Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Quantificação, isolamento e caracterização de bactérias diazotróficas em Eucalyptus e Corymbia
    (UFVJM, 2019) Abreu, Caique Menezes de; Costa, Márcia Regina da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Márcia Regina da; Marriel, Ivanildo Evódio; Grazziotti, Paulo Henrique
    As bactérias diazotróficas podem aumentar a indução sistêmica de resistência a pragas e doenças, tolerância a condições adversas e fornecer fitohormônios e nutrientes para plantas de interesse florestal, mas essa tecnologia ainda não é explorada. O objetivo do presente trabalho foi quantificar, isolar e caracterizar a população de bactérias diazotróficas endofíticas e rizosférica em Eucalyptus e Corymbia e verificar a resposta de sensibilidade em plantas não alvo. A população de bactérias diazotróficas de folhas, raízes e rizosfera em Eucalyptus cloeziana, híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis (urograndis) e Corymbia citriodora foi quantificada pelo método do número mais provável, cultivadas em meio semisólido livre de nitrogênio. A partir dos cultivos semi-seletivos para quantificação de diazotrófico foram isoladas 87 bactérias. Estas estirpes foram caracterizadas morfologicamente por tipo de células e de colônias; bioquimicamente pela produção de enzimas amilase, catalase, esterase-lipase, oxidase, urease e nitrato redutase e pela produção de ácido indol-3-acético (AIA), bacteriocinas, sideróforo e solubilizadores de fosfatos. A caracterização genética dos isolados foi estimada pela distância de dissimilaridade, por meio dos descritores morfológicos e bioquímicos. A interação entre diazotróficos-plantas sem causar sintomas de doença foi verificada pelo método da reação de hipersensibilidade induzida em plantas não alvo Capsicum annuum, Nicotiana tabacum e Solanum lycopersicum. Uma coleção de bactérias com potenciais promotores de crescimento vegetal foi estabelecida de maneira a preservar linhagens para investigações posteriores sobre seu potencial como inoculante para o setor florestal. Todos as 87 estirpes bacterianas além de fixarem N apresentaram a capacidade de produzir pelo menos mais um dos produtos investigados. A frequência das múltiplas funções foi de 92% para a catalase, 57,5% para fosfatase, 67% para urease, 69% para nitrato redutase, 40% para esteraselipase, 24% produção de sideróforo e 83% produção de ácido indol-3-acético. A diversidade microbiana gerou 38 grupos bacterianos, de Eucalyptus e Corymbia e microambientes diferentes, de interesse biotecnológico agronômico e industrial. A atividade microbiana produtora de AIA dependente de L-triptofano foi observada em Herbaspirillum spp., Burkholderia spp., e Azospirillum spp. naturais dos três microambientes da planta hospedeira, com produção de até 411,3 μg mL-1, escolhendo 28 estirpes. O índice de solubilidade de P por bactérias diazotróficas na forma de P-orgânico e P-inorgânico selecionou de 38 estirpes com moderada a alta capacidade de solubilização. As estirpes CctRZlgi-124, EhiFjnfb-34 e EhiFjnfb-36 podem ser utilizadas no controle biológico, com ação antagonista a cepas de Xanthomonas spp. Todas as estirpes apresentaram resposta negativa a reação de hipersensibilidade induzida, significando potenciais agentes endofíticos e rizosféricos benéficos as plantas de eucalipto. A densidade diazotrófica em plantas de Corymbia citriodora, híbrido urograndis e Eucalyptus cloeziana diminui na medida que há o afastamento do microambiente rizosférico para microambientes da filosfera, como raízes e folhas. A modificação da densidade de células bacterianas diazotróficas é dada em função do genótipo da planta hospedeira e ao microambiente. O clone Corymbia citriodora apresentou densidade maior que em relação ao híbrido urograndis e ao E. cloeziana. A multifuncionalidade de diazotróficos possibilita a elaboração de arranjos e formulações de inoculante específicos e mistos para uso no setor florestal e ou industrial.
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    Otimização da produção da enzima anti-leucêmica L-asparaginase por Penicillium sp.
