Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Relação entre diurese residual e função óssea e muscular de pacientes com doença renal crônica em hemodiálise
    (UFVJM, 2020) Rodrigues, Vanessa Gomes Brandão; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Costa, Henrique Silveira; Neves, Camila Danielle da Cunha
    Introdução: Pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) dialítica podem apresentar alterações da função óssea e muscular, que são dependentes tanto da DRC quanto do próprio tratamento dialítico. Pacientes em hemodiálise que apresentam função renal residual, apresentam menores níveis de citocinas inflamatórias circulantes e melhores avaliações cardiovasculares. Postula-se também que este subgrupo de pacientes apresentem uma progressão menos acentuada da disfunção osteomuscular. Entretanto, a influência da diurese residual sobre a função óssea e muscular de pacientes em hemodiálise ainda precisa ser estudada. Objetivo: Avaliar a relação da diurese residual com a função óssea e muscular de pacientes com DRC em hemodiálise. Métodos: Por meio de um estudo transversal, pacientes em hemodiálise foram submetidos ao exame de Absormetria Radiológica de Dupla Energia (DEXA), para registro da densidade mineral óssea e do índice relativo de massa muscular esquelética). Com base no volume de diurese coletado em 24h, os pacientes foram estratificados em anúricos (diurese ≤ 100 mL/dia) ou não anúricos (diurese > 100 mL/dia). Os valores de densidade mineral óssea foram correlacionados ao volume de diurese em 24 h pelo teste de Spearman. Os dados do DEXA e a proporção de indivíduos osteopênicos e sarcopênicos entre os grupos Anúrico e Não Anúrico foram comparados pelos testes Mann Whitney e qui-quadrado, respectivamente. A influência da ausência de diurese residual sobre presença de sarcopenia e osteopenia foram analisadas por modelos de regressão logística binária simples e ajustados por idade, sexo e tempo de tratamento em diálise. Significância estatística foi considerada quando p < 0,05. Resultados: Noventa e dois pacientes, com média de idade de 54,4 anos (IC95% 51,3 – 57,4), foram avaliados (47 anúricos e 45 não anúricos). O volume de diurese diário apresentou correlação significativa com a densidade mineral óssea (r=0,24; p=0,02). O grupo anúrico apresentou menor densidade mineral óssea (p=0,007) e maior proporção de indivíduos com osteopenia (p=0,025), em comparação ao não anúrico. Não houve diferenças entre os grupos na proporção de indivíduos com sarcopenia (p=0,129). Pacientes anúricos apresentaram um risco 2,77 vezes maior de apresentar sarcopenia e 2,60 vezes maior de apresentar osteopenia, independente do sexo, idade e tempo de diálise. O sexo foi a outra variável preditora para presença de sarcopenia, tendo o sexo masculino um risco de 3,30 vezes maior. Conclusão: Em pacientes em hemodiálise, a presença de diurese residual está relacionada a melhor função óssea e muscular.
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    Concentração de Angiotensinas e atividades da ECA e ECA 2 circulantes de pacientes em hemodiálise
    (UFVJM, 2018) Gomes, Renata Vitoriano Corradi; Endlich, Patrick Wander; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Endlich, Patrick Wander; Villela, Daniel Campos; Gouvêa, Sônia Alves
    Introdução - A Doença Cardiovascular (DCV) é a principal causa de morte entre os pacientes portadores de Doença Renal Crônica Terminal (DRCT) em Hemodiálise (HD). A desregulação do Sistema Renina Angiotensina (SRA) exerce significativa influência na progressão da DCV e renal. Objetivo - Analisar o efeito da sessão de hemodiálise sobre os componentes do SRA dos pacientes DRCT e estudar a repercussão dos fármacos sobre esse sistema. Métodos - Este estudo caracterizado como observacional analítico transversal, avaliou 87 pacientes DRCT em hemodiálise. Os participantes do estudo tiveram o sangue coletado imediatamente antes e após a primeira sessão de hemodiálise da semana, no qual realizamos a análise da atividade das enzimas, ECA e ECA 2, por método fluorimétrico e da concentração plasmática de angiotensinas, Angiotensina I, Angiotensina II e Angiotensina-(1-7), por meio da espectrometria LC-MS/MS. Também realizamos essas mesmas análises dividindo os pacientes em grupos conforme os fármacos utilizados, a saber: Controle- (sem antihipertensivos), Beta-bloqueador, Beta-bloqueador+iECA e Beta-bloqueador+Bloq.AT1. Resultados – Encontramos aumento da atividade da ECA no período pós-dialítico. Quando estratificamos nossos pacientes de acordo com os fármacos utilizados, observamos que ocorreu diminuição na atividade da ECA nos grupos Beta-bloqueador, Beta-bloqueador +iECA e Beta-bloqueador+Bloq.AT1. Em relação a ECA2, nossos resultados mostraram diminuição de atividade no período pós-dialítico. Após estratificação de acordo com os fármacos utilizados, observamos redução apenas no grupo Beta-bloq+ Bloq. AT1. Em relação às angiotensinas, não observamos diferenças na concentração plasmática de Ang I e Ang-(1-7). No entanto, ocorreu diminuição nos níveis plasmáticos de Ang II no período pósdialítico. Ao analisarmos os diferentes grupos, evidenciamos diminuição nos níveis plasmáticos de Angiotensina II nos grupos Beta-bloqueador+iECA e Betabloqueador+Bloq.AT1. Conclusões - Demonstramos que a hemodiálise interfere no SRA dos pacientes DRCT, aumentando a atividade da ECA e diminuindo a atividade da ECA2 e a concentração plasmática da Ang II. E ainda, que o uso de fármacos Beta-bloqueadores, inibidores da ECA e Bloqueadores do Receptor AT1 estão associados com alterações significativas dos componentes deste sistema, dentre as quais, destacamos diminuição na atividade da ECA em pacientes em uso de Beta-bloqueador associado ao iECA e aumento na atividade da ECA 2 naqueles em uso de Beta-bloqueador associado a Bloqueador do Receptor AT1. Considerando a clínica, nosso estudo abre uma lacuna para discussão de possíveis mudanças de conduta relacionadas à terapia medicamentosa como, por exemplo, horário de administração dos fármacos, suplementação de dose após sessão de hemodiálise, que podem beneficiar os pacientes DRCT, minimizando o impacto da doença e eficientizando o tratamento. Por fim, enquanto perspectivas futuras, nosso estudo inicia o entendimento da modulação da hemodiálise e terapia farmacológica sobre o SRA em pacientes portadores de DRCT.