Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Identificação de compostos fenólicos e avaliação do potencial biológico de plantas do gênero Jacaranda (Bignoniaceae)
    (UFVJM, 2022) Costa, Eliane Cristina; Silva, Roqueline Rodrigues; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Roqueline Rodrigues; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Oliveira, Patrícia Machado de
    A família Bignoniaceae é frequentemente citada por apresentar plantas com grande potencial farmacológico. Dentre os gêneros pertencentes a essa família, pode-se destacar o gênero Jacaranda, que abrange um total de 49 espécies, sendo muitas espécies encontradas no cerrado. O presente trabalho objetivou identificar compostos fenólicos de folhas e galhos de três espécies do gênero Jacaranda utilizando-se cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrometria de massas (CLAE-DAD-EM) e a espectrometria de massas com ionização por electrospray (ESI-EM) juntamente com a espectrometria de massas em tandem (ESI-EM/EM), bem como avaliar o potencial biológico através dos testes antioxidante, antitumoral e inibição da enzima acetilcolinesterase. Folhas, galhos e frutos de Jacaranda caroba, Jacaranda mimosifolia e Jacaranda oxyphylla foram secos e submetidos à extração com os solventes hexano, clorofórmio e metanol, obtendo assim os extratos brutos. Foram identificados os seguintes compostos fenólicos: ácido 3-p-coumaroilquínico, ácido caféico hexosídeo, quercetina, β-metoxilverbascosideo, quercetina-O-pentose, luteolina hexosídeo, quercetina-3-O-glicosil-hexose, quercetina diglicosídeo, ácido protocatequico, ácido gentísico, naringenina, acteosideo, rutina, ácido quínico, quercetina-O-hexose, ácido 4-hidroxibenzóico e ácido vanílico para os extratos metanólicos de folhas e galhos. Para a atividade antioxidante, em uma comparação realizada entre os extratos obtidos por extrações à quente e a frio, foi observado que o extrato metanólico de galhos de J. mimosifolia a frio apresentou os melhores resultados para os testes de conteúdo de fenólicos totais, poder redutor e para a atividade de retirada de radical (ARR) na concentração de 400 ppm, diferentemente dos resultados encontrados para a extração obtida à quente, onde os melhores resultados de conteúdo de fenólicos totais e a ARR foram obtidos para o extrato metanólico de folhas de J. caroba. De forma geral conclui-se, que os extratos metanólicos de folhas e galhos das três espécies do gênero Jacaranda obtidos pela extração a frio apresentaram resultados mais eficientes que à extração realizada à quente. Além disso o extrato metanólico de galhos de J. caroba apresentou um alto potencial de inibição da enzima acetilcolinesterase (IC50= 4,2 μg/mL), se comparado com a galantamina padrão (IC50= 191,4 μg/mL). O extrato clorofórmico de galhos de J. oxyphylla (IC50= 1,74 μg/mL ± 0,04) demonstrou um alto potencial antitumoral contra células de leucemia monocítica aguda frente o padrão citarabina (IC50= 9,91 μg/mL ± 1,08).
