Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item O aluno surdo na escola regular: um olhar sob o viés da inclusão(UFVJM, 2017) Fernandes, Maraísa Kíssila Oliveira; Ferreira, Adriana Assis; Ramalho, Mara Lúcia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ferreira, Adriana Assis; Ramalho, Mara Lúcia; Ramalho, Maria Nailde Martins; Ferreira, Bárbara Carvalho FerreiraNo atual contexto, a legislação brasileira tem procurado proteger e garantir uma educação inclusiva, para que todos os alunos, independente de diferenças, tenham acesso à educação de qualidade, porém, a prática cotidiana nem sempre se desenvolve como o estabelecido nas políticas públicas. Apesar do crescimento da educação inclusiva e do „reconhecimento‟ da cultura surda e de amparos legais, estudos apontam a ocorrência do fracasso escolar de alunos surdos. Esta pesquisa teve como foco a inclusão escolar de alunos surdos, com o objetivo de analisar se e como tal processo ocorre em uma escola pública da cidade de Diamantina. Tendo em vista tal questionamento, apresentou como objetivos específicos: (i) averiguar se e como a inclusão de surdos se dá na escola; (ii) identificar como a inclusão tem sido tratada nos documentos da escola que institucionalizam o atendimento a pessoas com deficiência; e (iii) desvelar o diálogo existente entre os documentos orientadores da ação inclusiva dos docentes na escola e a organização de práticas pedagógicas. Para responder aos objetivos deste estudo, foi realizada uma pesquisa qualitativa de dados produzidos através de análise documental, observações e entrevista. Posteriormente, foram realizadas a análise de conteúdo dos documentos selecionados da escola pesquisada e a construção de categorias dos dados empíricos produzidos. Foram produzidas seis subcategorias, a partir dos documentos selecionados. Tais subcategorias embasaram a construção de cinco categorias que organizaram as informações e as falas presentes nos materiais de pesquisa (extratos das entrevistas e diários de campo). Dessa forma, foi possível constatar, no que tange à inclusão de alunos surdos na escola pesquisada, além das dificuldades relacionadas à educação inclusiva de modo geral, outros problemas e peculiaridades tais como a falta de formação de profissionais, a dificuldade de aplicação de práticas pedagógicas diferenciadas e a não implantação de ações previstas nos documentos norteadores da escola.Item O processo de alfabetização de surdos nos anos iniciais do ensino fundamental: uma análise sob a perspectiva de professores(UFVJM, 2017) Bomfim, Duanne Antunes; Ferreira, Bárbara Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ferreira, Bárbara Carvalho; Ribeiro, Maria Clara Maciel de Araújo; Santos, Pedro Perini Frizzera da Mota; Braga, Elayne de MouraConsiderando (a) os desafios da formação docente (inicial, continuada e não formal), das estratégias e práticas pedagógicas no processo de alfabetização de alunos surdos na educação inclusiva; (b) o desempenho linguístico insatisfatório dessas crianças, bem como a ausência de uma Política de Educação Bilíngue para surdos nas escolas inclusivas; (c) que a Lei Federal 10.436/2002, que reconhece a Libras - Língua Brasileira de Sinais, estabelece que esta não poderá substituir a modalidade escrita da língua oral do país; (d) e que as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos e o Plano Nacional de Educação de 2014 a 2024 determinam que até o terceiro ano do Ensino Fundamental todas as crianças estejam alfabetizadas, seria imprescindível que as pessoas surdas dominem a leitura compreensiva e escrita da Língua Portuguesa por meio do processo de alfabetização. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo geral analisar, na perspectiva de professores regentes, o processo de alfabetização de alunos surdos matriculados em turmas de 1° ao 3° ano do Ensino Fundamental de escolas de educação inclusiva do ensino regular comum. Esta pesquisa se caracterizou como qualitativa, envolvendo a participação de nove professores, que atuaram com alunos surdos usuários de Língua de Sinais na fase inicial da alfabetização do Ensino Fundamental em escolas localizadas em cidades nos Vales do Jequitinhonha e do Rio Doce, com coleta de dados por meio de entrevistas individuais que foram transcritas na íntegra e posteriomente tratadas, interpretadas e analisadas. No que se refere ao perfil docente, os resultados apontaram que a formação inicial e continuada ainda são insuficientes para subsidiar sua prática na alfabetização de surdos, pois a maioria não domina a Língua de Sinais e desconhece a concepção da educação bilíngue para o ensino de surdos, resultando na dificuldade em planejar atividades específicas em conformidade às necessidades linguísticas e educacionais destes alunos. Outro resultado encontrado foi as variáveis facilitadoras do processo de alfabetização. Nesse sentido, os professores apontaram principalmente a colaboração e o apoio que receberam por meio do intérprete de Língua de Sinais, as reflexões, pesquisas e trocas de experiências por estratégias não formais de apropriação de conhecimento, através de outros professores e pelo uso de meios digitais e impressos de informação, bem como o trabalho desenvolvido com os alunos surdos na sala de recursos multifuncional e pela Educação Infantil com a estimulação, o desenvolvimento linguístico e educativo destes. Já como variáveis dificultadoras foram destacadas a descontinuidade e/ou a ausência de orientação qualificada pela equipe pedagógica da escola, a falta de apoio e acompanhamento das famílias para o desenvolvimento das crianças, o baixo nível de desempenho linguístico apresentado pelos alunos, e ainda a dificuldade de encontrar materiais de ensino específicos para alfabetização de surdos na Língua Portuguesa em turmas de educação inclusiva. Embora tendo pouco conhecimento e não havendo oportunidade de planejar as aulas de forma conjunta com o intérprete de Língua de Sinais ou com outro profissional especializado, os professores têm buscado alternativas para o planejamento e a prática de ensino voltadas para as necessidades dos seus alunos surdos. Conclui-se, portanto, que mesmo havendo fatores dificultadores nesse campo, algumas variáveis facilitadoras podem tornar possível o desenvolvimento do trabalho docente com estes alunos.