Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade sobre a progressão da periodontite e parâmetros comportamentais em ratos Wistar com doença periodontal induzida por ligadura
    (UFVJM, 2023) Pereira, Ramona Ramalho de Souza; Andrade, Eric Francelino; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Andrade, Eric Francelino; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Pereira, Wagner de Fátima; Moura, Rodrigo Ferreira de
    A periodontite é uma doença inflamatória crônica que afeta os tecidos de suporte dos dentes, resultando na destruição progressiva do osso alveolar e do ligamento periodontal. Essa condição tem efeitos sistêmicos, levando potencialmente ao aumento de doenças metabólicas, comprometimento cognitivo e aumento da ansiedade. Nesse contexto, o exercício físico tem se mostrado uma estratégia não farmacológica relevante para a redução dos impactos negativos da periodontite. O exercício físico tem a capacidade de regular a inflamação local e sistêmica, além de reduzir o risco de infecções. Uma forma alternativa de exercício que atraiu interesse entre os pesquisadores é o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT). O HIIT tem sido considerado uma estratégia eficiente de tempo para a prática de exercícios. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do Treinamento Intervalado de Alta Intensidade na progressão da perda óssea alveolar, inflamação sistêmica e parâmetros comportamentais na periodontite induzida por ligadura em ratos Wistar. O estudo utilizou 48 ratos com 90 dias de idade, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: não treinados (NT), não treinados com doença periodontal (DP), treinamento intervalado de alta intensidade com doença periodontal (HIIT-PD) e alta -treinamento intervalado de intensidade (HIIT). Os animais foram familiarizados com uma corrida em esteira por 1 semana e realizaram um teste de capacidade aeróbia máxima (VO2max) antes do treinamento. O protocolo de treinamento físico consistiu em sessões diárias de um HIIT em esteira consistindo de um aquecimento de 3 minutos, seguido de 6 sessões de corrida a 90-100 VO2max, intercaladas por 2 minutos de intervalos de recuperação passiva e 3 minutos desaquecimento, totalizando 22 minutos de sessão de exercício por dia, 5 dias/semana, durante oito semanas. Na sexta semana do protocolo experimental, os ratos dos grupos DP e HIIT-DP foram submetidos à indução da doença periodontal por meio da colocação de ligadura nos primeiros molares inferiores bilateralmente. Após o treinamento, os animais realizaram testes comportamentais para avaliar o comportamento de ansiedade e a capacidade de memória. Análises sanguíneas (ELISA), análises morfométricas, microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia de energia dispersiva (EDS) foram realizadas nas mandíbulas dos animais. Os resultados demonstraram que a periodontite causou efeitos prejudiciais na perda óssea alveolar e o HIIT reduziu parcialmente a perda óssea induzida pela periodontite. O grupo HIIT-DP exibiu menos danos na superfície do dente em comparação com o grupo DP. Dados de inflamação sistêmica revelaram que o grupo DP apresentou menor concentração da citocina IL-10 e maior concentração de TNF-α em relação aos demais grupos. Um aumento nas relações TNF-α/IL-10 e IL-1β/IL-10 também foi observado no grupo DP. Os dados dos testes comportamentais revelaram que o grupo DP exibiu maior comportamento de ansiedade e pior desempenho de memória em comparação com os outros grupos, enquanto o grupo HIIT apresentou melhorias nesses testes. Esses resultados sugerem que a periodontite aumenta o comportamento de ansiedade, piora a memória e aumenta a inflamação sistêmica, enquanto o treinamento HIIT abole parcial ou totalmente esses efeitos negativos da periodontite. Assim, o exercício físico, especialmente o HIIT, pode desempenhar um papel importante no controle dos efeitos negativos da periodontite, tanto local quanto sistemicamente.
