Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Análise de atendimento do Ser Surdo nos serviços de saúde pública de um município Polo no Alto Vale do Jequitinhonha: uma proposta de intervenção
    (UFVJM, 2021) Vieira, Adriane dos Prazeres; Cambraia, Rosana Passos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cambraia, Rosana Passos; Dias, Ana Catarina Perez; Pereira Júnior, Assis do Carmo; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Telles Filho, Paulo Celso Prado; Rodrigues, Telma Geralda Andrade Câmara
    A Atenção Primária em Saúde (APS) no Brasil tornou-se referência fundamental para as reformas sanitárias ocorridas com a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) na década de 1980, com o intuito de garantir assistência integral que transcenda a prática curativista. No entanto o modelo de formação da equipe multiprofissional, ainda reverbera práticas fragmentadas e desarticuladas que confrontam com os princípios da universalidade e integralidade do atendimento na promoção da saúde. Nesta ambiência de discordância a comunicação é fator que socializa os saberes durante o acolhimento e humaniza o atendimento em uma lógica de corresponsabilidade na interferência das vulnerabilidades no processo saúde/doença. O presente trabalho teve como objetivo geral analisar o atendimento do Ser Surdo nos serviços de saúde pública de um município Polo no Alto Vale do Jequitinhonha (Minas Gerais, Brasil), para a proposição de condições de interação humanizada de acordo as especificidades desse público com a equipe assistencial, conforme preconiza os princípios e diretrizes do (SUS). Esta pesquisa caracterizou-se como qualitativa e foram envolvidos na amostra de conveniência quarenta indivíduos, vinte e nove profissionais da saúde (médicos, enfermeiros e agentes de saúde) atuantes nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) e onze surdos cadastrados nesses serviços públicos. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas individuais, posteriormente foram transcritas na íntegra, tratadas, interpretadas e analisadas. No que se referem ao perfil dos profissionais de saúde, os resultados apontaram que a formação inicial é insuficiente ou inexistente, para as práticas de atendimento universal e de acolhimento humanizado do Ser Surdo nos serviços de saúde. Os resultados para a formação continuada apontaram apenas três profissionais habilitados nos aspectos da diferença linguística e cultural para o atendimento dessa população nos serviços primários de saúde do município Polo. Os resultados encontrados para o atendimento dos pacientes surdos demonstraram práticas descontetualizadas e inversa ao entendimento dessa população, esses resultantes destituem sua autonomia nos serviços individuais e coletivos dentro do escolpo da APS. Outros resultados encontrados são referentes aos temas analíticos que evidenciaram variáveis dificultadoras para a continuidade comunicacional, devido à ausência de orientação qualificada para o atendimento das necessidades culturais e linguísticas do Ser Surdo. Enquanto os subtemas resultam possibilidades de ampliação do conhecimento para a sustentabilidade comunicacional entre surdos e ouvintes durante a formação acadêmica e nas práticas assistencialistas. Conclui-se, portanto, que o desconhecimento da Língua Brasileira de Sinais pelos profissionais de saúde afeta o direito a diferença e descaracteriza ações de saúde, além de impedir a inclusão que assegura o acesso e a continuidade do tratamento integral do Ser Surdo. Para tanto, foi proposto plano de ação que identifica os nós críticos e as possibilidades de atuação dentro dos nossos espaços de governabilidade com seus respectivos recursos necessários e críticos para a intervenção.