    (UFVJM, 2017) Ardila, Jorge Andrés Rueda; Vanzéla, Ana Paula de Figueiredo Conte; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vanzéla, Ana Paula de Figueiredo Conte; Grazziotti, Paulo Henrique; Cardoso, Valéria Macedo
    A enzima L-asparaginase é atualmente utilizada na indústria de alimentos e na indústria farmacêutica devido à facilidade de catalisar a reação de hidrólise da L-asparagina em aspartato e amônia. Esta propriedade tem aplicação na indústria dos alimentos, pois evita a produção de compostos carcinogênicos como as acrilamidas. Por outro lado, na indústria farmacêutica, esta reação enzimática detém o crescimento de células leucêmicas devido à falta de L-asparagina que estas células devem afrontar. Conforme as células leucêmicas têm pouca ou nenhuma asparagina sintetase, as rotas metabólicas dependem exclusivamente da absorção desse aminoácido do meio fisiológico. Várias pesquisas foram feitas desde que a L-asparaginase mostrou a habilidade de reduzir alguns cânceres na década de 50. Estas pesquisas incluem a triagem de micro-organismos produtores, a otimização de meios de cultura para melhorar a produção e a procura de uma metodologia que consiga purificar a enzima a partir do estrato bruto. Tais pesquisas se intensificaram recentemente no Brasil devido a uma crise de abastecimento gerada pela interrupção da importação pelo fornecedor. A L-asparaginase é um princípio ativo de alta demanda para tratar a leucemia linfoblástica aguda e por isso deve ser produzida no Brasil. Este estudo foi realizado utilizando a linhagem Penicillium sp. T8.3 e teve como objetivo aprimorar a produção da enzima ajustando as condições de cultivo, usando glicerol e L-asparagina (como fontes de carbono e nitrogênio, respectivamente) e pH como as três variáveis de entrada. Os experimentos foram desenvolvidos aplicando ferramentas da estatística multivariável como planejamento fatorial, desenho composto central para gerar um modelo matemático empírico. Foram analisadas a concentração de amônio e a atividade enzimática produzida nos bioprocessos. A atividade enzimática foi determinada em reação conduzida a 37 °C e pH 7,0, condições semelhantes à do meio fisiológico. Todos os dados estatísticos foram gerados com o programa Statistica 7.0 ©. Foi produzida uma atividade máxima de 12,7 U por bioprocesso estacionário conduzido em meio ajustado com 15,5 g.L-1 de glicerol, 5,6 g.L-1 de L-asparagina e pH 4,8. Desse modo, o ajuste das condições de cultivo permitiu elevar a produção em mais de 30 vezes e alcançar uma atividade enzimática superior à maioria dos relatos da literatura que tratam da produção da enzima fúngica. O modelo estatístico previu a produção enzimática com 77% de acerto, mostrando sua validade experimental e o potencial da linhagem T8.3 para a produção de L-asparaginase eucarionte.
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    Protocolos de inseminação artificial em tempo fixo e eficiência reprodutiva em vacas e novilhas mestiças leiteiras
    (UFVJM, 2010) Fernandez, Jorge Augusto Santos; Oliveira, Margarida Maria Nascimento Figueiredo de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Margarida Nascimento Figueiredo de; Nascimento, Vinicio Araújo Nascimento; Torres, Ciro Alexandre Alves; Vilela, Severino Delmar Junqueira
    Na busca de biotécnicas economicamente viáveis para a melhoria da eficiência reprodutiva na pecuária, objetivou-se com este trabalho avaliar diferentes protocolos de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) em vacas multíparas e observar o efeito do mesmo protocolo comparando multíparas e primíparas observando-se a influência do hormônio folículo estimulante (FSH-p) na IATF. Os tratamentos utilizados foram TControle, TFSH e TFNOV, que consistiram nos seguintes protocolos: TControle (n=35) - Dia 0, inserção de dispositivo intravaginal de progesterona e aplicação de 2 mg de benzoato de estradiol, intramuscular (IM); dia 8, retirada do dispositivo e aplicação de 0,53 mg de PGF2 e 1 mg de benzoato de estradiol, IM; dia 10, IATF realizada 44 h após a retirada do dispositivo; TFSH (n=36) - similar ao TControle, porém com aplicação no dia 8 de 15 mg de FSH-p; TFNOV (n=24)- similar ao TFSH, porém utilizando-se novilhas. Ao final do trabalho observou-se que houve efeito (P<0,05) para peso vivo (PV) e escore de condição corporal (ECC) com os tratamentos. Não houve efeito para dias pós-parto (P>0,05). Houve diferença (P<0,05) entre as médias de peso vivo entre as vacas multíparas (TControle e TFSH) quando comparadas as novilhas (TFNOV). Não houve efeito (P>0,05) entre protocolos, PV e ECC no retorno ao estro, na cobertura com o touro e prenhez acumulada. Não houve efeito (P>0,05) entre os protocolos e retorno ao estro e as taxas de prenhez na IATF, cobertura do touro e acumulada. Mesmo o uso do FSH-p não influenciando a eficiência reprodutiva, a taxa de prenhez acumulada foi satisfatória em ambos tratamentos. Conclui-se a IATF como interessante biotécnica para o uso na produção animal; porém, é importante que haja um bom acompanhamento nutricional dos animais, em razão da relação entre nutrição e reprodução.