de carotenoides e fenólicos totais foram determinados. Em seguida, a atividade antioxidante foi determinada pelos testes de captura do radical ABTS, capacidade antioxidante por varredura do radical DPPH e capacidade redutora do ferro. Por fim, utilizou-se culturas de PBMC obtidas a partir do sangue periférico de indivíduos adultos, hígidos e de ambos os sexos para os experimentos com células humanas. O OP foi testado em concentrações que variaram de 1 μg/mL a 1000 μg/mL. Previamente, avaliou-se a emissão de fluorescência interferente e a viabilidade celular. A proliferação de linfócitos e das subpopulações celulares CD4+ e CD8+ foi avaliada em culturas de 120 horas estimuladas pela fitohemaglutinina (PHA). As concentrações de interferon-γ (IFN-γ), interleucina (IL)-17, IL-2, IL-4, IL-10 e IL-6 foram determinadas em culturas de 4 horas. O OP apresentou alto conteúdo de ácido oleico, carotenoides e compostos fenólicos e demonstrou atividade antioxidante em todos os testes utilizados. O OP não induziu emissão de fluorescência interferente e não reduziu a viabilidade dos linfócitos. A concentração de 400 μg/mL de OP reduziu o índice de proliferação de linfócitos (p <0,05). Na concentração de 200 μg/mL, o OP reduziu o índice de proliferação de linfócitos e a subpopulação CD8+ (p <0,05), e reduziu as concentrações de IL-17, a IL-2 e de IL-4 (p <0,05). Portanto, o OP apresentou atividade antioxidante in vitro e potencial anti-inflamatório em culturas de PBMC já que reduziu a proliferação de linfócitos e a produção de mediadores pró-inflamatórios. É provável que o ácido oleico, carotenoides e fenólicos, sejam determinantes, pelo menos em parte, desses efeitos.Item Efeito da imersão em água fria na recuperação diária e função de neutrófilos de atletas do sexo masculino durante período de treinamento intensificado(UFVJM, 2021) Ottone, Vinicius de Oliveira; Rocha Vieira, Etel; Amorim, Fabiano Trigueiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Amorim, Fabiano Trigueiro; Motta Santos, Daisy; Matos, Mariana Aguiar de; Pinto, Kelerson Mauro de Castro; Peixoto, Marco Fabrício DiasEsta tese investigou o efeito diário da recuperação por imersão em água fria (IAF) dos membros inferiores nas respostas dos neutrófilos ao exercício durante um período de treinamento intensificado. Vinte e um indivíduos adultos do sexo masculino, treinados e saudáveis, passaram por um protocolo de treinamento de 11 dias com recuperação limitada entre as sessões de exercício. Os voluntários foram alocados no grupo de recuperação por imersão em água fria ou controle, pelo teste de desempenho e idade. O treinamento foi dividido em 2 blocos de 5 dias de treinamento diário com 1 dia de recuperação entre eles e incremento da intensidade de treinamento no 2º bloco. Após cada sessão diária de exercício os indivíduos do grupo IAF passaram por recuperação por imersão dos membros inferiores em água fria (10ºC, 15 min). Indicadores fisiológicos de recuperação foram monitorados de forma contínua durante o período de treinamento. Amostras de sangue foram coletadas por punção venosa na primeira e última sessões de treinamento para avaliação de marcadores de dano muscular, perfil leucocitário e função dos neutrófilos. O período de treinamento intensificado levou ao aparecimento de sinais de overreaching, incluindo resposta autonômica e metabólica prejudicadas ao exercício. A recuperação por IAF atuou de forma ambígua sobre indicadores fisiológicos de recuperação. A IAF retardou a queda da frequência cardíaca durante a realização do 3° e 4° dias do treinamento, atenuou a queda do desempenho do 2° dia de treino e do aumento dos marcadores de dano muscular de forma aguda e diminuiu a dor percebida dos membros inferiores e, também, melhorou a resposta autonômica cardíaca ao fim do treinamento. No entanto, a IAF prejudicou a qualidade de sono e não alterou a fadiga percebida e, no decorrer do treinamento intensificado, não contribuiu para a manutenção ou melhora do desempenho físico. Por fim, o treinamento intensificado levou, inicialmente, à supressão temporária da função dos neutrófilos, e ao final do período de treinamento observamos respostas destas células relacionadas ao feedback positivo para reparo/regeneração do tecido muscular exercitado. De forma negativa, a IAF promoveu atraso na ativação dos neutrófilos em resposta ao treinamento. Apesar de alguns efeitos positivos, os efeitos limitados e/ou desfavoráveis da IAF no desempenho, na qualidade do sono e na resposta dos neutrófilos ao exercício sinalizam a necessidade de cuidado no uso diário deste método de recuperação para atletas durante o período de treinamento intensificado.Item Influência do tratamento com o diurético furosemida nas alterações biométricas, histológicas e nas respostas inflamatória, diurética e de proteinúria, em ratos com nefropatia induzida pela doxorrubicina(UFVJM, 2021) Amaral, Bianca Lara Silva; Pereira, Wagner de Fátima; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Wagner de Fátima; Esteves, Elizabethe Adriana; Santos, Sandro Luiz Barbosa dosA síndrome nefrótica (SN) é uma nefropatia caracterizada por proteinúria maciça, hipoalbuminemia, edema generalizado e hiperlipidemia e pode ser de origem primária (idiopática) ou secundária. Em pacientes que apresentam edema devido à nefropatia, o diurético furosemida é um dos mais utilizados. Além disso, o possível papel da furosemida na resposta imunológica vem sendo cada vez mais estudado. Assim, a finalidade do presente