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    Atividade antitumoral e antimicrobiana de alcaloides bisbenzilisoquinolínicos de Cissampelos sympodialis Eichler (Menispermaceae)
    (UFVJM, 2020) Ribeiro, Malu Pereira; Oliveira, Eduardo de Jesus; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Eduardo de Jesus; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Rodrigues, Ana Paula
    Cissampelos sympodialis (Menispermaceae) é uma espécie popularmente conhecida como “milona”, utilizada na medicina popular, especialmente para afecções do trato respiratório. Apesar de inúmeras ações dos extratos e de alcaloides bisbenzilisoquinolínicos desta espécie já terem sido relatados, estes ainda não haviam sido testados de forma sistemática para atividade antitumoral ou antimicrobiana. Assim, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática das atividades antitumoral e antimicrobiana de alcaloides bisbenzilisoquinolínicos e testar os alcaloides isolados frente às atividades mencionadas. Para isso, a fração de alcaloides dos rizomas foi preparada e subfracionada utilizando cromatografia líquida preparativa. Os alcaloides isolados (warifteína e metilwarifteína) foram caracterizados por técnicas espectrométricas. Ensaios de atividade antitumoral foram realizados em linhagens HepG2, de tumor hepático, e HCT116, de tumor de cólon. A atividade antimicrobiana foi testada frente a várias espécies bacterianas gram positivas e gram negativas. A revisão sistemática identificou 38 estudos relativos à atividade antitumoral, envolvendo 31 alcaloides bisbenzilisquinolínicos diferentes. Os resultados mais promissores envolvem a ação da tetrandrina em câncer de colo uterino, cólon, e mama, com CI50 < 2 μM. Com relação à atividade antibacteriana e antifúngica, um número bem menor de artigos foi identificado, envolvendo nove alcaloides, e 18 espécies bacterianas, sendo Bacilus subtilus, Mycobacterium tuberculosis e Staphylococcus aureus aquelas com mais cepas testadas com maior número de ABBI diferentes. Foram identificados trabalhos com seis espécies fúngicas, sendo a C. albicans a única testada com dois ABBI diferentes, e demais espécies apenas com um ABBI. A subfração de alcaloides de C. sympodialis codificada como P04 (ainda não identificada) apresentou resultado promissor frente à linhagem HCT116, com CI50 23,68 μg/mL, porém nenhuma das frações triadas nesse estudo apresentou resultado promissor para a linhagem HepG2. A warifteína foi efetiva contra três espécies bacterianas, E. coli, S. agalactiae e K. oxytoca, na concentração de 200 μM.
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    Estudo fitoquímico e atividades biológicas da espécie Eremanthus erythropappus (DC) MacLeish (Asteraceae)
    (UFVJM, 2018) Cantuária, Vinícius Lopes; Martins, Helen Rodrigues; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Martins, Helen Rodrigues; Carneiro, Guilherme; Verly, Rodrigo Moreira
    A espécie Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeish., (Asteraceae) é conhecida popularmente como Candeia e, ocorre naturalmente na região de Cerrado, inclusive no município de Diamantina, região do Vale do Jequitinhonha e Mucuri. Na medicina popular tem sido utilizada no tratamento de úlceras estomacais, como anti-inflamatória, cicatrizante e contra infecções bacterianas e fúngicas. Apesar de sua rica biodiversidade, muitas espécies endêmicas deste bioma ainda são pouco estudadas do ponto de vista químico e biológico. Diante disso, é necessário maiores investimentos em pesquisas com plantas medicinais, principalmente, quando se trata de doenças cujo arsenal terapêutico é limitado e/ou tratamento apresenta limitações de eficácia e efeitos colaterais, como é o caso da Doença de Chagas, Leishmanioses, Câncer e as infecções bacterianas e