Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item O papel de vertebrados em flores com sistema mistos de polinização(UFVJM, 2020) Amorim, Marsal Danrlei de; Rech, André Rodrigo; Barônio, Gudryan Jackson; Azevedo, Cristiano Schetini de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rech, André Rodrigo; Bergamo, Pedro Joaquim; Bugoni, JefersonAs interações plantas-polinizador são mediadas por características complexas, essas estão relacionadas aos aspectos da biologia do animal, das plantas, de interações de terceiros e por fatores abióticos. Todas essas características influenciam na eficiência de um grupo de animais, ou seja, a adequação animal-planta, que se refere a junção entre as características das plantas, como tamanho da corola e quantidade de néctar e aos polinizadores. Uma questão muito discutida no contexto da adequação é se esses sistemas de polinização são generalistas ou especialistas e qual a força da adequação animal-planta nessas interações. Essa dissertação busca contribuir com estas questões testando: No capítulo 1, qual a diferença na contribuição de abelhas e beija-flores em 10 espécies de planta com características florais diversas nas quais se excluiu os polinizadores vertebrados com uso de gaiolas. No capítulo 2, também testamos a eficiência de dois grupos de visitantes florais, isolando flores com acesso exclusivo dos visitantes noturnos e diurnos. Ambos os estudos foram realizados em ambientes mega diversos, o primeiro no Campo Rupestre e o segundo na Amazônia central. No capítulo 1, a contribuição dos beija-flores variou com relação às características das plantas, com maiores contribuições nas plantas com características mais ligadas à ornitofilia. Porém os beija-flores contribuíram na polinização de diversas espécies, mesmo naquelas plantas mais generalistas, sugerindo que possuem grande importância na manutenção das comunidades de plantas nos Campos Rupestres. No capítulo 2, nosso estudo mostrou que os morcegos são os principais polinizadores da Gongylolepis martiana conforme sugerem os atributos morfológicos, configurando o primeiro registro de polinização por morcegos em Asteraceae. Também foi demonstrado que a sequência de ocorrência das interações (efeitos de prioridade), com as abelhas chegando antes dos beija-flores e retirando grande quantidade de pólen faz com que os beija-flores não atuem como polinizadores efetivos mesmo apresentando os requisitos compatíveis com essa função. Nossos resultados sugerem que tanto interação dos visitantes com os atributos florais, quanto entre si e com o contexto ambiental da interação, influenciam a evolução dos sistemas de polinização.Item A associação de C. minensis (Werderm) F. Ritter (Cactaceae) à ninhos de cupim (Blattodea:Isoptera:Termitidae) aumenta a produção de frutos dos cactos em uma área de Campo Rupestre(UFVJM, 2020) Souza, Julya Pires; Santos, Thiago; Mendonça Filho, Carlos Victor; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Thiago; Carrijo, Tiago Fernandes; Rech, André RodrigoInterações interespecíficas que mudam o fitness das espécies, são um dos fatores mais importantes que contribuem para a estrutura ecológica da comunidade e o funcionamento dos ecossistemas. Para compreender como a interação entre cupins/ninhos de cupim e uma espécie de cacto (observando como a planta cresce em um ninho) mudam a produção de estruturas reprodutivas da planta (indiretamente ligada com o fitness e suas interações com outras espécies como polinizadores e dispersores de sementes) e a fenologia em uma área de Campo Rupestre, esse estudo investigou: i) quais espécies de cupim habitam os ninhos associados aos cactos; ii) se a interação cacto-cupim muda a fenologia da planta e produção de estruturas reprodutivas; iii) se a interação ocorre ao acaso. Dados de fenologia e produção de frutos, flores e botões florais foram coletados de Junho de 2018 à Março de 20202 (semanalmente) em 62 indivíduos de Cipocereus minensis (31 crescendo sobre o cupinzeiro e 31 sobre o substrato rochoso/areia) em uma área de Campo Rupestre. Amostras de cupim dos 31 ninhos com cacto foram feitas. Para compreender se a associação ocorria ao acaso, todos os ninhos e C. minensis (e se eram associados ou não) foram contados em duas parcelas previamente marcadas. Nove espécies de cupim foram coletadas entre construtores e inquilinos (foram encontradas até três espécies por ninho). O substrato não afetou a fenologia do cacto, contudo, cactos que crescem sobre cupinzeiros aumentaram a produção de frutos em C. minensis em comparação com aqueles que crescem sobre o substrato rochoso/areia. Não há evidências indicando que a interação cacto-cupim não ocorre ao acaso. Contudo, esse estudo mostrou que a interação dos cactos à ninhos de cupim potencialmente aumenta o fitness da planta e pode resultar em mais recursos para a fauna do Campo Rupestre dependente.Item Atividade antioxidante e citotoxicidade de plantas do Campo Rupestre brasileiro: Gomphrena arborescens L.f., Gomphrena virgata Mart., Miconia ferruginata DC. e Vochysia elliptica Mart.(UFVJM, 2017) Cruz, Dayana Barbosa da; Rodrigues, Ana Paula; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rodrigues, Ana Paula; Morais, Harriman Aley; Oliveira, Eduardo de JesusAs plantas medicinais têm sido utilizadas pela humanidade, desde seus primórdios, com finalidades terapêuticas. Atualmente, cerca de 25% dos medicamentos são obtidos de espécies vegetais. Considerando a enorme biodiversidade do nosso país destaca-se o potencial para a descoberta de novas moléculas bioativas oriundas de produtos naturais. Espécies radicalares são produzidas continuamente em processos metabólicos fisiológicos, no entanto o desequilíbrio entre agentes pró-oxidantes e defesas antioxidantes provoca o aumento de espécies reativas circulantes conduzindo ao estresse oxidativo relacionado a etiologia de doenças cardiovasculares, inflamatórias, imunológicas, e relacionadas ao processo de envelhecimento como o Alzheimer e Parkinson. Para prevenir esse processo e as consequências ao organismo, tem-se aumentado a busca de compostos antioxidantes. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antioxidante de cinco extratos etanólicos brutos de partes aéreas ou raíz de espécies vegetais já utilizadas na medicina popular da região. Estas espécies foram: Gomphrena arborescens L.f. e Gomphrena virgata Mart. (Amarantaceae),Miconia ferruginata DC. (Melastomataceae) e Vochysia elliptica Mart. (Vochysiaceae), coletadas no município de Diamantina – MG e regiões subjacentes. Utilizando a metodologia de Folin-Ciocalteau pode-se observar que todos os extratos, exceto G. virgata raíz, apresentaram teores de compostos fenólicos totais (CFT) com destaque para V. elliptica e M. ferruginata (792,36 e 561,89 mg EAG/g extrato, respectivamente). A atividade redutora dos extratos avaliada pela captura de radicais DPPH● e ABTS●+ demonstrou maior captura para os extratos com maior teor de CFT, sendo esta correlação forte e positiva. Realizou-se ainda, avaliação da interferência dos extratos na atividade sequestradora de radicais gerados em um sistema HRP/Luminol/H2O2 e também os efeitos sobre o burst oxidativo de neutrófilos humanos isolados, ativados com PMA. Apenas os extratos de V. elliptica e M. ferruginata foram testados, apresentando atividade protetora frente as espécies radicalares produzidas tanto pelo sistema, quanto pelo burst oxidativo. A avaliação da viabilidade celular de neutrófilos em cultura na presença de todos os extratos sem estímulos exteriores demonstrou que estes não são citotóxicos mesmo na maior concentração testada (1000 μg/mL), tendo a V. elliptica apresentado possível atividade citoprotetora nesta concentração.