Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Toxicidade aguda e efeito anti-inflamatório do extrato das folhas de Miconia ferruginata DC. em modelo experimental da Distrofia Muscular de Duchenne
    (UFVJM, 2020) Corrêa, Paula Mariana Munno Guimarães; Machado, Alex Sander Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Alex Sander Dias; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Oliveira, Eduardo de Jesus; Machado, Thais Peixoto Gaiad
    A distrofia Muscular de Duchenne é o tipo mais comum e mais grave das distrofias musculares, relacionada à alteração genética e ausência da proteína distrofina, que promove um efeito progressivo e rápido na degeneração muscular. Os corticosteroides são os fármacos mais utilizados no tratamento dessa patologia, se mostrando eficientes na redução da sua progressão, porém são apontados vários efeitos adversos associados a essa terapêutica. Assim, terapias com menor toxicidade, especialmente derivadas de plantas medicinais, têm sido testadas para promover melhora do quadro clínico e da qualidade de vida dos pacientes. Devido ao potencial antioxidante e anti-inflamatório da espécie Miconia ferruginata demostrado em testes in vitro, o objetivo desta pesquisa foi avaliar, in vivo, a toxicidade aguda e os efeitos anti-inflamatórios do extrato aquoso das folhas de M. ferruginata, em modelo animal da distrofia de Duchenne. Para isso, os camundongos mdx foram tratados por via intraperitoneal com as doses de 50, 100, 200, 300 e 2000 mg/kg do extrato aquoso da planta, segundo protocolo de toxicidade aguda em dose única, e mantidos em observação por 14 dias. Por meio do screning hipocrático e avaliação de consumo de água, alimento e peso corporal foram determinados fatores associados à faixa de toxicidade do extrato e cálculo da dose letal de 50% (DL50). Além disso, foram avaliados parâmetros morfológicos (macro e microscópicos), presença de infiltrado inflamatório, quantificação de fibrose e análises imuno-histoquímicas para os tecidos do fígado, pulmão e músculo tibial anterior. Os resultados obtidos mostraram que para a dose de 2000 mg/kg houve elevada toxicidade com compromentimento respiratório, neurotoxicidade, alterações histopatológicas e morfológicas consideráveis nos tecidos avaliados. Além disso, nesta dose houve letalidade de 100% no período de até 48 horas. Já para as outras doses avaliadas (300, 200, 100 e 50 mg/kg), os animais não apresentaram alterações comportamentais e nem houve sinais de toxicidade. Com a administração do extrato aquoso houve uma redução dose-dependente das alterações histopatológicas e morfológicas, bem como redução da fibrose, inflamação tecidual, de marcadores de extresse celular (HSP70) e aumento de marcadores antiapoptóticos (MCL-1). De forma geral, a dose de 50 mg/kg mostrou ter um elevado potencial regenerativo tecidual e anti-inflamatório, visto que nesta dose, para todos os tecidos avaliados, houve reversão da fibrose e redução drástica da inflamação local.