fúngicas. Estudos preliminares com cerca de 32 plantas desta região já foram realizados anteriormente pelo nosso grupo e, dentre elas a espécie E. erythropappus se mostrou promissora por apresentar importantes atividades biológicas, sendo selecionada neste estudo para dar prosseguimento nos seus estudos químicos e biológicos. Desta forma, o extrato etanólico bruto obtido das partes aéreas de E. erythropappus foi utilizado inicialmente para obtenção das frações hexânica, diclorometânica e hidroalcoólica, dos quais resultaram na identificação de oito metabólitos secundários, pertencentes às classes dos ácidos e ésteres de ácidos graxos, terpenóide, composto fenólico e flavonóides. Os ensaios das atividades biológicas foram avaliados utilizando o extrato etanólico bruto e suas respectivas frações hexânica, diclorometânica e hidroalcoólica. Na atividade antitumoral, todos os extratos apresentaram-se ativos frente ambas as linhagens tumorais (MDA-MB-231 e A549), sendo que o mais promissor foi à fração diclorometânica, em que foi encontrada a substância hidroquinona. A atividade tripanocida, verificada frente à cepa Colombiana, também demonstrou potente atividade para todos os extratos (bruto e frações), de forma que a fração hidroalcoólica foi a mais ativa sobre a cepa de T. cruzi, que apresentou na caracterização fitoquímica a presença dos flavonoides quercetina e rutina. Na avaliação da atividade leishmanicida, também foi verificado potente efeito do extrato e frações frente ambas as cepas de leishmania (cepa M2269 de L. amazonensis e cepa PP75 de L. infantum), sendo que as frações diclorometânica e hidroalcoólica foram as mais ativas. Na atividade antimicrobiana, foi verificada que as frações inibiram às bactérias P. aeruginosa, S. aureus e L. monocytogenes, no qual o mais ativo foi à fração diclorometânica. Frente os fungos leveduriformes, a fração hexânica apresentou forte atividade antifúngica frente à cepa C. tropicalis e, a fração diclorometânica forte atividade antifúngica frente às cepas C. albicans e C. tropicalis, monstrando-se como as mais promissoras. Com relação à citotoxicidade sobre fibroblastos de camundongos da linhagem L929 e sobre a linhagem de macrófagos RAW 264.7, as frações apresentaram graus consideráveis de citotoxicidade, apresentando IS insatisfatórios, sendo a fração diclorometânica a que apresentou maior percentagem de morte celular para ambas as linhagens. Diante disso, este trabalho contribuiu para o conhecimento químico e biológico da espécie E. erythropappus, uma vez muitos compostos identificados nas frações são relatados pela primeira vez nesta espécie vegetal, contudo, praticamente todos estes metabólitos secundários já são descritos por demonstrarem atividade frente os ensaios propostos, exceto o palmitato de etila, o ácido linolênico e o linolenato de etila, identificados na fração hexânica e, que já são descritos por apresentarem ação antimicrobiana e antitumoral, porém, carecem de estudos frente atividades tripanocidas e leishmanicidas.
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    Avaliação da atividade citotóxica in vitro dos extratos vegetais de Pseudobrickellia brasiliensis (Spreng) R. M. King & H. Rob, Miconia ferruginata DC e Ageratum fastigiatum (Gardn.) R. M. King sobre células tumorais Jurkat
    (UFVJM, 2017) Córdoba, María Angélica Mera; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Almeida, Valéria Gomes de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Martins, Helen Rodrigues; Vieira, Etel Rocha
