Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Coberturas vacinais de rotina em menores de um ano de idade nos municípios do Estado de Minas Gerais entre 2010 e 2021: um estudo ecológico
    (UFVJM, 2023) Cardoso, Denise Maria Vilela; Teixeira, Romero Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Teixeira, Romero Alves; Lessa, Angelina do Carmo; Bastos, Cristiane Perácio; Freitas, Ronilson Ferreira
    O Programa Nacional de Imunizações (PNI) apresenta altas coberturas em crianças desde 1990. Mas, a partir de 2016, observa-se uma diminuição no número de vacinado da ordem de 10 a 20%, o que vem causando impacto sobre a saúde materno-infantil e surtos de doenças preveníveis. O problema parece ter se agravado com a pandemia de SARS-COV-2. O objetivo deste estudo foi analisar as coberturas vacinais de rotina do PNI em menores de 1 ano de idade nos municípios mineiros e suas relações com as características sociais, demográficas, econômicas, de assistência social e de assistência à saúde no período de 2010 a 2021. Trata-se de um estudo ecológico de corte transversal envolvendo os 853 municípios de Minas Gerais. Foram utilizados dados secundários disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e indicadores disponíveis no Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS), no Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, no Atlas da Vulnerabilidade Social do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e na Plataforma e-Gestor Atenção Básica, bem como dados sobre salas de vacina na Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação (Fala.BR). Obteve-se uma análise descritiva da cobertura vacinal e das características dos municípios, com medidas de tendência central e de dispersão, análise da normalidade e das frequências simples das categorias das variáveis selecionadas. Foram utilizados os testes t de Student, ANOVA, Kolmogorov-Smirnov e Qui-quadrado de Pearson. Para verificar a relação entre as características dos municípios e o desfecho do Índice de Cobertura Adequada de Vacinas (ICAV), utilizou-se o modelo multivariado de Regressão de Poisson, calculando-se as razões de prevalência e os intervalos de confiança. A associação entre as variáveis foi definida pelo teste de Qui-quadrado de Wald ajustado com p< 0,05. Os resultados demonstraram que, quanto ao porte populacional, 79,1% dos municípios mineiros estão no estrato de 20 mil habitantes e menos; 87% são definidos como ‘Tipicamente Rurais’; um quarto apresenta Gini indicando ‘Concentração Média a Forte’; 73,3% obtiveram Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Médio a Baixo; quase metade apresentou Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) de Baixo a Muito Baixo; e 89% se enquadram na categoria de Baixa Mortalidade Infantil. Houve aumento de 72,5% no número de salas de vacina de 2012 a 2020. Os anos de 2010 e 2011 foram os com maior porcentagem de municípios com coberturas recomendadas, e 2021 o ano com menos municípios alcançando a meta. A partir de 2016, há uma ocorrência de resultados piores para um percentual maior de municípios, mais evidente na BCG, Pentavalente, Poliomielite e Febre Amarela. Em 2020, observou-se a menor cobertura dos sete imunizantes avaliados, seguido dos anos de 2021, 2014 e 2016. Dos municípios mineiros, no período de 2010 a 2015 e de 2016 a 2021, respectivamente 57,3% e 63,3%, não alcançaram as metas preconizadas em cinco dos sete imunizantes do PNI. Na análise multivariada, os indicadores ‘Macrorregiões de Saúde’, ‘porte populacional’ e ‘ruralidade’ apresentaram diferenças significativas no não alcance de metas do ICAV de 2010 a 2015. E no período de 2016 a 2021, as características ‘Macrorregiões de Saúde’, ‘porte populacional’ e ‘Classificação de Gini’ foram associadas ao não alcance de metas do ICAV. As coberturas vacinais são heterogêneas nos municípios. Fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população.
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    Conhecimento dos pais ou cuidadores sobre o Papilomavírus humano (HPV) e desafios na implementação e alcance da cobertura da vacina
    (UFVJM, 2021) Dias, Márcio Adriano Pereira; Freitas, Bethânia Alves de Avelar; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Freitas, Bethânia Alves de Avelar; Pires, Herton Helder Rocha; Dias, João Victor Leite; Mandacarú, Polyana Maria Pimenta
    A principal forma de prevenção do câncer do colo do útero é a vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV). A vacinação tem sido desafiadora no Brasil, desde sua implantação que ocorreu em 2014. Este trabalho descreve no capítulo I os marcos históricos da incorporação da vacina no país sugerindo medidas para ampliação da cobertura vacinal. O capítulo II é um estudo descritivo, exploratório e transversal realizado por meio de coleta de dados entre os pais ou cuidadores das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de idade com cartão de vacina em atraso para a vacina HPV, residentes no município de Padre Paraiso Minas Gerais. O objetivo deste trabalho é compreender o processo de implementação da vacina contra o HPV no município, revelando as maiores barreiras para o alcance das metas de vacinação. Dos 205 entrevistados 54,6% já ouviram falar sobre o HPV e destes 42,8% não sabiam que era uma DST, que o vírus causa infecções e verrugas (49,1%) e ainda não sabiam de sua relação com o câncer do colo do útero (26,8%). Mais de um terço dos entrevistados (37,1%) desconheciam sobre a vacina e sua utilização para a prevenção do câncer do colo do útero (31,8%). A falta de aviso pelos profissionais de saúde (27,1%) e o desconhecimento sobre a vacina (12,4%) foram os principais motivos relatados pelos pais ou cuidadores por não levarem seus filhos para vacinar. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) foram os principais locais de realização da vacina (91,5%), sendo que 79,9% dos participantes consideraram o acesso a esses locais, muito fácil ou fácil. Os dados indicam o baixo conhecimento da população sobre o HPV, a vacina e sua relação com o câncer do colo do útero. Recomendamos a revisão do planejamento das ações de vacinação contra o HPV, reforçando ações de educação em saúde para a população, melhoria do marketing das campanhas, capacitação dos profissionais de saúde e professores e utilização das escolas como espaços de vacinação.