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    Treinamento Intervalado de Alta Intensidade com 1 sessão diária (tradicional) versus Treinamento Intervalado de Alta Intensidade 3 sessões diárias (acumulado): efeitos em parâmetros metabólicos em modelo experimental de menopausa
    (UFVJM, 2022) Costa, Bruna Oliveira; Honorato Sampaio, Kinulpe; Dias Peixoto, Marco Fabrício; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Honorato Sampaio, Kinulpe; Dias Peixoto, Marco Fabrício; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Schetino, Luana Pereira Leite
    A menopausa é caracterizada pela perda total dos folículos ovarianos, iniciando-se por volta dos 45-50 anos. A queda na produção dos hormônios sexuais femininos nessa fase pode provocar disfunções cardiovasculares e doenças metabólicas. A prática regular de exercício físico aumenta a longevidade e diminui a taxa de mortalidade/morbidade, prevenindo problemas cardiometabólicos causados pela menopausa. O Treinamento Intervalado de Alta Intensidade e o Treinamento físico realizado com exercícios acumulados (duas ou mais sessões diárias) são modalidades de treinamento físico tempo-eficientes que promovem efeitos positivos em parâmetros cardiometabólicas tais como, redução na pressão arterial, aumento da lipoproteína de alta densidade (HDL) e controle da glicemia. Considerando a ausência de estudos sobre o efeito dessas modalidades de treinamento na menopausa, investigamos e comparamos os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade tradicional, realizado em 1 sessão diária (1xHIIT), versus o treinamento intervalado de alta Intensidade acumulado, realizado em 3 sessões diárias (3xHIIT), sobre parâmetros metabólicos em modelo experimental de menopausa com ratas ovariectomizadas. Foram utilizadas ratas fêmeas Wistar (idade 90 dias), com protocolo de treinamento de 5 dias/semana, durante 8 semanas. Os animais foram divididos em 4 grupos: 1) grupo não-ovariectomizado sedentário (SHAM); 2) grupo ovariectomizado sedentário (OVX); 3) grupo ovariectomizado com treinamento intervalado de alta intensidade realizado com 1 sessão diária (1xHIIT); 4) grupo ovariectomizado com treinamento intervalado de alta intensidade realizado com 3 sessões diárias (3xHIIT). Foram realizadas as seguintes análises: consumo máximo de oxigênio (VO2MÁX), calorimetria indireta em repouso, absorciometria radiológica de dupla energia (DEXA), teste oral de tolerância à glicose (TTOG), teste intraperitoneal de resposta à insulina (TTIP), glicemia em jejum e histologia do tecido adiposo retroperitoneal e do músculo sóleo. Os dados demonstraram que ambas as formas de treinamento promoveram melhorias metabólicas após a ovariectomia, como: redução do ganho de peso corporal, redução da gordura visceral e aumento de massa magra, e preveniram da redução do VO2MÁX, sendo o 3xHIIT superior ao 1xHITT na redução do tamanho dos adipócitos e hipertrofia das fibras musculares. Apesar de não ter sido observada diferença significativa do TTOG e TTIP entre os grupos, o grupo 3xHIIT apresentou diminuição significativa da glicemia em jejum em relação ao grupo OVX. Esses dados mostraram que os protocolos de exercício preveniram os prejuízos metabólicos induzidos pela ovariectomia, indicando que ambas modalidades de treinamento são benéficas contra disfunções metabólicas induzidas pela redução dos hormônios sexuais, semelhante ao observado na menopausa, destacando-se o 3xHIIT.
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    Impacto do treinamento de corrida intervalada versus treinamento contínuo sobre as funções cognitivas e BDNF sérico de Policiais Militares do Estado de Minas Gerais
    (UFVJM, 2018) Lima, Neumir Sales de; Cassilhas, Ricardo Cardoso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cassilhas, Ricardo Cardoso; Leite, Hércules Ribeiro; Machado, Frederico Sander Mansur
    Vários métodos de treinamento vêm se mostrando eficientes ao longo dos anos para produzir melhoras significativas na saúde humana. Já é sabido dos benefícios do Treinamento contínuo de Intensidade Moderada na saúde geral e cerebral, entretanto quanto ao Treinamento Intervalado de Alta intensidade, embora seus efeitos na saúde geral estejam bem consolidados, mas quantos aos efeitos sobre a saúde cerebral pouco ainda se sabe. Objetivo: Analisar os efeitos de dois protocolos de treinamento de corrida, Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) e Treinamento Contínuo de Intensidade Moderada (MICT) nas funções cognitivas e fator de crescimento derivado do cérebro (BDNF) sérico de indivíduos adultos. Metodologia: 25 indivíduos adultos foram distribuídos em dois grupos, (HIIT/ n= 13 e Contínuo/ n=12). O treinamento teve duração de 8 semanas, sendo as seções realizadas 3 vezes por semana, sendo que o grupo HIIT treinou em média entre 15 e 20 minutos e o MICT treinou por 30 minutos. Uma semana antes e após o treinamento, os voluntários foram submetidos a avaliação neuropsicológica e dosagem sérica de BDNF. Resultados: Após 8 semanas, ambos o grupos melhoraram o desempenho nos testes neuropsicológicos (Memória lógica; Números ordem direta e inversa; Números e letras; Semelhanças; Teste de trilhas; e Figura complexa de Rey). Assim como foi observado aumento nos níveis do BDNF sérico. Surpreendentemente, os efeitos neuropsicológicos observados em resposta ao treinamento foram similares para os diferentes protocolos (HIIT x MICT). Conclusões: Os protocolos de corrida HIIT e Contínuo foram eficazmente similares no aperfeiçoamento das funções cognitivas e aumentar os níveis séricos de BDNF de indivíduos adultos.