    O Cerrado mineiro possui muitas espécies vegetais utilizadas na medicina popular, dentre elas estão a Pseudobrickellia brasilensis , a Miconia ferruginata e Ageratum fastigiatum, plantas popularmente usadas como analgésico, cicatrizante e anti-inflamatório. Estudos realizados no Laboratório de Imunologia da UFVJM indicaram que extratos destas plantas possuem efeito inibitório sobre a ativação de linfócitos humanos in vitro. Em virtude disso, e com base em relatos populares sobre uma possível ação antitumoral, o objetivo principal deste trabalho foi pesquisar se estes extratos apresentariam ou não efeito citotóxico sobre a linhagem tumoral Jurkat, utilizando-se concentrações não tóxicas, já avaliadas sobre células mononucleares do sangue periférico humano (PBMC). Uma vez que os extratos vegetais foram diluídos no solvente Dimetilsulfóxido (DMSO), inicialmente investigou-se a concentração máxima de DMSO que não alteraria a viabilidade das células Jurkat após 24, 48 e 72 horas de cultura. O efeito citotóxico dos extratos foi avaliado sobre linfócitos tumorais (Jurkat) e sobre linfócitos humanos de voluntários hígidos pelo método de exclusão com azul de tripan, com exceção das culturas tratadas com P.brasilensis, onde a viabilidade foi avaliada por citometria de fluxo. Também foram calculados os índices de seletividade e percentuais de eficácia dos extratos com relação ao fármaco antineoplásico Paclitaxel. Foi avaliada também a interferência desses extratos sobre as fases do ciclo celular das células Jurkat, bem como os mecanismos de morte envolvidos na ação citotóxica dos extratos. De acordo com os resultados obtidos, o DMSO não apresentou efeito tóxico sobre as células Jurkat na concentração de 1%v/v nos três tempos de incubação, sendo esta a concentração de solvente utilizada em todos os ensaios realizados. Extratos etanólicos das folhas da P. brasilensis (PBf) a 200μg/mL, das partes aéreas da A. fastigiatum (Afpa) a 50μg/mL e extratos etanólicos e aquosos da M. ferruginata (Mfet, Mfaq) a 125μg/mL mostraram maior toxicidade sobre as células Jurkat principalmente após 72h de tratamento. O tratamento, por 24h, com extrato Afpa 50 μg/mL mostrou ser o mais seletivo e eficaz com relação aos outros extratos. Foi evidenciado em todos os extratos, que nas maiores concentrações, após de 24 horas de tratamento, houve uma inibição na progressão da fase G2M do ciclo celular. O extrato das partes aéreas de Ageratum fastigiatum também produziu uma retenção dessas células na fase G0-G1. Todos os extratos induziram a apoptose as células Jurkat, onde o número de células em apoptose tardio foi predominante em relação aos processos necróticos.
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    Plantas do cerrado brasileiro: triagem fitoquímica e de atividades biológicas de espécies nativas do município de Diamantina, região do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais
    (UFVJM, 2016) Cunha, Letícia Figueiredo; Martins, Helen Rodrigues; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Martins, Helen Rodrigues; Oliveira, Eduardo de Jesus; Freitas, Bethânia Alves de Avelar
    As plantas, por serem fonte de substâncias biologicamente ativas, são utilizadas com a finalidade terapêutica desde o início da civilização humana. O Brasil, por sua vez, é detentor de uma vasta diversidade biológica e possui uma grande quantidade de espécies vegetais com potencial medicinal. Dentre os diversos biomas do território brasileiro, o Cerrado representa o segundo maior, registrando-se muitas espécies medicinais. Apesar de sua rica biodiversidade muitas plantas endêmicas deste bioma foram pouco estudadas do ponto de vista químico e biológico. Consequentemente, é necessário maior investimento em pesquisas com plantas medicinais para tratamento de doenças, principalmente, as crônicas degenerativas e parasitárias, como Doença de Chagas, Leishmanioses, Câncer e as infecções causadas por bactérias e fungos, cujo o tratamento apresenta importantes limitações. Assim, o objetivo deste estudo foi realizar a triagem fitoquímica e