Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Distribuição potencial e propagação vegetativa de gramíneas nativas com enfoque na restauração ecológica
    (UFVJM, 2019) Oliveira, Paula Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Guimarães, João Carlos Costa; Silva, Ricardo Siqueira da; Mendonça Filho, Carlos Victor; Pereira, Israel Marinho
    Os ambientes montanhosos são mais sensíveis às mudanças climáticas do que regiões com altitudes mais baixas. Nestes locais, normalmente, há o predomínio da vegetação gramíneolenhosa com grande abundância de espécies da família Poaceae. Além da ameaça causada pelo aquecimento global, essa vegetação sofre com a pecuária extensiva, turismo, mineração, incêndios e invasão biológica, os quais podem colocar em risco a preservação, conservação e restauração desses ambientes. Diante do exposto, essa tese foi estruturada em três capítulos em formato de artigos. No primeiro capítulo, modelou-se a distribuição potencial de duas espécies de gramíneas nativas Apochloa molinioides e Trichanthecium wettsteinii, para investigar a distribuição potencial destas, nos períodos atual e futuro (2070 nos cenários RCP2.6 e RCP8.5 do IPCC) e determinar as áreas mais adequadas para utilização destas espécies em programas de restauração ecológica no Brasil. Já no segundo capítulo, avaliou-se o efeito do sombreamento e do substrato na propagação vegetativa via resgate de plantas, da Poaceae T. wettsteinii. Por fim, no terceiro capítulo, avaliou-se o estabelecimento da Poaceae nativa A. molinioides após o resgate, sob diferentes reduções foliares (50 e 75%) e estações do ano (outono e primavera), com posterior transplantio em diferentes substratos (Solo local, Solo + adubo, Trimix, Areia + vermiculita, Fibra de coco + vermiculita, Casca de arroz + vermiculita). A modelagem com o Maxent foi eficiente para estimar a distribuição potencial corrente e futura das espécies A. molinioides e T. wettsteinii. Observou-se que as mudanças climáticas poderão acarretar em impactos negativos sobre a distribuição potencial destas espécies, diminuindo a sua área de adequabilidade ambiental para o futuro. As áreas dentro dos limites da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço são as mais propícias para o emprego de A. molinioides e T. wettsteinii em programas de restauração ecológica. Ambas as espécies são resistentes e podem ser propagadas via resgate de plantas. O maior crescimento em altura e peso seco foram encontrados no tratamento em que as plantas foram cultivadas em substrato comercial sob sombreamento de 50%. O acúmulo de nutrientes comportou-se de maneira distinta aos diferentes tratamentos, em que a maioria do nutrientes apresentou valores superiores em plantas sob sombreamento de 50% e cultivadas em substrato comercial. O resgate com o solo local promoveu maior sobrevivência e perfilhamento para as plantas de A. molinioides. No outono a sobrevivência, a altura e o perfilhamento de A. molinioides são beneficiados pela redução foliar de 50% da parte aérea, já na primavera os melhores resultados são obtidos com a redução de 75%.
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    Características fitofisionômicas de campos cupestres quartzíticos e ferruginosos no espinhaço meridional
    (UFVJM, 2015) Oliveira, Paula Alves; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Goulart, Maíra Figueiredo; Messias, Maria Cristina Teixeira Braga; Oliveira, Márcio Leles Romarco de
    O objetivo deste trabalho foi ampliar os estudos sobre as espécies existentes em áreas de campos rupestres mineradas, em áreas a serem mineradas ou no entorno da mineração, a fim de dar suporte aos programas de recuperação desses ecossistemas degradados. A dissertação foi estruturada em dois artigos. No primeiro avaliou-se a cobertura do solo por espécies do estrato herbáceo-arbustivo em área de campo rupestre quartzítico em diferentes níveis de conservação, em Diamantina, Minas Gerais. A comunidade foi estratificada de acordo com a intensidade de distúrbios em cada local (estrato). A amostragem da vegetação foi feita por meio do método da interseção na linha. Nesse ambiente, a comunidade estudada apresentou elevada diversidade florística, com o registro de 99 espécies, distribuídas em 49 gêneros e 22 famílias. As famílias Poaceae e Cyperaceae foram as mais importantes na colonização do ambiente. Dentre as classes analisadas, aquelas com maior cobertura relativa foram, no total, solo exposto (11,30 %), afloramento de rocha (9,59 %) e matéria morta (9,02 %). Pela classificação de TWINSPAN, algumas espécies apresentaram diferentes comportamentos de acordo com o estrato em que se localizavam, porém elas estiveram presentes em todos os estratos, mostrando que são capazes de colonizar os diferentes ambientes dentro da área de estudo, o que leva a crer que poderão ser utilizadas na colonização de ambientes degradados semelhantes. No segundo artigo, procurou-se caracterizar as comunidades herbáceo-subarbustivas sobre campo rupestre quartzítico (CRQ) e ferruginoso (CRF) em Conceição do Mato Dentro, MG, em diferentes períodos do ano, quanto à similaridade e à estrutura fitossociológica, além de indicar espécies nativas com potencial para uso em programas de restauração de áreas degradadas semelhantes. Foram registradas, no total, 17 famílias botânicas, sendo oito no campo rupestre ferruginoso e 15 no campo rupestre quartzítico. As famílias com maior número de espécies foram Fabaceae (3), Asteraceae (2) e Euphorbiaceae (2) no CRF e Poaceae (7), Asteraceae (6) e Melastomaceae (6) no CRQ. A comunidade estudada apresentou baixa similaridade e diversidade florística, em ambos os locais e períodos, não havendo diferenças significativas entre os valores de H’, pelo teste t de Hutcheson. A DCA evidenciou a formação de dois ambientes distintos, separando o ambiente de CRF do CRQ. As espécies das famílias Eriocaulaceae e Xyridaceae ocorreram exclusivamente no ambiente sobre quartzito, sendo algumas desta última família classificadas como indicadoras desse ambiente, o que desperta interesse quando ao seu uso em programas de restauração de campos rupestres quartzíticos. As espécies com maiores valores de importância no CRF foram Bulbostylis fimbriata e Centrosema brasilianum e no CRQ Echinolaena inflexa, podendo ser indicadas para programas de restauração de ambientes semelhantes.