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    Treinamento intervalado de alta intensidade tradicional versus acumulado em ratos Wistar: efeitos do treinamento e destreinamento sobre fatores de risco para o diabetes Tipo II
    (UFVJM, 2018) Mendes, Bruno Ferreira; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Peixoto, Marco Fabrício Dias; Magalhães, Flávio de Castro; Machado, Frederico Sander Mansur
    O objetivo desse estudo foi comparar os efeitos do treinamento de 8 semanas com o HIIT (High Intensity Interval Training) ou treinamento intervalado de alta intensidade realizado em única sessão diária (HIIT tradicional) versus HIIT realizado em 3 sessões de curtíssima duração ao longo do dia (HIIT acumulado) sobre fatores de risco relacionados ao surgimento do diabetes tipo II em ratos Wistar jovens. Também tivemos como objetivo comparar nestes grupos os efeitos do destreinamento de 4 semanas sobre as mesmas variáveis. Ratos adultos Wistar de 60 dias de idade foram divididos em 3 grupos, Sedentário, HIIT tradicional e HIIT Acumulado. O protocolo de treinamento físico foi realizado por 8 semanas, 5x/semana em esteira. Os animais do grupo HIIT tradicional realizavam uma única sessão diária de 12 minutos (6 estímulos de 1 minuto a 85-100% VO2Max por 1 minuto de descanso passivo). Já os animais do grupo HIIT Acumulado realizavam 3 sessões diárias de 4 minutos (2 estímulos de 1 minuto a 85-100% VO2Max por 1 minuto de descanso passivo). As 3 sessões eram separadas por 4 horas de intervalo. Após o período de treinamento parte dos animais de cada grupo permaneceu por 4 semanas sem realizar o treinamento para avaliação dos efeitos do destreinamento. Foram realizadas análises in vivo (calorimetria indireta, DEXA, teste de tolerância oral à glicose e intraperitoneal à insulina) e ex vivo (histologia do músculo esquelético e tecido adiposo e densidade mitocondrial do músculo esquelético). Em relação ao treinamento, quando comparados ao grupo sedentário, ambos os grupos HIIT tradicional e HIIT acumulado apresentaram: 1) maiores valores de VO2Max (27 e 25% maiores, respectivamente) e tecido livre de gordura (8% maior em ambos os grupos). Não houve diferença estatística entre os grupos treinados para estas variáveis. 2) menores valores de gordura visceral (18 e 68% menores, respectivamente), sendo que o grupo HIIT acumulado apresentou estatisticamente menores valores em relação ao grupo HIIT tradicional. 3) menor glicemia de jejum: (15 e 22% menores, respectivamente), menor glicemia em resposta ao teste de tolerância à glicose (25 e 33% menores, respectivamente) e tolerância à insulina (7 e 9% menores, respectivamente). O grupo HIIT acumulado apresentou estatisticamente menores valores de glicemia em resposta à insulina quando comparado ao grupo HIIT tradicional. 4) maior número de mitocôndrias saudáveis (59 e 141% maiores, respectivamente) e menor número de mitocôndrias alteradas (87 e 96% menores, respectivamente) no musculo esquelético. Tanto para o número de mitocôndrias saudáveis como alteradas houve diferença estatística entre os grupos treinados. Em relação ao destreinamento, ambos os grupos HIIT tradicional e HIIT acumulado apresentaram: 1) redução do VO2Max (20 e 19% de redução, respectivamente) e manutenção do tecido livre de gordura. 2) Aumento da glicemia de jejum (10 e 21% de aumento, respectivamente) e manutenção dos valores de glicemia em resposta ao teste de tolerância à insulina. Em relação à gordura visceral, apenas o grupo HIIT acumulado apresentou aumento da gordura visceral (74%) e aumento da glicemia em resposta ao teste de tolerância à glicose (17%) após o destreinamento. De uma forma geral o treinamento de 8 semanas com HIIT tradicional e HIIT acumulado promoveu adaptações positivas e semelhantes sobre os fatores de risco para o diabetes tipo II e após 4 semanas de destreinamento as adaptações não foram totalmente abolidas.