de atividades biológicas de extratos etanólicos de 12 espécies de plantas oriundas do Cerrado, coletadas no munícipio de Diamantina, Vale do Jequitinhonha/MG. Para a triagem fitoquímica preliminar destes extratos foram realizadas reações cromogênicas, de precipitações e análises em cromatografia em camada delgada comparativa (CCDC). A citotoxicidade para células normais de mamíferos foi avaliada em fibroblastos de camundongos (L929). A linhagem celular de câncer de mama MDA-MB-231 foi a utilizada para a avaliação da atividade antitumoral dos extratos. A avaliação da atividade antitripanossomatídeo foi realizada sobre formas epimastigotas da cepa Colombiana de Trypanossoma cruzi e, sobre as formas promastigotas das cepas BH46 de Leishmania (leishmania) infantum e cepa M2269 de Leishmania (leishmania) amazonensis. Para a avaliação destas atividades foi empregada a técnica colorimétrica de MTT. A avaliação das atividades antibacteriana e antifúngica foi realizada por meio da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), empregando a técnica colorimétrica da Resazurina. As espécies de bactérias utilizadas foram Escherichia coli, Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Na atividade antifúngica foram utilizadas quatro espécies de leveduras (Candida albicans, Candida famata, Candida krusei e Candida tropicalis) e duas espécies de fungos filamentosos (Aspergillus niger e Penicillium expansum). Dos 13 extratos avaliados com relação a citotoxicidade sobre fibroblastos de camundongos da linhagem L929, todos apresentaram algum grau de citotoxicidade. Alguns destes extratos apresentaram elevada toxicidade sobre esta linhagem celular, sendo que o extrato etanólico das folhas de E. erythropappus foi o mais tóxico. Na avaliação da atividade antitumoral, com exceção do extrato etanólico das folhas de P. rigida, todos os outros extratos avaliados apresentaram atividade. Destes o mais promissor também foi o extrato etanólico das folhas de E. erythropappus. Na avaliação da atividade tripanocida sobre formas epimastigotas da cepa Colombiana de T. cruzi, nove extratos foram ativos contra este parasito. Destes os mais promissores foram os extratos das folhas de A. aculeata e das folhas de E. erythropappus. Na avaliação da atividade leishmanicida para a cepa M2269 os extratos etanólicos das folhas de E. erythropappus e das folhas de B. oxyclada apresentaram como os mais promissores e, para a cepa BH46 o extrato etanólico de toda espécie T. catahartica foi o mais promissor, seguido também do extrato etanólico das folhas de E. erythropappus. Na avaliação da atividade antibacteriana somente os extratos etanólicos das folhas de B. oxyclada, de P. tomentosa e S. rugosa foram ativos e, as únicas bactérias sensíveis foram P. aeruginosa e S. aureus. Destes o extrato etanólico de P. tomentosa inibiu um maior número de bactérias com ação bactericida. Os fungos filamentosos, A. niger e P. expansum, se mostraram resistentes a todos os extratos avaliados e C. krusei foi a levedura mais sensível. Os extratos das folhas de B. oxyclada e das folhas de P. tomentosa foram os extratos que inibiram o maior número de espécies fúngicas com os menores valores de CIM. Através destes resultados, sugere-se que os extratos etanólicos das folhas de Eremanthus erythropappus, de Peixotoa tomentosa e de Banisteriopsis oxyclada apresentaram o maior número de atividades biológicas e com os melhores resultados, o que torna estas espécies as mais promissoras como fontes potenciais de moléculas bioativas para o tratamento de Câncer, Doença de Chagas, Leishmanioses e infeções bacterianas e fúngicas, necessitando de mais estudos a fim de identificar as substâncias responsáveis por tais atividades e pela citotoxicidade e, validá-las através de outros modelos in vitro e in vivo.