estudo foi avaliar a influência do tratamento com o diurético furosemida em alterações biométricas, histológicas e nas respostas inflamatória, diurética e de proteinúria, de ratos com nefropatia induzida pela doxorrubicina (CEUA/UFVJM #001/2019). Foram utilizados 18 ratos Wistar machos, com peso médio de 180 gramas no início do experimento. Os animais foram divididos em 3 grupos experimentais: CONTROL – Grupo Controle Negativo (sem nefropatia e sem tratamento) (n=6). DOXO – Grupo Controle Positivo (com nefropatia e sem tratamento) (n=6). DOXO-F – Grupo Teste (com nefropatia e tratamento com Furosemida por via oral) (n=6). Nos dias 0, 7, 14, 21, 28 e 35 foi avaliado o consumo de água e realizada a coleta de urina dos animais para posteriores análises. No dia 37, todos os animais foram eutanasiados e coletou-se sangue, baço e rim para análises. Os animais do grupo DOXO-F apresentaram proteinúria, maior relação diurese/consumo de água 24h, aumento da massa esplênica, menor peso corporal, além de apresentar diminuição do número de glomérulos em relação ao grupo CONTROL Com relação à resposta imunológica, ocorreu maior leucometria devido ao aumento de neutrófilos, diminuição de TNF-α, aumento de TGF-β, aumento de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e proteína carbonilada, assim como de FRAP (Ferric- reducing ability of plasma), Superóxido Dismutase e Catalase. Estes resultados sugerem uma possível atuação da furosemida na tentativa de solucionar o processo inflamatório local, induzindo como consequência, um aumento da fibrose no tecido renal.Item Indução do emagrecimento pela restrição calórica com dieta hiperlipídica e seus efeitos na inflamação do tecido adiposo de camundongos obesos(UFVJM, 2018) Neves, Nilma Nayara; Esteves, Elizabethe Adriana; Magalhães, Flávio de Castro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Magalhães, Flávio de Castro; Melo, Gustavo Eustáquio Alvim Brito de; Santos, Carina de SousaO acúmulo excessivo de triglicerídeos nos adipócitos leva à produção e secreção alterada de adipocinas e citocinas, além de desregulação na infiltração de células do sistema imune, o que contribui para a inflamação crônica de baixo grau. A restrição calórica (RC) com dietas balanceadas é amplamente utilizada para induzir perda de gordura corporal, sendo os lipídeos dietéticos impactantes nos efeitos pró-inflamatórios. Entretanto, não existe um consenso sobre efeitos diretos da RC com dieta hiperlipidica, no tecido adiposo obeso, especialmente na inflamação. O objetivo deste estudo foi investigar efeitos da RC com dieta hiperlipídica na inflamação do tecido adiposo visceral de camundongos obesos. Foram utilizados 52 camundongos C57BL/6 machos. Inicialmente, os animais foram divididos em dois grupos que receberam dieta controle (10% do conteúdo energético em lipideos – C; n=16) e dieta obesogênica (60% do conteudo energético em lipídeos – Ob; n=36). Após oito semanas (Fase de indução da obesidade), seis animais de cada grupo foram eutanasiados para avaliação da adiposidade visceral e estado inflamatório. Em seguida, os animais Ob foram divididos em três grupos (n=10): Ob - continuaram recebendo dieta Ob, ObS – submetidos ao emagrecimento pela substituição da dieta Ob pela C e acesso livre e ObR - submetidos ao emagrecimento por receberem quantidades restritas em calorias da dieta Ob para atingirem a mesma massa corporal dos animais ObS, o que perdurou por mais sete semanas (Fase de emagrecimento). Foram analisados marcadores relacionados à composição corporal, metabolismo, inflamação sistêmica e do tecido adiposo epididimal. Os animais do grupo Ob tornaram-se obesos e inflamados. Ao final da fase de emagrecimento, a RC com dieta hiperlipídica resultou em massas corporais e Índices de Lee semelhantes entre os grupos C e ObS, sendo os três grupos inferiores ao Ob (p<0,05). Entretanto, e eficiência energética para o grupo ObR foi maior o que refletiu em menor perda de massa corporal para esses animais em comparação aos ObS (p<0,05), mesmo ingerido a mesma quantidade de calorias. O grupo ObR também apresentou maior Índice de adiposidade visceral em comparação ao ObS ou C e inferior ao Ob (p<0,05). A RC com dieta hiperlipídica não foi capaz de reduzir as concentrações de leptina e adiponectina do tecido adiposo epididmal em comparação ao grupo Ob, mas reduziu os infiltrados de células inflamatórias de forma semelhante ao grupo C. Além disso, reduziu a frequência de adipócitos hipertrofiados a valores intermediários entre os grupos Ob e C. Em consonância, as concentrações das citocinas IL-6, TNF, IFN-γ e da quimiocina MCP-1 neste tecido foram reduzidas em relação ao grupo Ob (p<0,05), mas não se igualaram ao grupo C. As concentrações de IL-12p70 e IL-10 não foram alteradas. A tolerância intraperitoneal a insulina foi reduzida a valores basais pela RC com dieta hiperlipídica (p<0,05), embora a tolerância oral a glicose tenha se mantido semelhante ao grupo Ob. Houve redução das concentrações serica e hepática de PCR e dos lipídeos hepáticos a valores intermediários aos grupos Ob e C (p<0,05). A RC com dieta hiperlipídica promoveu emagrecimento, mas foi menos eficiente em promover perda de gordura visceral. Assim, houve atenuação do estado pró-inflamatório tecidual e sistêmico, com ligeira melhora na homeostase da glicose. É provável que, mesmo com RC, efeitos deletérios advindos da sobrecarga lipídica e de ácidos graxos saturados tenham sido os principais determinantes dos desfechos observados.