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    Efeito do treinamento intervalado de alta intensidade sobre o hipocampo e córtex cerebral de ratos Wistar: análise de parâmetros neuroinflamatórios, status redox, neurotrófico e em tarefas de memória
    (UFVJM, 2017) Freitas, Daniel Almeida; Leite, Hércules Ribeiro; Vieira, Etel Rocha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Hércules Ribeiro; Vieira, Etel Rocha; Drumond, Luciana Estefani; Peixoto, Marco Fabrício Dias
    O treinamento físico de intensidade leve e moderada estão associados a efeitos neurais benéficos, contudo o exercício de alta intensidade contínuo a efeitos neurais maléficos, pouco é conhecido sobre os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade em inglês high intensity interval training (HIIT) em parâmetros neuroquímicos e de memória. O presente estudo avaliou em ratos da linhagem Wistar os efeitos de 6 semanas de HIIT sobre o estado redox, concentração de mediadores inflamatórios fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucina 1-beta (IL-1β), interleucina 6 (IL-6) e interleucina 10 (IL-10) e do fator neurotrófico derivado cérebro, do inglês brain derived neurothrophic factor (BDNF) no hipocampo e córtex cerebral. Além disso, foi avaliado o desempenho nas tarefas de reconhecimento espacial de objeto (hipocampo-dependente) e tarefa de reconhecimento de novo objeto (córtex-dependente). O presente estudo aprovado pela Comissão de Experimentação Animal (CEUA-UFVJM) sob número de protocolo (031/2015). Após 6 semanas de HIIT, os animais apresentaram redução de 28,57% do conteúdo de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e aumento de 75% da atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) e de 50,83% da capacidade antioxidante total pelo método de redução do ferro (FRAP - “Ferric reducing ability of plasma).no hipocampo. Além disso, o HIIT reduziu a concentração de mediadores neuroimunes no hipocampo (TNF-α, IL-1β, IL-6 e IL-10) respectivamente em (24,8%;13,9%; 33,93% e 16,33%), aumentou a concentração de BDNF em 60,21% e não interferiu no desempenho dos animais nas tarefas de reconhecimento espacial de objeto e reconhecimento de novo objeto. Nenhum dos parâmetros investigados foram alterados no córtex cerebral. O presente estudo mostrou efeito positivo de 6 semanas de HIIT específico por região cerebral, sendo que tais modificações resultaram em efeitos neurais benéficos no hipocampo de animais submetidos a um treinamento forçado.
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    O efeito do treinamento intervalado de alta intensidade em componentes celulares e moleculares relacionados à resistência à insulina em indivíduos obesos
    (UFVJM, 2016) Matos, Mariana Aguiar de; Amorim, Fabiano Trigueiro; Vieira, Etel Rocha; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vieira, Etel Rocha; Peixoto, Marco Fabricio Dias; Soares, Danusa Dias; Wanner, Samuel Penna; Cordeiro, Letícia Maria de Souza
    O excesso de gordura corporal característico da obesidade está relacionado a diversas alterações metabólicas, que incluem a resistência à insulina. Dentre as medidas não farmacológicas empregadas para a melhora da sensibilidade à insulina está o treinamento físico aeróbio, como o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT, do inglês high intensity interval training). Sendo assim, esse estudo avaliou os efeitos do HIIT em componentes bioquímicos, celulares e moleculares relacionados à resistência à insulina em obesos. Indivíduos obesos sensíveis (n=9) e resistentes à insulina (n=8) foram submetidos a 8 semanas de HIIT, em cicloergômetro, realizado 3 vezes por semana, com intensidade e volume progressivos (8 a 12 estímulos; 80 a 110% da potência máxima). Amostras de sangue venoso e do músculo vasto lateral foram obtidas antes e após o programa de HIIT. Após o programa de treinamento houve aumento da sensibilidade à insulina nos obesos resistentes à insulina, mas não houve redução da massa de gordura. A concentração de citocinas no soro, o estresse oxidativo sistêmico e frequência das células imunes não foram modificadas após o treinamento. No músculo esquelético, o HIIT promoveu aumento da fosforilação do substrato do receptor de insulina (IRS) (Tyr612), da Akt (Ser473) e da proteína quinase dependente de cálcio/calmodulina (CAMKII) (Thr286), e aumento do conteúdo da β-hidroxiacil-CoA desidrogenase (β-HAD) e citocromo C oxidase (COX-IV). Houve ainda, redução da fosforilação da quinase regulada por sinal extracelular (ERK1/2) nos obesos resistentes à insulina. Concluímos que 8 semanas de HIIT promoveram melhora da sensibilidade à insulina, modificou componentes da via de sinalização da insulina e do metabolismo oxidativo no músculo esquelético. Essas alterações ocorreram independentes de mudanças na gordura corporal total e de parâmetros inflamatórios sistêmicos.