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    Triagem da atividade antitumoral e antimicrobiana de plantas nativas do cerrado da região de Diamantina - Vale do Jequitinhonha/Minas Gerais
    (UFVJM, 2016) Oliveira, Fabrício de; Martins, Helen Rodrigues; Gregório, Luíz Elídio; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Ruela, Fernando Armini; Martins, Helen Rodrigues
    O uso de plantas com fins terapêuticos é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. O Brasil hospeda aproximadamente 20% de toda biodiversidade mundial e concentra o maior número de espécies endêmicas do mundo. As plantas medicinais representam uma promissora fonte de novas drogas, sendo que a região do Cerrado se destaca neste contexto devido a sua vasta biodiversidade. Apesar de sua importância, as plantas endêmicas desse bioma são ainda pouco exploradas. Assim, o país necessita de maiores investimentos em pesquisas com plantas medicinais, especialmente quando se tratam de doenças cujo arsenal terapêutico é limitado e/ou apresenta restrições como eficácia e efeitos colaterais, como é o caso do câncer, doenças negligenciadas como a Doença de Chagas e as Leishmanioses e, doenças infecciosas causadas por bactérias. Desta forma, este estudo propõe uma triagem de atividades biológicas de extratos etanólicos de 20 plantas do Cerrado. Foram avaliados 24 extratos etanólicos das plantas da região de cerrado de Diamantina, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais: Agarista oleifolia (partes aéreas), Ageratum fastigiatum (partes aéreas), Byrsonima dealbata (partes aéreas), Byrsonima lancifolia (folhas e caule), Byrsonima verbascifolia (partes aéreas), Croton antisyphiliticus (caule), Gomphrena arborescens (partes aéreas), Gomphrena scapigera (partes aéreas), Gomphrena vaga (caule), Gomphrena virgata (raízes), Kielmeyera lathrophyton (folhas e caule), Kielmeyera rubriflora (partes aéreas), Lafoensia pacari (folhas e caule), Myrsine emarginella (folhas), Norantea adamantium (partes aéreas), Qualea dichotoma (partes aéreas), Salvertia convallariodora (folhas e caule), Schefflera macrocarpa (folhas), Vochysia elliptica (partes aéreas) e Zeyheria Montana (partes aéreas). Estes foram obtidos por meio de maceração e secagem por rotaevaporação. A toxicidade para células normais de mamíferos foi avaliada utilizando fibroblastos de camundongo, linhagem L929. A avaliação das atividades antitripanossomatídeos foi realizada sobre formas promastigotas das cepas BH46 de Leishmania (leishmania) infantum, M2269 de Leishmania (leishmania) amazonensis e contra formas epimastigotas das cepas Y e Colombiana de Trypanosoma cruzi. A atividade antitumoral foi realizada sobre a linhagem MDA-MB-231. A avaliação da toxicidade sobre as linhagens celulares foi realizada por meio da técnica colorimétrica de MTT. A atividade antibacteriana foi avaliada sobre as espécies Staphylococcus aureus, Salmonella typhimurium, Escherichia coli, Klebsiella oxytoca, Proteus mirabilis, Streptococcus agalactiae, Listeria monocytogenes e Pseudomonas aeruginosa por meio da técnica da resazurina. Na avaliação in vitro da atividade biológica dos extratos etanólicos foi verificado que todos os extratos demonstraram alguma toxicidade sobre células normais de mamíferos da linhagem L929. Entre os extratos avaliados 22 apresentaram atividade antitumoral, sendo que o mais ativo foi o de Ageratum fastigiatum (partes aéreas). Atividade tripanocida foi verificada para sete extratos sobre a cepa Y e oito sobre a cepa Colombiana, sendo que dentre estes os extratos das partes aéreas de Ageratum fastigiatum e das partes aéreas Zeyheria montana foram os mais ativos sobre a cepa Colombiana de T. cruzi. Atividade leishmanicida foi verificada para 11 extratos sobre a cepa M2269 de Leishmania amazonensis e três sobre a cepa BH46 de Leishmania infantum, sendo que o mais ativo foi o extrato das partes aéreas de Ageratum fastigiatum. Atividade antibacteriana foi identificada para 11 extratos, os mais ativos foram o de Ageratum fastigiatum (partes aéreas) e Byrsonima lancifolia (folhas), sendo que a bactéria mais susceptível, por ser inibida pelo maior número de extratos avaliados, foi S. aureus (9 extratos) e a menos susceptível foi S. agalactiae (1 extrato). A partir dos resultados obtidos, sugere-se que os extratos etanólicos das partes aéreas de Ageratum fastigiatum e Zeyheria montana são os mais promissores para prosseguimento dos estudos, representando uma potencial fonte de substâncias com atividade antitripanossomatídeo e antitumoral, e os extratos de Ageratum fastigiatum (partes aéreas) e Byrsonima lancifolia (folhas) como antibacteriana, sendo necessária a realização do fracionamento destes extratos a fim de identificar as substâncias responsáveis por tais atividades e pela citoxicidade.